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domingo, 20 de janeiro de 2013

INFORMAÇÕES PESSOAIS DO CONDENADOS DO MENSALÃO

Hacker divulga dados de condenados no mensalão

Endereços, telefones e informações pessoais de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram publicadas na internet. O mesmo aconteceu com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

José Genoino assumiu o mandato na Câmara na semana passada na vaga deixada por Aldo Rebelo
Dados pessoais de três condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão foram publicados nesta terça-feira (8) na internet por hackers. Endereços, números de telefone, de CPF e outras informações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Informações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, também caíram na rede. As informações dos três petistas foram colocadas na rede por um usuário cujo nome no Twitter é @nbdu1nder. No seu perfil, ele se classifica como um “grey hat”. No jargão, isso significa que ele é um hacker intermediário, que evita publicar informações que possam prejudicar seus alvos. Invadir sistemas de computação é uma forma de diversão para o usuário.
“O Brasil viveu um dos momentos mais constrangedores de sua história, não apenas por assistir a posse na Câmara dos Deputados de um corrupto e quadrilheiro condenado a seis anos e onze meses de prisão, mas pelo fato dele ter sido aplaudido por boa parte dos parlamentares, entre eles todos os petistas, como se fosse um herói nacional. Genoino participou de um esquema de compra de votos, o Mensalão, que abastecia o caixa do PT com dinheiro sem origem e o repassava a deputados da mesma estirpe moral”, disse o hacker no texto publicado.

Genoino, condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo STF, tomou posse na semana passada como deputado suplente na vaga deixada por Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com a renúncia de Carlinhos Almeida (PT-SP), eleito prefeito de São José dos Campos, houve uma dança de cadeiras na Câmara. Vanderlei Siraque (PT-SP), antes na vaga de Rebelo, assumiu como titular. E Genoino foi alçado como suplente.
Genoino diz ter “consciência serena” da inocência
Novos deputados chegam à Câmara sob suspeita
José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, enquanto Delúbio Soares recebeu oito anos e 11 meses pelos mesmos crimes. Os ministros do STF consideraram Dirceu o chefe do núcleo político do mensalão. Já o ex-tesoureiro do PT era o principal operador do grupo.
Hoje também foram divulgados dados pessoais do bicheiro Carlinhos Cachoeira como nomes dos pais, data de nascimento, número do CPF e do registro de identidade e o endereço de sua casa em Anápolis. Réu na Operação Monte Carlo, ele foi condenado a 39 anos de cadeia e multa de R$ 3,8 milhões por seis crimes. Em 11 de dezembro, conseguiu habeas corpus e foi solto da cadeia.

DITADURA GAY NÃO ACEITO

Candidato evangélico quer derrotar gays no voto

Na disputa pela presidência da Câmara, Ronaldo Fonseca diz que quer pautar propostas que opõem religiosos e homossexuais, como o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, e que não aceita “ditadura gay”

"A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção", afirma deputado que concorre à presidência da Câmara
Evangélico, pastor da Igreja Assembleia de Deus, advogado e, de acordo com suas próprias palavras, “amante do debate”. Para chegar à presidência da Câmara, cargo que cobiça mesmo sem o apoio de seu partido, o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) terá de superar desafios inéditos: ser o primeiro estreante e o primeiro líder evangélico a conquistar o comando da Casa. O deputado de 52 anos exerce seu primeiro cargo eletivo e promete combater os “vícios” do Legislativo, como o corporativismo, a submissão ao Executivo e a falta de discussão. “Não serei um presidente engavetador”, promete. Em entrevista ao Congresso em Foco, o candidato diz que a frente parlamentar evangélica não pode mais “andar a reboque” e ser surpreendida com a votação de propostas que contrariam suas crenças, como as que dizem respeito aos homossexuais. Segundo o deputado, a Casa tem de aprofundar o debate e levar projetos como o da união civil entre pessoas do mesmo sexo a voto. Para ele, os militantes do movimento gay temem que essas propostas sejam votadas por anteverem o seu provável desfecho. “Se for para derrotar, que seja no voto. Comigo é assim, é no voto. Eles não querem. Esses grupos já pegaram vício do Parlamento. Eles fazem barulho, barulho. Quando propomos ir ao plenário, aí não querem, porque sabem que vão ser derrotados. Temem a derrota porque o Parlamento brasileiro é tradicional e conservador e somos um país cristão”, declara Ronaldo.
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca
Tudo sobre a eleição da Mesa
O candidato diz que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a legalização da prostituição – este, objeto de projeto de lei do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), um dos principais representantes da comunidade LGBT no Congresso.
“Mensalão não existiu”, diz deputado candidato
“Sanguessuga era para encobrir mensalão”, diz candidato
“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
“Vamos para o debate e votar. A sociedade brasileira quer a prostituição profissionalizada? Então vamos para o voto, ampliar o canal de acesso da sociedade com a Câmara. Quero ouvir a sociedade. Quem ganhar, levou, meu amigo. Democracia é isso”, diz Ronaldo, que promete dar tratamento igualitário a outras frentes parlamentares, inclusive a da liberdade de expressão sexual.
Mesmo ressalvando as divergências, ele elogia o trabalho do deputado Jean Wyllys na defesa dos homossexuais. “Acho que ele faz um excelente trabalho como representante LGBT. Não concordo com as propostas dele, mas ele mostra a cara. O parlamentar tem de mostrar a cara”, considera.
“Ficção”
O candidato à presidência da Câmara revela sua posição em relação a outro tema sensível à comunidade LGBT: o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais, a homofobia. Para ele, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, critica o deputado.
Ronaldo Fonseca diz que a proposta atualmente em discussão no Senado fere o direito dos religiosos de expressarem sua reprovação à orientação homossexual. “Não pode é incitar a violência. Mas isso o Código Penal já disciplina. É burrice, besteira. Querem transformar isso em crime inafiançável, querem me tirar o direito de opinião”, afirma.
Para ele, a opinião dos religiosos precisa ser respeitada por refletir outra visão de parcela expressiva da sociedade sobre o assunto. “Só digo que não concordo com a prática deles, porque, para mim, por questão de fé, é pecado como a prostituição e o adultério. É pecado e eu não aceito. Isso não quer dizer que você não possa ser gay”, emenda.
Pastor da Assembleia de Deus em Taguatinga (DF), o deputado afirma que sua visão religiosa não influenciará em sua eventual passagem pelo comando da Câmara. “Isso aqui não é igreja”, diz. Mas avisa: “Ditadura gay eu não aceito”.
Para o deputado, os veículos de comunicação e o Judiciário atuam em sentido contrário aos interesses dos evangélicos. “Aquilo que eu defendo para a sociedade não é muito simpático para grupos que controlam e dominam parcialmente essa sociedade”, avalia. Segundo ele, a mídia brasileira reduz intencionalmente o espaço para o ponto de vista cristão”.
Mais polêmicas
No começo de seu terceiro ano na Câmara, Ronaldo Fonseca é um dos três candidatos que desafiam o favorito à sucessão de Marco Maia (PT-RS), o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Além dos dois, também concorrem ao segundo cargo na linha sucessória da Presidência da República os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). A polêmica com os homossexuais não é a única.
Na entrevista ao Congresso em Foco, o deputado também assume outras posições que também suscitam discussões, como a tese de que os evangélicos foram envolvidos, por meio de uma “armação” como “sanguessugas”, no esquema da chamada máfia das ambulâncias, de 2006, para abafar o mensalão. Parte dos parlamentares envolvidos no caso integrava a frente parlamentar, o que reduziu à metade a representação evangélica no início da legislatura passada.
Ele também defende que o mensalão não existiu e não passou de um “acordo entre partidos”. Critica a “vaidade” dos ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470 e a falta de resposta da Câmara às demandas da sociedade e também aos “ataques” que parlamentares recebem por parte da mídia, segundo ele. O pastor condena, ainda, a falta de independência, a “ditadura dos líderes partidários” e o corporativismo. “Em todo lugar tem safado. Na igreja, você também tem pastor e padre safados. Mas tem mecanismos para expurgar. A Câmara também”, afirma.

VOLTANDO A PL 122 "NÃO MIL VEZES NÃO"

Jean Wyllys nega receio em votar projetos LGBT

Em resposta a candidato à presidência da Câmara evangélico, deputado diz que defensores dos gays no Congresso querem, sim, votar e não temem derrota. Para ele, é “absurda” declaração de Ronaldo Fonseca que minimiza a homofobia

Jean considerou um "desaforo" as declarações do candidato à presidência da Câmara
Em meio à apresentação de propostas dos candidatos para a presidência da Câmara, a polêmica em torno de projetos que buscam ampliar os direitos civis dos homossexuais voltou à baila mais uma vez. Isso porque o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), que entrou na disputa sem apoio do próprio partido, disse que colocaria propostas de interesse de grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em votação por ter a certeza de que elas serão derrotadas em plenário.
Tudo sobre a eleição da Mesa
Para o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) – único parlamentar assumidamente gay no Congresso -, é preocupante que esses temas ainda sejam tratados com preconceito e “fundamentalismo religioso”. O parlamentar do Psol acredita ter ocorrido uma demonstração de arrogância por parte de Ronaldo. Pastor da Assembleia de Deus, o candidato à presidência provocou a bancada que defende os direitos LGBT. Disse ainda que o grupo tem medo de as propostas irem a plenário.
“É natural que ele diga que votará tais projetos. Ele não poderia dar um tiro no pé ao entrar em uma campanha aparecendo como alguém mais autoritário e reacionário. Mas dizer que temos medo de votar qualquer proposta é arrogância dele. A bancada evangélica não é maioria. Pode até fazer uma diferença, mas não é maioria. É um desaforo ele falar isso”, desabafou Jean Wyllys.
Em entrevista ao Congresso em Foco, Ronaldo afirmou que se for eleito não fugirá do debate mesmo em relação às propostas de que discorda, principalmente aquelas defendidas pelos representantes da comunidade LGBT, como a união civil para pessoas do mesmo sexo. E garantiu também que, mesmo não avalizando o conteúdo de tais propostas, as levará a votação porque sabe que elas serão derrotadas “no voto”.
Candidato evangélico que derrotar gays no voto
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca

Regulamentação da prostituição

Ronaldo Fonseca disse que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a regulamentação da prostituição – este, objeto de projeto de lei de Jean. O deputado do Psol explicou que tem realizado reuniões com outros deputados e com a Mesa Diretora da Casa para acelerar a tramitação do projeto intitulado “Gabriela Leite”, que tem como objetivo garantir que o exercício da atividade do profissional do sexo seja voluntário e remunerado, “tirando assim esses profissionais de um submundo de marginalização”, conforme explica o texto da matéria. Jean também afirmou que já tem assinaturas suficientes para levar a votação a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Casamento Igualitário.
“Minha maneira de fazer política é completamente diferente da dele. Faço política com movimentos sociais porque o debate na sociedade é mais importante do que o debate dentro da Câmara. Por isso, ele não deve reconhecer que queremos sim, aprovar essas matérias”, afirmou Jean. Sobre a declaração feita por Ronaldo de que os representantes da comunidade LGBT no Congresso têm medo dos resultados das votações, Jean foi enfático: “A bancada evangélica adora blefar que fala em nome da sociedade, mas ela é plural e diversa e não representa sequer a totalidade dos evangélicos. Somos uma sociedade multiétnica e multirreligiosa”.
“Homofobia não é peça de ficção”
Outra declaração polêmica de Ronaldo Fonseca foi sobre o que chamou de “ficção” a existência da homofobia e criticou o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais. Para o deputado do PR, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, afirmou.
Jean considerou a declaração absurda, uma “confissão pública de ignorância ou de má-fé”. “Talvez ele devesse perguntar aos milhões de homossexuais do país o que eles acham. Eles que são insultados diariamente, que precisam esconder sua sexualidade, que têm que ouvir piadas desconcertantes e que apanham nas ruas da cidade se a homofobia não existe. Talvez para ele, que não sofre nenhum tipo de constrangimento, a homofobia não exista. Há números contundentes que provam que a homofobia não é peça de ficção”, desabafou Jean.
“Mensalão não existiu”, diz deputado candidato
“Sanguessuga era para encobrir mensalão”, diz candidato
“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
Eleições na Casa
Mesmo com as diferenças, a possibilidade de Ronaldo Fonseca ser eleito para a presidência da Casa não seria um retrocesso na avaliação de Jean Wyllys. Para ele, o problema está na mistura de fé e política. “Não tenho nada contra ele. A crítica que faço é política. O problema não é a religião e sim a confusão que se faz para ferir a laicidade do Estado. Até votaria em um parlamentar evangélico, desde que soubesse que ele tem a absoluta noção de que crença e fé não podem orientar sua situação no Parlamento”, declarou.
Dentre os candidatos que concorrem ao cargo de presidente, Jean descarta votar no favorito, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), porque não vota “de cabresto”. “As recentes denúncias que vieram a tona contra ele são mais um motivo para eu não votar”, disse.
Dos outros dois candidatos que restam na disputa, Rose de Freitas (PMDB-ES) e Júlio Delgado (PSB-MG), Jean deve apoiar o último “por uma questão de simpatia e respeito ao seu trabalho”. No entanto, a decisão só será tomada depois que ele se reunir com os outros deputados de seu partido, o que deve acontecer nos primeiros dias de fevereiro.
Independente de quem for eleito, Jean espera que a imagem da Casa seja restaurada junto à sociedade. “Essa imagem é ruim nem tanto por conta das ações de alguns deputados, mas também em parte pela despolitização da sociedade que está cada vez mais maior, que não se informa de maneira correta sobre a função da Câmara. É muito grave e sério que os dois favoritos à presidência da Câmara e do Senado [o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estejam envolvidos em denúncias de corrupção”, disse.

MORDIDAS FATAL

Denúncia: homem mata gato à mordidas em via pública no interior do AM

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.

O vídeo foi gravado em Iranduba (AM)
O vídeo foi gravado em Iranduba (AM) (Reprodução / Internet)
Um vídeo postado na tarde deste domingo (20) flagra um homem que mata um gato à mordidas. O material foi gravado no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus) pelo cineasta amazonense Zeudi Souza. De acordo com ele, a postagem é ‘uma forma de chamar atenção das autoridades competentes para que tomem providências’.
De acordo com ele, o vídeo foi feito por volta das 16h do último sábado (19), próximo à ponte, em frente à feira de frutas na beira da Estrada. “Acabávamos de estacionar o carro, quando uma senhora falava em voz alta: ‘Tem cada louco nesse mundo, o cara chupando o sangue do gato’. Peguei a máquina e fui ver. Tinham poucas pessoas observando, estavam assustadas e sem reação”, explicou.
Segundo ele, as pessoas também estavam receosas de tomar alguma atitude, porque além de transtornado, ele poderia estar armado. “Ele estava fora de si”, comentou Zeudi.
“Algumas pessoas ficaram vendo o gato, e o homem se levantou e caminhou como se nada tivesse acontecido. Não havia policiamento na área”, relatou o cineasta, dizendo que o rosto do homem, que parecia ser da área, estava arranhado pela luta com o gato e a boca ainda estava cheia de pelos.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.
Crimes
Crimes de maus tratos tem sido ponto de luta de algumas organizações de proteção aos animais, como a ONG P.A.T.A. (Proteção, Adoção e Tratamento Animal). A vice-presidente do grupo, Joana Barc Cordeiro disse que recebe diariamente denúncias como esta.
Ela que já tinha conhecimento sobre o vídeo, comentou que a polícia não consegue mais atender a demanda. “Recebemos denúncias até piores que esta. Nós denunciamos, mas precisamos de apoio para apurar. A polícia precisa agir com isso. Existe muita impunidade nestes casos. A DEMA não tem condições de atender a demanda que existe”, afirmou ela.
Atenção Especial
De acordo com Janaína, os grupos de proteção estão na luta por uma delegacia especializada que cuide apenas de crimes contra animais domésticos. “A Dema dá preferência para crimes contra animais exóticos, madeira apreendida e peixes. Fizemos uma petição para que essa delegacia seja concretizada”, concluiu.

MUITO ABAIXO DE ZERO

Mau tempo provoca mais de 10 mortes na Europa


Reuters Aeroportos são fechados e voos cancelados na França, na Inglaterra e na Alemanha por conta de nevasca no final de semana
Mais de dez pessoas morreram devido ao temporal de chuva, vento e neve que castigou a região ocidental da Europa e perturbou a vida cotidiana e os transportes por terra, mar e ar até este domingo (20). Pelo menos 14 pessoas morreram na França, no Reino Unido e na Espanha, em diversos incidentes que também deixaram pelo menos 22 feridos nesse fim de semana.
Na França, pelo menos sete pessoas, entre elas um casal de espanhóis, morreram ao longo do fim de semana nas estradas do sul do país. Outras quatro morreram na Escócia, todos montanhistas, que foram atingidos por uma avalanche nas Highlands, ocorrida em pleno temporal de neve no Reino Unido.
Na Espanha, o mau tempo custou a vida de três pessoas ao longo do fim de semana. Além disso, mais de 20 pessoas ficaram feridas, três delas em estado grave, depois que um ônibus com cidadãos russos virou em uma estrada de Grenoble, na França. Em Portugal, foram registrados outros dois feridos no sábado. Além do saldo de vítimas, que pode aumentar nas próximas horas, os danos materiais foram numerosos e também foram afetados os transportes ferroviário, rodoviário e aéreo.
Na Alemanha, o aeroporto internacional de Frankfurt interrompeu o tráfego aéreo neste domingo e suspendeu tanto decolagens como aterrissagens, como consequência das nevascas das últimas horas.
Também na França dezenas de voos foram cancelados hoje nos aeroportos de Paris devido à neve que cai desde ontem à noite em toda a região, e que continuará boa parte do dia em grande parte do centro e do norte da França.
A DGAC (Direção Geral da Aviação Civil da França) voltou a pedir para amanhã, como fez neste domingo, que as companhias aéreas que operam nos dois aeroportos de Paris cancelem 40% de seus voos por causa do mau tempo.
No Reino Unido, 250 voos foram cancelados no aeroporto londrino de Heathrow, enquanto outro aeroporto, o City, foi fechado por causa da neve e da pouca visibilidade. Em Portugal, o forte vento e a chuva causaram estragos em casas, linhas elétricas e plantações, obrigaram a desviar 30 voos e interromperam o tráfego em três estradas e na linha ferroviária Lisboa-Porto.
Na Espanha, o temporal obrigou hoje a suspensão da circulação na linha ferroviária entre Madri e Cantábria, no norte do país, após deslizamentos de terra por acumulação de água. Até o momento, no aeroporto de Madri-Barajas foram cancelados 14 voos para a França e o Reino Unido, enquanto em Barcelona outros 18 voos para os mesmos destinos também não decolaram.

sábado, 19 de janeiro de 2013

QUEM DORME DE MAIS

Indiano inventa despertador que dá choque para acordar quem dorme demais


Sankalp Sinha, 19, inventou algo realmente chocante para quem dorme além da conta
  • Sankalp Sinha, 19, inventou algo realmente chocante para quem dorme além da conta
Você é daqueles que têm muita dificuldade para acordar? Pois um estudante indiano inventou algo que vai te chocar. Quer dizer, que pode te dar um choque.
Sankalp Sinha, 19, também dormia demais e se atrasava para seus compromissos na faculdade. Por isso, ele inventou um despertador que dá choque caso você aperte o botão "snooze" (ou soneca), aquele que faz o aparelho parar de tocar e dá mais alguns minutinhos de sono.
O estudante de engenharia automobilística afirma que o choque não machuca, mas é suficiente para dar energia.
"Acho que minha invenção vai ajudar várias pessoas que têm o mesmo problema que eu", afirmou Sinha, que está em contato com várias empresas para fabricar seu despertador em massa.

MENTE VAZIA, É OFICINA DO CAPETA

Polícia investiga britânico que mata cães com linguiças cravejadas de pregos

As linguiças cravejadas de pregos para matar os cães
  • As linguiças cravejadas de pregos para matar os cães
A polícia da cidade de Abergavenny, no País de Gales (Reino Unido), procura uma pessoa que tem espalhado linguiças cravejadas com pregos em locais frequentados por cães para matar os animais.
Um aviso oficial foi emitido nesta sexta-feira (18) e cartazes foram afixados pelo bairro e pet shops onde pessoas encontraram as "guloseimas" enquanto passeavam com seus cães.
Um dono não identificado disse ao "Daily Mail" que seu cão começou a cheirar algo no chão e ele imediatamente puxou o animal quando viu algo refletindo contra o sol. Em uma inspeção mais atenta, viu os pregos na linguiça. "Tinha um monte em volta. Devo ter recolhido umas 40 linguiças", disse.
O veterinário Ben Hynes, avisado da cruel "campanha de terror" por donos preocupados, ficou "chocado e estarrecido". "Se não fosse por essas pessoas extremamente observadoras, poderíamos estar assistindo agora à morte lenta e certa de uma série de cães", alertou.
Segundo ele, nenhuma vítima foi registrada até o momento e sintomas de um animal que tenha ingerido os pregos são vômitos e sangramentos. Para Hynes, não há dúvidas de que a intenção de quem espalhou as linguiças é matar os animais.
"Este é um incidente muito preocupante, especialmente porque as linguiças estão sendo deixadas em locais também frequentados por crianças", destacou a polícia.

ACIDENTES COM MÁQUINA

"Vi meu dedo ser esmagado e não conseguia respirar", diz jovem que teve cabelo arrancado por máquina

À esquerda, o cabelo de Kelly Nield preso na máquina. À direita, Kelly antes do acidente
  • À esquerda, o cabelo de Kelly Nield preso na máquina. À direita, Kelly antes do acidente
Depois de se recuperar do grave acidente, Kelly Nield, 24, relembrou, em comunicado, o que sentiu quando seu cabelo ficou preso em uma máquina, no País de Gales.
"Eu vi meu dedo ser esmagado e sangrar, ao mesmo tempo em que não conseguia respirar", afirmou. Em 2009, Kelly teve seu cachecol e cabelo enroscados em uma esteira na empresa em que trabalhava.
"Eu estava em choque total, por isso não senti muita dor no início, mas estava em pânico", disse. "Eu sabia que estava com problemas. Eu comecei a bater na esteira e gritava por ajuda, mas a fábrica estava muito barulhenta e ninguém me ouviu de imediato", lembrou.
"Eu estava muito desnorteada e mal podia respirar. Lembro-me de sentir-me muito fraca e querendo dormir."
O resultado do acidente foi uma série de ferimentos, que fizeram com que ela ficasse três meses no hospital e passasse por várias operações. Quando chegou ao hospital, Kelly temia por sua vida: "Vou morrer?", perguntava aos médicos.
Segundo o site do tabloide "Daily Mail", a empresa foi multada em 60 mil libras (cerca de R$ 195 mil) e foi obrigada a cobrir as despesas hospitalares, no total de 21.600 libras (cerca de R$ 70 mil).
De acordo com o promotor do caso, Simon Parrington, Kelly agora precisa da ajuda de um sonda para se alimentar por líquidos, porque não consegue mais engolir.

HOMENAGEM AO BOPE

Bope completa 35 anos; para comandantes, batalhão da PM do Rio superou fenômeno "Tropa de Elite"


Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais.
  • Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais.
"O Bope é um tigre treinado e capacitado para rugir". A frase do coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais, se encaixaria perfeitamente no roteiro de "Tropa de Elite", filme que projetou mundialmente a divisão de elite da PM do Rio de Janeiro, em 2007, e que completa 35 anos neste sábado (19).
Passado o fenômeno protagonizado pelo personagem Capitão Nascimento --e que durante muito tempo incomodou os verdadeiros policiais da unidade por conta da associação com a violência exacerbada pela obra--, o Bope conseguiu amadurecer a sua imagem ao se posicionar como carro-chefe da política de pacificação das favelas cariocas.
Hoje, a narrativa ficcional de "Tropa de Elite" já não incomoda tanto, e a presença dos chamados caveiras (referência ao símbolo do batalhão, um crânio humano atravessado por uma faca) nas comunidades passou a ser desejada pelos moradores. "A exposição [originada pelo sucesso do filme] foi positiva, mas gerou na corporação essa releitura da sociedade carioca como um todo", afirmou o atual comandante do Bope, coronel Renê Alonso.

 Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais. Divulgação/Bope
"Estamos verificando isso agora. Hoje em dia, em algumas missões de pacificação, as pessoas já nos recebem com outro olhar. Muitos perguntam quando a sua favela será pacificada", completou.

A CAVEIRA

  • Marco Antônio Cavalcanti/UOL Segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Bope, o símbolo da faca na caveira não simboliza a morte, tal como algumas pessoas pensam. "Na verdade, é uma imagem que representa o triunfo da vida sobre a morte", disse.
De acordo com o coronel Pinheiro Neto, que comandou o Bope entre 2007 e 2009 --atualmente, ele é chefe do Estado-Maior Operacional da PM--, o filme seria coerente com a realidade no sentido de mostrar que os policiais do Bope, de fato, "abominam a corrupção". O oficial, no entanto, nega que os agentes da elite da PM utilizem métodos como a tortura a fim de obter informações.
"'Tropa de Elite' é um excelente filme, mas não é um documentário sobre o Bope, muito menos sobre a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Entretanto, trata sem hipocrisia a relação entre o crime e o consumidor de drogas, e das associações entre determinadas organizações não governamentais e o crime organizado. Ele mostra claramente que a vida criminosa não tem glamour e que os integrantes do Bope abominam a corrupção", diz Pinheiro Neto. "Por outro lado, não é verdadeira a tortura e os meios ilegais que aquele grupo de policiais aplica no filme para cumprir a missão. O Bope é uma unidade de polícia e respeita a lei. Não compactua com qualquer meio ilegal, seja ele qual for. Para o Bope, os fins não justificam os meios".

ÚLTIMO RECURSO

Aqueles que sugerem que o Bope usa de violência exacerbada ou desmedida, que 'entra na favela atirando', não conhece a verdade dos fatos. O volume de munição consumido em combate comprova isso. Tendo em vista o treinamento e a preocupação com a população que está na área de conflito, só se faz uso do armamento letal em último caso
Coronel Pinheiro Neto, ex-comandante do Bope
Para o coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, que comandava o Bope na época do filme, e hoje ocupa o cargo de coordenador das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), o sucesso de "Tropa de Elite" se transformou em uma via de mão dupla para o Bope: fez com que o nome da unidade ficasse mundialmente conhecido, mas aumentou a responsabilidade dos policiais.
"A exposição, decorrente do filme, colocou-nos na vitrine. Estando na vitrine temos a oportunidade de demonstrarmos nossas qualidades. Por outro lado, nossos defeitos também ficam aparentes. Daí a necessidade de trabalharmos mais intensamente", disse.

Batalhão passou de "força de guerra" para "força de pacificação"

Os quatro coronéis entrevistados pela reportagem do UOL são exatamente os últimos comandantes da unidade em um período que compreende, segundo a PM, o início do processo de adaptação do Bope a um novo cenário da segurança pública. Esse período começaria em 2006, quando o coronel Mário Sérgio Duarte chegou ao comando da unidade.

UNIDADE DE GUERRA

Eu sempre entendi o Bope como unidade de guerra. A minha visão é essa. Porque nós precisamos ter uma última ratio. Um último argumento. O Bope não é uma unidade para ser utilizada em ações marcadamente preventivas. O Bope é treinado e capacitado para rugir. Ele é um tigre, que tem que ser mantido sob controle e solto em alguns momentos. O Bope era e é para entrar onde há desorganização ou conflito, e trabalhar para resolver esse conflito. Se a resolução do conflito estiver de tal ordem agreste, violenta, que você precise usar a unidade com a sua expressão mais violenta no sentido de resolver o problema, o Bope tem que agir assim.
Coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Bope
Há consenso entre os oficiais: a repercussão do filme trouxe para o Bope a visibilidade necessária para que outras ações, articuladas a partir das novas demandas inerentes ao contexto do surgimento das UPPs --tais como o relacionamento com os moradores das favelas-- chegassem ao conhecimento da população.
Passo a passo, a elite da PM foi substituindo a imagem da "força de guerra" pela concepção da "força de pacificação". "O que não existia no Bope era o papel da mediação logo após a guerra. Os últimos comandantes foram os responsáveis por construir isso. Mais especificamente, o coronel Paulo Henrique e o coronel Renê, atual comandante. Eles que apresentaram essa nova face de Bope além da guerra", disse Duarte.
"Com a pacificação, o Bope passou a não só enfrentar os problemas, mas assumiu também o papel da mediação. Trazer a população, explicar para a população o que eles precisam, criar uma rede social de proteção e conscientizá-los de que o papel do Bope é o de defensor da paz. Eles [últimos comandantes] apresentam não só o Bope do fuzil, como já era conhecido, mas também o Bope do diálogo, do compromisso social, o Bope que entra [na favela] de preto, mas vai sair de camiseta branca. Realmente, isso é um fato novo", completou.
"A mudança de comportamento da tropa é uma nova realidade a qual os próprios policiais, habituados ao confronto, precisam se adaptar. Conquistar a confiança das pessoas, falar com elas, fazer perguntas e aprender sobre sua vida. Ouvir, aprender e se adaptar.  Conduzir uma ação desta natureza, requer uma força flexível, adaptável e liderada por líderes ágeis, bem informados e culturalmente astutos. A paz é o objetivo do trabalho. A guerra não pode ser o objetivo final: a meta é a paz. E o policial precisa se adaptar a essa nova realidade", destacou o coronel Pinheiro Neto.

BOPE FAZ 35 ANOS

Releitura interna

Na visão do comandante do Bope, coronel Renê Alonso, as transformações pelas quais o Bope passou no sentido de sintonizar a sua imagem com o processo de pacificação não estão necessariamente vinculadas ao filme "Tropa de Elite". Segundo ele, o trabalho partiu de uma "releitura interna".

MATURIDADE

A notícia agora vai ser quando o Bope errar. E nós não podemos errar, foi o que ele [coronel Pinheiro Neto, ex-comandante] falou para mim. Não temos o direito de errar. É como se fossemos médicos em uma cirurgia de alta complexidade, porque se a gente errar, a gente perde o paciente. E o bope vem se adaptando a mudanças de cenário. (...) Quando precisa ser duro, ele é duro. Mas quando precisa ser afável, ele é afável. Isso q eu acho que foi a grande transformação do Bope nos seus 35 anos. Foi a sua grande maturidade
Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope
"Entendemos a necessidade de se rever procedimentos e aplicar uma nova metodologia de trabalho. Outros procedimentos foram tomados na questão da formação e da valorização dos policiais. Talvez a gente tenha precisado passar por algumas situações de crise para crescer enquanto unidade policial", disse.
O coronel afirma ainda que o sucesso do filme recolocou a questão da segurança pública, e da forma como as forças policiais lidam com os aspectos políticos relacionados a esse contexto, na pauta da sociedade.
"O que me chamou a atenção naquele fenômeno do filme é que ele trouxe a tona uma discussão que ainda não havia sido feita: sobre a estrutura policial que a gente tinha no Rio de Janeiro e, do outro lado, a sociedade que é contrária, mas que acaba também abastecendo o tráfico de drogas com o consumo. E o Bope no meio dessas questões como uma unidade policial lutando contra isso, contra tudo e contra todos, sobrevivendo no meio disso", afirmou ele.
"Um evento marcante para a gente ocorreu durante um desfile de 7 de setembro, quando o Bope desfilou pela primeira vez, e naquele ano o Bope foi aplaudido do início ao fim. (...) Isso mostra pra gente que o carioca não aguentava mais viver daquele jeito e precisava acreditar em alguém que pudesse de alguma forma resolver o problema. Essa foi a nossa leitura. Obviamente, isso também aumentou a nossa responsabilidade, pois a sociedade passou a esperar mais de nós", completou.

35 ANOS DE FACA NA CAVEIRA

Primeiro filme acabou em inquérito dentro no batalhão

O ex-capitão do Bope e antropólogo Paulo Storani, que teria inspirado o personagem Capitão Nascimento, atuou como consultor de "Tropa de Elite", tendo ajudado, inclusive, no processo de preparação do elenco. Segundo ele, o primeiro filme da franquia gerou um inquérito administrativo, "que era para gerar um inquérito policial" (o que não ocorreu), através do qual vários policiais foram ouvidos pelo comando da PM, incluindo o próprio Storani.
"O próprio comandante do Bope na época, o coronel Pinheiro Neto, foi o único punido nessa história toda. Eu considero de uma forma arbitrária. Ele foi punido simplesmente porque recebeu o José Padilha no batalhão. O Padilha foi lá apenas para conversar com ele e ele foi punido por tê-lo recebido. O Padilha queria fazer um vídeo institucional em homenagem ao Bope, mas isso nunca aconteceu", disse o antropólogo. Questionado pela reportagem do UOL sobre a suposta punição, o coronel Pinheiro Neto optou por não responder.
Storani disse ainda que as características que marcam o protagonista do filme criaram na imaginário do público a ideia de "um herói que não baixa a cabeça para determinadas circunstâncias da própria administração pública, dos vícios da administração, da própria corrupção, e que acredita naquilo que faz". A partir disso, segundo ele, a responsabilidade em relação ao processo de seleção dos integrantes do verdadeiro Bope precisa ser ainda mais rígido, pois a população espera que a postura da unidade corresponda ao que foi mostrado no filme.
"O filme abriu para o mundo o que é essa unidade chamada Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro. A partir desse momento, o Bope montou uma estratégia reconhecendo o aumento da responsabilidade. Ele restringiu e apertou muito mais os seus protocolos internos, de seleção, preparação e controle de desempenho", afirmou.
"A repercussão do filme é fundamental. Porque ela mexe com o inconsciente coletiva de que existe uma polícia de qualidade. Aliás, existe dentro da Polícia Militar uma unidade de qualidade que representa o ideário comunitário que diz: nós não aguentamos mais viver sob medo, tensão e armas. Queremos que a polícia venha aqui sim. Cansamos de receber aplausos em favelas. Há alguns anos, isso era inimaginável", comentou o major André Batista, coautor do livro "Elite da Tropa", no qual o roteiro do filme é baseado.

Filme obrigou batalhão a dialogar com a mídia

Para Batista, as novas demandas que surgiram a partir da repercussão do filme foram importantes para que o Bope fortalecesse o seu trabalho de comunicação com a mídia e com a população.
"Você precisa levar a ideia de que a unidade está ali para ajudar as pessoas. Muito mais do que a perspectiva que os livros e os filmes mostram, há necessidade de você se empenhar o máximo que você puder em relação à comunicação. Porque comunicação é uma falha que existe até hoje nas polícias. As polícias não conseguem uma relação tão boa com a comunidade porque elas talvez não divulguem o seu bom trabalho, o trabalho do dia a dia, e isso o Bope soube aproveitar de acordo com as ofertas que se mostraram", disse.
"Foi uma grande oportunidade para idealizarmos uma comunicação muito mais eficiente e menos reativa. A nossa comunicação era sempre reativa. Mataram três. Foi o Bope. Hoje a gente está empenhado na pacificação, e temos que trazer isso a partir do ideal de comunicação. Hoje você vai na comunidade e os moradores não querem que você saia. Nós transformamos o medo em propaganda, em comunicação e relação com as comunidades", completou o major.
A capitão Marlisa Neves, que atualmente gerencia o setor de comunicação do Bope, afirmou que a estratégia adotada pela unidade foi pensada exatamente para que a realidade do filme não fosse tida pela população como um relato fiel do funcionamento do Batalhão de Operações Especiais.
"A partir do filme, foi gerada uma demanda de imprensa muito grande. O Bope passou a ser requisitado até internacionalmente. Então se viu a necessidade de ter alguém entre eles para cuidar dessa parte. Até para que não desvirtuassem a imagem do que realmente é o Bope, do que se faz aqui. Para não acharem que aquilo que é mostrado no filme seria a realidade da unidade. Aquilo é um filme. Tem coisas reais e coisas não reais", disse.
"Eu não gosto de associar muito o Bope ao filme. porque o Bope existe e faz o trabalho que ele faz hoje muito antes do filme. O Bope se construiu como Bope muito antes do filme, mas é inegável que, a partir do filme, a visibilidade do Bope explodiu. Extrapolou o campo policial. Antes, o Bope era muito conhecido por outras unidades policial, inclusive fora do Brasil. O filme expandiu isso para a sociedade civil. Foi uma visibilidade ao extremo", completou a policial.

NÃO QUER APOSENTADORIA

Com 99 anos, professora dos EUA diz não estar pronta para se aposentar

vovó
Agnes Zhelenisk presenciou duas guerras mundiais
Com 99 anos de idade, a professora mais velha dos EUA, Agnes Zhelesnik, disse não estar pronta para se aposentar. Conhecida carinhosamente como Vovó, Agnes presenciou as duas guerras mundiais, foi dona de casa e esposa por 60 anos e começou a dar aulas em 1995, na Sundance School, em North Plaifield, Nova Jersey, aos 81 anos. As informações são do The Huffington Post.
Atualmente, ela dá aulas de cozinha, costura. Curiosidade: sua filha de 61 anos, também chamada Agnes, dá aula na mesma escola.
Na semana passada, a escola celebrou o aniversário da professora. Agnes diz que continua dando aulas porque adora os estudantes.
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— Eles são meus melhores ajudantes. A única razão para que eu venha aqui são as crianças.
Ela, no entanto, diz que cogita se aposentar quando fizer cem anos.

Assaltantes são surpreendidos por PMs à paisana na Zona Leste de Manaus | Manaus | Acritica.com - Manaus - Amazonas

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Ministério Público recorre contra decisões do TRE-AM | Manaus | Acritica.com - Manaus - Amazonas

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IDENTIFICAÇÃO DE ARMAS DE FOGO

UnB desenvolve método que identifica rastros de armas de fogo
Técnica com substâncias luminescentes ajuda a identificar vários elementos em cenas de crimes. Polícia Federal acompanha a pesquisa e estuda tornar o produto obrigatório para fabricantes de armamentos e munições em todo o país

Um pó misturado à pólvora dos projéteis deixam resíduos na vítima e no atirador. Com uma luz ultravioleta pode-se visualizar os vestígios e identificar o físico do atirador, distâcis do tiro e analisar se foi sucídio, assassinato ou execução. (Divulgação)
Um pó misturado à pólvora dos projéteis deixam resíduos na vítima e no atirador. Com uma luz ultravioleta pode-se visualizar os vestígios e identificar o físico do atirador, distâcis do tiro e analisar se foi sucídio, assassinato ou execução.
 Uma equipe do Instituto de Química da Universidade de Brasília desenvolve marcadores visuais que permitem identificar resíduos de pólvora em cenas de crime, rastrear a origem de uma bala e até a distânca do tiro e porte físico do atirador. Os marcadores são uma mistura de lantanídeos luminescentes se destacam sob luz ultravioleta.

A pesquisa tem apresentado índices próximos a 100% de acerto e pode revolucionar os sistemas periciais de todo mundo, aumentando sua eficácia e rapidez e barateando investigações. No Brasil, a Polícia Federal (PF) tem acompanhado o grupo e sinaliza intenção de criar uma legislação que obrigue fabricantes de munição a incluir os marcadores desenvolvidos na UnB.

A vantagem mais básica dos marcadores é que são fáceis de identificar. “O material é muito luminescente. Se a arma disparou, o resíduo acaba depositado em cima da vítima e do atirador”, explica o professor Marcelo Rodrigues. Como os vestígios são vistos com precisão, pode-se confiar nesses rastros para calcular vários componentes. “Dá para identificar o físico do atirador, distância de tiro e analisar se foi assassinato, suicídio ou execução. Outra coisa interessante é que, pelos rastros, você consegue identificar se o indivíduo atirou ou se somente manipulou a arma”, completa.

C.S.I UnB

Além de Marcelo, o grupo de pesquisa é composto por dois alunos de pós-graduação e um de graduação, dois peritos da PF e um pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). São coordenados pela professora Ingrid Weber, que começou os estudos na UFPE em 2009, e desde 2011 está na UnB.

Em Pernambuco, ela desenvolveu uma primeira geração de marcadores. Em Brasília, criou uma espécie de código de barras, combinações únicas de cores que diferenciam lotes de fabricação. Isso é possível porque os marcadores emitem ondas de vários comprimentos. Misturando-as, são obtidas padronagens diferenciadas. “Com isso, dá para diferenciar calibres e dizer se é munição civil ou policial”, exemplifica Marcelo. No momento, o grupo analisa, junto com a PF, maneiras de se detectar, por meio dos vestígios visuais, características da trajetória e velocidade da bala e da ação do atirador. Essa terceira etapa deve ser concluida ainda em 2013.

Marcelo afirma que o sistema que a polícia adota para identificar rastros de tiros está longe de ser tão preciso quanto o desenvolvido na UnB. Atualmente, trabalha-se com reagentes que revelem a presença de chumbo, bário e etimônio, componentes de bala. Esse sistema, no entanto, tem grande percentual de falsos negativos, segundo Marcelo.

A vantagem mais básica dos marcadores é que são fáceis de identificar (Divulgação)
A vantagem mais básica dos marcadores
é que são fáceis de identificar
Existe outra técnica, adotada em investigações mais sofisticadas, como as da PF, Scotland Yard (da Inglaterra) e FBI (Departamento de Investigação Federal dos EUA). Nela, um microscópio eletrônico vasculha partículas em busca dessas mesmas substâncias. Mas mesmo assim a eficácia é baixa. “Um artigo da Polícia de Detroit diz que deram deram 150 tiros para encontrar vestígios de apenas cinco”, diz Marcelo. Ele acrescenta que a demora da análise e os preços dos microscópios eletrônicos inviabilizam sua aplicação em larga escala.

O preço é outra vantagem do método de marcadores visuais. Misturados à pólvora na indústria, eles não exigem nenhuma mudança na linha de produção e custariam, para o fabricante, US$ 0,2, em média. O cálculo foi feito em cima da 1ª geração de marcadores. “A inclusão dos marcadores, além facilitar a identificação de vestígios, barateia o processo para a polícia porque só precisa de luz ultravioleta para funcionar”, resume Marcelo.

SÓ A GENÉTICA EXPLICA

O país onde os negros tem cabelos naturalmente loiros

Ilhas de Salomão, país localizado no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa de pele negra, tem os cabelos naturalmente loiros. Alguns acreditam que a cor seria resultado de muita exposição ao sol, ou de uma dieta rica em peixe. Outra explicação seria a herança genética de ancestrais distantes (mercadores europeus que passam pelos arquipélagos).
Todas as hipóteses foram descartadas quando os pesquisadores identificaram um gene responsável pela variação da cor do cabelo, denominada TYRP1, conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos. Sua variante encontrada nos cabelos loiros dos habitantes das Ilhas de Salomão, não é encontrada no genoma dos europeus.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

CASSAÇÃO DE MANDATO POLÍTICO

Justiça cassa direitos políticos de Cassol por 5 anos


A Justiça Federal condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) por improbidade administrativa e ainda cassou seus direitos políticos por cinco anos, informou o Ministério Público Federal (MPF) de Rondônia. Por intermédio de sua assessoria, Cassol disse que vai recorrer.
De acordo com o MPF, em 2006 foi desvendado um caso de compra de votos que beneficiaria Cassol, além do ex-senador Expedito Júnior (PR), cassado anteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de policiais.

A investigação gerou várias ações eleitorais, mas as testemunhas que prestaram depoimento acabaram sendo vítimas de constrangimentos diversos e ameaças, sendo cinco delas até incluídas em programa de proteção à testemunha, informou o MPF.
Conforme o Ministério Público, o assédio ilegal foi ordenado por Ivo Cassol, que à época governava o Estado de Rondônia. Em 2008, a Justiça Federal chegou a sentenciar o então governador à prisão, mas ele fugiu do Estado enquanto aguardava o julgamento de um habeas corpus. Para as ameaças às testemunhas até um inquérito policial fajuto foi aberto, denunciou o MPF.
Cassol e os policiais foram então processados criminalmente pela Procuradoria-Geral da República. O então procurador-geral Antônio Fernando Souza afirmou na denúncia que "a investigação estadual (a que teria ameaçado as testemunhas) foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos".
O então procurador afirmou ainda que "toda a farsa foi executada a mando do governador Ivo Cassol, que se utilizou do aparato de segurança do Estado de Rondônia para tentar desqualificar a investigação dos crimes eleitorais imputados a ele e a seu grupo político."

AGRESSÃO CONTRA MULHER

De quem é a culpa da violência contra a mulher?

Você acredita que a mulher é culpada pela violência contra ela? (Foto: iStock)Os últimos meses foram especialmente difíceis para as mulheres. E
qualquer pessoa que sinta amor pelo próximo, compaixão e acredite num
mundo melhor, ficou chocada com os crimes bárbaros dos quais vou falar
agora.
No Ocidente, temos o costume de nos acharmos civilizados e
intelectualizados, mas nem sempre a maneira como nos enxergamos
reflete o que realmente somos. Os dados abaixo são de diversas partes
do mundo e nos deixa claro que, apesar do problema ser o mesmo, a
reação das pessoas não é. Aceitar o que acontece é, sempre, uma opção.
Leia também:
Sexo só é bom com dois times em campo
É proibido ser solteira
Amor, igualdade e respeito (Veja, Jean Wyllys e a opinião pública)

Vamos falar aqui sobre o corpo feminino e todas as reações que ele
desperta, as relações de poder, de desejo, o respeito e os abusos que
permeiam nossa experiência de sair de casa todos os dias. Vamos falar
basicamente da violência sofrida por um único motivo: ser mulher.
Estupro coletivo Depois de ir ao cinema com o namorado, Jyoti Singh Pandey, uma
estudante de medicina, entrou no ônibus para voltar para casa. O casal
encontrou um grupo de homens que achou que não havia problema espancar
o rapaz e estuprar a garota. Além de ser abusada sexualmente repetidas
vezes, ela foi agredida com um barra de ferro e depois atirada do
veículo seminua junto com sua companhia.
Jyoti foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos, três
cirurgias e uma parada cardíaca e faleceu após alguns dias. Os réus,
apesar de terem sangue da vítima em suas roupas e terem os rostos do
retrato-falado, declaram-se inocentes.
O caso incitou manifestações e levou pessoas às ruas para pedir mais
segurança às mulheres, o que fez com que a investigação ocorresse mais
rapidamente e medidas de melhoria estejam sendo estudadas pela
polícia. Em 2011 foram registrados 568 estupros em Nova Délhi.
Homens da lei
Viviane Alves Guimarães Wahbe foi a uma festa do trabalho. A
estagiária do escritório Machado Meyer, um dos maiores do país, que
estudava direito na PUC, escreveu um relato sobre aquele dia. Ela
conta que bebeu duas taças de champanhe e não lembra das coisas, o que
tinha na cabeça eram flashs. Esses flashs a mostram sendo estuprada. Nos
relatos, ela escreveu que havia sido drogada e estuprada.
A festa aconteceu no dia 24 de novembro, a família disse ter notado
sua mudança de comportamento já no dia seguinte e, em 3 de dezembro, a
jovem se matou atirando-se do 7º andar do prédio em que morava.
No Brasil, o caso não repercutiu. A morte só foi divulgada no dia 30 de
dezembro, apesar de ouvir-se entre jornalistas que a informação já
estava correndo nas redações dos maiores jornais de SP. Por aqui não
houve manifestações, ninguém pediu justiça e o caso corre em segredo
de justiça, como tantos outros que envolvem ricos e poderosos.
A culpa é delas
Apesar dos pedidos de justiça e de mudanças na sociedade que
aconteceram na Índia, um guru espiritual chamado Bapu ganhou o papel
de vilão nessa história, por mais que isso possa ser assustador. De
acordo com a imprensa indiana, ele disse que a vítima deveria ter sido
mais gentil com os violentadores
, se quisesse preservar sua vida.
"Apenas cinco ou seis pessoas não são réus. A vítima é tão culpada
quanto os seus estupradores. Ela deveria ter chamado os agressores de
irmãos e ter implorado para que eles parassem. Isto teria salvado a
sua dignidade e a sua vida. Uma mão pode aplaudir? Acho que não”.
Culpar a mulher por ser vítima de violência não acontece apenas entre
religiões orientais. O padre Don Piero Corsi, da cidade de San
Terenzo, na Itália, afixou na porta da igreja um comunicado dizendo
que a culpa é das mulheres
. De acordo com ele, “as mulheres com roupas
justas se afastam da vida virtuosa e da família e provocam os piores
instintos dos homens”. Além disso, disse que o homem fica louco porque
as mulheres são arrogantes e autossuficientes.
Mas esse pensamento não é novo. Ele foi o principal impulso para a
Marcha das Vadias, que acontece anualmente em diversos países, e pede
respeito, mostrando que a mulher pode ter a vida sexual que quiser e
vestir a roupa que escolher sem precisar ter medo de ser violentada.
Eugenia* moderna
Uma juíza decidiu que, levando em conta os dados socioeconômicos de
uma mulher de 27 anos de Amparo (SP), que sofre retardamento mental
moderado – o que significa uma pequena regressão intelectual –, o
melhor, para a sociedade, seria que ela passasse por uma laqueadura e
se tornasse estéril
.
Durante todo o julgamento, a mulher, que não tem filhos e não tem
nenhum aborto ou problemas relacionados a gravidez informados, deixou
clara sua vontade de, no momento certo e com o companheiro certo, ter
filhos.
Ainda assim o julgamento ocorreu, a obrigaram a usar o DIU como método
contraceptivo e, no último mês, quando o dispositivo precisaria ser
trocado, a paciente fugiu alegando medo de que a laqueadura fosse
feita contra sua vontade.
A Defensoria Pública trabalha, agora, para que a decisão seja
revertida e os direitos constitucionais da mulher sejam respeitados.
* Eugenia é um controle para que só se reproduzam pessoas com certas
características físicas e mentais. A ideia é que assim seriam evitados
todos os tipos de deficiência. Esse foi um artifício usado por Hitler
durante o Nazismo.

Dados nacionais
Uma pesquisa divulgada ontem pelo jornal Correio da Paraiba aponta que
nos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Tocantins, 67% das pessoas
acreditam que a violência contra a mulher é culpa dela mesma, e 64%
acreditam que esse tipo de violência não deve ser combatida.
Essa violência citada no estudo não fala apenas sobre a questão
sexual. Ela é também a violência doméstica, os maus tratos conjugais e
a humilhação praticada pelo parceiro. Segundo dados da Fundação Perseu
Abramo, a violência conjugal atinge um terço das mulheres em áreas de
SP e PE. A cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no
Brasil.
Em relação a violência sexual, 1 bilhão de mulheres, ou uma em cada
três do planeta, já foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais
ou submetidas a algum outro tipo de abuso.
E como isso mexe com a sua vida?
Mexe em todas as relações que você trata diariamente, seja comprando o
café da manhã na padaria, dentro do transporte público lotado, ao
voltar para casa de noite, quando sai do trabalho, ou quando você
começa um novo relacionamento amoroso.
O problema do abuso é tão presente na nossa sociedade, tão aceito e
cheio de desculpas, que não é percebido com facilidade. Existe estupro
dentro de um casamento. Existe abuso sexual quando um homem acredita
que pode “encoxar” uma muher no metrô. Existe abuso emocional quando o
homem humilha sua parceira. E nós não podemos simplesmente aceitar.
O corpo da mulher não é dela. O corpo da mulher, na nossa sociedade, é
visto como um meio de satisfazer desejos e expectativas. Ele é feito
para dar satisfação sexual, trazer filhos ao mundo e servir a classe
dominante.
Os reflexos disso na sociedade são como o caso acima em que a mulher
não tem o direito a ter filhos, assim como as mulheres não têm
direitos a não quererem ter filhos. Na Índia, meninas são mortas ao
nascer. No Brasil, elas morrem diariamente pelos abusos sofridos.
Nossos mundos não estão tão distantes como muita gente acha.
É obrigação de cada pessoa lutar por uma sociedade respeitosa, que
garanta dignidade a todas as pessoas, independentemente do seu gênero.
A violência não é culpa da vítima e essa mentalidade precisa ser
combatida.
Para fechar, deixo aqui um e-mail que recebi por causa da coluna e que
me deixou com lágrimas nos olhos. Misoginia é o ódio e o desprezo pela
mulher apenas por ela ser mulher. Não é uma doença ou um problema
psicológio e emocional, é uma escolha, uma maneira de ver o mundo e
lidar com as pessoas a sua volta. E talvez seja um dos maiores males
modernos e culpados pela sociedade agressiva em que vivemos.
“Olá Carol. Gostaria que você escrevesse sobre misoginia. Como vivem
mulheres que são casada com misóginos; se elas apresentam quadros de
depressão, ansiedade, síndrome do pânico, causados pela alta pressão
em que vivem, e com o pouco afeto que recebem, principalmente as que
não têm filhos. Também poderia ser pesquisado se este tipo de
personalidade tem cura. Seria possível ele se reconhecer como doente,
que precisa de ajuda. Se não qual a melhor forma de lidar com os
misóginos para não adoecer com ou por causa do seu comportamento, ou
se só resta o divórcio como solução. Obrigada pela atenção”.

A única saída para essa e tantas outras mulheres é a mudança da
sociedade inteira. E essa mudança começa nas suas mãos. De que mundo
você quer fazer parte?

INFORMAÇÃO SAÚDE

Esperma e sêmen, qual a diferença?


Todo mundo sabe que o homem ejacula um liquidinho esbranquiçado. Todo mundo sabe que ele é responsável por gravidez e transmissão de doenças. Mas quem sabe o que tem nesse tal líquido conhecido por tantos nomes?
Quando o homem ejacula o que é liberado é uma mistura de sêmen e espermatozóides. Cada coisa tem a sua função, mas o objetivo maior de tudo isso é conseguir fecundar um óvulo. A diferença é que, ali no meio, não é tudo um grande suco batido no liquidificador.
Leia também:
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Dá pra aumentar o tamanho do pênis?

Os espermatozóides, chamados também de espermas, são aqueles girininhos que a gente vê em todas as fotos que falam sobre fecundação de óvulos e definição do sexo do bebê. Eles são exímios nadadores que competem para chegar até o óvulo. Os bichinhos nadam 11 centímetros por hora – que seria o mesmo que um homem atravessar uma piscina de 50 metros em 5 segundos.
Essa célula é formada por uma cabeça (que guarda o DNA), uma peça intermediária – o corpinho - e cauda. A cabeça é coberta por um “capacete” chamado acrossoma, que é cheio das enzimas necessárias para a penetração no óvulo. E na cauda estão os produtores de energia celular, que mantém os bonitinhos vivos, em média, por 24 horas, mas alguns dos fortes podem sobreviver e fecundar o óvulos três dias depois da relação!
Apesar de incríveis, os espermatozóides não vão sozinhos a lugar algum. Eles precisam do sêmem – que é um fluido orgânico - para se locomover. Ele é formado de secreções chamadas plasma seminal e do esperma.
O plasma é o líquido que protege os espermas nadadores, formado pelas secreções das glândulas do aparelho reprodutor masculino, como próstata e vesículas seminais. Sem ele, os espermas não têm onde nadar e não chegam até o óvulo.
Entendida agora a diferença? Eles sempre estão juntos, mas não são uma coisa só. ;)
* As explicações são do ginecologista Joji Ueno, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Geral.

ESPIRRO MALÉFICO

Mulher fica paralisada após espirrar


Reprodução/Daily Mail Seu marido, Darren, a ajuda para se vestir e ir ao banheiro
Após espirrar, Debbie Thomason, de 35 anos, que mora no Reino Unido, ficou paralisada devido a um problema grave na espinha.
Ao sofrer uma dor ciática insuportável depois de ter espirrado, a mulher foi levada ao hospital às pressas. No entanto, ao chegar ao local, os médicos não diagnosticaram o problema corretamente, segundo o site Daily Mail.
Debbie afirma que a equipe médica demorou a detectar a síndrome da cauda equina – compressão aguda que afeta os nervos na região lombar da medula espinhal.
Devido ao atraso, ela teve que esperar oito dias para passar por duas cirurgias. Por causa disso, a mulher só consegue andar alguns metros.
Britânica desloca o ombro toda vez em que espirra
Agora, Debbie está processando o hospital por negligência médica, alegando que sua condição deveria ter sido detectada antes.
— Minha vida foi destruída por um dano permanente na minha coluna. Eu acredito que isso poderia ter sido evitado se eu tivesse recebido os cuidados necessários precocemente.
Seu marido, Darren, de 37 anos, precisou largar o emprego para poder cuidar dos filhos e também para ajudar sua esposa que não consegue mais se vestir e ir ao banheiro sozinha.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

PRIVATIZAÇÃO DE PENITENCIÁRIAS

Primeira penitenciária privada do País começa a funcionar em Minas Gerais

Complexo Penitenciário Público-Privado terá capacidade para receber 3.040 detentos do sexo masculino, em Ribeirão das Neves. A primeira das cinco unidades já está pronta


Minas Gerais inaugurou nesta sexta-feira o primeiro complexo penitenciário do Brasil construído e administrado por empresas particulares. Anunciado pelo governo mineiro como resultado de um “modelo inédito de parceria público-privada (PPP)” na América Latina, o complexo está localizado em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, com custo de R$ 280 milhões a cargo do grupo responsável pelo complexo. A cifra investida contempla também o treinamento e a capacitação dos monitores, que serão contratados pelo consórcio.
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Primeiro Complexo Prisional Público Privado do País começa a receber primeiros presos. Foto: Carlos Alberto Pereira/Imprensa MG
1/9Pelo projeto original, o Complexo Penitenciário Público-Privado terá capacidade para receber 3.040 detentos do sexo masculino. A primeira das cinco unidades já está pronta. A previsão é que as quatro restantes sejam concluídas até dezembro deste ano. Esta manhã, os primeiros dos 608 presos do regime fechado que ocuparão a Unidade I começaram a ser transferidos, sob um esquema especial de segurança.De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social, o governo mineiro se inspirou na experiência de outros países, como a Inglaterra, para assinar a parceria com o consórcio Gestores Prisionais Associados (GPA), ganhador da licitação em 2008. Ainda segundo a secretaria, as cinco empresas que compõem o consórcio (CCI Construções, Construtora Augusto Velloso, Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda, N.F Motta Construções e Comércio e Instituto Nacional de Administração Prisional) têm comprovada experiência na construção e administração de presídios, dispondo da “mais alta tecnologia de segurança”.Mais: Mais de 90% dos presos estrangeiros no Brasil cumprem pena por tráficoAlém de construir a penitenciária, o consórcio vai administrar pelos próximos 25 anos e vai receber, por cada preso, R$ 2,7 mil mensais. O custo médio por detentos de outras unidades prisionais é R$ 2,8 mil, de acordo com a secretaria. Em contrapartida, o consórcio terá que atender a indicadores de desempenho definidos pelo governo estadual, entre eles, impedimento de fugas e rebeliões. Em eventual ocorrência de um desses casos, o valor pago ao consórcio sofrerá desconto. Tanto a manutenção das unidades prisionais quanto a execução de serviços como fornecimento de refeições, uniformes, atendimento à saúde e assistência jurídica aos detentos será de responsabilidade do consórcio. A segurança interna ficará a cargo de funcionários contratados pelo grupo, e agentes penitenciários do estado cuidarão do entorno da unidade.Das cinco unidades do complexo, duas abrigarão 1.824 presos condenados ao regime fechado e duas, 1.216 detentos do semiaberto. De acordo com a secretaria, exceto em casos excepcionais, a penitenciária será ocupada por presos transferidos de outros presídios da região que estejam aptos e dispostos a trabalhar e estudar, como forma de ressocialização.
Um dos itens do contrato de parceria estabelece que a GPA não poderá obter lucros com o trabalho dos presos. Como prevê a legislação, os detentos receberão três quartos do salário mínimo por uma jornada de cinco dias, de seis horas de trabalho. Oito empresas de confecção de móveis, calçados, refrigerantes e de uniformes já manifestaram à secretaria interesse em instalar galpões no interior da penitenciária.
A secretaria aponta entre as vantagens do modelo a possibilidade de, além de permitir a ressocialização dos presos, garantir maior segurança aos funcionários. A proposta é que não haja mais de quatro presos por cela, montada com piso de placa de aço entre duas camadas de concreto que, juntas, totalizam 29 centímetros de cimento.
O complexo terá 1.240 câmeras de vigilância. Um sistema de sensores também acionará um alarme sempre que alguém ultrapassar as áreas de livre circulação. Os agentes não terão contato com os presos, já que as grades das celas serão abertas e fechadas eletronicamente. Inicialmente, a unidade não vai contar com aparelhos capazes de bloquear os sinais de celulares.

RESGATE DE VALORES; MORAIS,SOCIAIS,ÉTICOS,ESPIRITUAIS..

Sérgio Cabral aprova lei de moral de bons costumes no Rio


A ex-atriz e deputada estadual Myrian Rios
  • A ex-atriz e deputada estadual Myrian Rios
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), sancionou nesta quinta-feira (17) a lei que institui o "Programa de Resgate de Valores Morais, Sociais, Éticos e Espirituais" em todo o Estado. Assim como o nome do programa, o projeto, proposto pela deputada estadual Myrian Rios (PSD), compreende temas de diversas áreas e tem como principais objetivos "promover o resgate da cidadania, fortalecer as relações humanas e valorizar a família, a escola e a comunidade como um todo".

A descrição da Lei nº 6394, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no dia 20 de dezembro do ano passado, dá mostras da ambição e da dificuldade para colocá-la em prática. "Serão desenvolvidas ações essenciais que contribuam para uma convivência saudável entre pessoas, estabelecendo relações de confiança e respeito mútuo, alicerçada em valores éticos, morais, sociais, afetivos e espirituais, como instrumento capaz de prevenir e combater diversas formas de violência", aponta o artigo 2º da norma. De acordo com o texto, o Poder Executivo deverá firmar convênios e parcerias com prefeituras e sociedade civil para possibilitar sua execução.

Outro trecho, presente no artigo 1º da lei, designa os segmentos da sociedade que deverão ser afetados pela nova norma. "O programa deverá envolver diretamente a comunidade escolar, a família, lideranças comunitárias, empresas públicas e privadas, meios de comunicação, autoridades locais e estaduais e as organizações não governamentais e comunidades religiosas, por meio de atividades culturais, esportivas, literárias, mídia, entre outras, que visem a reflexão sobre a necessidade da revisão sobre os valores morais, sociais, éticos e espirituais."

A complicada missão de tirar o programa do papel caberá à Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). Como órgão gestor, a pasta terá que arcar com as despesas decorrentes da execução da lei, que foi assinada na quarta (16) e publicada no dia seguinte no "Diário Oficial" do Estado do Rio de Janeiro.

Procurada pela reportagem, a SEASDH explicou por meio de sua assessoria de imprensa que o programa ainda precisa de um decreto do governador regulamentando-o e indicando os critérios de execução.

Justificativa

O texto foi apresentado pela deputada Myrian Rios como Projeto de Lei nº 573/2011, no mês de junho de 2011. Na justificativa do projeto, ela diz que "infelizmente, a sociedade de uma maneira geral vem cada dia mais se desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e espirituais". Segundo Rios, estes valores são "de extrema importância para que nossa sociedade caminhe para o crescimento".

Claramente influenciada por princípios religiosos, a deputada de 54 anos, que é missionária católica da comunidade Canção Nova, afirma no texto que "sem esse tipo de valor, tudo é permitido, se perde o conceito do bom e ruim, do certo e errado". E prossegue. "Perde-se o critério do que se pode e deve fazer ou o que não se pode. Estamos vivendo em um mundo onde o egoísmo e a ganância são predominante (sic)."

Para a deputada, o programa proposto no projeto contribui para a "busca de um mundo melhor" e, por meio de ações educativas e sugestivas, direcionadas a criança, jovens e adultos, pode despertar "uma grande mudança na sociedade fluminense".

Deputada

Ex-atriz da Rede Globo, na qual fez sua última participação na novela "O Clone" (de 2001), Myrian Rios foi casada com o cantor Roberto Carlos na década de 1980 e entrou para a vida política nas eleições de 2010, elegendo-se deputada estadual com 22.169 votos.

Em junho de 2011, ela causou polêmica ao insinuar, em um discurso no plenário da Alerj, a relação entre homossexualidade e pedofilia. A deputada se posicionava contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 23/2007, que visava acrescentar a orientação sexual no rol das vedações à discriminação da Constituição do Estado do Rio. A PEC não foi aprovada.

Com a repercussão negativa de suas declarações, ela pediu desculpas em nota oficial, dizendo não ter tido a intenção de igualar o pedófilo ao homossexual. Afirmou ainda não ser preconceituosa, não discriminar e disse ter sido mal entendida.

A reportagem tentou entrar em contato com a deputada por meio do seu gabinete na Assembleia Legislativa, mas até o momento não houve nenhum retorno.