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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

RETROSPECTIVAS 2012

Governo cria escala suplementar na PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros



O governador Renato Casagrande está atendendo novamente a uma reivindicação dos operadores de segurança pública. Ele enviou à Assembleia Legislativa Projeto de Lei Complementar que institui a Indenização Suplementar de Escala Operacional (ISEO).





O novo modelo de escala  vai possibilitar às Polícias Militar e Civil a colocarem um número maior de policiais nas ruas para a realização de operações que visam saturar os locais de maior ocorrência de crimes.

Em agosto deste ano, o Blog do Elimar Côrtes já havia antecipado a informação da criação da escala suplementar. Na ocasião, a informação  dava conta de que o modelo atenderia somente a Polícia Militar.

O governador Casagrande considerou por bem atender também os policiais civis. O projeto deu entrada na Assembleia Legislativa na segunda-feira (10/12).

A Indenização Suplementar de Escala Operacional vai se juntar às escalas ordinárias e às escalas especiais feitas hoje por policiais civis e militares.

As escalas especiais são programadas dentro de cada batalhão ou companhia. Já pela indenização suplementar a própria Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social poderá elaborar as escalas suplementares de acordo com as necessidades de policiamento, levando em consideração o Mapa do Crime que é feito pela polícia.

Atualmente, 6.910 militares concorrem a escalas extras, mas a proposta objetiva a implantação de outra modalidade de escala.

O projeto abre uma perspectiva inovadora, de ampliar somente na Polícia Militar 41.460 escalas, que poderão ser direcionadas em todo o Estado, observando sempre o contexto da criminalidade e o chamado Mapa do Crime. Este número de escalas somente seria atingido com a contratação imediata de mais de 3.500 militares.

Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa, o governador Renato Casagrande afirma que a criação da nova  modalidade indenizatória tem por finalidade suprir as despesas (incluindo gastos com viagens, alimentação e aquisição emergencial de material de pequeno valor para uso profissional) suportadas pelos policiais civis e militares em virtude de convocações extraordinárias, fora de suas escalas ordinárias ou especiais de serviço, com ou sem deslocamento para outro município.

“Com efeito, sua criação apresenta-se relevante tendo em vista que esses servidores, quando convocados para atuar em serviço extraordinário em locais mais próximos e em operações de menor duração (não abrangidas pelas diárias ou ajudas de custo), ainda que de grande relevância às atividades de segurança pública e defesa social, não são ressarcidos pelas despesas decorrentes dessas operações, cujo interesse é da própria Administração”, afirma Casagrande.

“Nesse sentido, com a ISEO será possível ressarcir as despesas excepcionais presumivelmente com viagens, alimentação e aquisição de objetos de pequeno valor que os servidores tenham no exercício da função pública em situações específicas e excepcionais, em que há a exigência de reforço no serviço operacional, advindos da mudança na rotina e deslocamentos”, completou o governador.

Na mensagem, ele informa ainda que a escala suplementar será paga apenas nos casos de convocação extraordinária para operações policiais sigilosas em cumprimento de mandado de prisão ou de busca e apreensão, operação de saturação ou diligência de caráter urgente, controle de rebeliões em presídios ou de distúrbios civis ou socorro em situação de tragédia ou calamidade pública, a critério da Administração, “ressalvando-se, no entanto, que não será paga pela atuação ordinária dos servidores em suas repartições, em plantões, policiamento ostensivo, desempenho ordinário de suas atribuições e do serviço extraordinário, evidenciando sua irregularidade e utilização eventual.”

Renato Casagrande informa ainda que a percepção da escala suplementar no valor de 80 VRTE (Valor de Referência do Tesouro Estadual), cujas escalas de serviço serão definidas pelo Comandante Geral da Polícia Militar, do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar ou do Delegado Chefe da Polícia Civil, “ad referendum do Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social”, estarão condicionadas à efetiva prestação de serviço em operações policiais ou situação de tragédia ou calamidade pública em atividades fim de polícia militar, bombeiro militar ou policial civil, em escalas prévias de serviço com duração mínima de 06 (seis) e máxima de 12 (doze) horas, respeitado o limite máximo de quatro escalas mensais.

“Por fim, em atendimento à exigência do artigo 16, I, da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) informo que o impacto econômico-financeiro da proposta é de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) no âmbito da Polícia Militar, R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) na esfera da Polícia Civil e R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) com os servidores do Corpo de Bombeiros Militar”, finalizou o governador.

AVANÇANDO PARA CONQUISTAR



De fato, a aposentadoria especial por periculosidade está prevista no Art. 40, § 4º da Constituição Federal de 1988, e até o presente momento, o Governo do Estado nada fez para editar lei que regulamente tal direito. Dessa forma, os Desembargadores reconheceram que a atividade policial militar é de fato de alta periculosidade, e por isso, determinaram que a lei aplicável ao Regime Geral de Previdência (Lei 8213) seja agora aplicável ao policial militar, em face da demora do legislador paulista. Com isso, os Tribunais demonstram cada vez mais a nova visão no sentido de que cabe ao Poder judiciário legislar positivamente, em face da demora do Poder Legislativo, considerando o interesse público.Conforme a decisão do STF o deputado cabo maciel, estar adequando-se a constituição estadual do amzonas dando o cumprimento e legitimizando, para que todos os policiais tenham os seus direitos respeitados, isso é mais uma conquista do nosso representante na câmara estadual do Amazonas. temos a lei do porte de arma na identidade, para todos os policiais,estamos na campanha da lei de carreira,os policiais que querem fazer o concurso para oficial não tem limite de idade para aqueles que estam na farda,a luta do parlarmentar é ampliar os horizontes de conquistas.

POLICIAIS PROIBIDOS DE SOCORRER

Governo de São Paulo proíbe PM de socorrer vítimas de crimes e confrontos

Resolução da SSP foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado. Com isso, vítimas só devem ser socorridas por equipes de atendimento especializado, como o Samu

 
A partir de hoje, PM não poderá socorrer vítima de confronto e terá que chamar o Samu
Vítimas de crimes ou pessoas envolvidas em confronto com a polícia não podem mais ser socorridas pela Polícia Militar. A decisão foi divulgada nesta terça-feira, após a publicação de uma resolução da Secretaria da Segurança Pública (SSP) no Diário Oficial do Estado de São Paulo. A medida passa a valer a partir de hoje.
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Segundo o texto, somente os serviços médicos e para-médicos de emergência, como o Samu, deverão socorrer essas vítimas. A medida foi assinado por Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança Pública. A SSP informou que a decisão é um avanço para as vítimas que poderão ter acesso a serviços de socorro especializados, "o que já acontece nos casos de acidentes no trânsito”.
Segundo a pasta, o Samu possui protocolo de atendimento de ocorrências com índicios de crime e buscarão preservar as evidências periciais. Uma outra mudança prevista diz que os agentes envolvidos nesses casos deverão ser apresentados de imediato na delegacia de polícia para as investigações.
Registro de ocorrências
Além das mudanças no atendimento, a resolução altera também o registro de ocorrências derivadas de confronto com a polícia. A partir de agora, os boletins de ocorrência não mais terão os termos “resistência seguida de morte” ou “auto de resistência”.
Em novembro: Ferreira Pinto deixa Segurança Pública em SP; Fernando Grella assume
A partir da recomendação da resolução nº 8 do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, as ocorrências deverão ser registradas como “morte decorrente de intervenção policial” ou “lesão corporação decorrente de intervenção policial”.
Ação integrada
A resolução também estabelece outros parâmetros para a ação integrada das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica no atendimento das ocorrências. A partir de agora, em todos os casos que registrem feridos, os policiais que primeiro atenderem as ocorrências descritas deverão chamar uma equipe de resgate do Samu, ou serviço local de emergência, para o socorro imediato da vítima.
Em seguida, comunicar o seu centro de comunicações, no caso da Polícia Militar, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), e no da Polícia Civil, o Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil).
Quando o fato for atendido por policiais militares e eles avisarem o Centro de Operações da Polícia Militar, a informação deverá ser repassada pelo Copom ao Cepol da Polícia Civil e este, por sua vez, acionar a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) para a realização da perícia.
No entanto, se a SPTC tiver acesso por outros meios da notícia de um crime deverá encaminhar imediatamente, mesmo sem a comunicação do CEPOL, equipes para o local da ocorrência.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ERRO CIRURGICO

Mulher morre após médicos perfurarem seu estômago

Após ser ridicularizada pelo seu tamanho, Tracey passa por uma gastrectomia vertical, mas não obtém sucesso

Reprodução/Daily Mail Após a morte de Tracey, seus três filhos ficaram sob os cuidados da avó
Parar perder peso, Tracey Korkmaz, de 41 anos, resolveu fazer uma cirurgia. Infelizmente, a mulher morreu após os médicos perfurarem o seu estômago.
Cansada de ser ridicularizada pelos amigos por causa do seu tamanho, a recepcionista, que mora em Fulham, na Inglaterra, queria a todo custo emagrecer, segundo o site Daily Mail.
Cirurgia bariátrica pode ser a solução para o fim do diabetes tipo 2
Para isso, ela passou por uma gastrectomia vertical — técnica em que o estômago é grampeado em forma de tubo desde o esôfago ao duodeno.
No entanto, durante o procedimento, os médicos não perceberam que haviam furado o estômago. Tracey teve falência múltipla dos órgãos e morreu 10 dias depois.
Excesso de peso atinge quase metade dos brasileiros
Após essa tragédia, seus filhos, Riah, de 16 anos, Enes, de 13 anos, e Zeren, de 7 anos estão sob os cuidados da avó, June Sillitoe, de 68 anos.
Além disso, o hospital da Universidade College, passou por investigações após a morte de Tracey e mais dois pacientes.

TECNOLOGIA ULTRAPASSADA


Atari pede falência nos EUA
A empresa  pioneira na fabricação de videogames, Atari, está pedindo falência nos Estados Unidos. Um comunicado foi enviado aos principais veículos de imprensa nesta segunda-feira (21), informando da decisão. O objetivo do pedido é se tornar independente da Infogrames – Atari SA, e focar seus esforços no desenvolvimento de aplicativos e jogos para smartphones e tablets.
“Com o pedido de falência, o braço norte-americano da Atari busca separar suas operações da estrutura financeira do braço francês da companhia", diz o comunicado.
Com a separação, o lado norte-americano fica com os domínios: Atari Inc., Atari Interactive Inc., Humongous Inc. e California US Holdings Inc.
"O pedido constitui uma opção estratégica para a Atari nos Estados Unidos, permitindo que se proteja seu valor e suas propriedades intelectuais e consiga recursos financeiros que não eram possíveis dentro da Atari SA".
Segundo informações, a Atari SA não rendia o esperado há anos e a separação facilitaria o manuseio e controle das ações e investimentos por parte da Atari Inc. que agora busca parceiros para investir no mercado de games e aplicativos para smartphones e tablets.
Fundada em 1972, por Nolan Bushnell e Ted Dabney, a Atari ficou famosa pelo jogo “PONG”, um console ligado a um monitor que era acionado por moedas. Depois, como pioneira no mercado dos videogames, através do Atari 2600, muito popular nas décadas de 70/80.

domingo, 20 de janeiro de 2013

INFORMAÇÕES PESSOAIS DO CONDENADOS DO MENSALÃO

Hacker divulga dados de condenados no mensalão

Endereços, telefones e informações pessoais de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram publicadas na internet. O mesmo aconteceu com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

José Genoino assumiu o mandato na Câmara na semana passada na vaga deixada por Aldo Rebelo
Dados pessoais de três condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão foram publicados nesta terça-feira (8) na internet por hackers. Endereços, números de telefone, de CPF e outras informações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Informações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, também caíram na rede. As informações dos três petistas foram colocadas na rede por um usuário cujo nome no Twitter é @nbdu1nder. No seu perfil, ele se classifica como um “grey hat”. No jargão, isso significa que ele é um hacker intermediário, que evita publicar informações que possam prejudicar seus alvos. Invadir sistemas de computação é uma forma de diversão para o usuário.
“O Brasil viveu um dos momentos mais constrangedores de sua história, não apenas por assistir a posse na Câmara dos Deputados de um corrupto e quadrilheiro condenado a seis anos e onze meses de prisão, mas pelo fato dele ter sido aplaudido por boa parte dos parlamentares, entre eles todos os petistas, como se fosse um herói nacional. Genoino participou de um esquema de compra de votos, o Mensalão, que abastecia o caixa do PT com dinheiro sem origem e o repassava a deputados da mesma estirpe moral”, disse o hacker no texto publicado.

Genoino, condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo STF, tomou posse na semana passada como deputado suplente na vaga deixada por Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com a renúncia de Carlinhos Almeida (PT-SP), eleito prefeito de São José dos Campos, houve uma dança de cadeiras na Câmara. Vanderlei Siraque (PT-SP), antes na vaga de Rebelo, assumiu como titular. E Genoino foi alçado como suplente.
Genoino diz ter “consciência serena” da inocência
Novos deputados chegam à Câmara sob suspeita
José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, enquanto Delúbio Soares recebeu oito anos e 11 meses pelos mesmos crimes. Os ministros do STF consideraram Dirceu o chefe do núcleo político do mensalão. Já o ex-tesoureiro do PT era o principal operador do grupo.
Hoje também foram divulgados dados pessoais do bicheiro Carlinhos Cachoeira como nomes dos pais, data de nascimento, número do CPF e do registro de identidade e o endereço de sua casa em Anápolis. Réu na Operação Monte Carlo, ele foi condenado a 39 anos de cadeia e multa de R$ 3,8 milhões por seis crimes. Em 11 de dezembro, conseguiu habeas corpus e foi solto da cadeia.

DITADURA GAY NÃO ACEITO

Candidato evangélico quer derrotar gays no voto

Na disputa pela presidência da Câmara, Ronaldo Fonseca diz que quer pautar propostas que opõem religiosos e homossexuais, como o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, e que não aceita “ditadura gay”

"A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção", afirma deputado que concorre à presidência da Câmara
Evangélico, pastor da Igreja Assembleia de Deus, advogado e, de acordo com suas próprias palavras, “amante do debate”. Para chegar à presidência da Câmara, cargo que cobiça mesmo sem o apoio de seu partido, o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) terá de superar desafios inéditos: ser o primeiro estreante e o primeiro líder evangélico a conquistar o comando da Casa. O deputado de 52 anos exerce seu primeiro cargo eletivo e promete combater os “vícios” do Legislativo, como o corporativismo, a submissão ao Executivo e a falta de discussão. “Não serei um presidente engavetador”, promete. Em entrevista ao Congresso em Foco, o candidato diz que a frente parlamentar evangélica não pode mais “andar a reboque” e ser surpreendida com a votação de propostas que contrariam suas crenças, como as que dizem respeito aos homossexuais. Segundo o deputado, a Casa tem de aprofundar o debate e levar projetos como o da união civil entre pessoas do mesmo sexo a voto. Para ele, os militantes do movimento gay temem que essas propostas sejam votadas por anteverem o seu provável desfecho. “Se for para derrotar, que seja no voto. Comigo é assim, é no voto. Eles não querem. Esses grupos já pegaram vício do Parlamento. Eles fazem barulho, barulho. Quando propomos ir ao plenário, aí não querem, porque sabem que vão ser derrotados. Temem a derrota porque o Parlamento brasileiro é tradicional e conservador e somos um país cristão”, declara Ronaldo.
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca
Tudo sobre a eleição da Mesa
O candidato diz que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a legalização da prostituição – este, objeto de projeto de lei do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), um dos principais representantes da comunidade LGBT no Congresso.
“Mensalão não existiu”, diz deputado candidato
“Sanguessuga era para encobrir mensalão”, diz candidato
“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
“Vamos para o debate e votar. A sociedade brasileira quer a prostituição profissionalizada? Então vamos para o voto, ampliar o canal de acesso da sociedade com a Câmara. Quero ouvir a sociedade. Quem ganhar, levou, meu amigo. Democracia é isso”, diz Ronaldo, que promete dar tratamento igualitário a outras frentes parlamentares, inclusive a da liberdade de expressão sexual.
Mesmo ressalvando as divergências, ele elogia o trabalho do deputado Jean Wyllys na defesa dos homossexuais. “Acho que ele faz um excelente trabalho como representante LGBT. Não concordo com as propostas dele, mas ele mostra a cara. O parlamentar tem de mostrar a cara”, considera.
“Ficção”
O candidato à presidência da Câmara revela sua posição em relação a outro tema sensível à comunidade LGBT: o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais, a homofobia. Para ele, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, critica o deputado.
Ronaldo Fonseca diz que a proposta atualmente em discussão no Senado fere o direito dos religiosos de expressarem sua reprovação à orientação homossexual. “Não pode é incitar a violência. Mas isso o Código Penal já disciplina. É burrice, besteira. Querem transformar isso em crime inafiançável, querem me tirar o direito de opinião”, afirma.
Para ele, a opinião dos religiosos precisa ser respeitada por refletir outra visão de parcela expressiva da sociedade sobre o assunto. “Só digo que não concordo com a prática deles, porque, para mim, por questão de fé, é pecado como a prostituição e o adultério. É pecado e eu não aceito. Isso não quer dizer que você não possa ser gay”, emenda.
Pastor da Assembleia de Deus em Taguatinga (DF), o deputado afirma que sua visão religiosa não influenciará em sua eventual passagem pelo comando da Câmara. “Isso aqui não é igreja”, diz. Mas avisa: “Ditadura gay eu não aceito”.
Para o deputado, os veículos de comunicação e o Judiciário atuam em sentido contrário aos interesses dos evangélicos. “Aquilo que eu defendo para a sociedade não é muito simpático para grupos que controlam e dominam parcialmente essa sociedade”, avalia. Segundo ele, a mídia brasileira reduz intencionalmente o espaço para o ponto de vista cristão”.
Mais polêmicas
No começo de seu terceiro ano na Câmara, Ronaldo Fonseca é um dos três candidatos que desafiam o favorito à sucessão de Marco Maia (PT-RS), o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Além dos dois, também concorrem ao segundo cargo na linha sucessória da Presidência da República os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). A polêmica com os homossexuais não é a única.
Na entrevista ao Congresso em Foco, o deputado também assume outras posições que também suscitam discussões, como a tese de que os evangélicos foram envolvidos, por meio de uma “armação” como “sanguessugas”, no esquema da chamada máfia das ambulâncias, de 2006, para abafar o mensalão. Parte dos parlamentares envolvidos no caso integrava a frente parlamentar, o que reduziu à metade a representação evangélica no início da legislatura passada.
Ele também defende que o mensalão não existiu e não passou de um “acordo entre partidos”. Critica a “vaidade” dos ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470 e a falta de resposta da Câmara às demandas da sociedade e também aos “ataques” que parlamentares recebem por parte da mídia, segundo ele. O pastor condena, ainda, a falta de independência, a “ditadura dos líderes partidários” e o corporativismo. “Em todo lugar tem safado. Na igreja, você também tem pastor e padre safados. Mas tem mecanismos para expurgar. A Câmara também”, afirma.

VOLTANDO A PL 122 "NÃO MIL VEZES NÃO"

Jean Wyllys nega receio em votar projetos LGBT

Em resposta a candidato à presidência da Câmara evangélico, deputado diz que defensores dos gays no Congresso querem, sim, votar e não temem derrota. Para ele, é “absurda” declaração de Ronaldo Fonseca que minimiza a homofobia

Jean considerou um "desaforo" as declarações do candidato à presidência da Câmara
Em meio à apresentação de propostas dos candidatos para a presidência da Câmara, a polêmica em torno de projetos que buscam ampliar os direitos civis dos homossexuais voltou à baila mais uma vez. Isso porque o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), que entrou na disputa sem apoio do próprio partido, disse que colocaria propostas de interesse de grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em votação por ter a certeza de que elas serão derrotadas em plenário.
Tudo sobre a eleição da Mesa
Para o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) – único parlamentar assumidamente gay no Congresso -, é preocupante que esses temas ainda sejam tratados com preconceito e “fundamentalismo religioso”. O parlamentar do Psol acredita ter ocorrido uma demonstração de arrogância por parte de Ronaldo. Pastor da Assembleia de Deus, o candidato à presidência provocou a bancada que defende os direitos LGBT. Disse ainda que o grupo tem medo de as propostas irem a plenário.
“É natural que ele diga que votará tais projetos. Ele não poderia dar um tiro no pé ao entrar em uma campanha aparecendo como alguém mais autoritário e reacionário. Mas dizer que temos medo de votar qualquer proposta é arrogância dele. A bancada evangélica não é maioria. Pode até fazer uma diferença, mas não é maioria. É um desaforo ele falar isso”, desabafou Jean Wyllys.
Em entrevista ao Congresso em Foco, Ronaldo afirmou que se for eleito não fugirá do debate mesmo em relação às propostas de que discorda, principalmente aquelas defendidas pelos representantes da comunidade LGBT, como a união civil para pessoas do mesmo sexo. E garantiu também que, mesmo não avalizando o conteúdo de tais propostas, as levará a votação porque sabe que elas serão derrotadas “no voto”.
Candidato evangélico que derrotar gays no voto
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca

Regulamentação da prostituição

Ronaldo Fonseca disse que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a regulamentação da prostituição – este, objeto de projeto de lei de Jean. O deputado do Psol explicou que tem realizado reuniões com outros deputados e com a Mesa Diretora da Casa para acelerar a tramitação do projeto intitulado “Gabriela Leite”, que tem como objetivo garantir que o exercício da atividade do profissional do sexo seja voluntário e remunerado, “tirando assim esses profissionais de um submundo de marginalização”, conforme explica o texto da matéria. Jean também afirmou que já tem assinaturas suficientes para levar a votação a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Casamento Igualitário.
“Minha maneira de fazer política é completamente diferente da dele. Faço política com movimentos sociais porque o debate na sociedade é mais importante do que o debate dentro da Câmara. Por isso, ele não deve reconhecer que queremos sim, aprovar essas matérias”, afirmou Jean. Sobre a declaração feita por Ronaldo de que os representantes da comunidade LGBT no Congresso têm medo dos resultados das votações, Jean foi enfático: “A bancada evangélica adora blefar que fala em nome da sociedade, mas ela é plural e diversa e não representa sequer a totalidade dos evangélicos. Somos uma sociedade multiétnica e multirreligiosa”.
“Homofobia não é peça de ficção”
Outra declaração polêmica de Ronaldo Fonseca foi sobre o que chamou de “ficção” a existência da homofobia e criticou o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais. Para o deputado do PR, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, afirmou.
Jean considerou a declaração absurda, uma “confissão pública de ignorância ou de má-fé”. “Talvez ele devesse perguntar aos milhões de homossexuais do país o que eles acham. Eles que são insultados diariamente, que precisam esconder sua sexualidade, que têm que ouvir piadas desconcertantes e que apanham nas ruas da cidade se a homofobia não existe. Talvez para ele, que não sofre nenhum tipo de constrangimento, a homofobia não exista. Há números contundentes que provam que a homofobia não é peça de ficção”, desabafou Jean.
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“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
Eleições na Casa
Mesmo com as diferenças, a possibilidade de Ronaldo Fonseca ser eleito para a presidência da Casa não seria um retrocesso na avaliação de Jean Wyllys. Para ele, o problema está na mistura de fé e política. “Não tenho nada contra ele. A crítica que faço é política. O problema não é a religião e sim a confusão que se faz para ferir a laicidade do Estado. Até votaria em um parlamentar evangélico, desde que soubesse que ele tem a absoluta noção de que crença e fé não podem orientar sua situação no Parlamento”, declarou.
Dentre os candidatos que concorrem ao cargo de presidente, Jean descarta votar no favorito, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), porque não vota “de cabresto”. “As recentes denúncias que vieram a tona contra ele são mais um motivo para eu não votar”, disse.
Dos outros dois candidatos que restam na disputa, Rose de Freitas (PMDB-ES) e Júlio Delgado (PSB-MG), Jean deve apoiar o último “por uma questão de simpatia e respeito ao seu trabalho”. No entanto, a decisão só será tomada depois que ele se reunir com os outros deputados de seu partido, o que deve acontecer nos primeiros dias de fevereiro.
Independente de quem for eleito, Jean espera que a imagem da Casa seja restaurada junto à sociedade. “Essa imagem é ruim nem tanto por conta das ações de alguns deputados, mas também em parte pela despolitização da sociedade que está cada vez mais maior, que não se informa de maneira correta sobre a função da Câmara. É muito grave e sério que os dois favoritos à presidência da Câmara e do Senado [o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estejam envolvidos em denúncias de corrupção”, disse.

MORDIDAS FATAL

Denúncia: homem mata gato à mordidas em via pública no interior do AM

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.

O vídeo foi gravado em Iranduba (AM)
O vídeo foi gravado em Iranduba (AM) (Reprodução / Internet)
Um vídeo postado na tarde deste domingo (20) flagra um homem que mata um gato à mordidas. O material foi gravado no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus) pelo cineasta amazonense Zeudi Souza. De acordo com ele, a postagem é ‘uma forma de chamar atenção das autoridades competentes para que tomem providências’.
De acordo com ele, o vídeo foi feito por volta das 16h do último sábado (19), próximo à ponte, em frente à feira de frutas na beira da Estrada. “Acabávamos de estacionar o carro, quando uma senhora falava em voz alta: ‘Tem cada louco nesse mundo, o cara chupando o sangue do gato’. Peguei a máquina e fui ver. Tinham poucas pessoas observando, estavam assustadas e sem reação”, explicou.
Segundo ele, as pessoas também estavam receosas de tomar alguma atitude, porque além de transtornado, ele poderia estar armado. “Ele estava fora de si”, comentou Zeudi.
“Algumas pessoas ficaram vendo o gato, e o homem se levantou e caminhou como se nada tivesse acontecido. Não havia policiamento na área”, relatou o cineasta, dizendo que o rosto do homem, que parecia ser da área, estava arranhado pela luta com o gato e a boca ainda estava cheia de pelos.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.
Crimes
Crimes de maus tratos tem sido ponto de luta de algumas organizações de proteção aos animais, como a ONG P.A.T.A. (Proteção, Adoção e Tratamento Animal). A vice-presidente do grupo, Joana Barc Cordeiro disse que recebe diariamente denúncias como esta.
Ela que já tinha conhecimento sobre o vídeo, comentou que a polícia não consegue mais atender a demanda. “Recebemos denúncias até piores que esta. Nós denunciamos, mas precisamos de apoio para apurar. A polícia precisa agir com isso. Existe muita impunidade nestes casos. A DEMA não tem condições de atender a demanda que existe”, afirmou ela.
Atenção Especial
De acordo com Janaína, os grupos de proteção estão na luta por uma delegacia especializada que cuide apenas de crimes contra animais domésticos. “A Dema dá preferência para crimes contra animais exóticos, madeira apreendida e peixes. Fizemos uma petição para que essa delegacia seja concretizada”, concluiu.

MUITO ABAIXO DE ZERO

Mau tempo provoca mais de 10 mortes na Europa


Reuters Aeroportos são fechados e voos cancelados na França, na Inglaterra e na Alemanha por conta de nevasca no final de semana
Mais de dez pessoas morreram devido ao temporal de chuva, vento e neve que castigou a região ocidental da Europa e perturbou a vida cotidiana e os transportes por terra, mar e ar até este domingo (20). Pelo menos 14 pessoas morreram na França, no Reino Unido e na Espanha, em diversos incidentes que também deixaram pelo menos 22 feridos nesse fim de semana.
Na França, pelo menos sete pessoas, entre elas um casal de espanhóis, morreram ao longo do fim de semana nas estradas do sul do país. Outras quatro morreram na Escócia, todos montanhistas, que foram atingidos por uma avalanche nas Highlands, ocorrida em pleno temporal de neve no Reino Unido.
Na Espanha, o mau tempo custou a vida de três pessoas ao longo do fim de semana. Além disso, mais de 20 pessoas ficaram feridas, três delas em estado grave, depois que um ônibus com cidadãos russos virou em uma estrada de Grenoble, na França. Em Portugal, foram registrados outros dois feridos no sábado. Além do saldo de vítimas, que pode aumentar nas próximas horas, os danos materiais foram numerosos e também foram afetados os transportes ferroviário, rodoviário e aéreo.
Na Alemanha, o aeroporto internacional de Frankfurt interrompeu o tráfego aéreo neste domingo e suspendeu tanto decolagens como aterrissagens, como consequência das nevascas das últimas horas.
Também na França dezenas de voos foram cancelados hoje nos aeroportos de Paris devido à neve que cai desde ontem à noite em toda a região, e que continuará boa parte do dia em grande parte do centro e do norte da França.
A DGAC (Direção Geral da Aviação Civil da França) voltou a pedir para amanhã, como fez neste domingo, que as companhias aéreas que operam nos dois aeroportos de Paris cancelem 40% de seus voos por causa do mau tempo.
No Reino Unido, 250 voos foram cancelados no aeroporto londrino de Heathrow, enquanto outro aeroporto, o City, foi fechado por causa da neve e da pouca visibilidade. Em Portugal, o forte vento e a chuva causaram estragos em casas, linhas elétricas e plantações, obrigaram a desviar 30 voos e interromperam o tráfego em três estradas e na linha ferroviária Lisboa-Porto.
Na Espanha, o temporal obrigou hoje a suspensão da circulação na linha ferroviária entre Madri e Cantábria, no norte do país, após deslizamentos de terra por acumulação de água. Até o momento, no aeroporto de Madri-Barajas foram cancelados 14 voos para a França e o Reino Unido, enquanto em Barcelona outros 18 voos para os mesmos destinos também não decolaram.

sábado, 19 de janeiro de 2013

QUEM DORME DE MAIS

Indiano inventa despertador que dá choque para acordar quem dorme demais


Sankalp Sinha, 19, inventou algo realmente chocante para quem dorme além da conta
  • Sankalp Sinha, 19, inventou algo realmente chocante para quem dorme além da conta
Você é daqueles que têm muita dificuldade para acordar? Pois um estudante indiano inventou algo que vai te chocar. Quer dizer, que pode te dar um choque.
Sankalp Sinha, 19, também dormia demais e se atrasava para seus compromissos na faculdade. Por isso, ele inventou um despertador que dá choque caso você aperte o botão "snooze" (ou soneca), aquele que faz o aparelho parar de tocar e dá mais alguns minutinhos de sono.
O estudante de engenharia automobilística afirma que o choque não machuca, mas é suficiente para dar energia.
"Acho que minha invenção vai ajudar várias pessoas que têm o mesmo problema que eu", afirmou Sinha, que está em contato com várias empresas para fabricar seu despertador em massa.

MENTE VAZIA, É OFICINA DO CAPETA

Polícia investiga britânico que mata cães com linguiças cravejadas de pregos

As linguiças cravejadas de pregos para matar os cães
  • As linguiças cravejadas de pregos para matar os cães
A polícia da cidade de Abergavenny, no País de Gales (Reino Unido), procura uma pessoa que tem espalhado linguiças cravejadas com pregos em locais frequentados por cães para matar os animais.
Um aviso oficial foi emitido nesta sexta-feira (18) e cartazes foram afixados pelo bairro e pet shops onde pessoas encontraram as "guloseimas" enquanto passeavam com seus cães.
Um dono não identificado disse ao "Daily Mail" que seu cão começou a cheirar algo no chão e ele imediatamente puxou o animal quando viu algo refletindo contra o sol. Em uma inspeção mais atenta, viu os pregos na linguiça. "Tinha um monte em volta. Devo ter recolhido umas 40 linguiças", disse.
O veterinário Ben Hynes, avisado da cruel "campanha de terror" por donos preocupados, ficou "chocado e estarrecido". "Se não fosse por essas pessoas extremamente observadoras, poderíamos estar assistindo agora à morte lenta e certa de uma série de cães", alertou.
Segundo ele, nenhuma vítima foi registrada até o momento e sintomas de um animal que tenha ingerido os pregos são vômitos e sangramentos. Para Hynes, não há dúvidas de que a intenção de quem espalhou as linguiças é matar os animais.
"Este é um incidente muito preocupante, especialmente porque as linguiças estão sendo deixadas em locais também frequentados por crianças", destacou a polícia.

ACIDENTES COM MÁQUINA

"Vi meu dedo ser esmagado e não conseguia respirar", diz jovem que teve cabelo arrancado por máquina

À esquerda, o cabelo de Kelly Nield preso na máquina. À direita, Kelly antes do acidente
  • À esquerda, o cabelo de Kelly Nield preso na máquina. À direita, Kelly antes do acidente
Depois de se recuperar do grave acidente, Kelly Nield, 24, relembrou, em comunicado, o que sentiu quando seu cabelo ficou preso em uma máquina, no País de Gales.
"Eu vi meu dedo ser esmagado e sangrar, ao mesmo tempo em que não conseguia respirar", afirmou. Em 2009, Kelly teve seu cachecol e cabelo enroscados em uma esteira na empresa em que trabalhava.
"Eu estava em choque total, por isso não senti muita dor no início, mas estava em pânico", disse. "Eu sabia que estava com problemas. Eu comecei a bater na esteira e gritava por ajuda, mas a fábrica estava muito barulhenta e ninguém me ouviu de imediato", lembrou.
"Eu estava muito desnorteada e mal podia respirar. Lembro-me de sentir-me muito fraca e querendo dormir."
O resultado do acidente foi uma série de ferimentos, que fizeram com que ela ficasse três meses no hospital e passasse por várias operações. Quando chegou ao hospital, Kelly temia por sua vida: "Vou morrer?", perguntava aos médicos.
Segundo o site do tabloide "Daily Mail", a empresa foi multada em 60 mil libras (cerca de R$ 195 mil) e foi obrigada a cobrir as despesas hospitalares, no total de 21.600 libras (cerca de R$ 70 mil).
De acordo com o promotor do caso, Simon Parrington, Kelly agora precisa da ajuda de um sonda para se alimentar por líquidos, porque não consegue mais engolir.

HOMENAGEM AO BOPE

Bope completa 35 anos; para comandantes, batalhão da PM do Rio superou fenômeno "Tropa de Elite"


Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais.
  • Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais.
"O Bope é um tigre treinado e capacitado para rugir". A frase do coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais, se encaixaria perfeitamente no roteiro de "Tropa de Elite", filme que projetou mundialmente a divisão de elite da PM do Rio de Janeiro, em 2007, e que completa 35 anos neste sábado (19).
Passado o fenômeno protagonizado pelo personagem Capitão Nascimento --e que durante muito tempo incomodou os verdadeiros policiais da unidade por conta da associação com a violência exacerbada pela obra--, o Bope conseguiu amadurecer a sua imagem ao se posicionar como carro-chefe da política de pacificação das favelas cariocas.
Hoje, a narrativa ficcional de "Tropa de Elite" já não incomoda tanto, e a presença dos chamados caveiras (referência ao símbolo do batalhão, um crânio humano atravessado por uma faca) nas comunidades passou a ser desejada pelos moradores. "A exposição [originada pelo sucesso do filme] foi positiva, mas gerou na corporação essa releitura da sociedade carioca como um todo", afirmou o atual comandante do Bope, coronel Renê Alonso.

 Em 1978, o então Nucoe (Núcleo de Companhia de Operações Especiais), que se posteriormente viria a ser o Bope, funcionava em um acampamento nas dependências do CFAP (Centro de Formação de Praças), em Sulacap, na zona norte do Rio. Eram apenas 12 barracas para cerca de 30 policiais. Divulgação/Bope
"Estamos verificando isso agora. Hoje em dia, em algumas missões de pacificação, as pessoas já nos recebem com outro olhar. Muitos perguntam quando a sua favela será pacificada", completou.

A CAVEIRA

  • Marco Antônio Cavalcanti/UOL Segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Bope, o símbolo da faca na caveira não simboliza a morte, tal como algumas pessoas pensam. "Na verdade, é uma imagem que representa o triunfo da vida sobre a morte", disse.
De acordo com o coronel Pinheiro Neto, que comandou o Bope entre 2007 e 2009 --atualmente, ele é chefe do Estado-Maior Operacional da PM--, o filme seria coerente com a realidade no sentido de mostrar que os policiais do Bope, de fato, "abominam a corrupção". O oficial, no entanto, nega que os agentes da elite da PM utilizem métodos como a tortura a fim de obter informações.
"'Tropa de Elite' é um excelente filme, mas não é um documentário sobre o Bope, muito menos sobre a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Entretanto, trata sem hipocrisia a relação entre o crime e o consumidor de drogas, e das associações entre determinadas organizações não governamentais e o crime organizado. Ele mostra claramente que a vida criminosa não tem glamour e que os integrantes do Bope abominam a corrupção", diz Pinheiro Neto. "Por outro lado, não é verdadeira a tortura e os meios ilegais que aquele grupo de policiais aplica no filme para cumprir a missão. O Bope é uma unidade de polícia e respeita a lei. Não compactua com qualquer meio ilegal, seja ele qual for. Para o Bope, os fins não justificam os meios".

ÚLTIMO RECURSO

Aqueles que sugerem que o Bope usa de violência exacerbada ou desmedida, que 'entra na favela atirando', não conhece a verdade dos fatos. O volume de munição consumido em combate comprova isso. Tendo em vista o treinamento e a preocupação com a população que está na área de conflito, só se faz uso do armamento letal em último caso
Coronel Pinheiro Neto, ex-comandante do Bope
Para o coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, que comandava o Bope na época do filme, e hoje ocupa o cargo de coordenador das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), o sucesso de "Tropa de Elite" se transformou em uma via de mão dupla para o Bope: fez com que o nome da unidade ficasse mundialmente conhecido, mas aumentou a responsabilidade dos policiais.
"A exposição, decorrente do filme, colocou-nos na vitrine. Estando na vitrine temos a oportunidade de demonstrarmos nossas qualidades. Por outro lado, nossos defeitos também ficam aparentes. Daí a necessidade de trabalharmos mais intensamente", disse.

Batalhão passou de "força de guerra" para "força de pacificação"

Os quatro coronéis entrevistados pela reportagem do UOL são exatamente os últimos comandantes da unidade em um período que compreende, segundo a PM, o início do processo de adaptação do Bope a um novo cenário da segurança pública. Esse período começaria em 2006, quando o coronel Mário Sérgio Duarte chegou ao comando da unidade.

UNIDADE DE GUERRA

Eu sempre entendi o Bope como unidade de guerra. A minha visão é essa. Porque nós precisamos ter uma última ratio. Um último argumento. O Bope não é uma unidade para ser utilizada em ações marcadamente preventivas. O Bope é treinado e capacitado para rugir. Ele é um tigre, que tem que ser mantido sob controle e solto em alguns momentos. O Bope era e é para entrar onde há desorganização ou conflito, e trabalhar para resolver esse conflito. Se a resolução do conflito estiver de tal ordem agreste, violenta, que você precise usar a unidade com a sua expressão mais violenta no sentido de resolver o problema, o Bope tem que agir assim.
Coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante do Bope
Há consenso entre os oficiais: a repercussão do filme trouxe para o Bope a visibilidade necessária para que outras ações, articuladas a partir das novas demandas inerentes ao contexto do surgimento das UPPs --tais como o relacionamento com os moradores das favelas-- chegassem ao conhecimento da população.
Passo a passo, a elite da PM foi substituindo a imagem da "força de guerra" pela concepção da "força de pacificação". "O que não existia no Bope era o papel da mediação logo após a guerra. Os últimos comandantes foram os responsáveis por construir isso. Mais especificamente, o coronel Paulo Henrique e o coronel Renê, atual comandante. Eles que apresentaram essa nova face de Bope além da guerra", disse Duarte.
"Com a pacificação, o Bope passou a não só enfrentar os problemas, mas assumiu também o papel da mediação. Trazer a população, explicar para a população o que eles precisam, criar uma rede social de proteção e conscientizá-los de que o papel do Bope é o de defensor da paz. Eles [últimos comandantes] apresentam não só o Bope do fuzil, como já era conhecido, mas também o Bope do diálogo, do compromisso social, o Bope que entra [na favela] de preto, mas vai sair de camiseta branca. Realmente, isso é um fato novo", completou.
"A mudança de comportamento da tropa é uma nova realidade a qual os próprios policiais, habituados ao confronto, precisam se adaptar. Conquistar a confiança das pessoas, falar com elas, fazer perguntas e aprender sobre sua vida. Ouvir, aprender e se adaptar.  Conduzir uma ação desta natureza, requer uma força flexível, adaptável e liderada por líderes ágeis, bem informados e culturalmente astutos. A paz é o objetivo do trabalho. A guerra não pode ser o objetivo final: a meta é a paz. E o policial precisa se adaptar a essa nova realidade", destacou o coronel Pinheiro Neto.

BOPE FAZ 35 ANOS

Releitura interna

Na visão do comandante do Bope, coronel Renê Alonso, as transformações pelas quais o Bope passou no sentido de sintonizar a sua imagem com o processo de pacificação não estão necessariamente vinculadas ao filme "Tropa de Elite". Segundo ele, o trabalho partiu de uma "releitura interna".

MATURIDADE

A notícia agora vai ser quando o Bope errar. E nós não podemos errar, foi o que ele [coronel Pinheiro Neto, ex-comandante] falou para mim. Não temos o direito de errar. É como se fossemos médicos em uma cirurgia de alta complexidade, porque se a gente errar, a gente perde o paciente. E o bope vem se adaptando a mudanças de cenário. (...) Quando precisa ser duro, ele é duro. Mas quando precisa ser afável, ele é afável. Isso q eu acho que foi a grande transformação do Bope nos seus 35 anos. Foi a sua grande maturidade
Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope
"Entendemos a necessidade de se rever procedimentos e aplicar uma nova metodologia de trabalho. Outros procedimentos foram tomados na questão da formação e da valorização dos policiais. Talvez a gente tenha precisado passar por algumas situações de crise para crescer enquanto unidade policial", disse.
O coronel afirma ainda que o sucesso do filme recolocou a questão da segurança pública, e da forma como as forças policiais lidam com os aspectos políticos relacionados a esse contexto, na pauta da sociedade.
"O que me chamou a atenção naquele fenômeno do filme é que ele trouxe a tona uma discussão que ainda não havia sido feita: sobre a estrutura policial que a gente tinha no Rio de Janeiro e, do outro lado, a sociedade que é contrária, mas que acaba também abastecendo o tráfico de drogas com o consumo. E o Bope no meio dessas questões como uma unidade policial lutando contra isso, contra tudo e contra todos, sobrevivendo no meio disso", afirmou ele.
"Um evento marcante para a gente ocorreu durante um desfile de 7 de setembro, quando o Bope desfilou pela primeira vez, e naquele ano o Bope foi aplaudido do início ao fim. (...) Isso mostra pra gente que o carioca não aguentava mais viver daquele jeito e precisava acreditar em alguém que pudesse de alguma forma resolver o problema. Essa foi a nossa leitura. Obviamente, isso também aumentou a nossa responsabilidade, pois a sociedade passou a esperar mais de nós", completou.

35 ANOS DE FACA NA CAVEIRA

Primeiro filme acabou em inquérito dentro no batalhão

O ex-capitão do Bope e antropólogo Paulo Storani, que teria inspirado o personagem Capitão Nascimento, atuou como consultor de "Tropa de Elite", tendo ajudado, inclusive, no processo de preparação do elenco. Segundo ele, o primeiro filme da franquia gerou um inquérito administrativo, "que era para gerar um inquérito policial" (o que não ocorreu), através do qual vários policiais foram ouvidos pelo comando da PM, incluindo o próprio Storani.
"O próprio comandante do Bope na época, o coronel Pinheiro Neto, foi o único punido nessa história toda. Eu considero de uma forma arbitrária. Ele foi punido simplesmente porque recebeu o José Padilha no batalhão. O Padilha foi lá apenas para conversar com ele e ele foi punido por tê-lo recebido. O Padilha queria fazer um vídeo institucional em homenagem ao Bope, mas isso nunca aconteceu", disse o antropólogo. Questionado pela reportagem do UOL sobre a suposta punição, o coronel Pinheiro Neto optou por não responder.
Storani disse ainda que as características que marcam o protagonista do filme criaram na imaginário do público a ideia de "um herói que não baixa a cabeça para determinadas circunstâncias da própria administração pública, dos vícios da administração, da própria corrupção, e que acredita naquilo que faz". A partir disso, segundo ele, a responsabilidade em relação ao processo de seleção dos integrantes do verdadeiro Bope precisa ser ainda mais rígido, pois a população espera que a postura da unidade corresponda ao que foi mostrado no filme.
"O filme abriu para o mundo o que é essa unidade chamada Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro. A partir desse momento, o Bope montou uma estratégia reconhecendo o aumento da responsabilidade. Ele restringiu e apertou muito mais os seus protocolos internos, de seleção, preparação e controle de desempenho", afirmou.
"A repercussão do filme é fundamental. Porque ela mexe com o inconsciente coletiva de que existe uma polícia de qualidade. Aliás, existe dentro da Polícia Militar uma unidade de qualidade que representa o ideário comunitário que diz: nós não aguentamos mais viver sob medo, tensão e armas. Queremos que a polícia venha aqui sim. Cansamos de receber aplausos em favelas. Há alguns anos, isso era inimaginável", comentou o major André Batista, coautor do livro "Elite da Tropa", no qual o roteiro do filme é baseado.

Filme obrigou batalhão a dialogar com a mídia

Para Batista, as novas demandas que surgiram a partir da repercussão do filme foram importantes para que o Bope fortalecesse o seu trabalho de comunicação com a mídia e com a população.
"Você precisa levar a ideia de que a unidade está ali para ajudar as pessoas. Muito mais do que a perspectiva que os livros e os filmes mostram, há necessidade de você se empenhar o máximo que você puder em relação à comunicação. Porque comunicação é uma falha que existe até hoje nas polícias. As polícias não conseguem uma relação tão boa com a comunidade porque elas talvez não divulguem o seu bom trabalho, o trabalho do dia a dia, e isso o Bope soube aproveitar de acordo com as ofertas que se mostraram", disse.
"Foi uma grande oportunidade para idealizarmos uma comunicação muito mais eficiente e menos reativa. A nossa comunicação era sempre reativa. Mataram três. Foi o Bope. Hoje a gente está empenhado na pacificação, e temos que trazer isso a partir do ideal de comunicação. Hoje você vai na comunidade e os moradores não querem que você saia. Nós transformamos o medo em propaganda, em comunicação e relação com as comunidades", completou o major.
A capitão Marlisa Neves, que atualmente gerencia o setor de comunicação do Bope, afirmou que a estratégia adotada pela unidade foi pensada exatamente para que a realidade do filme não fosse tida pela população como um relato fiel do funcionamento do Batalhão de Operações Especiais.
"A partir do filme, foi gerada uma demanda de imprensa muito grande. O Bope passou a ser requisitado até internacionalmente. Então se viu a necessidade de ter alguém entre eles para cuidar dessa parte. Até para que não desvirtuassem a imagem do que realmente é o Bope, do que se faz aqui. Para não acharem que aquilo que é mostrado no filme seria a realidade da unidade. Aquilo é um filme. Tem coisas reais e coisas não reais", disse.
"Eu não gosto de associar muito o Bope ao filme. porque o Bope existe e faz o trabalho que ele faz hoje muito antes do filme. O Bope se construiu como Bope muito antes do filme, mas é inegável que, a partir do filme, a visibilidade do Bope explodiu. Extrapolou o campo policial. Antes, o Bope era muito conhecido por outras unidades policial, inclusive fora do Brasil. O filme expandiu isso para a sociedade civil. Foi uma visibilidade ao extremo", completou a policial.

NÃO QUER APOSENTADORIA

Com 99 anos, professora dos EUA diz não estar pronta para se aposentar

vovó
Agnes Zhelenisk presenciou duas guerras mundiais
Com 99 anos de idade, a professora mais velha dos EUA, Agnes Zhelesnik, disse não estar pronta para se aposentar. Conhecida carinhosamente como Vovó, Agnes presenciou as duas guerras mundiais, foi dona de casa e esposa por 60 anos e começou a dar aulas em 1995, na Sundance School, em North Plaifield, Nova Jersey, aos 81 anos. As informações são do The Huffington Post.
Atualmente, ela dá aulas de cozinha, costura. Curiosidade: sua filha de 61 anos, também chamada Agnes, dá aula na mesma escola.
Na semana passada, a escola celebrou o aniversário da professora. Agnes diz que continua dando aulas porque adora os estudantes.
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— Eles são meus melhores ajudantes. A única razão para que eu venha aqui são as crianças.
Ela, no entanto, diz que cogita se aposentar quando fizer cem anos.

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IDENTIFICAÇÃO DE ARMAS DE FOGO

UnB desenvolve método que identifica rastros de armas de fogo
Técnica com substâncias luminescentes ajuda a identificar vários elementos em cenas de crimes. Polícia Federal acompanha a pesquisa e estuda tornar o produto obrigatório para fabricantes de armamentos e munições em todo o país

Um pó misturado à pólvora dos projéteis deixam resíduos na vítima e no atirador. Com uma luz ultravioleta pode-se visualizar os vestígios e identificar o físico do atirador, distâcis do tiro e analisar se foi sucídio, assassinato ou execução. (Divulgação)
Um pó misturado à pólvora dos projéteis deixam resíduos na vítima e no atirador. Com uma luz ultravioleta pode-se visualizar os vestígios e identificar o físico do atirador, distâcis do tiro e analisar se foi sucídio, assassinato ou execução.
 Uma equipe do Instituto de Química da Universidade de Brasília desenvolve marcadores visuais que permitem identificar resíduos de pólvora em cenas de crime, rastrear a origem de uma bala e até a distânca do tiro e porte físico do atirador. Os marcadores são uma mistura de lantanídeos luminescentes se destacam sob luz ultravioleta.

A pesquisa tem apresentado índices próximos a 100% de acerto e pode revolucionar os sistemas periciais de todo mundo, aumentando sua eficácia e rapidez e barateando investigações. No Brasil, a Polícia Federal (PF) tem acompanhado o grupo e sinaliza intenção de criar uma legislação que obrigue fabricantes de munição a incluir os marcadores desenvolvidos na UnB.

A vantagem mais básica dos marcadores é que são fáceis de identificar. “O material é muito luminescente. Se a arma disparou, o resíduo acaba depositado em cima da vítima e do atirador”, explica o professor Marcelo Rodrigues. Como os vestígios são vistos com precisão, pode-se confiar nesses rastros para calcular vários componentes. “Dá para identificar o físico do atirador, distância de tiro e analisar se foi assassinato, suicídio ou execução. Outra coisa interessante é que, pelos rastros, você consegue identificar se o indivíduo atirou ou se somente manipulou a arma”, completa.

C.S.I UnB

Além de Marcelo, o grupo de pesquisa é composto por dois alunos de pós-graduação e um de graduação, dois peritos da PF e um pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). São coordenados pela professora Ingrid Weber, que começou os estudos na UFPE em 2009, e desde 2011 está na UnB.

Em Pernambuco, ela desenvolveu uma primeira geração de marcadores. Em Brasília, criou uma espécie de código de barras, combinações únicas de cores que diferenciam lotes de fabricação. Isso é possível porque os marcadores emitem ondas de vários comprimentos. Misturando-as, são obtidas padronagens diferenciadas. “Com isso, dá para diferenciar calibres e dizer se é munição civil ou policial”, exemplifica Marcelo. No momento, o grupo analisa, junto com a PF, maneiras de se detectar, por meio dos vestígios visuais, características da trajetória e velocidade da bala e da ação do atirador. Essa terceira etapa deve ser concluida ainda em 2013.

Marcelo afirma que o sistema que a polícia adota para identificar rastros de tiros está longe de ser tão preciso quanto o desenvolvido na UnB. Atualmente, trabalha-se com reagentes que revelem a presença de chumbo, bário e etimônio, componentes de bala. Esse sistema, no entanto, tem grande percentual de falsos negativos, segundo Marcelo.

A vantagem mais básica dos marcadores é que são fáceis de identificar (Divulgação)
A vantagem mais básica dos marcadores
é que são fáceis de identificar
Existe outra técnica, adotada em investigações mais sofisticadas, como as da PF, Scotland Yard (da Inglaterra) e FBI (Departamento de Investigação Federal dos EUA). Nela, um microscópio eletrônico vasculha partículas em busca dessas mesmas substâncias. Mas mesmo assim a eficácia é baixa. “Um artigo da Polícia de Detroit diz que deram deram 150 tiros para encontrar vestígios de apenas cinco”, diz Marcelo. Ele acrescenta que a demora da análise e os preços dos microscópios eletrônicos inviabilizam sua aplicação em larga escala.

O preço é outra vantagem do método de marcadores visuais. Misturados à pólvora na indústria, eles não exigem nenhuma mudança na linha de produção e custariam, para o fabricante, US$ 0,2, em média. O cálculo foi feito em cima da 1ª geração de marcadores. “A inclusão dos marcadores, além facilitar a identificação de vestígios, barateia o processo para a polícia porque só precisa de luz ultravioleta para funcionar”, resume Marcelo.

SÓ A GENÉTICA EXPLICA

O país onde os negros tem cabelos naturalmente loiros

Ilhas de Salomão, país localizado no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa de pele negra, tem os cabelos naturalmente loiros. Alguns acreditam que a cor seria resultado de muita exposição ao sol, ou de uma dieta rica em peixe. Outra explicação seria a herança genética de ancestrais distantes (mercadores europeus que passam pelos arquipélagos).
Todas as hipóteses foram descartadas quando os pesquisadores identificaram um gene responsável pela variação da cor do cabelo, denominada TYRP1, conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos. Sua variante encontrada nos cabelos loiros dos habitantes das Ilhas de Salomão, não é encontrada no genoma dos europeus.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

CASSAÇÃO DE MANDATO POLÍTICO

Justiça cassa direitos políticos de Cassol por 5 anos


A Justiça Federal condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) por improbidade administrativa e ainda cassou seus direitos políticos por cinco anos, informou o Ministério Público Federal (MPF) de Rondônia. Por intermédio de sua assessoria, Cassol disse que vai recorrer.
De acordo com o MPF, em 2006 foi desvendado um caso de compra de votos que beneficiaria Cassol, além do ex-senador Expedito Júnior (PR), cassado anteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de policiais.

A investigação gerou várias ações eleitorais, mas as testemunhas que prestaram depoimento acabaram sendo vítimas de constrangimentos diversos e ameaças, sendo cinco delas até incluídas em programa de proteção à testemunha, informou o MPF.
Conforme o Ministério Público, o assédio ilegal foi ordenado por Ivo Cassol, que à época governava o Estado de Rondônia. Em 2008, a Justiça Federal chegou a sentenciar o então governador à prisão, mas ele fugiu do Estado enquanto aguardava o julgamento de um habeas corpus. Para as ameaças às testemunhas até um inquérito policial fajuto foi aberto, denunciou o MPF.
Cassol e os policiais foram então processados criminalmente pela Procuradoria-Geral da República. O então procurador-geral Antônio Fernando Souza afirmou na denúncia que "a investigação estadual (a que teria ameaçado as testemunhas) foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos".
O então procurador afirmou ainda que "toda a farsa foi executada a mando do governador Ivo Cassol, que se utilizou do aparato de segurança do Estado de Rondônia para tentar desqualificar a investigação dos crimes eleitorais imputados a ele e a seu grupo político."