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sábado, 15 de junho de 2013

DUDA MENDONÇA "PUBLICITÁRIO" FALA DO RISCO NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL PARA 2014!

Dilma corre risco em caso de 2º turno, diz Duda Mendonça


Depois de um longo período sem se manifestar sobre marketing político, o publicitário Duda Mendonça voltou a falar. Absolvido no processo do mensalão e com seus bens liberados pela Justiça, ele falou com exclusividade ao "Poder e Política", programa da Folha e do UOL, sobre cenários para 2014.
Para Duda, a presidente Dilma Rousseff é a favorita para se reeleger no ano que vem. Mas e se houver segundo turno? "Eu acho um risco para a Dilma". Do seu jeito, ele explica: "Para quem está hoje com 70% de popularidade, não faz sentido não ganhar no primeiro turno. Significa que tem alguma coisa que está mexendo aí". Ele se refere à taxa da aprovação pessoal da presidente em algumas pesquisas. No Datafolha, a administração dilmista é aprovada por 57%.
Duda está com 68 anos. "Eu amadureci", diz. Os últimos sete anos foram consumidos em grande parte para se livrar do processo do mensalão. Agora, ele tem negócios no Brasil, em Portugal e na Polônia. Deve voltar a campanhas políticas no ano que vem. Pode ser o marqueteiro de Paulo Skaf, da Fiesp, que pretende disputar o governo de São Paulo pelo PMDB.
Duda enxerga como "risco maior" para Dilma na corrida presidencial o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Por quê? "Ele é realmente novo. Ele é a surpresa. O Aécio [Neves] já tem muito tempo aí. A Marina [Silva] também. Já não são novidades".
 
Marqueteiro que elegeu Paulo Maluf prefeito de São Paulo (em 1992) e Luiz Inácio Lula da Silva presidente (em 2002), Duda enxerga nas manifestações de rua de São Paulo e em outras capitais uma insatisfação difusa da população, "ainda mais quando tem uma eleição de presidente por trás".
"Não estou dizendo que tem um cunho eleitoral", diz ele. Mas "a eleição é uma coisa que mexe muito com o país. Mexe muito com as pessoas pobres. Mistura tudo. É uma emoção só".
Mesmo que o país esteja hoje melhor do que há 10 ou 20 anos? "Depois de quatro anos, depois de oito anos, as pessoas se habituam com as conquistas. Querem outras. Na hora que elas sentem que qualquer coisa mexeu, elas esquecem um pouco tudo de bom que elas ganharam. Querem mais".
Desde 2005, quando deu um depoimento bombástico na CPI que apurou o mensalão, revelando ter recebido dinheiro no exterior, Duda nunca mais falou com Lula. "Se houver um momento em que a gente possa sentar, bater uma bola, tomar uma cerveja, é óbvio que eu gostaria", diz. "Mas não basta eu gostar. Precisa ele gostar também", diz. "A vida dele levou para um rumo, a minha levou para outro".
A seguir, trechos da entrevista, concedida no último dia 12:
Folha/UOL - Como está a sua saúde?
Duda Mendonça - Está bem. Atravessei momentos delicados. Tive um problema no olho. Meu médico achou que devia fazer uma ligeira intervenção de laser. Um olho está já bem direitinho, limpinho. O outro, não. Há tempos eu fiz [a operação a] laser para deixar de ter óculos. Ele [o médico] fez um olho para longe e um olho para perto. Eu tenho um olho para [ver de] longe e um olho para perto. Funciona maravilhosamente bem. Há 13 anos que não uso óculos nem para longe nem para perto. Tudo funciona bem. Agora, começou a dar irritação. Um tipo de vermelhão. E aí, ele [o médico] resolveu fazer uma ligeira intervenção.
Há alguns anos, houve um problema no coração mais sério?
Muito grave. Não cheguei a ter um infarto. Mas, com as agonias todas desses últimos tempos, seis, cinco anos atrás, fui parar no Sírio [Hospital Sírio Libanês, em São Paulo]. Não cheguei a ter infarto, mas acabei botando duas pontes de safena e duas mamárias.
E nunca mais teve problema no coração?
Graças a Deus, não. Não cheguei a ter infarto. Deus me ajudou, passou. De lá para cá, tenho estado muito bem.
Qual é a sua leitura sobre essas manifestações de rua nos grandes centros, sobretudo em São Paulo, contra o aumento da passagem de ônibus?
Isso é a democracia. As pessoas têm o direito de se manifestar contra aquilo que acham errado, contra aquilo que incomoda. Contra aquilo que bate no bolso, sobretudo. Agora, é lógico que sempre no período de eleição essas coisas ganham uma dimensão...
Mas a eleição não é só no ano que vem?
Não. A eleição está na rua. É só você ler os jornais. Pega a Folha para você ver. A eleição está na rua. Ainda mais quando tem uma eleição de presidente por trás. Acelera a eleição de governador, acelera a eleição de deputado. Então, o calor está na rua.
Essas manifestações têm algum cunho eleitoral?
Não estou dizendo que tem um cunho eleitoral. Estou dizendo que, exatamente neste momento, um aumento na passagem de ônibus atinge bem o povão. O que acontece? Aí, cabe ao governador, o ao prefeito, aquele que aprovou a lei ou que foi colocar a medida em lei fazer um estudo que ele [o aumento nas passagens] vale a pena. É importante fazer aquilo? Vai atingir a população mais pobre. Vale? Essa é a única maneira? Eu não sou governador. Nunca fui prefeito. Eu não sei. Mas eles sabem o que vai acontecer. Às vezes, é necessário, é a única forma. Se começa com a inflação, ele [o governador, prefeito etc.] entra com essa medida.
Agora, ele deve estar esperando ou deve dar explicações para a população que convençam que é a única forma. Veja, é assim: a eleição é uma coisa que mexe muito com o país. Mexe muito com as pessoas pobres. Mistura tudo. É uma emoção só.
O Brasil é hoje melhor do que há 10 ou 20 anos. Mas às vezes a população fica insatisfeita e prefere mudar. É esse é o caso do Brasil?
É difícil dizer isso. Mas essa é uma tendência natural no mundo inteiro. É como um técnico de futebol. Depois de um tempo, você se acostuma com as vitórias e quer ter sempre. Na hora que tem uma derrota, o pau quebra. Depois de quatro anos, depois de oito anos, as pessoas se habituam com as conquistas. Querem outras. Na hora que elas sentem que qualquer coisa mexeu, elas esquecem um pouco tudo de bom que elas ganharam. Querem mais.
No plano nacional, o PT governa há 10 anos. Em São Paulo, o PSDB governa há 20 anos. Há uma fórmula sobre como se dá a fadiga de material na política?
Não tem essa fórmula. Se existisse, era muita responsabilidade para quem lida com isso. Acontece que as pessoas querem mais. E querem, às vezes, atitudes mais jovens. Querem reviravoltas mais importantes.
Ninguém pode deixar de dizer que o Brasil melhorou muito nos últimos anos. Mas, essa melhora as pessoas assimilaram e querem mais. Elas estão esperando que isso aconteça.
As pessoas sabem diferenciar o que foi a melhora por conta dos 8 anos de Lula e o que foi a deste de período de dois anos e meio da presidente Dilma?
Acho que nesse caso é uma coisa que dá seguimento à outra -com outro estilo de governar. Os governos da presidente Dilma e do presidente Lula foram uma sequência. E isso tem vantagens. Não há uma interrupção.
Só que o eleitor hoje está muito mais sábio. Muito mais experiente, muito mais maduro.
Dê um exemplo.
Ah, ele [o eleitor] percebe tudo. Bobo é achar que o eleitor é bobo. Na televisão, antigamente, quem batia no outro, eles [os eleitores] aceitavam tudo. Depois descobriam que aquele que batia, que criticava, que levantava críticas, ele era pior. Era pior do que quem estava sendo acusado.
Ele [o eleitor] entendeu que a televisão não é o espaço para bater nem para agredir ninguém. É um espaço para se falar de planos, de progresso.
Mas isso sempre foi assim...
...Não. Nas primeiras eleições diretas, quando a televisão foi usada, as vitórias, quase todas, foram feitas à base de acusação, na base de crítica, na base de denúncias que depois da eleição, às vezes, acabavam não sendo reais.
Como é que a eleição funciona na cabeça das pessoas? A mudança grande é que, antigamente, o formador de opinião era o jornalista, era a imprensa, eram os artistas. Hoje, a pirâmide se inverteu.
Por quê?
Porque quem forma opinião é o povo. É o igual. Hoje, as pessoas acham que você encher a sua televisão de artistas não funciona. Elas acham que aquele povo está ganhando dinheiro como um profissional qualquer para fazer esse trabalho.
Hoje, quem influencia é o colega de trabalho, é o marido, é a mulher, é o filho, é a escola. E qual é a função de uma campanha hoje? É dar argumentos. Para mim, não é nada mais do que dar argumentos.
Para aquele que vai votar usar?
Se tem um que quer votar em você e tem outro que quer votar em mim -e nós estamos no clube de futebol, ou estamos em um bar tomando cerveja, ou no metrô-, eu começo a discutir com você. E esse cara que vai votar em mim vai discutir com você e vai dar os argumentos dele. E o cara que quer votar em você vai dar os argumentos para você. E aquele povo ali [ao lado] está assistindo. São dois iguais dando os seus argumentos.
Naturalmente, aquele que tiver mais argumentos, que convencer mais, vai começar a contagiar a população.
Se você tem um grupo e a pergunta é assim: "Vocês conhecem um hospital que foi inaugurado lá não sei aonde?" As pessoas: "Não, não conheço". Mas se um diz assim: "Olha, eu tive uma tia que levou uma sobrinha lá e funcionou muito bem". Na mesma hora contagia a todos.
Se essa informação sair no jornal, para o povão, não tem essa credibilidade toda. Para uma elite, tem.
E que papel tem a internet?
Cresce assustadoramente.
Mas ainda não tem o efeito que alguns achavam. Por quê?
No ano retrasado, houve um modismo por causa da eleição do [Barack] Obama [nos EUA] dizendo que a internet teve esse efeito avassalador.
Nos Estados Unidos?
Nos Estados Unidos. Eu não concordo. Além de a internet estar com um outro tamanho que agora no Brasil começou a ter...
Nos EUA teve esse efeito?
Acho que não. Eu vi uma palestra de uns marqueteiros de lá. Na verdade, aquilo [candidatura de Obama] explodiu. Na hora que explodiu, explode em todos os veículos. A internet, como uma coisa grande, enorme, começou. Mas o efeito dela foi muito mais receptor de dinheiro que eles usaram na televisão. A televisão é, sem dúvida, o grande veículo para uma campanha política.
Mas a internet cada vez mais cresce. Vai crescer e até superar a televisão em algum prazo. Sobretudo, com um público jovem.
Mas em 2014 será decisiva?
Acho que cada vez tem uma fatia maior. Veja esta própria entrevista. Antigamente, era só na Folha. Hoje, já vai ao mesmo tempo para a internet. Outra coisa: o acesso às pessoas mais pobres. Antigamente, isso era uma coisa de elite. Hoje, não. Hoje, todo mundo tem internet. Todo mundo vê.
No plano nacional, a presidente Dilma Rousseff aparece como grande favorita para ser reeleita. Esse cenário pode ser alterado?
O processo começou, mas ainda não tem carta marcada para ninguém.
O que isso significa?
Duda Mendonça: Eu diria que pode ter surpresas em São Paulo. Pode não ocorrer do jeito que as pessoas esperam exatamente no cenário nacional. A presidente Dilma continua como a grande favorita. Aqui em São Paulo, [Geraldo] Alckmin continua favorito. Mas ainda tem tempo. Há pessoas novas chegando. Tem espaço para as pessoas discutirem. Quando abre a televisão é que cada um tem a oportunidade de colocar os seus projetos.
Mas o que poderia tirar o favoritismo de Dilma Rousseff?
Eu não tenho uma bola de cristal. Mas hoje há uma inflação que é perigosa. Só que há tempo e as medidas podem ser tomadas. As pessoas vão acompanhando.
Depois, vão surgindo pessoas novas. Dilma foi uma pessoa nova. Pessoalmente, tenho um carinho por ela muito grande. Ela foi corajosa, tomou medidas impactantes. Duras, mas que precisavam ser tomadas. Mas num país como o Brasil, que tem muitos problemas, resolvem-se alguns e criam-se outros.
A estratégia de Lula e Dilma é clara: um governo popular que trata da população menos favorecida -e muito marketing. Essa é uma fórmula eficaz e deve ser replicada?
Lógico. Eu acho que as pessoas, hoje, se decepcionaram muitas vezes com muitos eleitos. Muitos governadores, muitos prefeitos, muitos deputados, muitos senadores, muitos presidentes decepcionaram o seu público com promessas que não se cumpriam. Hoje, o povo é muito pragmático. "Melhorou minha vida, eu estou com você. Não melhorou, eu estou com outro".
Qual é a principal marca de Dilma?
Os projetos sociais. A continuidade que ela deu, a ampliação e as medidas ousadas que tomou. Por exemplo, a poupança, as legislações dos portos, abaixar a conta de luz.
São medidas que atingem não só o povão. Atingem também as indústrias, as empresas. O Brasil evoluiu. A gente é muito exigente, é óbvio. E tem que ser. A gente quer que o Brasil a cada ano vá melhor. Mas se você olhar, assim, como era o Brasil há 50 anos e como é hoje, a gente andou muito para frente.
Dos pré-candidatos a presidente de oposição, qual é o mais apetrechado para tentar desafiar o PT?
A grande luta seria primeiro conseguir levar a eleição para um segundo turno. Aécio Neves foi um governador de um Estado grande. Fez um governo elogiado. Marina [Silva] é uma figura conhecida nacionalmente. Defende muito as florestas. É uma pessoa simpática. E tem o Eduardo [Campos] que, verdadeiramente, é o novo. Ele é um cara simpático. Fala muito bem. Tem uma grande experiência. É um governador com um nível de aceitação imensa. É um quadro que eu não tenho dúvida terá oportunidade. Se não agora, no futuro.
Por outro lado, a Dilma vem fazendo o governo que tem um limite de aceitação enorme. Essa oscilação agora não é significativa. Ela pode cair, pode subir. Essas curvas acontecem.
Pode haver segundo turno?
Segundo turno para quem está no poder é perigosíssimo. O segundo mandato deve ser ganho no primeiro turno. Se fica para depois, é sinal de que não teve uma maioria substancial para vencer logo uma eleição.
É um risco para a Dilma ir para o segundo turno? Por quê?
Eu acho um risco para a Dilma. Mas um risco para o Alckmin [também, nas eleições do governo de São Paulo].
Significa que não teve um nível de aceitação capaz de ganhar no primeiro turno.
O Lula foi para o 2º turno e ganhou...
Não estou dizendo que não ganha. Mas o Lula poderia ter ganhado no primeiro turno. Não ganhou. Mas chegou bem lá e depois cresceu. O que estou dizendo é o seguinte: que um presidente ou governador que está no nível de popularidade que a Dilma está, e que o Alckmin está em São Paulo, e que outros estão... A eleição tranquila deve procurar ganhar no primeiro turno.
É uma obrigação?
Nunca é obrigação. Mas eu acho que é mais fácil. No segundo turno, passa a ter um risco. Para quem está hoje com 70% de popularidade, não faz sentido não ganhar no primeiro turno. Significa que tem alguma coisa que está mexendo aí.
Quem que representaria um risco maior para Dilma num eventual segundo turno?
É difícil dizer. Mas... pela minha percepção é Eduardo Campos.
Por quê?
Porque ele é realmente novo. Ele é a surpresa. O Aécio já tem muito tempo aí. A Marina também. Já não são novidades. Eu acho que o Eduardo é um sujeito que vem crescendo. É ainda muito desconhecido da população. Mas ninguém pode deixar de ver que ele é um cara competente, um cara preparado, um cara jovem.
Seria um risco maior para a presidente?
Um risco maior. Eu acho.
Seria algo verdadeiramente mais novo?
Sem dúvida. Mas alguém também formado, competente e com a visão muito semelhante. Se você olhar o governo dele, também é muito voltado para as pessoas mais pobres. O Eduardo é alguém que vai ter muita chance no futuro. É um político novo, simpático, fala muito bem, é um bom administrador.
Se você perguntar o que eu acho que vai ocorrer, acho que a Dilma tem muitas chances de ganhar. Até no primeiro turno. A não ser que haja uma grande modificação. O que não significa que o Eduardo, na próxima eleição, não seja um candidato muito forte.
Eduardo Campos ganha ou perde se lançando candidato?
Acho que ele devia competir.
Em qualquer hipótese?
Em qualquer hipótese. Por quê? Porque chegar de primeira, desconhecido, e ganhar uma eleição presidencial é muito difícil. Você olhe que o Lula ralou em quatro eleições para poder ganhar.
Então você vai ganhando confiança. Quando alguém perde uma eleição e depois concorre novamente as pessoas dizem: "Esse cara ou essa moça tem alguma coisa para mostrar". Não é necessariamente uma derrota. É até uma prova de...
...de persistência?
De persistência. [O Eduardo Campos] é um jovem. Tem um caminho enorme pela frente. Como o Aécio também tem. Como a Marina também tem.
O que acho é que o novo, realmente, hoje, é o Eduardo. E é a surpresa porque é um novo que tem experiência.
Agora, o Brasil vem melhorando. É bom para o Brasil, na minha cabeça, que a Dilma continuasse. Para mim, pai de sete filhos e com sete netos, é bom que esse país cresça e evolua. Mas eu acho o Eduardo Campos um bom nome.
Há notícias sobre o sr. como possível marqueteiro de Eduardo Campos em 2014. O que acontece?
Nada. [risos]
Conversou com ele?
Não conversei com ele. Somos amigos de muito tempo.
Gostaria de fazer a campanha dele?
Não sei. Hoje, se você me perguntar assim: "Você vai fazer campanha"? Essa é a resposta que eu não tenho. Estou saindo do meu pesadelo, entrando em uma outra fase. Tenho filhos e netos. Está na hora de começar a dar um pouco mais de atenção à minha família. O meu trabalho aqui no Brasil e fora é muito intenso.
Então, se você me perguntar: "O que você está fazendo nesse momento?". Retomando a minha vida. Avaliando o que eu tenho e o que eu não tenho. Agora eu não tenho a desculpa de dizer que faço campanha porque não tenho alternativa. Agora, não. Vou saber o que quero verdadeiramente. Aí vou tomar a decisão. Pode ser que eu faça campanha. Pode ser que eu não faça campanha.
Quando um governante é muito bem avaliado é impossível derrotá-lo?
A palavra impossível não é adequada. Mas é muito difícil. Sobretudo, se ele tiver um trabalho correto. E porque as pessoas não querem correr risco.
Então não há muito para a oposição fazer?
Eleição não é somente ganhar ou perder. Isso é uma ilusão. Você não consegue, em um país como o Brasil, ou em um Estado como São Paulo, como Bahia, como Minas [Gerais], de uma hora para outra ficar popular, de uma hora para a outra ficar conhecido.
O [Paulo] Skaf teve 1% da eleição passada. Agora, está com 16%. Na verdade, você tem um pilar, uma escada. O que eu acho importante em uma campanha é sair melhor do que entrou. Se não der para ganhar, OK. Mas você vai subir uma escada.
Dilma está cuidando bem da imagem?
Acho que está. Para mim, é desconfortável falar. O trabalho dela está bom. Agora, até que ponto o João [Santana] pode dizer ou fazer...? A imagem de marqueteiros tem sido muito ampliada. Você pode dar conselhos. O presidente ou governador aceita alguns ou não aceita. Uns aceitam mais. Outros são mais cabeça-dura. A presidente Dilma tem pulso firme. Pelo que conheço dela, deve aceitar alguns e não aceitar outros.
Então, você não pode nem dar o mérito inteiro do trabalho ao marqueteiro, mas também não dar a ele o ônus.
O PT, em abril, fez muitas propagandas na TV assinadas por João Santana. O que achou?
O João é um bom profissional. É difícil você saber não estando do lado de lá.
Os comerciais foram eficazes?
Eficaz é dar resultado. A propaganda não é feita para se gostar. Achei que cumpriu uma finalidade. Na medida em que junta dois ícones fortes e um governo popular, ela reforça a imagem dos dois [Lula e Dilma].
Como o sr. faria?
É difícil porque não é adivinhação. Não é intuição. A minha linha é emoção. A eleição passa por uma dose muito grande de emoção. A escolha é como uma compra de uma casa. É como um casamento de um filho. É uma coisa que mexe muito com as pessoas. E é aí que a televisão ganha importância.
Tem uma coisa que as pessoas precisam entender. Existe forma e existe conteúdo. A forma é feita para ampliar a força do conteúdo. A primeira coisa que precisa ter é conteúdo. Se não tem, não faz mágica. Não tem forma. Mas com bom conteúdo, na televisão se faz o trabalho de emoção, de criar uma embalagem que valorize aquilo é muito importante.
Falta emoção no marketing da presidente?
Não estou dizendo isso. Estou dizendo que a minha linha é emoção. Em muitas campanhas se usa muito a razão. Outras usam a emoção. Eu acho que não tem certo e errado.
Tem outra coisa que eu acho um equívoco. Comecei há muito tempo a fazer as pesquisas qualitativas. E é uma ilusão. Como se a pesquisa qualitativa fosse capaz de lhe dar o mapa da mina. Você a seguia, botava lá e dava certo. Não é verdade. As pessoas não sabem o que querem... Elas sabem o que não querem.
Você pega uma campanha média -feijão com arroz- e mostra a um grupo. As pessoas gostam. Não incomoda, não tem nada ali. Mas uma outra seria capaz de alavancar muito mais. Não foi mostrada.
Outra coisa: nem sempre a campanha vai funcionar na hora que você mostra a primeira vez. As pessoas aceitam ou concordam. Lembro-me das campanhas de [Paulo] Maluf [a governador de São Paulo, em 1990, e a prefeito de São Paulo, em 1992], do coração. Eu fiz um teste de grupo. Levou bomba. Eu não entendia por quê.
Isso nos anos 1990?
Ele [Maluf] é muito racional. Muito frio. Achei que precisava de alguma coisa para dar uma dosagem de emoção. Quando testei no grupo [qualitativo], as pessoas [diziam]: "Não, isso não é Maluf. Um coração? Isso aqui em São Paulo? Um coração é a Lopes". É que tem uma construtora que tem um coração que pulsa [como logomarca] em São Paulo. Fiquei com aquilo na cabeça. Depois, disse: "Vou correr o risco". Larguei a pesquisa e botei no ar. Um mês depois, o mesmo formato de grupo estava adorando a campanha.
Aprendi uma lição. Às vezes, tem que contrariar algumas tendências para poder aparecer. Às vezes, as campanhas ficam muito na mesmice. Dizem as mesmas coisas. Aí, não aparece. Se a pessoa já não era conhecida, com discurso conhecido e previsível, nada acontece.
A boa comunicação em televisão, quando desliga, fica na cabeça. Tem obrigação de deixar alguma coisa que mexa com você. Alguns políticos perguntam: "O que você quer desse comercial"? Eu quero que a pessoa, quando acabar de assistir, diga: "Gostei desse cara". Pronto. O "gostei desse cara" traduz tudo o que eu quero. Não precisa dizer "ele fala bem" ou "o plano de governo dele é bom. Ele é simpático". Não.
As pessoas não sabem dizer "a fotografia está bonita", "o paletó dele está bom", "ele tem um plano de governo bom". Não. As pessoas, simplesmente, começam a criar uma empatia. A simpatia vai se ampliando.
Aí vem uma coisa que é o sentimento mais perfeito: a admiração. Porque a admiração agrega coisas que você nem sabe. Se você discute o Ayrton Senna e pergunta: "Você acha que ele era bom filho"? [A resposta é]: "Seguramente. Era um cara tão legal". Ou "será que ele era um bom marido?" Você nem sabe. Podia até bater na mulher. [Mas a resposta é]: "Ah, ele era um cara tão legal, tão simpático". [A admiração] é um sentimento maravilhoso. Quando você consegue conquistar essa imagem, isso é extremamente poderoso.
A admiração?
A admiração. Para mim, esse é o sentimento mais forte que existe.
Como são seus negócios no exterior?
Em Portugal e na Polônia.
No Brasil, tenho uma Duda Propaganda. Agora, fiz uma aliança com a Black Ninja, do [Antonio] Lavareda] e do Benjinha [Benjamin Azevedo]. Estamos agora fechando. Cria várias unidades. Não só em São Paulo, como no Maranhão, Recife. E cresce. No lado de marketing político, não sei.
Na Polônia, o que é?
Propaganda. Na Polônia e em Portugal. É uma história engraçada. Fui para Portugal quando a coisa aqui ficou meio ruim para mim. Na verdade, ninguém queria dar uma conta a um marqueteiro que estrava em um processo. A gente sofreu muito.
É uma rede de supermercados em Portugal?
O Pingo Doce. É a segunda maior rede de supermercados, um grupo fortíssimo com 350 lojas. Chegamos lá, fizemos um projeto ousado: pagar os nossos custos e ganhar no aumento da venda. O cliente ficou contente. Fomos ousados. Deu certo. A gente está há quatro ou cinco anos.
Mesmo com toda dificuldade que Portugal atravessa recentemente, tem sido um bom negócio para o cliente e um bom negócio para a gente. Fizemos um nome em Portugal. Ganhamos prêmios. Fui o publicitário do ano. Depois eles perguntaram: "Dá para você criar isso na Polônia"? Eles têm 2.500 lojas. É o maior grupo privado da Polônia.
Supermercados também?
Também. Aí foi uma loucura. [Eu sou] baiano, não sei falar polonês. [Imagine] criar música e campanha de varejo, que é uma campanha popular, na Polônia? A gente deu conta do recado.
Quando o cliente perguntou: "Duda, você acha que você dá conta? A sua turma da conta"? Eu disse: "Eu não sei. Vamos tentar". Tentamos. Estamos lá já há dois anos. Graças a Deus, cada dia melhor.
O marqueteiro João Santana, que trabalhou com o sr. no passado, elegeu Lula em 2006. Em 2010, Dilma. Ele elegeu vários presidentes no exterior: El Salvador, República Dominicana, Angola e Venezuela. O João Santana é hoje o marqueteiro mais bem-sucedido da história recente?
Você que julgue [risos]. Eu não.
O João é um cara competente. Temos estilos diferentes. O João é muito bom no conteúdo. Eu sou muito bom na transformação do conteúdo em forma. Por quê? Porque a minha coisa é televisão. Eu sou publicitário. Então, acho que o trabalho que nós fizemos juntos vários anos foi muito bom porque era o efeito complementar.
Mas ele é um bom marqueteiro. Inegavelmente, teve sucesso. Como você mede isso? É o sucesso. Eu fiz o meu trabalho. Grandes vitórias, difíceis.
João Santana foi o publicitário de Fernando Haddad na campanha pela Prefeitura de São Paulo. Houve críticas do PT, mas no final deu tudo certo. O sr. teria feito algo diferente?
Duda Mendonça: Sempre acontece isso. Se não ganha: "Ah, a culpa é da comunicação". Quando ganha, o mérito é do candidato.
A mídia endeusou, durante muito tempo, o marqueteiro. As pessoas acham que tem gênio. Não é gênio. É um trabalho técnico.
Na eleição para prefeito de São Paulo, houve algum ruído?
Não acompanhei a eleição. Acho que uma campanha tem altos e baixos. Quando fiz a primeira campanha do Lula...
...Em 2002?
Em 2002. Mais ou menos 30% que queriam votar em Lula. Mais ou menos 30% não queriam. E 30% estavam na dúvida, tinham medo.
Durante um tempo, a gente entendeu que a rota era tentar levar logo essa disputa para o segundo turno fortalecendo aquele núcleo dos que tinham vontade de votar, mas tinham medo.
Isso não funciona de um dia para o outro. Dentro do próprio PT, houve momentos que disseram: "Será que isso está dando certo"? Porque Lula vinha em uma linha horizontal. De repente, deu uma subida.
O PT, na época, não queria que o Lula fosse para o debate. Eu disse: "Meu Deus, se as pessoas acham que o Lula não tem preparo para ser presidente da República, como é que ele pode não ir a um debate"?
É importante em um debate que se pare dois dias para botar a cabeça no lugar. E chegou em um dia lá na reunião, vi o Lula discutindo política econômica com o [Aloízio] Mercadante e com o [Antonio] Palocci. Eu me assustei. [Pensei]: "Rapaz, se isso for gravado e botar no ar, ninguém espera". Eu me assustei com o Lula discutindo política econômica com eles dois. Ele ia para um debate com o [José] Serra e podemos perguntar para o Serra sobre política econômica. Aí, teve gente do PT que disse: "Mas, peraí. Aí o Serra vai se sair muito bem". Pois eu disse: "É a obrigação do Serra. Agora, o Lula é que vai surpreender por ter a ousadia de discutir com o Serra". E deu certo. Foi para o debate, discutiu, basicamente, grande parte do debate sobre política econômica. Não dá para você enganar. Ali não dá para fazer pegadinha. Todo mundo tem uma discussão de nível. E o Lula se fortaleceu com aquilo.
A tendência tem sido haver menos debates ou nenhum debate no primeiro turno...
Eu tenho uma visão diferenciada. Acho que se fala muito em diminuir a força do dinheiro nas eleições. O candidato que tem mais dinheiro tem mais chance de ganhar do que o candidato que tem menos dinheiro.
A força grande é televisão. Por que não fazemos debates com temas transmitidos por um pool de televisão? O candidato aluga um paletó ou toma emprestado, tem uma pessoa que o assessore no que diz respeito a vídeo e posição de câmera. Mas não dá para "maquiar" um cara. Não dá para pegá-lo e modificá-lo para suportar um debate de uma hora, duas horas com outros candidatos de nível.
Imagine se tivesse um debate por semana sobre um tema? Vamos discutir saúde. Vamos deixar um bloco pequeno para também o bate-boca se não fica muito sem graça. Nos debates, as formas estão muito enjauladas. Todo mundo vai buscando segurança do seu candidato. Eu também fiz isso durante muito tempo. Na medida que você vai buscando a segurança, e a televisão vai fazendo concessões, aquilo vai ficando enjaulado a um ponto que quase ninguém pode sair dali. Fica uma coisa chata. O horário também. O povo não assiste um debate às 11h, meia-noite. Devia ser 8h [da noite]. Imagine um pool de debate às 8 horas da noite?
A presidente Dilma, no ano que vem, deveria ir á debates?
Depende muito da posição. Depende muito dela. Depende muito do momento político. Se há necessidade. Em uma posição de liderança... o bom senso diz que você não vai correr risco à toa. O debate é um risco.
É um show: não é somente o que se diz que é importante. É o jeito que você diz. O formato que você chega e se coloca. Tudo isso é, no final, uma frase que você dá, de efeito. É o que fica para o debate inteiro.
Se você está muito bem, em tese, é desaconselhável ir. Mas, se você tem o que dizer, se o momento não é muito bom... É uma coisa de técnico de futebol. Até nos bastidores, antes de o time entrar em campo, depende muito do adversário.
O sr. está fazendo campanha ou cuidando da conta de publicidade da Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo]. O que é esse contrato?
Ganhei uma concorrência do Sesi e do Senai para fazer duas campanhas específicas que já foram para o ar. E fui convidado pelo [Paulo] Skaf. Fiz a campanha dele [a governador de São Paulo, em 2010]. Depois, ele me pediu para me prestar uma assessoria à Fiesp. Eles queriam começar a ter uma atuação maior. Ficar mais conhecidos. O que é a Fiesp? É um órgão que representa a maioria das empresas em São Paulo e milhares de trabalhadores. E tem -e deve, na minha opinião- de se pronunciar nos momentos mais importantes da vida brasileira.
Agora sua empresa tem um contrato com a Fiesp?
Com a Fiesp.
Licitação também?
Não. No caso da Fiesp, não precisa de licitação.
É um contrato particular, mas os dados podem ser divulgados?
Por mim, pode divulgar. Isso quem diz é o cliente, mas eu não tenho segredo de nada.
Pode divulgar agora?
Não. Eu aconselharia você a perguntar a eles.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é também político e deseja ser candidato a governador de São Paulo. Há um conflito de interesses nesse caso?
Acho que não. Você pode olhar sob a ótica de que há um conflito, e você pode olhar sob a ótica de que não há um conflito.
Por que não haveria?
Porque participar da vida política nacional e dar depoimentos e opiniões sobre regras, leis e projetos da presidente da República é uma coisa que não se pode botar um garoto como apresentador. Não pode botar um ator para dizer aquilo. Aquilo é a visão oficial de uma entidade como é a Fiesp.
O Paulo aparece na qualidade de presidente e porta-voz daquela organização. Ele defendeu grandes mudanças que tem beneficiado o Brasil. A Fiesp capitalizou muito e ele também. Não acho um conflito. Poderia fazer o quê? Bota quem ali? Um garoto propaganda, um ator? Não tem peso. Eu já fiz isso com loja de varejo. Você coloca o dono da cadeia de varejo falando sobre uma liquidação e se comprometendo abaixar os preços tem uma credibilidade muito maior. Por quê? Porque ele é o presidente. Então nesse caso ele [Skaf] falando pela entidade tem um peso muito maior. Ele apareceu mais, ficou mais conhecido, ficou mais respeitado.
Essa sua relação com a Fiesp se sobrepõe à relação política para a eleição de 2010?
Não há nenhuma ligação. A ligação existe assim: eu sou o mesmo. Mas a minha empresa não faz marketing político. Tanto que estou me associando ao Lavareda. São duas coisas inteiramente diferentes.
Em 2010 a campanha do Paulo Skaf a governador foi cuidada...
Duda e uma equipe.
Pela sua equipe.
Por Duda e uma equipe. Porque na verdade eu não tenho uma equipe grande, fixa.
Notas na mídia sugerem que dessa campanha de 2010 sobrou uma dívida grande. Ficou uma dívida com a sua empresa?
Uma campanha que não ganha tem dificuldades financeiras. Nada que não se possa, de comum acordo, equacionar e cumprir. Ele [Skaf] cumpriu, o PMDB cumpriu todos os tratos comigo que estavam em contrato. As minhas dívidas foram pagas.
Skaf apareceu no mês de junho, no Datafolha, em segundo lugar nas pesquisas para governador de São Paulo. Quais as chances reais de ele, a partir desse patamar, progredir ou não?
Ele é um competidor forte para a eleição de governador. Até onde vai, infelizmente, não dá para prever. Ele saiu de 1% [em 2010], tinha um minuto na televisão. Chegou a 16% [agora]. A Fiesp cresceu muito.
O trabalho que fizemos, modéstia à parte, tornou o Sesi e o Senai muito mais conhecidos. Não só conhecidos, como agregados à Fiesp. As pessoas não agregavam.
Tudo isso que ajuda a Fiesp valoriza seu presidente.
A fadiga material do PSDB no Estado de São Paulo existe de fato ou isso é uma lenda?
É difícil radicalizar. Acho que o Alckmin está aí com um nível satisfatório. Depende muito do fim do governo, a hora de aparecer o trabalho. Está na hora de ele botar o bloco na rua e dar conteúdo às coisas.
No PT, muitos acham que chegou o momento de o partido ganhar o Estado de São Paulo. Qual que é sua avaliação sobre isso?
Acho que a eleição de São Paulo vai ser uma eleição muito complicada. Do jeito que eu estou enxergando, a não ser que haja grandes mudanças, ela vai ser uma eleição muito complicada.
Em que sentido complicada?
Todos. Por exemplo, o PT é um partido forte. Tem a candidata a presidente mais forte. O Alckmin mostrou que é bom de eleição, na outra eleição ele conseguiu ganhar e agora continua num patamar muito alto, apesar de ter problemas políticos, problemas de segurança, problemas agora de aumento de ônibus. Mas ele vem se mantendo. Por outro lado, tem o Skaf, um nome novo e que vem crescendo e ganhando uma posição.
Surpreendeu no Datafolha Geraldo Alckmin ganhar com larga margem de vantagem até contra o ex-presidente Lula?
Não. Acho que as pessoas, agora, não entendem que Lula possa ser candidato ao governo de São Paulo. Pesquisa é um retrato de um momento. Se o Lula resolver se lançar, o patamar dele não é aquele. O patamar dele é mais alto. Agora, é preciso que ele, ao se lançar, faça uma campanha. Acho que nem gente do PT acredita que ele seria candidato. Se ele eventualmente for, acho que ele é um candidato forte. Imagine uma chapa Dilma candidata a presidente e Lula governador de São Paulo? É uma chapa fortíssima. Quem sabe se ele não vai sair? Não sei. Tem aí ainda muitas interrogações.
É muito importante para o PT tentar ganhar. E o PMDB? O que diz o PMDB? O que parece é que vai ter candidato próprio. Mas como é que fica no segundo turno, se tiver segundo turno? Há muitas composições e todas elas, se você olhar, começam com tempo de televisão. Por quê? Porque ali é o mapa da mina.
O que vai ser do PT numa era pós-Lula e eventualmente pós-Dilma?
Não sei. O PT já teve momentos maravilhosos. Já teve momentos críticos, difíceis. Depois, ninguém esperava que Dilma chegasse ao ponto que ela chegou. Ela é uma pessoa muito segura, dura até, mas que é uma pessoa diferente do Lula. Sem dúvida nenhuma, o Lula é mais o político, o que conversa. Ela é mais decidida. E foi uma surpresa para o brasileiro. Mas teve acertos. Tanto que está no patamar que está.
Outro dia na TV teve a propaganda do Partido Social Cristão, o PSC, que cresce a cada eleição. Pretende agora lançar um candidato a presidente, o pastor Everaldo, com valores religiosos, conservadores, da família. Há espaço no Brasil para esse tipo de força crescer?
Lógico que tem.
Por que nunca cresceu?
Porque nunca teve a força que tem hoje. Mas eles vêm crescendo a cada ano que passa. Não sei se vai ganhar, mas a bancada que eles têm hoje de deputados, de vereadores, é muito grande, ainda não chegaram na majoritária, mas eles vêm crescendo.
Uma campanha a presidente, com o pastor Everaldo como candidato, terá na faixa de 1% a 2% dos votos ou mais?
Depende dele. Depende de tempo de televisão, basicamente para ele poder aparecer.
Terá pouco tempo, pois não é um partido grande...
Acho que ele terá uma influência na eleição. Num segundo turno vai ser extremamente procurado.
No primeiro turno ele tem potencial para ter quanto?
Diria que no mínimo 5%.
Tudo isso?
Porque o universo de evangélicos no Brasil hoje cada vez cresce mais, em qualquer lugar.
Mas eles não votaram em Marina Silva na última vez?
Não sei. É difícil dar um parecer de uma coisa que você não tem número, não tem pesquisa. Os evangélicos hoje são uma força. E eles têm uma coisa: jogam junto. Você vê de repente um deputado, que ninguém sabia quem era, sair como o mais votado, sai como o segundo mais votado. Eles são uma forca. E uma força coesa.
Eles são bons oradores. Porque eles falam muito, têm habilidade de dicção. Falam a linguagem que o público deles quer.
Será um ator relevante?
Um ator. Eu não sei se relevante, mas não um ator lá de baixo não. Eu acho que sobretudo num segundo turno o apoio dele [PSC e evangélicos] vai ser muito disputado.
Marina Silva em 2014 pode não repetir o desempenho de 2010?
Ela não vai ser nesse ano a novidade que foi naquele ano. Mudou. Ela ficou ausente muito tempo. Tem atores novos nesse novo espetáculo. É difícil de você dizer. Acho que muita gente gosta dela. É uma pessoa fantástica, humilde, direita, tem trunfos enormes. Acho que ela vai ter uma participação relevante, mas não acho que atingirá o patamar do ano passado.
O sr. foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Seus bens recentemente foram desbloqueados. Como está se sentindo?
Meus verdadeiros bens nunca foram bloqueados. Minha família, meus filhos, meus netos, minha mulher, meus amigos. O que aconteceu com o bloqueio de meus bens foi uma coisa muito moral em cima de mim. O que é que eu fiz? Passei uma pena muito grande. Serviu de experiência. Eu me perguntei muito: "Por quê?".
Que resposta encontrou?
Algumas coisas eu amadureci. Outras ainda vou amadurecer. Neste momento, a tempestade passou. É sacudir a poeira, dar a volta por cima. Não vou falar sobre mensalão. Acho que o Supremo... A lei é lei. No máximo, posso dizer que às vezes demora, mas acontece. No meu caso, fui justiçado e tenho que me sentir contente com isso, com meus advogados e com os juízes que me julgaram.
Não tenho nada a reclamar. Sofri no momento de sofrer. Mas passou. Agora é a volta por cima.
Olhando em retrospecto, o sr. se arrepende de alguma coisa nesse episódio do mensalão?
Essa é uma dúvida que só vou esclarecer mais para a frente. Tive tempo para refletir. Não posso dizer ainda. Às vezes, você tem que digerir com o passar do tempo. Tem um livro que comecei a escrever perguntando: vale a pena falar a verdade ou não vale a pena falar a verdade? Houve um tempo que o título certamente seria não vale a pena falar a verdade. Hoje, sinceramente, está bem equilibrado.
Se o sr. não tivesse decidido espontaneamente falar naquele dia na CPI, em 2005, talvez muita coisa não tivesse acontecido...
Quem sabe? Eu não gosto muito de olhar para trás. Tenho um temperamento muito otimista. Olho muito para a frente. Acredito muito nas forças do universo.
Acredito que de alguma forma talvez estivesse escrito na minha história que eu tinha que passar por isso. O que me perguntei sempre é: por quê? E o que devo aprender com isso? E agora, qual é essa lição toda, com tudo que aconteceu, o que devo fazer daqui para a frente? Essa é minha preocupação. Daqui para trás, não. Daqui para trás, aconteceu. Não tem jeito.
Graças a Deus, levantei de cabeça erguida. Meus filhos estiveram do meu lado o tempo todo.
Encontrou alguma resposta?
São respostas muito profundas. Hoje, não estaria pronto, sobretudo para falar na televisão. São coisas muito íntimas que tenho refletido e ainda tenho muito a refletir.
Até o mensalão, sua carreira profissional era muito bem-sucedida. Se não tivesse acontecido o mensalão, o sr. teria participado das eleições do presidente Lula, em 2006, e talvez da campanha de 2010. Tudo isso acabou ficando fora do seu horizonte...
Se olhar por esse lado, eu podia ter feito a minha operação e ter morrido. Não precisaria ir a Portugal e não enfrentar o desafio que foi na Polônia. As coisas às vezes acontecem. Eu acho que tive uma família muito mais agregada, meus filhos chegaram muito mais para perto de mim. Sofremos todos juntos e isso uniu mais a família, preparou muito mais os meus filhos.
O sr. era muito próximo do então presidente Lula. Depois do mensalão, voltaram a se falar?
Não, eu acho...
Nunca mais?
Não, nunca mais. A vida distanciou a gente. Não é... e é normal. Naquele momento, ele seguiu o caminho dele. Eu segui o caminho que restou para mim. Continuo admirando-o, continuo admirando o trabalho que ele fez, acho que é uma pessoa popular, cumpriu as promessas. Fazer a campanha dele para mim foi um marco. Sou conhecido no mundo inteiro como o cara que fez a campanha do Lula.
Mas nunca mais conversou com ele?
Não houve oportunidade. Quem sabe um dia a gente não senta e...
Gostaria de ter essa oportunidade?
Se ele tivesse oportunidade e gostasse de sentar comigo para conversar. Se houver um momento em que a gente possa sentar, bater uma bola, tomar uma cerveja, nem que seja conversando sobre política, é óbvio que eu gostaria. Mas não basta eu gostar. Precisa ele gostar também. A vida dele levou para um rumo, a minha levou para outro.
Lula ficou magoado naquela época. Naquela semana do seu depoimento, sem falar seu nome, ele falava em traição...
Acho que nunca ele falou que eu o traí. Primeiro, não é verdade. Eu não traí ninguém. Não é do meu feitio. Não é do meu caráter trair ninguém. Ao contrário. Fui lá e falei a verdade. Isso não é trair. Eu falei exatamente o que aconteceu, tanto que fui fiscalizado e o que descobriram foi exatamente o que eu falei. Eu recebi o meu dinheiro, eu tinha um contrato. O que que há? Eu ia deixar sem receber? Então, não. Falei o que devia falar.
Agora, sabe, acho que no meio de tudo isso, no Planalto, tem muita gente que gosta daquele bochicho, daquele fuxico. Não sei o que chegou ao ouvido do presidente. De alguma forma é possível que ele não tenha gostado das coisas que falei. Como é possível que eu também não tenha gostado de outras coisas que ele falou. A vida é assim: eu continuo o admirando. O destino quis que a gente se separasse. Mas eu torço por ele. Quando ele ficou doente, fiquei muito preocupado. Torci por ele, rezei por ele. Torci pela vitória da presidente Dilma.
O sr. teve um contato uma vez com a presidente Dilma. Apresentou um jingle. O que houve?
Houve um momento, no começo da eleição [de 2010]. Tive uma conversa com ela. A oportunidade poderia ter surgido, mas na verdade acabou não surgindo. Era difícil naquele momento se agregar um lado com outro. Se eu fosse naquele momento fazer a campanha dela, haveria o mensalão todo, eu era réu do mensalão. Então aquilo era uma vulnerabilidade real. Não aconteceu e acho que não deveria ter acontecido mesmo. Foi melhor que eu não fizesse.
Foi o único contato que teve com ela nesses anos todos?
Foi o único contato.
E não teve nenhum interlocutor de Lula esses anos todos que tentou aproximá-los?
Não. Não tinha porquê. Tenho amigos que são amigos dele, que continuam amigos, mas a coisa política seguiu por outro rumo. Não houve um motivo. Acho que João [Santana] preencheu essa lacuna. Vem se mostrando competente. Então, acabou.
Às vezes o sr. pensa nisso?
Já pensei mais. Hoje, não.
Pensava como?
Já pensei sobre... Puxa vida, foi interrompido um projeto. Mas por outro lado, é engraçado... Eu tenho 68 anos. A minha postura hoje, toda essa turma de marketing, se você tirar em cada 100, você tira 5, todos começaram comigo. O João [Santana] eu não posso dizer que começou comigo, mas nós crescemos juntos. Acho que ele virou um pouco publicitário, e eu virei um pouco jornalista. A gente aprendeu juntos. Mas muita gente foi formada por mim.
Hoje me vendo como um cara que criou uma geração de marketing político, uma nova profissão. Me passa pela cabeça até começar, quem sabe, fazer um curso disso.
Estou muito mais hoje na posição de fazer coisas. Acho que está na hora de eu pegar campanhas culturais. Tenho vontade de fazer filmes. Gosto de fazer música. Meus jingles todos eu que faço. Fiz a música do motel, que [Maria] Bethânia gravou, aquela [cantando] "de repente eu fico rindo à toa sem saber por quê"... E virou música, até tema de novela. Esse é um caminho... Não vou ficar sem fazer nada. Hoje, crio cavalo, crio boi, escrevo, faço festa, faço aniversário de neto, faço campanha na Polônia. Eu não paro. Então minha vida vai boa. Estou feliz. O saldo de tudo isso: eu amadureci muito, porque o saldo é bom.
Nessa novela do mensalão, acabou tudo ou ainda vão aparecer detalhes?
Acho que não. Já foi muito futucado.
Da sua parte, acha que vai contar algum detalhe que tenha faltado?
Não, até porque não gosto de olhar para trás. Para mim, passou. E passou tudo, o bom e o ruim. Tudo. Agora, é bola para frente. A Copa do Mundo passada passou, o que interessa é a futura.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A BOLA DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Cafusa se mostra uma bola macia, “venenosa” e praticamente impermeávelA bola oficial da Copa das Confederações 2013 foi colocada a teste pelo Guia do Boleiro e foi classificada como uma ótima bola na média dos conceitos
A avaliação foi feita num campo de grama artificial
Cafusa é o nome escolhido para a bola da Copa das Confederações 2013, que será disputada no Brasil. O nome, que é uma junção de carnaval, futebol e samba, foi revelado pela Adidas em dezembro do ano passado. A bola, de tecnologia semelhante à usada na Eurocopa 2012 (Tango 12), foi colocada em teste pelo Guia do Boleiro e no conjunto se mostrou uma ótima redonda. Maciez, “veneno” nos arremates e uma resistência excelente à entrada de água foram os destaques deste produto da Adidas, que rolou no Mundial de Clubes no Japão em dezembro e teve a novidade de um chip que avisa se a bola entrou dentro do gol.

A Cafusa foi confeccionada pela mesma equipe que criou a Tango 12 e apresenta alguns aprimoramentos em relação à mais precedente, e polêmica, Jabulani. Em comparação à bola que ganhou notoriedade na Copa do Mundo da 2010, a Cafusa tem um número maior de gomos (32 contra 8 da Jabulani) e a superfície é mais porosa – com texturas granuladas sobressalentes, o que, em termos de performance, entrega uma bola que ganha um contato mais firme com o gramado e com a chuteira, evitando um pouco que ela bata e escape do domínio do jogador. O mesmo conceito vale para o goleiro e o toque com as luvas.

Durante o teste, percebemos um paradoxo interessante. O jogador pode sentir que ela é macia e ligeiramente leve, mas, no momento em que ele coloca bastante força no contato com ela, a Cafusa ganha uma grande potência na sua trajetória e chega “pesada” para o goleiro. E vai além. Os chutes firmes de peito do pé ganham um ligeiro “veneno”, que faz com que o jogador se sinta com uma pitada do poder do ex-lateral da Seleção Roberto Carlos. Claro, toda essa performance está dentro de uma variável pequena, já que a estabilidade da bola é considerável. Mesmo assim, esse aspecto é perceptível.

A maciez da bola pode ser sentida no toque com as próprias mãos, pois a película da superfície é feita com material similar ao jeans. No total, a bola conta com 5 camadas de poliuretano, um material sintético caracterizado pela resistência e elasticidade. A versão mais em conta da Cafusa sai por R$ 49,90; e a mais aprimorada, R$ 399,90 (esta foi a utilizada no teste Guia do Boleiro).Estabilidade - 8
A Cafusa teve um desempenho de constância muito bom. Para todos os fundamentos do futebol, ela respondia bem às intenções do jogador. Quando demos um passe firme ou colocamos um efeito com o lado do pé, percebemos que ela obedece bem. Talvez para o goleiro, ela seja um pouco imprevisível nos chutes potentes, pelos efeitos que ganha, mas isso tem sido a tônica das bolas há pelo menos dez anos. Efeito - 9
Um dos pontos mais fortes da Cafusa. Realmente, conseguimos colocar efeitos bem eficazes em lançamentos e chutes de chapa. Agora, o grande diferencial são os arremates de peito do pé que ganham um “veneno”. (aqui, aproveitamos para sugerir que a bola não seja completamente cheia, caso contrário ela ficará um pouco dura para a prática)

Design - 9
O principal para a bola aqui é que ela seja bem visível para os jogadores, o que a Cafusa não deixa a desejar com sua cor majoritariamente branca. Além disso, seu design é interessante, com as principais cores da bandeira do Brasil e a representação do Cruzeiro do Sul em detalhes bem trabalhados artisticamente.

Molhada - 7,5
Considerando-se que o teste foi feito num terreno com medidas de futebol de campo e de grama artificial, o rendimento da Cafusa molhada pecou um pouco no quesito contato com o solo. Os efeitos sobressalentes na superfície da bola para ganhar porosidade perdem um pouco da eficácia na superfície molhada. Uma bola mais tradicional, com maior número de gomos e dispostos em figuras hexagonais (desenho que perde cada vez mais espaço, principalmente para as duas marcas de maior nome no cenário mundial do futebol), parece escapar menos do controle num terreno nesta condição. Vale lembrar, no entanto, que um campo de grama natural tem uma tração maior. Todavia, no quesito impermeabilidade, a Cafusa foi muito bem. Após mais de 30 minutos debaixo de uma forte chuva, pudemos notar que ela é praticamente impermeável. Segundo o laboratório alemão Bayern, que participou do desenvolvimento da Tango 12 – com tecnologia similar à Cafusa, numa situação com imensa incidência de água, o ganho de peso da bola da Tango 12 não passa de 0,1%.

Conclusão
A Cafusa é uma ótima bola na média de todos os conceitos. Bem macia e praticamente impermeável. A resposta aos estímulos do jogador é evidente. O passe, o lançamento, o domínio e o chute recebem uma obediência considerável. Os chutes de peito de pé ganham um “veneno”, que faz a alegria do jogador de linha, mas pode trair o goleiro.



PODER DE DECISÃO AOS DELEGADOS!

Senado aprova projeto que amplia poderes de delegados


 
 O Senado aprovou nesta terça-feira (28) projeto que amplia os poderes de investigação dos delegados de polícia, que poderão ter ampla autonomia para a condução de inquéritos.

A proposta, segundo senadores contrários à sua aprovação, reduz as atribuições do Ministério Público ao permitir que os delegados não atendam pedidos ou orientações dos procuradores e promotores.

Com a aprovação, o projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Ex-procurador da República, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que um dos artigos do projeto permite "livre convencimento" aos delegados, prerrogativa que lhes permite recusar pedidos feitos pelo Ministério Público.

"Se você tem livre convencimento, se alguém requisita algo para você, é possível ao delegado recusar, como uma diligência, por exemplo", afirmou Taques.

Apesar de não comparar o projeto com a PEC 37, proposta de emenda à Constituição que tira o poder de investigação do Ministério Público, os senadores contrários ao projeto afirmam que o texto enfraquece a atuação dos procuradores.

A PEC limita o poder de investigação apenas às polícias civis e federal, mas permite aos procuradores solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia.

A proposta está em discussão na Câmara, que criou um grupo de trabalho para debater eventuais modificações. O texto deve ser votado no dia 26 de junho pelos deputados. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu hoje à cúpula do Congresso para que a proposta não prospere no Legislativo.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que a matéria aprova hoje pelo Senado não tem "qualquer relação" com a PEC 37. "Estamos aqui fortalecendo o poder das polícias, essa questão nada tem a ver com a PEC", afirmou.


CRÍTICAS

Diversos senadores subiram à tribuna para reclamar do pouco tempo que tiveram para analisar o projeto dos delegados.

"Essa matéria carecia de um esclarecimento maior", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "Não dá para fazer uma votação que nem essa, apressada, longe do contexto geral de todo o conjunto", completou o senador Pedro Simon (PMDB-RS).

O projeto afirma que cabe ao delegado de polícia conduzir as investigações criminais com autonomia para requisitar perícias, documentos e dados "que interessem à apuração dos fatos".

Os delegados também podem, segundo o projeto, conduzir as investigações de acordo com seu "livre convencimento técnico jurídico" e os inquéritos somente podem ser "avocados ou redistribuídos" por superior hierárquico.

O texto também prevê que a remoção do delegado ocorre somente por ato fundamento e seu eventual indiciamento.

Relator do projeto, o senador Humberto Costa (PT-PE) nega que o projeto interfira em qualquer ação do Ministério Público.

"Estamos definindo garantias e deveres do delegado quanto ele estiver à frente do inquérito. As competências do Ministério Público estão preservadas, não há qualquer limitação ao seu poder de investigação", disse Costa. "A Constituição estabelece o controle externo sobre o aparelho policial. Não há qualquer tipo de invasão a essa prerrogativa", completou o relator.

A oposição votou a favor do projeto por considerar que ele não reduz poderes do Ministério Público.

domingo, 9 de junho de 2013


DEUS ESTAR CHAMANDO AGORA!

Filha de Joelma fala sobre possível fim da banda Calypso

AgNews
Joelma pretende se dedicar à "obra de Deus" e causou polêmica nas redes sociais
Na madrugada deste domingo (9), a Calypso se apresentou em São João da Capitá, festa junina de Recife (PE) e Joelma deu um enorme susto em seus fãs.
No palco, a cantora revelou o desejo de se dedicar apenas à música gospel e “entregar sua carreira à obra de Deus”. Rapidamente, os fãs da banda paraense se manifestaram nas redes sociais e espalharam o boato de que a banda Calypso poderia acabar no fim deste ano.
Natália Sarraff, a filha mais velha de Joelma, usou sua conta no Facebook para aumentar ainda mais as suspeitas sobre o fim da banda.
— Tudo que é bom dura pouco? Pelo contrário, tudo que é bom dura para sempre, pois tudo que e de Deus dura para sempre. Feliz por sua decisão, minha mãe. Eu te apoio, pois te conheço e sei o que se passa em seu coração, e sei que agora você está feliz de verdade. Te amo", publicou. Diante das lamentações de muitos fãs, ela continuou: "Só acho assim: ninguém morreu, pelo contrário, acaba de nascer uma nova vida, a vida que Deus escreveu muito antes do nascimento. Então vamos parar de falar bobagens e agradecer a Deus! Pois tudo nessa vida só acontece se Ele permitir, e tudo é para Sua glória. Só sei dizer que estou feliz, feliz por saber que a pessoa que mais amo está feliz".
Apesar dos rumores, Joelma, Chimbinha e a banda Calypso preparam um CD em espanhol e um filme sobre a trajetória do grupo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

JUIZ CAUSOU POLÊMICA!

"Algumas meninas gostam de ser estupradas", diz juiz israelense durante julgamento


Juiz (acima) perdeu apoio do premiê Netanyahu Reprodução/haaretz.com
Um juiz causou polêmica em Israel ao afirmar, durante a audiência de um caso de estupro de uma menor, atualmente com 19 anos, que "algumas meninas gostam de ser estupradas". A informação foi publicada nesta quarta-feira (5) pela imprensa israelense.
Trata-se do juiz Nissim Yeshaya, que, embora esteja aposentado, continua atuando em alguns casos de apelação institucionais no Distrito de Tel Aviv, segundo o site Ynet.
Em meio a uma audiência na terça-feira (4) da Comissão de Apelação da Previdência Social, na qual a vítima não estava presente, o magistrado surpreendeu os participantes com o comentário, que gerou protestos revoltados e condenações de todo o espectro político local.
Mulheres reproduzem frases ditas por homens que as estupraram
Soldadas são penalizadas após publicarem fotos usando apenas roupa íntima
A presidente da comissão parlamentar para o Status da Mulher, Aliza Laví, pediu à ministra da Justiça, Tzipi Livni, que interdite imediatamente Yeshaya, aposentado há quatro anos e que atua como presidente de tribunais administrativos e de orientação.
A jovem, hoje maior de idade, tinha 13 anos quando foi violentada por quatro palestinos.
Sua advogada, Aloni Sadovnik, descreveu a declaração do juiz à rádio do exército israelense.
— No meio de um debate acalorado, o juiz diz de repente, alto e para todos os presentes ouvirem: "Há algumas meninas que gostam de ser estupradas". A sala ficou em silêncio.
A advogada detalhou que "inclusive os [outros dois] membros do tribunal ficaram calados por vários minutos".
— Ele nem sequer percebeu o que acabava de dizer. Não entendia por que todo mundo estava em silêncio ao mesmo tempo.
A advogada da vítima contou ainda que os outros dois juízes administrativos tentaram acalmar os ânimos e minimizar o prejuízo das declarações de seu companheiro.
Yeshaya, que se desculpou hoje, afirmou sobre o escândalo que "não é sério".
— Estão tentando conseguir publicidade às minhas custas. Eu não acho que a vítima de um estupro não sofra danos com ele ou que o estupro não seja um crime grave. [Meus comentários] foram mal interpretados.
A Administração de Tribunais disse que o juiz não tinha intenção de ofender a vítima de estupro e que lamentava os comentários.
A ministra de Cultura e Esporte , Limor Livnat, considerou as declarações "assustadoras e escandalosas" e também intercedeu para que o juiz passe para aposentadoria definitiva.
— As vítimas de estupro sofrem severos traumas psicológicos. É difícil imaginar o dano causado por esse comentário, que poderia dissuadir outras vítimas de abusos sexuais [de denunciar os crimes].
O juiz era o candidato preferido do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a presidir o Tribunal interno do partido Likud, mas hoje o governante retirou seu apoio porque "uma pessoa que se expressa assim não merece o cargo".

terça-feira, 4 de junho de 2013

FALTA DE HIGIENE E RESPEITO!

Após polêmica no Facebook, rede de restaurante demite funcionário que lambeu comida

COMENTÁRIO: AS VEZES NÃO SABEMOS QUE ACONTECE NAS COZINHAS DOS RESTAURANTES DE RENOMES QUE EXISTE EM VÁRIOS SHOPPING DO PAÍS AGORA COM ESSA POSTAGEM NO FACEBOOK POR FUNCIONÁRIO COMETENDO  ESSA FALTA HIGIENE COM A ALIMENTAÇÃO SERVIDA PARA OS CLIENTES NO RESTAURANTE. ISSO ESTAR   ESCONDIDOS DOS OLHARES DA POPULAÇÃO.
A rede de restaurante Taco Bell divulgou um texto nesta segunda-feira (3) comunicando a demissão de dois funcionários envolvidos em uma polêmica no Facebook. Em foto que teve repercussão negativa na rede social, um empregado do restaurante aparece lambendo uma pilha de tacos.
No texto, a rede afirma acreditar que as duas pessoas envolvidas no caso não tinham a intenção de prejudicar ninguém. Mas seu comportamento foi considerado inaceitável e, por isso, a franquia onde eles trabalham optou pela demissão -- o jovem da foto está suspenso e será mandado embora, enquanto o "fotógrafo" já foi dispensado.
De acordo com a empresa, a comida havia sido usada para o treinamento de um novo prato, em março, e seria jogada fora. No entanto, esses funcionários tiraram a foto para participar de um concurso interno – a proposta era mostrar a reação das pessoas à primeira mordida do novo produto.
"O concurso tinha diretrizes claras sobre o que era aceitável e o que era inaceitável. A imagem claramente era inaceitável, pois viola as regras e o espírito do concurso", diz o comunicado. Segundo a empresa, os funcionários não inscreveram essa foto na competição, mas ela foi postada em uma rede social – algo que viola as regras da companhia.
O Taco Bell afirma ter obtido essas informações com a franquia onde o episódio foi registrado. "Continuamos nossa investigação", diz o texto, que garante: os tacos não foram servidos aos clientes.

sábado, 1 de junho de 2013

FALTA DE LEITOS,PROBLEMAS ANTIGOS!



No HPS João Lucio em Manaus-AM, não é diferente de outra Capital brasileira quando o assunto é Saúde Pública, a falta de leitos, acompanhantes em baixo das macas, as imagem mostram explicitamente o descaso com o contribuinte que passa horas, dias e meses dormindo em um piso frio e contaminado, pois ali passam varias macas, com doentes e até mesmo pessoas quando vêm a óbitos, elas são levadas por esses corredores para o necrotério. Não podemos fugir dessa realidade esses tipos de informações são ocultos aos olhos das demais autoridades, essas pessoas que sofrem, são as mesmas que depositam seus votos de confianças em políticos que só querem Poder, Dinheiro e Fama. Pense nisso quando for votar! Saúde, Educação, Segurança esses assuntos entram sempre nos seus projetos de campanhas mais quando eleitos esquecem-se das suas promessas. São direitos de todos e dever dos Estados e Municípios da Federação Brasileira, Saúde, Educação, Segurança.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

EVANGELHO EM FOCO!

TROCA DE VALORES! FAMÍLIAS DESAJUSTADAS 02

Adolescente de 14 anos arma flagrante e filma abuso sexual do padrasto no sul de Minas


Imagens mostram padrasto passando a mão nas partes íntimas da menina Record Minas
A Polícia Civil de Itajubá, no sul de Minas, instaurou inquérito para apurar o abuso sexual sofrido por uma adolescente de 14 anos pelo próprio padrasto. O homem, de 56 anos, foi denunciado pela vítima depois que ela conseguiu filmar os abusos: no vídeo feito pela menor, o suspeito aparece acariciando suas partes íntimas.
O flagrante foi planejado pela mãe da adolescente, que só descobriu o que a filha sofria quando quis reatar com o homem, de quem está separada há poucos meses. A mulher conta que desconfiou que havia algo de estranho no relacionamento da filha com o companheiro porque ele "ficava pedindo para a menina sentar no colo dele". Juntas, as duas decidiram gravar as imagens.
A menor conta que era molestada pelo ex-padrasto há quatro anos e tinha medo do suspeito. Segundo ela, a situação foi piorando com o passar do tempo.
— Ele pedia para eu sentar no colo dele, levantava meu short e passava a mãe em mim. Com o tempo, ele foi piorando cada vez mais. Começou a andar seminu em casa.
Leia mais notícias no R7 MG
Padrasto é suspeito de abusar da enteada na Grande BH
O vídeo foi entregue à polícia. Em uma das cenas, o suspeito tenta justificar os abusos, dizendo que faz "carinho" na enteada "com maior amor do mundo".
O Conselho Tutelar da cidade não quis se pronunciar, mas segundo a mãe da adolescente, uma reunião entre os representantes e a família já foi marcada. A menor deve receber tratamento psicológico. A delegada responsável pelo caso afirmou que as investigações correm em sigilo e que a menina passou por exame pericial.
 

TROCA DE VALORES! FAMÍLIAS DESAJUSTADAS

Mãe diz que só ficou com genro que matou filha porque era ameaçada


O advogado de defesa de Célia Forti, acusada de ajudar o genro a matar a própria filha, informou que sua cliente manteve relacionamento amoroso com o genro porque era ameaçada. Segundo o advogado José Teodoro Alvez, ele falava que romperia com a filha dela, se a sogra não aceitasse ser sua amante.
— O genro passou a abordar a Célia há quatro anos falando que sentia atração por ela e queria ter um caso. Caso ela não aceitasse, ele iria acabar o casamento com a Jéssica. A Célia amava muito a filha e aceitou a situação para o bem dela, mas não tinha a intenção de largar o marido para ficar com ele. Foi por pura ameaça.
A jovem Jéssica Carline Ananias da Costa foi morta com mais de 25 facadas, no dia 9 de maio, em Apucarana (PR). O marido, que é advogado e tem 26 anos, foi preso no dia do crime e confessou ter desferido as facadas. Ele acusa a sogra de ter ajudado no crime. O advogado da suspeita afirmou que ela não tinha conhecimento do crime.
— Em hipótese alguma, ela tinha conhecimento que esse crime seria praticado. A Jéssica descobriu o caso e o casamento deles se tornou um inferno. A morte dela foi um impulso dele.
O R7 procurou a defesa do marido, mas não obteve retorno.
O pai de Jéssica era casado com a mãe e soube no dia do enterro da jovem sobre a traição. Segundo o delegado Ítalo Sega, ele era o único que ainda não sabia, pois o relacionamento amoroso entre sogra e genro era de conhecimento de vizinhos e familiares.
Segundo a polícia, o marido tinha a intenção de simular um latrocínio, roubo seguido de morte. As investigações revelam que a sogra ficou com a neta e dois homens foram chamados para levar o carro do casal, como em um assalto. Os dois envolvidos também foram presos.
Segundo o delegado, ficou evidente a participação da sogra no crime, porque os dois passaram a tarde em um motel e ela cuidou da criança para o genro cometer o crime.
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A filha de Jéssica está com a avó paterna. A mãe do suspeito foi a única parente localizada pelo Conselho Tutelar que tem condições de assumir a guarda da menina de quatro anos.
A Justiça aceitou denúncia contra quatro pessoas acusadas de participação na morte da jovem. De acordo com a 2ª Vara Criminal da cidade, três envolvidos foram acusados de homicídio qualificado. Um quarto homem responderá por fraude processual, por ter ocultado provas do crime. Ainda não há previsão da data de julgamento.

terça-feira, 28 de maio de 2013

DITADURA MILITAR

Ex-ministro afirma que punição aos torturadores é 'inegociável'

O candidato do Brasil a uma das três vagas na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, Paulo Vannuchi, disse nesta terça-feira (28) ser "inegociável" a punição dos culpados por mortes e torturas na ditadura militar.
Ele afirma que não é necessário mudar ou revogar a Lei da Anistia --que assegura a não punição dos torturadores-- para que isso ocorra.
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Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos
Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos
"O que se deve fazer é oferecer ao Supremo [Tribunal Federal] todas as chances de rever sua posição. E vai rever, seja em um ou em 20 anos."
Hoje, autores de mortes, torturas e desaparecimentos não podem ser punidos porque o STF confirmou que esses crimes estão cobertos pela Lei da Anistia. A mesma interpretação é válida para militantes contrários à ditadura que praticaram crimes.
Segundo o ex-ministro da Secretaria dos Direitos Humanos do governo Lula, "é dispensável" a prisão dos envolvidos em torturas e outros crimes praticados por militares e agentes de Estado. Ele disse que há outras possibilidades de sanção na área civil, mas não especificou quais.
MÍDIA
Vannuchi se disse contrário a uma suposta predominância de temas ligados à liberdade de imprensa nos debates da comissão da OEA. Para ele, é preciso mais equilíbrio entre os temas.
"A liberdade de imprensa é tão importante quanto os direitos das crianças e dos adolescentes, o das mulheres e o da população indígena."
Ele diz que a relatoria de liberdade de imprensa do órgão chegou a ter US$ 1 milhão em recursos, enquanto a de direitos das crianças tinha US$ 50 mil. Ele não detalhou em que data isso se deu.
O ex-ministro disputa com outros cinco candidatos uma das três vagas na entidade. A eleição ocorre no próximo dia 6, durante a 43ª Assembleia Geral da OEA, na Guatemala.
Vannuchi disse estar otimista com a sua candidatura, embora existam concorrentes fortes. "Há um prestígio diplomático brasileiro muito nítido", declarou.
Na opinião dele, o Brasil tem as melhores condições para intermediar e moderar as discussões entre as 34 nações membros: "Nenhum outro país tem a capacidade de ser ouvido por todos", disse. (MARIANA SALLOWICZ)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

FAXINEIRA POLIGLOTA!

Em Belo Horizonte, ex-faxineira vira "celebridade" por falar quatro línguasEx-faxineira do Mercado Central Maria da Conceição da Silva fala inglês, holandês, italiano e espanhol, além de "arranhar" alemão, árabe e hebraico


  • Ex-faxineira do Mercado Central Maria da Conceição da Silva fala inglês, holandês, italiano e espanhol, além de "arranhar" alemão, árabe e hebraico
Não restou outra alternativa nesta sexta-feira (17) à administração do Mercado Central de Belo Horizonte: arrumar um uniforme novo para as imagens e organizar as entrevistas da ex-faxineira Maria da Conceição da Silva, após a súbita fama da pernambucana, quando os colegas descobriram que ela fala inglês, holandês, italiano e espanhol, além de "arranhar" alemão, árabe e hebraico, e contaram para a diretoria do mercado.
Com isso, em pouco mais de 15 minutos de conversa, com o superintendente do mercado Luiz Carlos Braga, informado no início de maio, que, além de poliglota, a faxineira tem formação superior em contabilidade, Maria da Conceição foi promovida a atendente turística do Mercado Central. Seu salário passou de R$ 674 (salário mínimo) para R$ 1.100, com a promoção.
"Estamos organizando. É para ficar mais ajeitado", afirma o superintendente, que pede que os jornalistas formem uma fila para falar com a empregada do mercado.
Maria da Conceição atendeu a reportagem do UOL, entre os desfiles que fez nos corredores do mercado para as imagens e as entrevistas individuais que concedeu aos repórteres. A agora atendente turística disse que há exageros na repercussão do caso e que não se sente celebridade.
"Senhor, estão exagerando. Eu só falo quatro línguas. O alemão, árabe e hebraico, eu só arranho o alemão, árabe e hebraico. Não tem nada disso não", diz Maria da Conceição.
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Para aprender inglês, taxista pratica idioma com passageiros 8 fotos

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O taxista Osvaldo dos Santos aproveita as horas vagas para estudar inglês. "Treino diariamente", afirma. Para aprender a língua que tanto o encantou, ele desenvolveu um método autodidata. Há 16 anos dirigindo pelas ruas de São Paulo, ele tentava aprender algumas frases com a ajuda de passageiros. "As pessoas entravam aqui no meu táxi e eu perguntava como era tal frase em inglês, daí eu anotava como se fala para decorar. Além de treinar, eu ainda forçava o passageiro a tirar o inglês dele da gaveta", contou Leia mais Leandro Moraes/UOL
"O hebraico estava aprendendo com um amigo marroquino. Eu só arranho, não falo".

O mundo sem fronteiras

"Sou filha de pais separados. Meus irmãos mais velhos foram criados pela minha avó materna. Um outro foi criado por parentes. Minha mãe me doou ainda bebê. Mas arrependeu-se e me buscou mais tarde.
Aos 11 anos, Maria da Conceição trabalhava como recepcionista e, a mãe, como doméstica. "Estudava em colégio de freiras. No escritório, fazia serviços gerais e datilografia". Mudou-se com a mãe para Fortaleza e lá fez o ensino fundamental num colégio militar.
Após o período na capital cearense, transferiu-se novamente com a mãe para Elesbão Veloso (PI), onde morou na casa de uma irmã. De lá, foi para Teresina e concluiu o ensino médio no Colégio Salesiano. Mudou-se com a mãe para Campina Grande (PB), onde trabalhou em diversas profissões.
"Comecei no levantamento de estoque em uma loja de autopeças, depois fui para o balcão. Aprendi muito. Fiz serviços hidráulicos e de servente de pedreiro também. Fui doméstica e até em oficina mecânica trabalhei". Nessa cidade paraibana, em 1991, a mãe morreu.
Em 2005, Maria da Conceição trabalhava numa oficina de informática quando conheceu um alemão, um espanhol e uma holandesa. Eles faziam intercâmbio no país e foram embora. Mas a amizade foi mantida por meio de contatos pela internet. "Numa dessas conversas, entrou uma mineira, dez anos mais nova, que se tornou minha companheira. Sou homossexual".
As duas foram convidadas pela amiga holandesa para se mudarem para lá. Toparam e, em Amsterdam, fizeram faxina e reforma de residências para sobreviver. Foi aí, que Maria da Conceição começou a aprender, "com uma certa facilidade", as línguas que hoje domina.
Voltou o ano passado, após ter conhecido boa parte da Europa, e veio morar com uma irmã em Belo Horizonte e, óbvio, teve de procurar emprego.
Acabou arrumando o de faxineira do mercado e, agora, a promoção, quando foram descobertas suas qualificações.

15 minutos de fama

Dá um sorriso largo e avisa à reportagem, quando se prepara para atender outro jornalista, já impaciente na fila: "Eu sei disso tudo. São os 15 minutos de fama..."
"Você acha que eu sou boba? Isso tudo passa rápido". Entretanto, não esconde uma leve expectativa com a súbita fama: "Emprego? É. Isso pode ser que melhore um pouco", afirma Maria da Conceição, antes de partir para outra entrevista.
Em Belo Horizonte, desde setembro do ano passado, procurou trabalhar em escritórios mas não conseguiu. "As pessoas criavam dificuldades: veio da Europa? O que fazia lá? Já passou dos 40? Tem curso superior, precisamos de pessoas com formação até o ensino médio", diz.
"Fiquei sabendo que havia vaga na faxina do mercado e fui ao escritório. Mas não apresentei currículo e omiti a formação superior e o fato de falar outras línguas", afirma.
Ela afirma teve dificuldades para arrumar emprego em Belo Horizonte, mesmo com a boa formação educacional. Por isso, foi para a faxina do mercado e, agora, o atendimento aos turistas.

PAÍSES QUE PUNI A PRÁTICA DE HOMOSEXUALISMO!

Prática homossexual ainda é crime em 78 países; cinco deles aplicam pena de morte

Relembre casos de agressões homofóbicas no Brasil e no mundo17 fotos

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18.dez.2010 - O gerente de tecnologia da informação P.R., 32, foi agredido ao sair da boate The Week, na Lapa, zona oeste de São Paulo. Espancado por dois homens armados com pedaços de ferro, ele teve um osso do face quebrado, além de ferimentos nos braços e na barriga. P.R. diz que conversava com um amigo quando quatro homens saíram de dois veículos gritando: "Corre, vamos matar vocês" Leia mais Silva Junior/Folhapress
Ao menos 78 países ainda contam com leis que criminalizam práticas homossexuais, de acordo com relatório anual sobre homofobia divulgado neste mês pela Ilga (sigla em inglês para International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association).
A maioria dos países listados fica na África, seguidos por Ásia e América Central. A prática é legal em toda a Europa e América do Norte, e na América do Sul apenas a Guiana criminaliza a homossexualidade. Já as leis do Iraque e da Índia são classificadas como "incertas" ou "indefinidas" pela entidade. Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês ou espanhol).
Pessoas declaradas culpadas por conduta homossexual podem ser condenados à morte em cinco países: Arábia Saudita, Irã, Iêmen, Mauritânia e Sudão --além de regiões da Nigéria e da Somália.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a aplicação da pena de morte na punição de crimes não violentos --incluindo relações sexuais entre adultos do mesmo sexo-- constitui uma violação da lei internacional sobre direitos humanos.
Desde 2000, contudo, as leis que criminalizam atos homossexuais foram revogadas na Armênia, Azerbaijão, Bósnia-Herzegovina, Cabo Verde, Geórgia, Nicarágua e Estados Unidos, por exemplo, sendo que os casos mais recentes são Panamá (2008), Nepal (2008) e Fiji (2010).
No texto de apresentação do relatório, assinado pelos secretários-gerais Gloria Careaga e Renato Sabbadini, a Ilga afirma que a criminalização representa a prática da homofobia pelo próprio Estado. Tal conceito é defendido por Toni Reis, secretário de educação da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
"Como disse [o líder indiano] Gandhi, uma civilização é julgada pelo tratamento que dispensa às minorias. A criminalização é a pior forma de homofobia que existe. Aqui, por exemplo, a gente combate a igreja e defende a laicidade do Estado", disse Reis.
Os secretários da Ilga afirmaram ainda que uma situação particular é observada em países como a Rússia, onde "o Estado não criminaliza as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo [a mudança ocorreu em 1993], mas incentiva a homofobia por meio de leis contra os ativistas LGBT".
Para a entidade, "não é exagero" dizer que o governo russo tem a responsabilidade pelo assassinato brutal do jovem gay Vlad Tornovy, de 23 anos, na semana passada, na cidade de Volgogrado. De acordo com informações da BBC, o jovem teve o crânio esmagado e foi estuprado com uma garrafa de cerveja.
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Discussões sobre o casamento gay pelo mundo170 fotos

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14.mai.2013 - Americanos se reuniram pelas ruas de Capitólio, em Minnesota (EUA), para acompanhar o governador Mark Dayton assinar o projeto de lei que legaliza o casamento gay no Estado, que se tornou o 12º a aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo Jim Mone/AP

Casamento gay

Permitido atualmente em 14 países, o casamento gay foi autorizado na Dinamarca em 1989 e depois adotado por Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia, Argentina. Em 2013 também entraram para a lista Uruguai, Nova Zelândia e França.
No Brasil, cartórios de todo o país passaram a ser obrigados a celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo --a regra entrou em vigor ontem (16). Os cartórios também não poderão se recusar a converter união estável homoafetiva em casamento. A medida foi aprovada na terça-feira (14) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mas ainda cabe contestação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos Estados Unidos --com Barack Obama como o primeiro presidente a declarar publicamente seu apoio à legalização do casamento gay--, alguns Estados já reconhecem a união gay. A Suprema Corte americana se reuniu em março para discutir mudanças nos direitos dos homossexuais, mas a decisão foi adiada para junho.

VEJA PAÍSES QUE AUTORIZARAM O CASAMENTO GAY

CONTAMINAÇÃO NO HOSPITAL!

Pacientes de hospital de Porto Alegre sofreram contaminação por superbactérias, confirma Instituto Oswaldo Cruz

O Laboratório de Pesquisa de Transmissão Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que funciona como Centro Colaborador da Rede de Monitoramento Resistência Microbiana Hospitalar (Rede RM), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) identificou a presença do gene tipo carbapenemase New Delhi Metallobetalactamase (NDM) em quatro pacientes do Hospital Conceição, em Porto Alegre. Ele provoca a criação de bactérias superresistentes a antibióticos.

Entenda porquê

O uso indiscriminado de medicamentos, sobretudo antibióticos, aumenta de forma considerável o risco de casos de superbactérias – micro-organismos resistentes à maior parte dos tratamentos disponíveis. O alerta é do diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antonio Cyrillo
Segundo a pesquisadora do Laboratório Ana Paula Assef, até agora o Brasil não tinha registrado este gene de resistência, que foi encontrado pela primeira vez em 2008, na Índia. Dois anos depois surgiu na Austrália, nos Estados Unidos e no Canadá. No ano seguinte chegou à Guatemala e em 2012, ao Uruguai, Paraguai e à Colômbia.
A especialista disse que por determinação da Anvisa os hospitais em todo país devem manter comissões de controle de infecção hospitalar e quando observam sinais de bactérias resistentes enviam amostras para análise do laboratório. "As amostras foram encaminhadas pela unidade do Rio Grande do Sul. Fizemos testes moleculares para detecção de alguns genes de resistência e a gente encontrou o NDM na amostra de lá. São amostras de quatro pacientes do Rio Grande do Sul. Já analisamos amostras de pacientes de outros estados e não encontramos em mais nenhum outro lugar. Essa avaliação nós fazemos rotineiramente", explicou.
Segundo Ana Paula Assef, o NDM é um gene de resistência que pode ser disseminado no ambiente hospitalar. "É a forma como a bactéria se torna resistente ao antibiótico e que acaba se disseminando para outros pacientes ou para o ambiente hospitalar. Pode estar presente em mecanismos móveis e passar de bactéria para bactéria. Por isso é possível encontrar o NDM em diferentes tipos de bactérias", esclareceu.
Na avaliação da especialista, a ocorrência da chamada superbactéria pode levar à morte dependendo do estado clínico do paciente hospitalizado, que, em geral, já está mais debilitado por ter passado por cirurgia ou por estar com alguma doença. "Podem causar morte por que elas são altamente resistentes e não tem muita opção de tratamento para essas infecções", alertou.
Ana Paula Assef informou, ainda, que a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou um alerta para a América Latina no final de 2012 sobre a incidência do NDM na região. Ela disse que especialistas dos países latino-americanos costumam trocar informações sobre o tema. "É preocupante por que pelos relatos no mundo a disseminação é muito rápida. Foi descoberta em 2008 e em 2010 já tinham diversos casos espalhados. O mais importante é reforçar as medidas de controle de infecção hospitalar para que essas bactérias não se disseminem. Ela está associada a ambientes hospitalares. A recomendação é higiene máxima e isolamento do paciente em que for detectada a bactéria superresistente", disse.

O PERIGO DO FONE DE OUVIDO!

Jovem britânica morre atropelada por trem porque usava fones de ouvido

COMENTÁRIO: MUITAS PESSOAS VÃO MORRER COM ESSA PRÁTICA OU VÍCIO DE ANDAR COM FONES NO OUVIDO ESCUTANDO MÚSICA,NÃO PERCEBE O VEICULO  SE APROXIMAR, AI O ACIDENTE É INEVITÁVEL. AS VEZES A CULPA NÃO É DO MOTORISTA,E SIM DO PEDRESTE.
Em determinado momento Katie virou-se para o trem, mas era tarde demais e a jovem foi atingida Reprodução/dailymail.co.uk
Uma estudante de 15 anos foi atropelada e morta por um trem porque usava fones de ouvido no momento do acidente e, dessa forma, não conseguiu ouvir o sinal sonoro que alertava sobre a passagem de veículo. O acidente ocorreu em Hertfordshire, na Inglaterra.
Segundo o tabloide britânico Daily Mail, o caso foi aberto nesta quinta-feira (16) em um tribunal da cidade.
A vítima, Katie Littlewood, provavelmente estava ouvindo músicas enquanto passava pela passagem de nível para pedestres no dia 28 de janeiro do ano passado, o que a impediu de ouvir o trem, que chegava em alta velocidade.

Os fones, o tocador de músicas e o celular de Katie, que ela havia acabado de usar para enviar uma mensagem de texto para irmã, foram encontrados próximos ao corpo da garota.
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O juiz do tribunal ouviu que Steve Trumm, o maquinista que dirigia o trem, soou a buzina, o que fez com que Katie chegasse a se virar, mas era tarde demais. A jovem morreu na hora.

A adolescente, descrita como "amável e feliz", estava caminho do trabalho, a Fundação Britânica do Coração, pouco antes do meio-dia.
Aos domingos, ela também trabalhava em uma instituição de caridade para animais.

Em 2002, uma senhora de 81 anos foi morta no mesmo local onde Katie morreu, enquanto perseguia um cachorro que corria em direção à linha das composições. Desde então, sinais de alerta, uma buzina e luzes piscantes foram instalados no cruzamento.

terça-feira, 14 de maio de 2013

O DIABO TENTANDO DESTRUIR A FAMÍLIA!

CNJ obriga cartórios de todo o País a realizar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

A decisão foi aprovada nesta terça-feira (14) e em caso de recusa do cartório, a medida prevê que o caso seja levado imediatamente para análise do juiz corregedor do respectivo Tribunal de Justiça

Casal conta que já vivia junto há oito anos, e, desde então, lutava para oficializar um direito que todo cidadão tem
A decisão acontece dois anos após esse tipo de união ter sido aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). (acritica.com)
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (14), com a maioria dos votos, a proposta que veda aos responsáveis pelos cartórios recusar a "habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo", ou seja, os cartórios civis são obrigados a celebrar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Em caso de recusa do cartório, a medida prevê que o caso seja levado imediatamente para análise do juiz corregedor do respectivo Tribunal de Justiça. A medida passará a valer a partir da sua publicação no Diário de Justiça, ainda sem data para acontecer, mas que pode ser nos próximos dias. A decisão, no entanto, poderá ser questionada no Supremo.
O CNJ se baseou no julgamento do STF que considerou inconstitucional a distinção do tratamento legal às uniões estáveis homoafetivas. Também levou em conta decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que julgou não haver obstáculos legais à celebração entre pessoas do mesmo sexo.
O ministro Joaquim Barbosa classificou de "compreensões injustificáveis" a recusa de Cartórios de Registro Civil em converter uniões em casamento civil ou expedir habilitações para essas uniões. "O STF afirmou que a expressão da sexualidade e do afeto homossexual não pode servir de fundamento a um tratamento discriminatório, que não encontra suporte no texto da Constituição Federal de 1988. O passo já dado pelo STF não pode ser desconsiderado por este Conselho Nacional de Justiça", afirmou.
Após o debate no plenário, o texto da proposta foi modificado para determinar que todo descumprimento da resolução seja comunicado imediatamente ao juiz corregedor responsável pelos cartórios no respectivo Tribunal de Justiça.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

SAÚDE

Menina indiana com crânio hipertrofiado está bem, mas operação será difícil, diz médico 


Indiano de 18 anos segura sua filha de um ano e seis meses no colo Aridam Day/AFP
Uma menina indiana de 18 meses que sofre de hidrocefalia e cuja situação provocou uma onda de solidariedade internacional se encontra bem, mas a gravidade de sua doença complica o tratamento, declarou o neurologista que cuida do caso, Sandeep Vaishya.
Roona Begum sofre de uma grave anomalia neurológica em que há aumento do volume dos espaços que contém líquido cefalorraquidiano e que provoca pressão sobre o cérebro.
A divulgação de fotografias tiradas por um fotógrafo da AFP no início de abril comoveu leitores no exterior e um site baseado na Noruega foi criado para lançar uma campanha de angariação de fundos.
A criança, cujos pais são muito pobres, está sendo tratada por um prestigiado neurocirurgião indiano, que trabalha em um hospital privado do grupo Fortis Healthcare, próximo de Nova Delhi.
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—A menina está bem agora. Mas seu caso é muito difícil e, no momento, estamos analisando as melhores opções.
O procedimento habitual para este tipo de doença é drenar o excesso de líquido para fora do cérebro e dirigi-lo para outras partes do corpo, onde é absorvido pelo sangue.
Mas no caso desta menina, o tamanho da cabeça em relação ao corpo faz com que seja uma operação muito delicada, segundo o médico.
—Sua cabeça é várias vezes maior do que a circunferência de sua barriga, por isso é preciso avaliar a quantidade de líquido que o corpo pode absorver se colocado um "dreno craniano".
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A menina vive no estado de Tripura (nordeste) com seus pais, que são muito pobres para pagar a hospitalização e tentar uma operação. A cabeça, que tem uma circunferência de 91 centímetros, é duas vezes maior do que o normal, o que impede a menina de ficar pé ou engatinhar.
O site, com base na Noruega, começou a receber doações no início de abril e nesta sexta-feira contava com cerca de R$ 68 mil. O fundador do site, Jonas Borchgrevink, de 22 anos, lançou esta iniciativa com uma amiga, Nathalie Krantz, depois de ter visto as fotos de Roona na internet.

domingo, 14 de abril de 2013

CONVERSÃO AO EVANGELHO

Ator Sylvester Stallone se converte e fala sobre Jesus em seu novo filme


Sylvester Stallone, famoso pelos filmes “Rocky” e “Rambo”, voltou a suas raízes cristãs, numa experiência de conversão que ele diz o libertou das pressões do mundo.



“Quanto mais vou à igreja”, disse Stallone, de acordo com o boletim CitizenLink de Focus on the Family, “e quanto mais me entrego ao processo de crer em Jesus e escutar Sua Palavra e deixá-Lo me guiar no que faço, mais sinto como se as pressões sumissem de cima de mim”.

O novo filme de Stallone, Rocky Balboa, é o mais recente filme e o último capítulo na série de filmes “Rocky”, refletindo a convicção do ator de que a vida é sobre seguir Cristo, não sobre enfrentar batalhas sozinho.

“É como se [Rocky] estivesse sendo escolhido, como se Jesus estivesse sobre ele, e como se ele fosse o cara que viveria sempre o exemplo de Cristo”, Stallone disse numa conferência com pastores e líderes religiosos no ano passado. “[Rocky agora] é muito, muito perdoador. Não há amargura nele. Ele sempre vira a outra face. É como se sua vida inteira fosse sobre servir”.

“Fui criado num lar católico, um lar cristão, e ia para escolas católicas e aprendi a fé cristã e fui até onde consegui”, disse Stallone. “Até que um dia, sabe, entrei no tão chamado mundo real e conheci a tentação. Praticamente me desviei do caminho e fiz uma porção de escolhas erradas”.

Stallone disse que ele quer comunicar para as audiências a importância de freqüentar a igreja e receber apoio no compromisso de viver a fé cristã.

“Precisamos ter a experiência e a orientação de outra pessoa”, disse ele. “Não podemos treinar a nós mesmos. Sinto do mesmo jeito acerca do Cristianismo e acerca do que a igreja é: A igreja é a academia de ginástica da alma”.

A estória de um Rocky que sente culpa espiritual e lê a Bíblia antes de cada luta foi escrita pela própria experiência de vida do ator, disse Stallone.

“A maior parte dos meus filmes anteriores era cheia de sangue”, ele declarou para o jornal San Francisco Chronicle. “Eles eram os resultados criativos de minha juventude, quando meu casamento não estava indo bem e me sentia seduzido pelas tentações de Hollywood”.

“Precisei realmente passar por meus testes e tribulações”, ele disse, “antes que eu pudesse ser homem o suficiente para saber escrever o tipo de estória que ‘Rocky Balboa’ é”.

Stallone desenvolveu um kit de recursos grátis para líderes, em associação com Motive Entertainment, para ajudar os pastores e líderes de igreja a utilizar a mensagem cristã do filme. O kit inclui um guia de líderes (grátis por download) que lida com as questões de coragem, integridade, fé, vitória e propósito, relatou o jornal Christian Examiner. O guia tem várias abordagens feitas para suprir as várias necessidades dos pastores, líderes de jovem, líderes de ministérios de leigos e pais.

A primeira atuação de Stallone do personagem “Rocky” em seu roteiro do mesmo nome rendeu ao filme um Oscar em 1976.

terça-feira, 2 de abril de 2013

AGORA É CRIME

Lei que pune crimes cibernéticos entra em vigor nesta terça

As mudanças na legislação também criminalizam a interrupção intencional do serviço de internet, normalmente cometida por hackers

Gracie Araújo foi surpreendida por transações realizadas de forma fraudulenta, pela Internet, em sua conta bancária
Usar dados de cartão de crédito na internet, sem autorização do proprietário, passa a ser motivo de penalidade prevista em lei (Divulgação)
 A partir desta terça-feira (2), invadir dispositivos como computador, smartphones e tablets de outra pessoa para obter informações sem autorização passa a ser crime com pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Nesse caso, a pena ainda pode ser agravada se a informação roubada causar algum prejuízo econômico. A Lei 12.737/2012, que tipifica como crime uma série de condutas no ambiente virtual, foi sancionada no fim do ano passado e entra em vigor hoje.
Também está prevista prisão de seis meses a dois anos, além de multa, para quem obtiver dados "de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais e informações sigilosas". Se o crime for cometido contra autoridades do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, a pena aumenta de um a dois terços.
A Lei 12.737/12 aumenta a pena se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros dos dados obtidos ilegalmente. A lei também criminaliza a interrupção intencional do serviço de internet, normalmente cometida por hackers. Nesse caso, a pena pode variar de um a três anos de detenção, além de multa.
Outra norma que entra em vigor nesta terça-feira é a Lei 84/99, que pune quem usar dados de cartão de crédito na internet, sem autorização do proprietário. A fraude, que passa a ser equiparada à de falsificação de documento, tem pena prevista de um a cinco anos de prisão. A exemplo do que já ocorre em meios de comunicação impressos, rádio e TV, o texto estabelece a retirada imediata de mensagens racistas postadas na internet.
A lei altera ainda o Código Penal Militar e criminaliza a entrega de dados eletrônicos a um "inimigo" do país. A criação de delegacias especializadas em crimes cibernéticos no âmbito das policias Civil e Federal também foi incluída na lei, mas depende de regulamentação