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domingo, 30 de dezembro de 2012

CRUZAR O ATLÂNTICO COM AJUDA DE BALÕES!

Americano quer flutuar da América à Europa levado por balões

 COMENTÁRIO: ULTIMO QUE USOU BALÕES SUBIU PARA O CÉU E DESCEU,MAS FOI ENCONTRADO MORTO FOI UM PADRE!

Jonathan Trapp pretende cruzar Atlântico com 365 balões amarrados a bote.

Nos Estados Unidos, um aventureiro está se preparando para flutuar da América à Europa, atravessando o Oceano Atlântico levado por balões.
São 365 balões amarrados em um bote. Se tiverem sido enchidos com gás hélio, eles vão subir e o vento vai levar. É assim que o americano Jonathan Trapp quer cruzar o Oceano Atlântico. Ele sairá do norte dos Estados Unidos e não sabe exatamente onde vai pousar. Deverá ser em algum ponto da Europa. O sonho é descer em Paris.
Jonathan é analista de sistemas e tem 39 anos. Divide seu tempo entre computadores e festivais de balonismo. "Muitas pessoas têm o sonho de sair voando por aí, mas pouquíssimas vão além e voam de verdade", diz ele.
Jonathan conta que começou a botar em prática a ideia há quatro anos. Estudou o vento, a temperatura, a distância, comprou equipamentos, juntou os balões e fez vários testes.
Primeiro, sentando em uma cadeirinha. Decolou dos arredores de Paris. "Voei a noite inteira sozinho. Decolei da França, subi acima do topo dos Alpes Franceses. Agora estou sobre a Itália. E o sol está só nascendo. Uma linda manhã, umas das mais bonitas que já vi", contou em vídeo na época.
E como controlar tudo isso? O gás hélio leva os balões para cima. Areia e água servem de contrapeso para não deixar tudo ir para estratosfera. Se ele subir demais, estouram-se balões. Se estiver descendo muito é preciso eliminar parte da carga de água e areia.
Não é tão fácil quanto pode parecer. No Brasil, já teve quem tentasse voar de um ponto a outro amarrado a balões de gás hélio. Em abril de 2008, o padre Adelir de Carli saiu do Paraná e pretendia chegar ao Mato Grosso do Sul, mas o vento o levou para o mar e, poucas horas depois, ele desapareceu.
Para não ter o mesmo destino trágico, Jonathan ensaia a grande aventura com pequenas simulações.
"Este é o meu avião N878UP, subindo a 6 km/". Isso é mais do que ele deseja, então, Jonathan estoura um balão. E para descer ainda mais, é só estourar outros balões.
Só que para não cair com tudo é preciso mais controle. No pouso, na França, Jonathan foi eliminando o peso. Aliás, foi lavando os telhados e falando com os moradores.
Nessa brincadeira é impossível prever quanto peso será eliminado ou quantos balões serão destruídos. "Depende do vento, depende do tempo. Se o vento estiver forte, se a direção estiver boa, se a distância for curta, podemos ter dois terços dos balões no pouso. Se tudo estiver terrível, perderei 90% deles".
Em um caso extremo, ele terá que descartar também o bote e continuar a viagem só com os balões presos nas costas. Uma situação que ele não espera enfrentar. Até agora, todos os voos que fez foram tranquilos. Como o que atravessou o Canal da Mancha, que separa a França da Inglaterra.
"Um belo barco e eu a 2 mil metros de altura. Um completo silêncio com balões a gás sobre minha cabeça", lembra.
Em outra cena, ele descreve o que vê de lá de cima. Mas Jonathan Trapp estava subindo e não era hora. "Preciso fazer algo para não invadir o espaço aéreo," ele fala consigo mesmo.
Pousou na plantação de um fazendeiro. E, lógico, foi uma surpresa.
Jonathan prova também que levar uma casa para o ar não é só fantasia de filmes de animação.
No vídeo, ele aparece no interior do México, em um festival de balões. A casa sobe vai mais alto que outros balões. Jonathan Trapp surge na chaminé e comemora.
Chegou a hora de realizar a maior aventura de todas. "Eu não acordei um dia e falei: ‘vou fazer isso’. É um sonho que tive por anos, desde o meu primeiro voo".
Para atravessar o Atlântico, Jonathan conta que se inspirou em Joe Kittinger. "Ele foi a primeira pessoa que fez um voo sozinho cruzando o Oceano Atlântico, mas foi em um balão de ar".
Joe Kittinger foi a primeira pessoa a saltar da estratosfera. E foi quem comandou o salto do austríaco Felix Baumgartner, que, em setembro, quebrou a velocidade do som em uma queda livre impressionante.
"Quem não tem conhecimento sobre balão vai dizer: ele é louco. Quem conhece não acha isso. Pergunte a Joe Kittinger", diz.
Jonathan Trapp disse que treinou muito e que pretende decolar no meio do próximo ano. Sabe que não vai ser fácil. Serão, pelo menos, seis dias no ar, com temperaturas negativas. Ele vai usar roupa especial e um equipamento que toca um alarme caso ele durma e os balões comecem a subir ou a descer demais.
O barquinho já está pronto e foi testado em um festival, também no México.
De novo, Jonathan decolou do meio do povo. Jogou areia fora para sair do chão. Eliminou balões para não subir tanto. Voou por mais de uma hora e pousou tranquilamente em um lago.
Sabe quem estava junto? A namorada. Vendo assim, Jonathan Trapp parece não ser o mais louco de todos.

IDOSA SUMIU SEM DEIXAR RASTRO!

Família vive angústia em busca de idosa que sumiu em Aparecida

 COMENTÁRIO: SEMPRE QUE VEJO UM CASO DESSE TIPO, LEMBRO QUANDO ACONTECEU COMIGO NO INTERIOR DO AMAZONAS QUE ESTIVE DE CARA COM UM PORTAL DIMENSIONAL, ISSO FOI UMA EXPERIÊNCIA QUE NÃO CONSIGO ESQUECER. FOI SOBRENATURAL! POSSO ESTAR ENGANADO MAIS MUITAS PESSOAS SUMIDAS, QUE NÃO SÃO ENCONTRADAS, PODE TER PASSADO POR UM  DESSES PORTAIS DIMENSIONAIS.

Há mais de dois meses, a idosa, de 77 anos, não dá notícias. Dona Beatriz Winck sumiu durante uma excursão ao santuário no interior de São Paulo.

O Fantástico conta a história de uma busca desesperada. O motivo é o desaparecimento de uma senhora de 77 anos. Dona Beatriz Winck sumiu durante uma excursão ao santuário de Aparecida, no interior de São Paulo, em outubro. Já são dois meses sem notícias. A família vive dias de angústia e se pergunta: o que teria acontecido com dona beatriz?
A filha e o genro de Dona Beatriz Winck têm pressa. Há mais de dois meses, a idosa, de 77 anos, não dá notícias. Eles saíram do Rio Grande do Sul para procurar a mãe.
“Está sendo difícil, porque eu penso, em primeiro lugar, no meu pai. Onde a minha mãe está? O que ela está passando?”, indaga Vera Regina Wink de Vargas, filha de dona Beatriz.
Beatriz Joanna Von Hohendorff Wink desapareceu no dia 21 de outubro dentro do Santuário Nacional de Aparecida. Ela e o marido Delmar saíram da pequena cidade de Portão, no Rio Grande do Sul, em uma excursão para visitar a basílica.
Depois de deixar as malas no hotel, o casal foi para o santuário. Enquanto Delmar fazia compras na casa das velas, a idosa aguardava do lado de fora. Foi a última vez que ele viu a mulher.
“Fomos em direção dessa casa das velas, que é ao lado da catedral. Quando cheguei na minha vez de pagar no caixa, eu olhei e eu vi quando ela foi para o lado da porta de saída e parou ali. Logicamente, estava me esperando. Eu paguei no caixa, peguei o pacotinho, lembro muito bem. Olhei, já não vi  mais ela na porta de saída”, conta Delmar.
O santuário nacional recebe mais de 10 milhões de visitantes por ano. O espaço é enorme. E no meio de tanta gente é difícil permanecer em grupo. Às vezes, em um momento de distração, alguém pode se distanciar e perder o rumo.
As histórias de desencontros são frequentes. A cada fim de semana de movimento, são registrados cerca de 400 casos.
“Eu marquei encontro com eles aqui. Eu ia esperar na porta da igreja, meu ônibus atrasou, eles vêm de Salesopólis e eu venho de são Paulo. Eu não sei se eles já chegaram ou se ainda estão chegando. Eu não acho eles, eu estou procurando faz tempo”, diz a aposentada Margarida Rodrigues Fernandes Elias Barbosa.
Mas o desaparecimento de uma pessoa é incomum. O caso de Dona Beatriz intriga a polícia.
“A policia trabalha com a possibilidade de ela de fato ter perdido a memória e dentro disso ela estar vagando sem rumo. De ela estar recolhida, abrigada em alguma instituição, alguma casa de saúde. De ela ter ingressado em um ônibus coletivo. Nos fins de semana de outubro são muitos ônibus que visitam a cidade. Ela pode ter entrado em uma excursão que era estranha para ela e estar em qualquer parte do país”, afirma Jair Ramalho, delegado de Aparecida.
Desesperada, a família se reveza nas buscas. Voluntários, como Dona Conceição, tentam ajudar. “Eu me sinto como se eu fizesse parte dessa família, porque o sentimento deles é o meu sentimento. É o que eu mais peço para Deus. É que ajude que a gente encontre a Dona Beatriz”, diz.
A jornada começa às 8h e se estende ao longo do dia. Nada impede que essa busca seja feita também à noite. O trajeto é definido pela intuição e por informações colhidas com os moradores ao longo do dia. Nesse período, eles já percorreram todos os bairros de Aparecida e outros 18 municípios do interior de São Paulo e do sul de Minas Gerais.
Para a família Winck, cada dia é a esperança de um recomeço. “Queremos ter ela conosco. Esperamos que a data de 1º de janeiro, com fé, a gente consiga levar ela para o Rio Grande do Sul”, comenta o genro.
“Me falta um pedaço muito grande e eu estou em uma situação deplorável”, lamenta o marido.

CASAMENTO GAY CONTRARIO A NATUREZA DIVINA!

Casal gay adota 2ª filha e descobre que ela é irmã biológica da primeira

COMENTÁRIO: ESSE TIPO DE RELACIONAMENTO, NÃO ESTAR NOS PLANOS DE DEUS. E NUNCA TEVE, ISSO É UMA AFRONTA A FAMÍLIA, QUE É A MENINA DOS OLHOS DE DEUS, FOI CRIADO MACHO E FÊMIA ASSIM ELE O FEZ. MAS O ADIVERSARIO DE NOSSA ALMAS CHAMADO DE SATANÁS, PÔS NOS CORAÇÕES HUMANOS ESSE SENTIMENTOS CONTRARIO A NATUREZA HUMANA.

Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Sete anos depois, o mesmo casal adotou Helena, que por coincidência, é irmã biológica a primeira filha.

O fim de ano guardou uma surpresa para o primeiro casal de homens a adotar uma criança no Brasil. Vasco e Júnior assumiram a guarda de Teodora, uma história que o Fantástico mostrou em 2008. Agora, quatro anos depois, eles resolveram adotar mais uma menina e acabaram descobrindo uma ligação inesperada entre as duas crianças.
Com dois aninhos apenas,  Helena ainda tem um pouco de medo do Papai Noel, mas adora receber presentes. A irmã mais velha, Teodora, de 11 anos, já não dá mais tanta importância para bonecas. Prefere os eletrônicos. “É um tablet”, diz a menina.
Mas o presente que Teodora mais gostou foi outro. “É legal ganhar uma irmã para acompanhar”, conta. É o primeiro Natal das duas juntas, desde a adoção oficial de Helena.
As duas são filhas de dois pais. Vasco e Junior, que são cabeleireiros na cidade de Catanduva , interior de São Paulo.
Para entender essa história, é preciso voltar um pouco no tempo. Teodora e os dois pais apareceram no Fantástico pela primeira vez em 2008. Na época, famílias assim eram uma grande novidade.
A certidão de nascimento dela não tem o nome da mãe. Mas em compensação tem dois pais. “Teodora Rafaela Carvalho da Gama. Carvalho do Junior e da Gama, meu”, contou um dos pais.
Teodora foi a primeira criança brasileira adotada oficialmente por dois homens. Mas Vasco e Junior sempre quiseram aumentar a família. E foi procurando por outra criança para adotar que veio a grande surpresa. O casal nem imaginava que Helena, a filha mais nova, já tinha uma ligação com Teodora, a mais velha.
“Não é coincidência. Isso é coisa divina mesmo”, comenta um dos pais.
Foi nesse abrigo que, em maio do ano passado, a Helena entrou na vida do Vasco e do Junior. “Foi um dia de domingo, num horário de visita, que a gente tinha costume de vir ainda conhecer as crianças. A gente estava interagindo com as maiores e perguntei para uma amiga onde estavam os bebês. Ela fez um comentário: ‘Acabou de chegar uma criança que tem a cara da Teodora’. A gente fez umas fotos delas juntas. Aí as pessoas comentavam: ‘Como elas se parecem, como os olhares são os mesmos, a sobrancelha’. A gente foi achando que era legal a gente adotar uma outra que parecesse a Teodora”, diz Vasco.
Era tanta semelhança, tantos comentários, que Vasco e Junior ficaram desconfiados. Vasco foi até o fórum da cidade. Queria saber: será que a mãe biológica de Helena era a mesma de Teodora?
Mas, como casos assim correm em segredo de Justiça, os funcionários se recusaram a responder. A revelação veio quando o casal pegou a guarda provisória de Helena.
“Quando você pega a documentação. Fui ver, era a mesma biológica. Aí tivemos certeza”, lembra Junior.
A adoção definitiva já saiu. A família pegou junta no cartório a nova certidão de nascimento de Helena, também com o nome dos dois pais.
O processo de adoção de Helena foi mais fácil que o de Teodora. No caso de Teodora, sete anos atrás, a adoção foi primeiro em nome de Vasco. Só depois de outro processo, o nome de Junior também apareceu na certidão. Já Helena, foi adotada diretamente pelos dois.
Com a certidão, Junior e Vasco fizeram a matrícula de Helena na escola. “Telefone do pai, telefone da mãe. No caso, não tem mãe. Eu até queria sugerir para o colégio que, como são dois pais, que não estivesse especificado que é pai e mãe, porque agora a gente tem riscar o nome mãe e colocar pai”, comenta Vasco, enquanto preenche o documento.
Helena visitou a turma da irmã antes do final das aulas.  As meninas não sofrem com o preconceito. Geovana Ferrise, coordenadora pedagógica da escola, diz que nunca houve situação de conflito ou adaptação. “Não teve. Lógico, surgia dúvidas: ‘nossa, tia, ela tem dois pais. Mas como assim?’ Olha, gente, é uma família diferente. Hoje em dia tem tanta gente que tem o papai e a mamãe, tem o padrasto, tem o tio que cuida, a madrinha, e a Teodora tem dois pais. Eles absorveram de uma forma natural e tranquila”, conta.
A preocupação maior de vocês era em relação aos pais das crianças?”, pergunta a repórter.
“A data de aniversário da Teodora era uma coisa que me dava um feedback disso. Porque eu mandava os convites para as crianças e às vezes eu ficava achando que alguma não fosse comparecer justamente por ser na casa de pais gays, homossexuais. Mas acabava comparecendo todas as crianças”, afirma Vasco.

ALERTA AS IGREJAS EVANGELICAS!

IGREJAS EVANGELICAS
 COMENTÁRIO: JMARINHO
ESTIVE LENDO ALGUMAS MATÉRIAS DE PESSOAS FAMOSAS, QUE ENFRETARAM ALGUNS DECLINIOS NA VIDA PROFISSIONAL E FORAM ESQUECIDOS PELA MÍDIA EM GERAL. MAS ESTÃO TENTANDO SE ENFILTRAR NO MEIO EVANGÉLICO PARA VOLTA A SER NOTÍCIA NOVAMENTE, MUITOS DELES, SÃO CANTORES, CANTORAS, OUTROS ATORES, ATRIZES E ATÉ MESMO ARTISTAS PLASTICOS. POLITICOS QUE PARTICIPAM DE REUNIÕES COM INTUITO DE OBTER APOIO PARA SUA FUTURA CANDIDATURA NO LEGISLATIVO, SEJA ESTADUAL, MUNICIPAL, OU FEDERAL. ELES FAZEM O POSSIVEL E O IMPOSSIVEL, CHEGAM A SE CONVERTER AO CRISTIANISMO TORNANDO PARTE DESSA COMUNIDADE. AI VEJAMOS QUE SÃO LOBOS VERTIDOS DE OVELHAS ESPERANDO O MOMENTO DE ATACAR A SUAS PRESAS, ISSO PASSA DESPERCEBIDOS POR MUITOS MENBROS, ATÉ MESMO PELO LIDER "PASTOR"QUE VENDO ESSA PESSOA QUE NOS ANOS ATRÁS CONVIVIA NO MEIO DO SUCESSO AGORA VÊR-SE FORA DELA. QUANDO SÃO ENTREVISTADOS POR UMA EMISSORA DE TELEVISÃO DIZEM QUE ESTÃO MUDADO POIS ENCONTRARAM A VERDADEIRA FELICIDADE, AS VEZES QUEM CONHECIA ESSE ARTISTA QUE HOJE CONFESSA SUA FÉ  MAS NO PASSADO TEVE UMA VIDA DE DESENCONTRO TANTO NO PROFISSIONAL, COMO NO CONJUGAL. POR ISSO VENHO ALERTAR AOS PASTORES MISSIONÁRIOS E OBREIROS, QUE PEÇAM DIRECIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO PAR QUE NÃO CAIAM NO CONTO DO DIABO. QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA COM VOSCO!

BANCOS RETOMAM CARROS POR FALTA DE PAGAMENTOS!

Por falta de pagamento, 200 mil paulistas perdem o carro

Financiamento descontrolado gera calote de R$ 10,5 bilhões em todo o País

Bancos e associações não divulgam a quantidade de carros retomados por falta de pagamento. Mas dados de empresas de leilões dão ideia do tamanho do problema. Segundo quatro grandes grupos que atuam no Estado de São Paulo, entre 180 mil e 200 mil veículos foram retomados por falta de pagamento nos últimos dois anos.

No Brasil, o índice de inadimplência em veículos passou de 2,5% dos contratos em 2010 para 5,6% neste ano e um total de R$ 10,5 bilhões em parcelas deixou de ser pago, muito acima do saldo de R$ 3,8 bilhões de dois anos atrás. O calote vem caindo, depois de atingir o pico de 6,1% em maio, mas ainda é alto.

Os devedores, em parte, são pessoas que compraram o primeiro carro zero, atraídas por planos de pagamento sem entrada, prazos de 60 a 80 meses e "parcelas que cabiam no bolso".

A bolha do crédito farto ajudou o Brasil a ocupar pela primeira vez, em 2010, o 4º lugar na lista dos maiores mercados de veículos do mundo, posição que vem sendo mantida.

Neste ano, as vendas devem atingir o recorde de 3,8 milhões de unidades. Muitos dos consumidores que ajudaram o País a chegar a esse posto, contudo, hoje penam para pagar as prestações ou tiveram o carro retomado por falta de pagamento.

Para o presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Décio Carbonari, "o estrago neste ano foi muito maior do que o imaginado".

Com mais da metade das prestações a vencer, o consumidor se deu conta de que o saldo devedor era bem maior que o valor do bem — que se deprecia, em média, 15% ao ano.

Paulo Garbossa, da consultoria ADK, destaca:

— Hoje, com o saldo devedor de um financiamento feito há dois anos é possível comprar um carro mais moderno e com juro menor.

O juro hoje é menor em consequência da política adotada pelo Banco Central. Caiu de 40,6% na média anual no fim de 2010 para menos de 35%. Os automóveis também estão mais baratos em razão da concorrência de novas marcas e alguns modelos são lançados a preços mais baixos que os antigos.

ALERTA SEMPRE! ESCOTEIROS.

Escoteiros no AM: cidadãos sempre alertas

Grupo com mais meio século ajudou na formação de grandes personalidades do Estado e ainda mantém filosofia viva

Reunião do grupo Murilo Braga, um dos primeiros no AM
Reunião do grupo Murilo Braga, um dos primeiros no AM (Antonio Menezes )
Fundado em 8 de agosto de 1958, um dos primeiros grupos de escoteiros de Manaus ainda mantém crianças e jovens “sempre alertas” para alguns princípios como o da amizade, filantropia e responsabilidade. Há pouco mais de cinco décadas que o “1º AM Grupo de Escoteiros Murilo Braga” tem desenvolvido atividades que estimulam a cidadania e coletividade.
O movimento sem fins lucrativos, educacional, apartidário e voluntariado já reuniu aproximadamente 2 mil membros ao longo de sua história em Manaus, inclusive personalidades locais. Atualmente, o grupo reúne-se na Escola Municipal Honorina de Azevedo Vasconcelos, Rua 7, no bairro São José, Zona Leste, onde participam 16 crianças e jovens.
A filosofia do escotismo mantida pelo grupo sempre buscou ter uma importante participação no desenvolvimento de crianças e jovens por meio de um sistema de valores que baseado na promessa e na lei escoteira, e por meio da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, faz com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornando-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.

sábado, 29 de dezembro de 2012

PROPÓSITO DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA!

A Natureza e o Propósito da Arqueologia Bíblica

A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos.
A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam literalmente: um estudo das coisas antigas. No entanto, o termo se aplica, hoje, ao estudo de materiais escavados pertencentes a eras anteriores. A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos outrora perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos. A arqueologia é basicamente uma ciência. O conhecimento neste campo se obtém pela observação e estudo sistemáticos, e os fatos descobertos são avaliados e classificados num conjunto organizado de informações. A arqueologia é também uma ciência composta, pois busca auxílio em muitas outras ciências, tais como a química, a antropologia e a zoologia. Naturalmente, alguns objetos de investigação arqueológica (tais como obeliscos, tempos egípcios e o Partenon em Atenas) jamais foram perdidos, mas talvez algum conhecimento de sua forma e/ou propósito originais, bem como o significado de inscrições neles encontradas, tenha se perdido.
Funções da Arqueologia Bíblica
A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos. A Arqueoloia também ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo das Escrituras. Ela tem mostrado a falsidade de algumas teorias de interpretação da Bíblia. Tem auxiliado a estabelecer a exatidão dos originais gregos e hebraicos e a demonstrar que o texto bíblico foi transmitido com um alto grau de exatidão. Tem confirmado também a exatidão de muitas passagens das Escrituras, como, por exemplo, afirmações sobre numerosos reis e toda a narrativa dos patriarcas.
Não se deve ser dogmático, todavia, em declarações sobre as confirmações da arqueologia, pois ela também cria vários problemas para o estudante da Bíblia. Por exemplo: relatos recuperados na Babilônia e na Suméria descrevendo a criação e o dilúvio de modo notavelmente semelhante ao relato bíblico deixaram perplexos os eruditos bíblicos. Há ainda o problema de interpretar o relacionamento entre os textos recuperados em Ras Shamra (uma localidade na Síria) e o Código Mosaico. Pode-se, todavia, confiantemente crer que respostas a tais problemas virão com o tempo. Até o presente não houve um caso sequer em que a arqueologia tenha demonstrado definitiva e conclusivamente que a Bíblia estivesse errada!
Por Que Antigas Cidades e Civilizações Desapareceram
Sabemos que muitas civilizações e cidades antigas desapareceram como resultado do julgamento de Deus. A Bíblia está repleta de tais indicações. Algumas explicações naturais, todavia, também devem ser brevemente observadas.
As cidades eram geralmente construídas em lugares de fácil defesa, onde houvesse boa quantidade de água e próximo a rotas comerciais importantes. Tais lugares eram extremamente raros no Oriente Médio antigo. Assim, se alguma catástrofe produzisse a destruição de uma cidade, a tendência era reconstruir na mesma localidade. Uma cidade podia ser amplamente destruída por um terremoto ou por uma invasão. Fome ou pestes podiam despovoar completamente uma cidade ou território. Nesta última circunstância, os habitantes poderiam concluir que os deuses haviam lançado sobre o local uma maldição, ficando assim temerosos de voltar. Os locais de cidades abandonadas reduziam-se rapidamente a ruínas. E quando os antigos habitantes voltavam, ou novos moradores chegavam à região, o hábito normal era simplesmente aplainar as ruínas e construir uma nova cidade. Formava-se, assim, pequenos morros ou taludes, chamados de tell, com muitas camadas superpostas de habitação. Às vezes, o suprimento de água se esgotava, rios mudavam de curso, vias comerciais eram redirecionadas ou os ventos da política sopravam noutra direção – o que resultava no permanente abandono de um local.
A Escavação de um Sítio Arqueológico
O arqueólogo bíblico pode ser dedicar à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez procure resolver dúvidas relacionadas à proposta identificação de um sítio arqueológico. Possivelmente estará procurando informações concernentes a personagens ou fatos da história bíblica que ajudarão a esclarecer a narrativa bíblica.
Uma vez que o escavador tenha escolhido o local de sua busca, e tenha feito os acordos necessários (incluindo permissões governamentais, financiamento, equipamento e pessoal), ele estará pronto para começar a operação. Uma exploração cuidadosa da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos resto de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local. Faz-se, sem seguida, uma mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para facilitar a rotulação das descobertas.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
Embora a maioria das pessoas pense em grandes monumentos e peças de museu e em grandes feitos de reis antigos quando se faz menção da arqueologia bíblica, cresce o conhecimento de que inscrições e manuscritos também têm uma importante contribuição ao estudo da Bíblia. Embora no passado a maior parte do trabalho arqueológico estivesse voltada para a história bíblica, hoje ela se volta crescentemente para o texto da Bíblia. O estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do N.T. grego, datados do segundo século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade. Uma coisa é provar que o texto do N.T. foi notavelmente preservado a partir do segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos, por exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros séculos da era cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela lenda cristã. Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar que nem os Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até chegarem à sua forma atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando início à ciência da papirologia. Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos manuscritos maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais.
O impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 AD! Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século – é exatamente isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros três Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do N.T. foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo.
Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores, como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelo apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. grego era de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras bíblicas cujas compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas.
Até recentemente, o manuscrito hebraico do A.T. de tamanho considerável mais antigo era datado aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o A.T. completo era cerca de um século mais recente. Então, no outono de 1948, os mundos religioso e acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto. Desde então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de rolos e fragmentos. Dezenas de milhares de fragmentos de couro e alguns de papiro forma ali recuperado. Embora a maior parte do material seja extrabíblico, cerva de cem manuscritos (em sua maioria parciais) contêm porções das Escrituras. Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas descobertas. Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais freqüentemente citados no N.T. também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.
O significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em mais de mil anos a história do texto do A.T. (depois de muito debate, a data dos manuscritos de Qumran foi estabelecida como os primeiros séculos AC e AD). Eles oferecem abundante material crítico para pesquisa no A.T., comparável ao de que já dispunham há muito tempo os estudiosos do N.T. Além disso, os Manuscritos do Mar Morto oferecem um referencial mais adequado para o N.T., demonstrando, por exemplo, que o Evangelho de João foi escrito dentro de um contexto essencialmente judaico, e não grego, como era freqüentemente postulado pelos estudiosos. E ainda, ajudaram a confirma a exatidão do texto do A.T. A Septuaginta, comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é bem mais exata do que comumente se pensa. Por fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo material para auxiliar na determinação do sentido de certas palavras hebraicas.

A BÍBLIA E SUA PRIMEIRA TRADUÇÃO!

A primeira tradução da bíblia

Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo.
Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.
Denominada Septuaginta (ou Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.
Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

A PRIMEIRA BIBLIA IMPRESSA!

As primeiras escrituras impressas

Um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim.

Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada paraimprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.
Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.

ARQUEOLOGIA DESCOBRIU SOBRE A BIBLIA!

Descobertas da arqueologia indicam que a maior parte das escrituras sagradas não passa de lenda


imagem internet
A disputa entre ciência e religião pela posse da verdade é antiga. No Ocidente, começou no século XVI, quando Galileu defendeu a tese de que a Terra não era o centro do Universo. Essa primeira batalha foi vencida pela Igreja, que obrigou Galileu a negar suas idéias para não ser queimado vivo. Mas o futuro dessa disputa seria diferente: pouco a pouco, a religião perdeu a autoridade para explicar o mundo. Quando, no século XIX, Darwin lançou sua teoria sobre a evolução das espécies, contra a idéia da criação divina, o fosso entre ciência e religião já era intransponível. Nas últimas décadas, a Bíblia passou a ser alvo de ciências como a filologia (o estudo da língua e dos documentos escritos), a arqueologia e a história. E o que os cientistas estão provando é que o livro mais importante da história é, em sua maior parte, uma coleção de mitos, lendas e propaganda religiosa.
Primeiro livro impresso por Guttemberg, no século XV, e o mais vendido da história, a Bíblia reúne escritos fundamentais para as três grandes religiões monoteístas – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Na verdade, a Bíblia é uma biblioteca de 73 livros escritos em momentos históricos diferentes. O Velho Testamento, aceito como sagrado por judeus, cristãos e muçulmanos, é composto de 46 livros que pretendem resumir a história do povo hebreu desde o suposto chamamento de Abraão por Deus, que teria ocorrido por volta de 1850 a.C., até a conquista da Palestina pelos exércitos de Alexandre Magno e as revoltas do povo judeu contra o domínio grego, por volta de 300 a.C. Os 27 livros do Novo Testamento abarcam um período bem menor: cerca de 70 anos que vão do nascimento de Jesus à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.
O coração do Velho Testamento são os primeiros cinco livros, que compõem a Torá do Judaísmo (a palavra significa “lei”, em hebraico). Em grego, o conjunto desses livros recebeu o nome de Pentateuco (“cinco livros”). São considerados os textos “históricos” da Bíblia, porque pretendem contar o que ocorreu desde o início dos tempos, inclusive a criação do homem – que, segundo alguns teólogos, teria ocorrido em 5000 a.C. O Pentateuco inclui o Gênesis (o “livro das origens”, que narra a criação do mundo e do homem até o dilúvio universal), o Êxodo (que narra a saída dos judeus do Egito sob a liderança de Moisés) e os Números (que contam a longa travessia dos judeus pelo deserto até a chegada a Canaã, a terra prometida).
Das três ciências que estudam a Bíblia, a arqueologia tem se mostrado a mais promissora. “Ela é a única que fornece dados novos”, diz o arqueólogo israelense Israel Finkelstein, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv e autor do livro The Bible Unearthed (A Bíblia desenterrada, inédito no Brasil), publicado no ano passado. A obra causou um choque em estudiosos de arqueologia bíblica, porque reduz os relatos do Antigo Testamento a uma coleção de lendas inventadas a partir do século VII a.C.
O Gênesis, por exemplo, é visto como uma epopéia literária. O mesmo vale para as conquistas de David e as descrições do império de Salomão.
A ciência também analisa os textos do Novo Testamento, embora o campo de batalha aqui esteja muito mais na filologia. A arqueologia, nesse caso, serve mais para compor um cenário para os fatos do que para resolver contendas entre as várias teorias. O núcleo central do Novo Testamento são os quatro evangelhos. A palavra evangelho significa “boa nova” e a intenção desses textos é clara: propagandear o Cristianismo. Três deles (Mateus, Marcos e Lucas) são chamados sinóticos, o que pode ser traduzido como “com o mesmo ponto de vista”. Eles contam a mesma história, o que seria uma prova de que os fatos realmente aconteceram. Não é tão simples. O problema central do Novo Testamento é que seus textos não foram escritos pelos evangelistas em pessoa, como muita gente supõe, mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, décadas depois da morte de Jesus, quando as versões estavam contaminadas pela fé e por disputas religiosas.
Nessa época, os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos pelos romanos, e alguns dos primeiros apóstolos, depois de se separarem para levar a “boa nova” ao resto do mundo, estavam velhos e doentes. Havia, portanto, o perigo de que a mensagem cristã caísse no esquecimento se não fosse colocada no papel. Marcos foi o primeiro a fazer isso, e seus textos serviram de base para os relatos de Mateus e Lucas, que aproveitaram para tirar do texto anterior algumas situações que lhes pareceram heresias. “Em Marcos, Jesus é uma figura estranha que precisa fazer rituais de magia para conseguir um milagre”, afirma o historiador e arqueólogo André Chevitarese.
Para tentar enxergar o personagem histórico de Jesus através das camadas de traduções e das inúmeras deturpações aplicadas ao Novo Testamento, os pesquisadores voltaram-se para os textos que a Igreja repudiou nos primeiros séculos do Cristianismo. Ignorados, alguns desapareceram. Mas os fragmentos que nos chegaram tiveram menos intervenções da Igreja ao longo desses 2 000 anos. Parte desses evangelhos, chamados “apócrifos” (não se sabe ao certo quem os escreveu), fazem parte de uma biblioteca cristã do século IV descoberta em 1945 em cavernas do Egito. Os evangelhos estavam escritos em língua copta (povo do Egito).
O fato de esses textos terem sido comprovadamente escritos nos primeiros séculos da era cristã não quer dizer que eles sejam mais autênticos ou contenham mais verdades que os relatos que chegaram até nós como oficiais. Pelo contrário, até. Os coptas, que fundariam a Igreja cristã etíope, foram considerados hereges, porque não aceitavam a dupla natureza de Jesus (humana e divina). Para eles, Jesus era apenas divino e os textos apócrifos coptas defendem essa versão. Mesmo assim, eles trazem pistas para elucidar os fatos históricos.
A tentativa de entender o Jesus histórico buscando relacioná-lo a uma ou outra corrente religiosa judaica também foi infrutífera, como ficou demonstrado no final da tradução dos pergaminhos do Mar Morto, anunciada recentemente. Esses papéis, achados por acaso em cavernas próximas do Mar Morto, em 1947, criaram a expectativa de que pudesse haver uma ligação entre Jesus e os essênios, uma corrente religiosa asceta, cujos adeptos viviam isolados em comunidades purificando-se à espera do messias. O fim das traduções indica que não há qualquer ligação direta entre Jesus e os essênios, a não ser a revolta comum contra a dominação romana.
O resultado é que, depois de dois milênios, parece impossível separar o verdadeiro do falso no Novo Testamento. O pesquisador Paul Johnson, autor de A História do Cristianismo, afirma que, se extrairmos, de tudo o que já se escreveu sobre Jesus, só o que tem coerência histórica e é consenso, restará um acontecimento quase desprovido de significado. “Esse ‘Jesus residual’ contava histórias, emitiu uma série de ditos sábios, foi executado em circunstâncias pouco claras e passou a ser, depois, celebrado em cerimônia por seus seguidores.”
O que sabemos com certeza é que Jesus foi um judeu sectário, um agitador político que ameaçava levantar os dois milhões de judeus da Palestina contra o exército de ocupação romano. Tudo o mais que se diz dele precisa da fé para ser tomado como verdade. Assim como aconteceu com Moisés, David e Salomão do Velho Testamento, a figura de Jesus sumiu na névoa religiosa.
O Dilúvio
No Gênesis, a história do dilúvio é uma das poucas que ainda alimenta o interesse dos cientistas, depois que os físicos substituíram a criação do mundo pelo Big Bang e Darwin substituiu Adão pelos macacos. O que intrigou os pesquisadores foi o fato de uma história parecida existir no texto épico babilônico de Gilgamesh – o que sugere que uma enchente de enormes proporções poderia ter acontecido no Oriente Médio e na Ásia Menor. Parte do mistério foi solucionado quando os filólogos conseguiram demonstrar que a narrativa do Gênesis é uma apropriação do mito mesopotâmico. “Não há dúvida de que os hebreus se inspiraram no mito de Gilgamesh para contar a história do dilúvio”, afirma Rafael Rodrigues da Silva, professor do Departamento de Teologia da PUC de São Paulo, especialista na exegese do Antigo Testamento.
O povo hebreu entrou em contato com o mito de Gilgamesh no século VI a.C. Em 598 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor, depois de conquistar a Assíria, invadiu e destruiu Jerusalém e seu templo sagrado. No ano seguinte, os judeus foram deportados para a Babilônia como escravos. O chamado exílio babilônico durou 40 anos. Em 538 a.C., Ciro, o fundador do Império Persa, depois de submeter a Babilônia permitiu o retorno dos judeus à Palestina. Os rabinos ou “escribas” começaram a reconstruir o Templo e a reescrever o Gênesis para, de alguma forma, dar um sentido teológico à terrível experiência do exílio. Assim, a ameaça do dilúvio seria uma referência à planície inundável entre os rios Tigre e Eufrates, região natal de Nabucodonosor; os 40 dias de chuva seriam os 40 anos do exílio; e a aliança final de Deus com Noé, marcada pelo arco-íris, uma promessa divina de que os judeus jamais seriam exilados.
Solucionado o mistério do dilúvio na Bíblia, continua o da sua origem no texto de Gilgamesh. No final da década de 90, dois geólogos americanos da Universidade Columbia, Walter Pittman e Willian Ryan, criaram uma hipótese: por volta do ano 5600 a.C., ao final da última era glacial, o Mar Mediterrâneo havia atingido seu nível mais alto e ameaçava invadir o interior da Ásia na região hoje ocupada pela Turquia, mais precisamente a Anatólia. Num evento catastrófico, o Mediterrâneo irrompeu através do Estreito de Bósforo (ver infográfico na página 44), dando origem ao Mar Negro como o conhecemos hoje. Um imenso vale de terras férteis e ocupado por um lago foi inundado em dois ou três dias.
Os povos que ocupavam os vales inundados tiveram que fugir às pressas e o mais provável é que a maioria tenha morrido. Os sobreviventes, porém, tinham uma história inesquecível, que ecoaria por milênios. Alguns deles, chamados ubaids, atravessaram as montanhas da Turquia e chegaram à Mesopotâmia, tornando-se os mais antigos ancestrais de sumérios, assírios e babilônios. Estaria aí a origem da narrativa de Gilgamesh. Essa teoria foi recebida por arqueólogos e antropólogos como fantástica demais para ser verdadeira.
No entanto, no verão de 2000, o caçador de tesouros submersos Robert Ballard, o mesmo que encontrou os restos do Titanic, levou suas poderosas sondas para analisar o fundo do Mar Negro nas proximidades do que deveriam ser vales de rios antes do cataclisma aquático. Ballard encontrou restos de construções primitivas e a análise da lama colhida em camadas profundas do oceano provaram que, há 7 600 anos, ali existia um lago de água doce. A hipótese do grande dilúvio do Mar Negro estava provada.
O Êxodo
Não há registro arqueológico ou histórico da existência de Moisés ou dos fatos descritos no Êxodo. A libertação dos hebreus, escravizados por um faraó egípcio, foi incluída na Torá provavelmente no século VII a.C., por obra dos escribas do Templo de Jerusalém, em uma reforma social e religiosa. Para combater o politeísmo e o culto de imagens, que cresciam entre os judeus, os rabinos inventaram um novo código de leis e histórias de patriarcas heróicos que recebiam ensinamentos diretamente de Jeová. Tais intenções acabaram batizadas de “ideologia deuteronômica”, porque estão mais evidentes no livro Deuteronômio. A prova de que esses textos são lendas estaria nas inúmeras incongruências culturais e geográficas entre o texto e a realidade. Muitos reinos e locais citados na jornada de Moisés pelo deserto não existiam no século XIII a.C., quando o Êxodo teria ocorrido. Esses locais só viriam a existir 500 anos depois, justamente no período dos escribas deuteronômicos.
Também não havia um local chamado Monte Sinai, onde Moisés teria recebido os Dez Mandamentos. Sua localização atual, no Egito, foi escolhida entre os séculos IV e VI d.C., por monges cristãos bizantinos, porque ele oferecia uma bela vista. Já as Dez Pragas seriam o eco de um desastre ecológico ocorrido no Vale do Nilo quando tribos nômades de semitas estiveram por lá (veja infográfico na página 45).
Vejamos agora o caso de Abraão, o patriarca dos judeus. Segundo a Bíblia, ele era um comerciante nômade que, por volta de 1850 a.C., emigrou de Ur, na Mesopotâmia, para Canaã (na Palestina). Na viagem, ele e seus filhos comerciavam em caravanas de camelos. Mas não há registros de migrações de Ur em direção a Canaã que justifiquem o relato bíblico e, naquela época, os camelos ainda não haviam sido domesticados. Aqui também há erros geográficos: lugares citados na viagem de Abraão, como Hebron e Bersheba, nem existiam então. Hoje, a análise filológica dos textos indica que Abraão foi introduzido na Torá entre os séculos VIII e VII a.C. (mais de 1 000 anos após a suposta viagem).
Então, como surgiu o povo hebreu? Na verdade, hebreus e canaanitas são o mesmo povo. Por volta de 2000 a.C., os canaanitas viviam em povoados nas terras férteis dos vales, enquanto os hebreus eram nômades das montanhas. Foi o declínio das cidades canaanitas, acossadas por invasores no final da Idade do Bronze (300 a.C. a 1000 a.C.), que permitiu aos hebreus ocupar os vales. Segundo a Bíblia, os hebreus conquistaram Canaã com a ajuda dos céus: na entrada de Jericó, o exército hebreu toca suas trombetas e as muralhas da cidade desabam, por milagre. Mas a ciência diz que Jericó nem tinha muralhas nessa época. A chegada dos hebreus teria sido um longo e pacífico processo de infiltração.
David e Salomão
Há pouca dúvida de que David e Salomão existiram. Mas há muita controvérsia sobre seu verdadeiro papel na história do povo hebreu. A Bíblia diz que a primeira unificação das tribos hebraicas aconteceu no reinado de Saul. Seu sucessor, David, organizou o Estado hebraico, eliminando adversários e preparando o terreno para que seu filho, Salomão, pudesse reinar sobre um vasto império. O período salomônico (970 a.C. a 930 a.C.) teria sido marcado pela construção do Templo de Jerusalém e a entronização da Arca da Aliança em seu altar.
Não há registros históricos ou arqueológicos da existência de Saul, mas a arqueologia mostra que boa parte dos hebreus ainda vivia em aldeias nas montanhas no período em que ele teria vivido (por volta de 1000 a.C.) – assim, Saul seria apenas um entre os muitos líderes tribais hebreus. Quanto a David, há pelos menos um achado arqueológico importante: em 1993 foi encontrada uma pedra de basalto datada do século IX a.C. com escritos que mencionam um rei David.
Por outro lado, não há qualquer evidência das conquistas de David narradas na Bíblia, como sua vitória sobre o gigante Golias. Ao contrário, as cidades canaanitas mencionadas como destruídas por seus exércitos teriam continuado sua vida normalmente. Na verdade, David não teria sido o grande líder que a Bíblia afirma. Seu papel teria sido muito menor. Ele pode ter sido o líder de um grupo de rebeldes que vivia nas montanhas, chamados apiru (palavra de onde deriva a palavra hebreu) – uma espécie de guerrilheiro que ameaçava as cidades do sul da Palestina. Quanto ao império salomônico cantado em verso e prosa na Torá hebraica, a verdade é que não foram achadas ruínas de arquitetura monumental em Jerusalém ou qualquer das outras cidades citadas na Bíblia.
O principal indício de que as conquistas de David e o império de Salomão são, em sua maior parte, invenções é que, no período em que teriam vivido, a arqueologia prova que a cultura canaanita (que, segundo a Bíblia, teria sido destruída) continuava viva. A conclusão é que David e Salomão teriam sido apenas pequenos líderes tribais de Judá, um Estado pobre e politicamente inexpressivo localizado no sul da Palestina.
Na verdade, o grande momento da história hebraica teria acontecido não no período salomônico, mas cerca de um século mais tarde. Entre 884 e 873 a.C., foi fundada Samária, a capital do reino de Israel, no norte da Palestina, sob a liderança do rei israelita Omri. Enquanto Judá permanecia pobre e esquecida no sul, os israelitas do norte faziam alianças com os assírios e viviam um período de grande desenvolvimento econômico. A arqueologia demonstrou que os monumentos normalmente atribuídos a Salomão foram, na verdade, erguidos pelos omridas. Ou seja: o primeiro grande Estado judaico não teve a liderança de Salomão, e sim dos reis da dinastia omrida.
Enriquecido pelos acordos comerciais com Assíria e Egito, o rei Ahab, filho de Omri, ordena a construção dos palácios de Megiddo e as muralhas de Hazor, entre outras obras. Hoje, os restos arqueológicos desses palácios e muralhas são o principal ponto de discórdia entre os arqueólogos que estudam a Torá. Muitos ainda os atribuem a Salomão, numa atitude muito mais de fé do que de rigor científico, já que as datações mais recentes indicam que Salomão nunca ergueu palácios.
Judá
Entender a história de Judá é fundamental para entender todo o Velho Testamento. Até o século VIII a.C., Judá era apenas uma reunião de tribos vivendo numa região desértica do sul da Palestina. Em 722 a.C., porém, os assírios resolvem conquistar as ricas planícies e cidades de Israel – o reino do norte, mais desenvolvido economicamente e mais culto. Judá, no sul, que não pareceu interessar aos assírios, pôde continuar independente, desde que pagasse tributos ao império assírio.
Assim, enquanto no norte acontece uma desintegração dos hebreus, levados para a Assíria como escravos, no sul eles continuam unidos em torno do Templo de Jerusalém. Judá beneficiou-se enormemente da destruição do reino do norte. Jerusalém cresceu rapidamente e cidades como Lachish, que servia de passagem antes de chegar a Jerusalém, foram fortificadas. Era o momento de Judá tomar a frente dos hebreus. Para isso, precisaria de duas coisas: um rei forte e um arsenal ideológico capaz de convencer as tribos do norte de que Judá fora escolhida por Deus para unir os hebreus. Além disso, era preciso combater o politeísmo que voltava a crescer no norte.
Josias foi o candidato a assumir a posição de rei unificador. Durante uma reforma no Templo de Jerusalém, em seu governo, foi “encontrado” (na verdade, não há dúvidas de que o livro foi colocado ali de propósito) o livro Deuteronômio, com todos os ingredientes para um ampla reforma social e religiosa. O livro possui até profecias que afirmam, por exemplo, que um rei chamado Josias, da casa de David, seria escolhido por Deus para salvar os hebreus. Ungido pelo relato do livro, o ardiloso Josias consegue seu objetivo de centralizar o poder, mas acaba morto em batalha. Judá revolta-se contra os assírios e o rei da Assíria, Senaqueribe, invade a região, destruindo Lachish e submetendo Jerusalém. A destruição de Lachish, narrada com riqueza de detalhes na Bíblia, também aparece num relevo encontrado em Nínive, a antiga capital assíria. E as escavações comprovaram que a Bíblia e o relevo são fiéis ao acontecido. Ou seja: nesse caso, a arqueologia provou que a Torá foi fiel aos fatos.
Jesus
Segundo o Novo Testamento, Jesus nasceu em Belém, uma cidadezinha localizada oito quilômetros ao sul de Jerusalém, filho do carpinteiro José e de uma jovem chamada Maria, que o concebeu sem macular sua virgindade. Os evangelhos de Lucas e Mateus afirmam que Jesus nasceu “perto do fim do reino de Herodes”. O texto de Lucas afirma que a anunciação aconteceu em Nazaré, onde José e Maria viviam, mas eles foram obrigados a viajar até Belém pelo censo “ordenado quando Quirino era governador da Síria”.
Hoje, o que se sabe de concreto sobre Jesus é que ele nasceu na Palestina, provavelmente no ano 6 a.C., ao final do reinado de Herodes Antibas (que acabou em 4 a.C.). A diferença entre o nascimento real de Jesus e o ano zero do calendário cristão se deve a um erro de cálculo. No século VI, quando a Igreja resolveu reformular o calendário, o monge incumbido de fazer os cálculos cometeu um erro. Além disso, é praticamente certo que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. A explicação que o texto de Lucas dá para a viagem de Jesus até Belém seria falsa. Os registros romanos mostram que Quirino (aquele que teria feito o censo que obrigou a viagem a Belém) só assumiu no ano 6 d.C. – 12 anos depois do ano de nascimento de Jesus. A história da viagem a Belém foi criada porque a tradição judaica considerava essa cidade o berço do rei David – e o messias deveria ser da linhagem do primeiro rei dos judeus.
A concepção imaculada de Maria é um dos dogmas mais rígidos da Igreja, mas nem sempre foi um consenso entre os cristãos. Alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano. A menina Maria teria 12 anos quando concebeu Jesus. Na rígida tradição judaica, uma mulher que engravidasse assim poderia ser condenada à morte por apedrejamento. O velho carpinteiro José, provavelmente querendo poupar a menina, casou-se com ela e escondeu sua gravidez até o nascimento do bebê. A data de 25 de dezembro não está na Bíblia. É uma criação também do século VI, quando o calendário foi alterado.
A Bíblia afirma que Jesus teve duas irmãs e quatro irmãos: Tiago, Judas, José e Simão. Mas não se sabe se esses eram filhos de Maria ou de um primeiro casamento de José. Muitos teólogos afirmam que eles eram, na verdade, primos de Jesus – em aramaico, irmão e primo são a mesma palavra. A Bíblia não fala quase nada sobre a infância e a adolescência de Jesus, com exceção de uma passagem em que, aos 12 anos, numa visita ao Templo de Jerusalém durante a Páscoa, seus pais o encontram discutindo teologia com os sábios nas escadarias do templo do monte. É quase certo, porém, que ele cresceu em Nazaré.
Jesus falava certamente o aramaico, a língua corrente da Palestina e, provavelmente, entendia o hebreu por ter tomado lições na sinagoga e por ler a Torá. Os evangelhos apócrifos o pintam como um menino Jesus travesso, capaz de dar vida a figuras de barro para impressionar os colegas e até mesmo a fulminar um menino que esbarrou em seu ombro, para ressuscitá-lo logo em seguida, depois de tomar uma bronca do pai.
Certamente José procurou iniciá-lo na arte da carpintaria e é provável que Jesus tenha trabalhado como carpinteiro durante um bom tempo. Oportunidade não lhe faltou. Escavações recentes revelaram que ao mesmo tempo em que Jesus crescia em Nazaré, bem próximo era construída a monumental cidade de Séfores, idealizada por Herodes Antibas para ser a capital da Galiléia. Séfores estava a uma hora a pé de Nazaré e é muito provável que José e Jesus tenham trabalhado ali. Em Séfores Jesus teria visto a passagem da família real de Herodes Antibas e a opulência das famílias de sacerdotes do Templo de Jerusalém. O fato de Jesus ter passado boa parte da sua vida ao lado de Séfores indicaria que ele não era um camponês rústico como já se pensou, mas tinha contato com a cultura do mundo helênico.
Aos 30 anos, Jesus se fez batizar por João Batista nas margens do rio Jordão. Segundo a Bíblia, durante o batismo João reconhece Jesus como o messias. Há registros históricos da existência de João Batista e, recentemente, arqueólogos encontraram entre o monte Nebo e Jericó, nas margens do rio Jordão, ruínas de um antigo local de peregrinação por volta do século III d.C.
Decidido a cumprir sua missão na terra, Jesus dirigiu-se então para a Galiléia, onde recrutou seus primeiros discípulos entre os pescadores do lago Tiberíades. Passou a viver com seus primeiros seguidores em Cafarnaum, cidade de pescadores próxima do lago de Tiberíades. Por dois anos Jesus pregou pela Galiléia, Judéia e em Jerusalém, proferindo sermões e contando parábolas. Segundo a Bíblia, realizou 31 milagres, incluindo 17 curas e seis exorcismos. Alguns dos mais famosos são a ressurreição de Lázaro, a transformação de água em vinho e a multiplicação dos peixes.
Cafarnaum, onde Jesus teria vivido com seus discípulos, era um povoado de cerca de 1 500 moradores naquela época. Escavações encontraram os restos da casa de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro (hoje conhecido como São Pedro), além de um barco datado da mesma época da passagem de Cristo pelo lugar. Não há, porém, certeza quanto ao número de discípulos que viviam próximos de Jesus. Nos evangelhos, apenas os oito primeiros conferem – os quatro últimos têm muitas variações. A hipótese mais provável é que o número “redondo” de 12 discípulos foi uma invenção posterior para espelhar, no Novo Testamento, as 12 tribos dos hebreus descritas no Velho Testamento.
Depois de viajar por quase toda a Palestina, Jesus parte para cumprir seu destino – ou, segundo alguns especialistas, seu plano. Durante a semana da Páscoa, o principal evento religioso do calendário judeu, Jesus entra em Jerusalém montado num burro e atravessando a Porta Maravilhosa. Esse foi, certamente, um ato deliberado de provocação aos sacerdotes do Templo e à elite judaica. Jesus faz exatamente o que o profeta Zacarias afirmava na Torá que o messias faria ao chegar. Jesus estava mandando uma mensagem de provocação aos sacerdotes do Templo. No segundo dia da Páscoa, Jesus vai ao Templo e ataca os mercadores e cambistas raivosamente.
Na quinta-feira, percebendo que o cerco apertava, os apóstolos celebram com Jesus a última ceia. A imagem que ficou dessa cena, gravada por Da Vinci e outros pintores, nada tem de verdadeiro. Os judeus comiam deitados de flanco, como os romanos, e as mesas eram ordenadas em formato de U e não dispostas numa linha reta. Durante a ceia, Judas levanta-se para trair seu mestre – ou, como alguns sugerem, para cumprir uma ordem dada pelo próprio Jesus. A captura acontece no Jardim do Getsêmani, onde Jesus e seus discípulos descansavam no caminho para Betânia, onde ficariam hospedados.
Levado para o Sinédrio, o Conselho dos Sacerdotes do Templo, Jesus reafirma sua missão divina e é condenado. Existem provas da denúncia de Caifás a Pilatos. Estudiosos judeus afirmam, porém, que o julgamento perante o Sinédrio jamais ocorreu porque o Sinédrio não se reunia durante a Páscoa. Essa versão teria sido incluída tardiamente na Bíblia após a ruptura definitiva entre cristãos e judeus. Jesus foi morto pelos romanos porque era considerado um agitador político.
Na manhã de sexta-feira, na residência do prefeito Pôncio Pilatos, Jesus é condenado à morte. Ele atravessa as ruas de Jerusalém carregando sua própria cruz e é crucificado entre dois ladrões. O caminho que Jesus percorreu nada tem a ver com a Via Crúcis visitada pelos turistas hoje. Ela é uma criação do século XIV, quando a cidade esteve nas mãos dos cavaleiros cruzados. A maioria dos historiadores e arqueólogos concorda, porém, que o morro do Calvário (Gólgota), localizado ao lado de uma pedreira, foi realmente o lugar da crucificação. Concordam também que seu corpo tenha sido colocado numa das grutas próximas. O que aconteceu então depende da fé de cada um. Há varias versões: que Jesus teria sobrevivido ao martírio, que outra pessoa teria morrido em seu lugar, que seu corpo teria sido roubado ou, claro, que ele teria ressuscitado.
Jerusalém
Quando Jesus atravessou a Porta Maravilhosa em seu burrico, Jerusalém era a maior cidade do Império Romano entre Damasco (atual capital da Síria) e Alexandria (no Egito), com uma população estimada em torno de 80 000 moradores. Durante a semana da Páscoa, porém, o número de peregrinos na cidade ultrapassava 100 000, o que dá uma idéia do clima de agitação vivido na cidade: carros de boi dividiam as ruas estreitas com os pedestres e havia um grande vaivém de animais sendo trazidos para o sacrifício durante as festividades.
Conquistada pelos romanos em 63 a.C., Jerusalém estava no auge do seu esplendor arquitetônico. Onde quer que chegasse seu império, os romanos faziam questão de introduzir seu estilo arquitetônico em obras como estradas, palácios, anfiteatros e hipódromos. Em 31 a.C., os romanos haviam colocado o judeu Herodes Antibas como governador da Palestina. Sua principal obra foi a construção do Templo de Jerusalém, cujo tamanho e riqueza foram pensados para rivalizar com o templo salomônico descrito na Torá. As obras haviam terminado no ano 10 a.C. – quatro anos antes do nascimento de Jesus.
A cidade era dividida entre as partes alta e baixa. Na alta, escavações recentes mostraram que a elite da cidade tinha uma vida requintada. As casas tinham normalmente dois andares, e eram construídas ao redor de um pátio pavimentado de pedra. Havia piscinas privadas para os rituais de purificação. Os pisos eram cobertos por mosaicos e as paredes, por afrescos com cenas campestres. Também foram encontrados copos de vidro finamente trabalhados e frascos de perfume.
A riqueza da elite judaica era alimentada pela cobrança de taxas dos peregrinos. Para as convicções rígidas de Jesus sobre riqueza e ostentação, era inadmissível o estilo de vida dos sacerdotes e do rei judeu Herodes, que aceitavam e se beneficiavam com a dominação dos pagãos romanos. Não é possível afirmar que Jesus estava decidido a morrer crucificado naquela semana de Páscoa, mas há elementos para admitir que ele havia decidido ir até as últimas conseqüências para denunciar a situação. O resultado todos nós sabemos.
Paulo
No ano 36 d.C., vivia na Antióquia (Turquia) um judeu helenizado chamado Paulo de Tarso. Além de cidadão romano, era também um soldado do imperador, cuja função era perseguir cristãos. Mas, em 36 d.C., Paulo converteu-se à fé cristã, segundo ele depois que Jesus lhe apareceu milagrosamente. A partir de então, Paulo se transformaria no mais decidido e incansável apóstolo do Cristianismo.
A principal preocupação de Paulo era converter os gentios (os não-judeus) espalhados pelo império. Em 16 anos, fez quatro grandes viagens por Grécia, Ásia, Síria e Roma. Foi o primeiro a escrever sobre o Cristianismo nas 14 cartas que enviou às comunidades cristãs que havia fundado. Paulo achava que a mensagem de Cristo não podia ficar confinada na Palestina.
Em Jerusalém, porém, os judeus cristãos, liderados pelo irmão de Jesus, Tiago, estavam voltando às origens judaicas. Se não fosse por Paulo, é bem provável que o Cristianismo acabasse por ser reassimilado pelo Judaísmo, extinguindo-se. Para resolver suas divergências, provavelmente em 49 d.C., houve o primeiro concílio da igreja cristã em Jerusalém. Pela primeira vez enfrentaram-se Paulo e os seguidores sobreviventes de Jesus.
Ali começou a ser edificado o Cristianismo atual. Paulo lutou contra a circuncisão obrigatória para os convertidos – algo que certamente afastaria muitos homens gentios. E defendeu a revogação das leis e prescrições judaicas em favor dos preceitos simples de Cristo. Sua opinião prevaleceu principalmente porque o apóstolo Pedro convenceu-se de que ele estava certo.
Em 59 d.C., Paulo foi novamente convocado a se explicar e, no debate que se seguiu, obrigado, pela ala judaica, a adorar o Templo de Jerusalém como demonstração de fé. Durante a visita, foi identificado e preso e, em 60 d.C., deportado para Roma – onde ficou em prisão domiciliar. Em 64 d.C., quando Nero mandou perseguir os cristãos, Pedro e Paulo acabaram presos e condenados à morte. Pedro foi crucificado e Paulo, por ser cidadão romano, teve o privilégio de ser decapitado.
Em 70 d.C., durante uma revolta dos judeus contra a dominação romana, Tito destruiu Jerusalém e seu templo, obrigando os judeus a fugir da Palestina. O desaparecimento dos que se opunham à visão universalizante que Paulo tinha do Cristianismo abriu caminho para sua visão da fé. O centro de gravidade do Cristianismo deslocou-se para Roma, que, em poucos séculos, passaria a ser o centro da cristandade.
Uma bela história. Seja a da versão bíblica oficial, a apócrifa ou a que a ciência hoje propõe como a que tem mais chances de ser verdadeira.
O que se sabe com certeza é que Jesus foi um judeu sectário e um agitador político que ameaçava levantar dois milhões de judeus da Palestina contra o exército de ocupação romano. Tudo o mais que se diz dele necessita da fé para ser considerado verdade
A libertação do Egito
O que diz a Bíblia – No Êxodo, Deus escolhe Moisés como libertador do povo hebreu, envia as Dez Pragas e divide as águas do Mar Vermelho. No Monte Sinai, já a caminho da Terra Prometida, Moisés recebe as tábuas dos Dez Mandamentos.
O que diz a Arqueologia – Não há qualquer registro da existência de Moisés ou dos fatos descritos no Êxodo. Aliás, boa parte dos reinos e locais citados na sua jornada também não existiam no século XIII a.C. e só surgiriam 500 anos depois. A escolha do lugar que passou a ser conhecido como Monte Sinai ocorreu entre os séculos IV e VI d.C. por monges bizantinos.
O Dilúvio universal
O que diz a Bíblia – Segundo o Gênesis, um grande dilúvio destruiu a Terra. Noé e sua família, avisados, construíram uma arca para salvar um casal de cada espécie animal.
O que diz a Arqueologia – Ruínas achadas no Mar Negro, próximo da Turquia, mostram que houve uma enchente catastrófica por volta de 5600 a.C. O nível do Mar Mediterrâneo subiu e irrompeu pelo Estreito de Bósforo, inundando a planície onde hoje está localizado o Mar Negro. Na época, a região era uma planície de terras férteis, com um lago. Sobreviventes dessa catástrofe migraram para a Mesopotâmia. Assim teria surgido a história do dilúvio no texto sumério de Gilgamesh. Os hebreus conheceram a história quando estiveram cativos na Babilônia.
A conquista de Canaã
O que diz a Bíblia – Depois da libertação do Egito, Moisés conduziu os hebreus até a entrada da Terra Prometida. Ali, os israelitas enfrentam os nativos canaanitas com uma ajuda divina: ao toque de suas trombetas, as muralhas de Jericó desabam miraculosamente.
O que diz a Arqueologia – Jericó nem tinha muralhas nesse período. Na verdade, a tomada de Canaã pelos hebreus acontece de forma gradual, quando as tribos hebraicas trocam o pastoreio pela agricultura dos vales férteis. A história da conquista foi escrita durante o século VII d.C., mais de 500 anos depois da chegada dos hebreus aos vales cananeus.
A saga do rei David
O que diz a Bíblia – Após derrotar Golias, David firma-se como rei dos hebreus, submetendo primeiro a tribo de Judá e, posteriormente, todas as 11 tribos israelitas.
O que diz a Arqueologia – Em 1993 foi encontrada uma pedra de basalto datada do século IX a.C. com escritos que mencionam a existência de um rei hebreu chamado David. Mas não há qualquer evidência das conquistas de David narradas na Bíblia. David pode ter sido o líder de um grupo de rebeldes vindos de camadas pobres dos cananeus que, nessa época, atacava as cidades do sul da Palestina.
A guerra assíria
O que diz a Bíblia – Por volta de 700 a.C., o rei Ezequias, de Judá, revolta-se contra os assírios. Judá é atacada e a cidade de Lachish é completamente destruída.
O que diz a Arqueologia – Os fatos são narrados com precisão histórica. Achados arqueológicos permitiram reconstruir o cenário da batalha descrita na Bíblia. Além disso, a destruição de Lachish pelos assírios foi expressa num relevo em Nínive, a capital assíria, e as imagens batem com a narrativa bíblica.
Império de Salomão
O que diz a Bíblia – Salomão sucedeu a seu pai, David, fez alianças com reinos vizinhos e construiu o Templo de Jerusalém. Em seu reinado, os israelitas alcançaram opulência e poder. Salomão construiu palácios e fortalezas em Jerusalém, Megiddo, Hazon e Gezer.
O que diz a Arqueologia – Não há sinal de arquitetura monumental em Jerusalém ou em qualquer das outras cidades citadas. Tudo leva a crer que Salomão, como David, eram apenas pequenos líderes tribais de Judá, um Estado pobre e politicamente inexpressivo.
As dez pragas que Deus teria enviado para salvar os judeus da escravidão no Egito podem ser um eco fantasiado de uma catástrofe ecológica que realmente aconteceu no Egito. Veja abaixo quais são as pestes e como a ciência explica cada uma delas.
1. As águas do Nilo se tingem de sangue
Uma mudança climática repentina esquenta a água do Nilo e provoca a reprodução descontrolada de Pfiesteria, uma alga que provoca hemorragias nos peixes, matando-os e intoxicando as águas com sangue.
2. Rãs cobrem a terra
A intoxicação das águas faz rãs e sapos fugirem, espalhando-se por toda a região.
3. Mosquitos atormentam homens e animais
A morte dos sapos produz uma superpopulação de insetos, inclusive do terrível maruim, um pequeno mosquito de picada dolorida.
4. Moscas escurecem o ar e atacam homens e animais
Outro tipo de inseto, a mosca dos estábulos, transforma-se em praga, atacando todo tipo de mamífero que encontra.
5. Uma peste atinge os animais
A peste eqüina africana e a peste da língua azul são doenças transmitidas pelo maruim e que atingem mamíferos.
6. Pústulas cobrem homens e animais
O mormo, uma doença eqüina que também ataca o homem, é transmitida pela mosca dos estábulos. Ela produz úlceras na pele.
7. Chuva de granizo destrói plantações
O granizo pode cair nas regiões desérticas do Mediterrâneo, embora seja um fenômeno relativamente raro.
8. Nuvem de gafanhotos ataca plantações
Os gafanhotos também são uma praga conhecida na região.
9. Escuridão encobre o Sol por três dias
Uma tempestade de areia pode durar dias e é capaz de encobrir completamente a luz do Sol.
10. Os primogênitos de homens e animais morrem
Cereais guardados em celeiros ainda úmidos podem desenvolver um bolor altamente tóxico. Como no Egito antigo os primogênitos (tanto humanos quanto dos animais) tinham a precedência na alimentação, em tempos de escassez eles foram os primeiros a ser fatalmente intoxicados pelo bolor.
A vida ao redor do templo
A Jerusalém que Jesus conheceu estava em seu auge de poder e beleza. Conquistada pelos romanos, em 63 a.C, a cidade passou por uma completa reformulação, que incluiu a construção de arenas, hipódromo, palácios e, principalmente, o impressionante templo erguido por Herodes Antibas, que Jesus visitou quando criança e poucos dias antes da sua morte. Dessa obra gigantesca restam, hoje, apenas um muro, que os judeus modernos chamam de Muro das Lamentações. Jesus foi muito provavelmente crucificado no Monte Calvário, como narra a Bíblia. Mas o percurso conhecido hoje como Via Crúcis não tem nada de histórico: foi inventado no século XIII pelos cavaleiros cruzados.
Pescador de homens
O que diz a Bíblia – Depois de ser batizado por João Batista e sofrer as tentações no deserto, Jesus foi para a Galiléia, onde recrutou seus primeiros discípulos entre os pescadores do lago Tiberíades. Escolheu viver com seus seguidores em Cafarnaum, uma pequena vila de pescadores.
O que diz a Arqueologia – Cafarnaum existiu e era um povoado com cerca de 1 500 moradores na época em que Jesus viveu. Escavações encontraram os restos de uma casa que pode ter sido de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro, o primeiro a ser recrutado por Jesus.
Infância desconhecida
O que diz a Bíblia – Não há quase nada sobre a infância e a adolescência de Jesus, com exceção de uma passagem em que, aos 12 anos, numa visita ao Templo de Jerusalém durante a Páscoa, seus pais o encontram discutindo teologia com os sábios nas escadarias do templo de Jerusalém.
O que diz a Arqueologia – Escavações recentes revelaram que, ao mesmo tempo em que Jesus crescia em Nazaré, bem próximo era construída a monumental cidade de Séfores, idealizada pelo rei hebreu Herodes Antibas para ser a capital da Galiléia. Séfores estava a uma hora a pé de Nazaré e é muito provável que José e Jesus tenham trabalhado como carpinteiros em sua construção. Em Séfores, Jesus teria visto a família real, a opulência das famílias dos sacerdotes do Templo de Jerusalém e, provavelmente, teve contato com a cultura dos hebreus helenizados.

CURSOS ONLINE GRÁTIS!

Universidades renomadas disponibilizam cursos online grátis


Estudantes de diferentes partes do mundo têm cada vez mais acesso a sites com vídeo-aulas e até cursos completos de algumas das melhores universidades do mundo. O melhor: são de graça. Os chamados MOOCs (Massive Open Online Courses) são cursos abertos, via web e para todo mundo. Em um único curso, você pode ter 80 mil colegas de classe.
Esse era o tamanho da turma de Felipe Barreiros, diretor de conteúdo digital, no curso que ele fez de gamefication. “A gente gasta muito tempo dentro de jogo e acaba não tendo nenhum retorno. Eles tiram esses atributos que estão dentro de jogos e acabam colocando em coisas que são realmente prazerosas e acabam adicionando alguma coisa para nossa vida”, explica.
No Brasil, não encontrou nenhum lugar onde pudesse estudar o assunto. Tentou o Coursera e achou um curso completo com um professor da Universidade da Pensilvânia. O que aprendeu na aula virtual, Felipe já está aplicando no trabalho, em uma faculdade de tecnologia.
O site possui 33 universidades parceiras, como Princeton, Columbia e Stanford. São 2 mil cursos, com 1,7 milhão de alunos. “Nós promovemos interação entre os estudantes, fazemos com que se perguntem uns aos outros e discutam sobre os conteúdos e também encorajamos os estudantes a criar grupos de estudo”, conta Julia Stiglitz, do Coursera.
Os grupos são importantes porque o professor não tem como corrigir o trabalho de todo mundo. A correção é feita entre eles, e a coisa é séria. Quem acompanhar as videoaulas e discussões e cumprir os prazos das atividades têm direito a um certificado, que certamente vai fazer diferença no currículo.
É bom lembrar que os cursos são em inglês, mas muitos já são traduzidos para outros idiomas por voluntários. Hamilton Haddad virou fã de cursos online como aluno e agora é professor no Brasil, no portal da USP. São mil e-aulas da universidade disponíveis e mais de 10 mil acessos por dia.
“No presencial, você sabe exatamente quantos são os seus alunos, aqui não. Você coloca a aula no ar e isso pode ser assistido por qualquer pessoa. É muito legal”, afirma Haddad. Na USP, é um pouco diferente. Não existe certificado e nem curso completo.
Você assiste às aulas em busca de conhecimento, e nada mais. Só que em um mundo em que já não há fronteiras e nem distâncias, conhecimento vale muito. “Eu sinto como se tivesse um professor particular entre os melhores do mundo me ensinando. É realmente uma ferramenta muito boa, que tem recursos além das aulas. É muito bom, e é de graça. Conhecimento tem que ser de graça”, diz o engenheiro Bruno Werneck.
Entusiasmado, Bruno não pensa só em aprender e criou o próprio site para ensinar, e já ajudou muitos estudantes do ensino médio.

BRT NO PARÁ!

BRT deve ser concluído somente em 2014, após mudanças no projeto
 

Trânsito
Prefeito eleito diz que muretas de concreto e estações serão retiradas
As obras do Bus Rapid Transit (BRT) em Belém, que serão continuadas pelo prefeito eleito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), devem ser concluídas em 2014. Esta é a previsão do prefeito, que deverá iniciar, a partir do ano que vem, algumas mudanças técnicas em elementos do projeto para dar celeridade à obra e mais fluidez ao trânsito. Um estudo técnico para rever a execução de elementos do BRT já foi feito e aponta necessidade de algumas modificações, como a eliminação da proteção de concreto entre a pista do BRT e o asfalto.
O BRT pretende ser um ônibus articulado expresso, que diminua o tempo de viagem e garanta fluidez ao trânsito. Porém, com as muretas de concreto, hoje não existe área de ultrapassagem, o que atravancaria o sistema em caso de pane de um dos veículos. Segundo o prefeito, pelos estudos que tem sido feitos, as muretas apenas encarecem o quilômetro da obra. "A informação que nós temos, preliminar, é que cada quilômetro do BRT fica R$ 1 milhão mais caro por causa das muretas de concreto", aponta. Uma das alternativas seria a construção de uma tela de proteção próximo à ciclovia, impedindo a travessia e garantindo a segurança sem precisar das muretas.
Além da necessidade de remoção das muretas, outra alteração que deve ser feita, de acordo com os estudos técnicos, diz respeito às estações de passageiros. Hoje, não há recuo para que o ônibus pare e o fluxo continue na pista. "Se o BRT parar para pegar passageiros, também estanca. Não prepararam área recuada. Nós vamos ter que, infelizmente, refazer as estações", observa Zenaldo. O prefeito lembra ainda que será preciso implantar, junto ao BRT um sistema de controle que envolva sinalização, linhas alimentadoras, circulares de bairro e ainda o transporte intermodal, em um projeto integrado.

ARTUR TEVE REUNIÃO COM SEUS SECRETÁRIOS!

Futuros secretários de Artur Neto entram em ação em suas respectivas pastas no AM

Pauderney Avelino e Humberto Michilles iniciaram nesta sexta-feira (28), os contatos para definir ações em suas funções no secretariado do prefeito eleito

Deputado Pauderney (à esquerda) assume em meio à temporada de matrícula; Michilles conversa com antecessor
Deputado Pauderney (à esquerda) assume em meio à temporada de matrícula; Michilles conversa com antecessor (Foto-montagem )
Um dia após o anúncio do secretariado do prefeito eleito Artur Neto (PSDB), dois futuros secretários já arregaçaram as mangas e procuraram os atuais titulares das secretarias para ter as primeiras informações sobre as pastas. O deputado federal Pauderney Avelino, vice-presidente nacional e presidente estadual do DEM, escolhido para comandar a pasta da Educação, ligou nesta sexta-feira (28), pela manhã para o atual titular da pasta, Mauro Lippi. E o futuro secretário de governo, Humberto Michilles, foi pessoalmente à secretaria conversar com o José Alves Pacífico.
Humberto Michilles afirmou que foi bem recebido pelo atual titular da pasta que aproveitou a ocasião para apresentá-lo aos funcionários da Secretaria de Governo. “Já estive com o secretário de governo, o doutor Pacífico, para pegar informações. Esses são os primeiros passos”, declarou.
Ele disse que o prefeito relatou a ele, em linhas gerais, o que espera da Segov, mas disse que ainda participará de outras reuniões para fazer ajustes com o plano de governo de Artur Neto e se alinhar com os demais secretários. “Sei que é uma equipe de alto nível”, afirmou.
Humbeto Michilles preferiu não adiantar quais são as indicações de Artur Neto para a pasta. Ele declarou ainda que a indicação dele não passou por acertos partidários. “A minha indicação não veio porque sou membro do PR, não teve uma articulação. Claro, alguém deve ter falado sobre o meu nome, mas não teve uma intermediação interlocutória do partido”, afirmou Michilles.

ÔNIBUS COM INTERNETE!

Executivos querem conquistar usuários com internet nos ônibus

A Federação das Cooperativas de Transporte do Estado do Amazonas (Fecootram) passou a oferecer uma novidade para tentar conquistar a “simpatia” dos usuários e do poder público: acesso à Internet dentro dos veículos

Motorista mostra como funciona a conexão grátis à internet que pode ser acessada dos veículos
Motorista mostra como funciona a conexão grátis à internet que pode ser acessada dos veículos (Ney Mendes)
Em meio aos problemas que envolvem a circulação dos micro-ônibus de transporte executivo em Manaus, que vão da “antipatia” dos empresários do sistema convencional à tarifa cara - de R$ 4,20 -, passando pela ausência de uma licitação que regulamente o serviço, a Federação das Cooperativas de Transporte do Estado do Amazonas (Fecootram) passou a oferecer uma novidade para tentar conquistar a “simpatia” dos usuários e do poder público: acesso à Internet dentro dos veículos.
Cada cooperativa de micro-ônibus filiada à federação aceitou permutar com outra, do ramo da informática, e oferecer aos passageiros acesso grátis à Internet durante o percurso até o destino escolhido.
Resistentes até então em permitir “propaganda barata” dentro dos micro-ônibus, os permissionários aceitaram pacificamente negociar o acordo, sem levar um centavo sequer em troca. A publicidade nos ônibus, que antes valia ouro, virou moeda de troca a custo zero.
Siderley da Silva, motorista do carro 8 da linha 825, pertencente à Cooperativa de Transporte do Amazonas (Cootram), disse que a novidade chama mais atenção quando o ônibus sai da garagem. Depois, como o carro não tem nada mais visível que anuncie a existência do acesso livre à Internet, a diferença fica por conta do descuido dos passageiros que se empolgam com a navegação.