Translate

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

FALTA AOS PLANTÕES MÉDICOS

Médico que substituiu neurocirurgião em plantão no Rio será indiciado


A polícia do Rio decidiu nesta quinta-feira (17) que vai indiciar o neurocirurgião Francisco Doutel por substituir o médico Adão Crespo Gonçalves, que faltou aos plantões no Hospital Salgado Filho, no Rio.
Governo federal lança protocolo para apurar faltas de médicos
Neurocirurgião faltou a todos os plantões nos últimos cinco anos
Médico que faltou a plantão no Rio fraudava folha de ponto, diz polícia
Médico diz ter faltado a plantão no Rio por estar insatisfeito
Menina atingida por bala perdida no Rio tem morte cerebral
Prefeito chama médico que faltou a plantão de 'delinquente'
Cremerj apura demora em atendimento a criança baleada
A informação foi confirmada pela delegada Isabela Santoni, da Delegacia Fazendária do Rio. Doutel deve responder por falsidade ideológica e estelionato contra a administração pública. Ele informou à delegada que substituiu Gonçalves durante suas faltas nos últimos cinco anos, recebendo a quantia integral do salário pago ao neurocirurgião.
O caso veio à tona quando no dia 24 de dezembro do ano passado, Adão Crespo Gonçalves não compareceu ao plantão. Naquele dia, a menina Adrielly dos Santos Vieira, 10, foi atingida na cabeça por uma bala perdida, no morro do Urubuzinho (zona norte do Rio). A garota precisou ser operada, mas, devido à falta do médico, teve que esperar por oito horas para fazer a cirurgia. Ela morreu há quase duas semanas.
Hoje, a delegada ainda ouviu o médico Carlos Augusto Borges, que se aposentou em setembro, e era o outro neurocirurgião plantonista dos turnos em que Adão Crespo Gonçalves deveria trabalhar. Ele revelou que a prática de troca de plantões é comum no hospital.
"É muito comum, rotineira. Não há irregularidade e não é vetado pelo CRM (Conselho Regional de Medicina)", disse Borges ao "RJTV", da TV Globo.
Outro problema constatado pela delegada é que, em algumas faltas de Adão Crespo Gonçalves, Carlos Augusto Borges trabalhou sozinho, mas também recebeu o salário do substituto. Francisco Doutel informou que só parou de fazer os plantões quando Borges se aposentou por não querer fazer o plantão sozinho.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil disse "desconhecer a substituição de médicos de plantão sem autorização prévia das direções de suas unidades do hospital e reprova a prática". A secretaria ressaltou ainda que instaurou uma auditoria no setor de Recursos Humanos e que fará a implantação do ponto eletrônico em todos os hospitais da rede municipal.
A delegada estuda a punição dos chefes dos plantões, que ainda serão ouvidos nos próximos dias.
OMISSÃO DE SOCORRO
Em outro inquérito na 23ª DP, o neurocirurgião foi indiciado sob suspeita de omissão de socorro.
No depoimento que prestou para este inquérito, Gonçalves afirmou que há um mês não comparecia aos plantões no Salgado Filho porque estava insatisfeito com a escala e havia pedido demissão. Ele está afastado desde o fim de dezembro.

PREVENÇÃO NA GRAVIDEZ

Suplemento alimentar na gravidez pode ajudar na prevenção da esquizofrenia, sugere estudoA colina é um nutriente encontrado em alimentos como carne de fígado, músculo, peixes, nozes e ovos

  • A colina é um nutriente encontrado em alimentos como carne de fígado, músculo, peixes, nozes e ovos
Tomar suplementos de colina (nutriente encontrado em alimentos como carne de fígado, músculo, peixes, nozes e ovos) a partir do 2º trimestre de gestação pode diminuir o risco de esquizofrenia. A conclusão é de um estudo publicado no The American Journal of Psychiatry.
De acordo com o médico Robert Freedman, coordenador do departamento de psiquiatria da escola de medicina da Universidade do Colorado e um dos autores do estudo, os genes associados à esquizofrenia são bastante comuns, por isso é preciso encontrar uma forma de prevenção segura que inclua toda a população.
Pesquisas já indicavam que a suplementação de colina durante a gravidez melhorava a capacidade de aprendizado de recém-nascidos. "Nossa descoberta de que isso melhora um pouco a fisiopatologia associada a risco de esquizofrenia agora exige um acompanhamento de longo prazo para avaliar se o risco de desenvolvimento posterior da doença também diminui", afirma Freedman.
No estudo, metade das gestantes tomou 3.600 mg de fosfatidilcolina pela manhã e 2.700 mg à noite. A outra metade tomou placebo. Após o nascimento, metade dos recém-nascidos recebeu 100 mg por dia do suplemento e a outra metade, placebo.
Em geral, nosso cérebro responde de forma integral ao ouvir um som pela primeira vez, mas a resposta é inibida quando o mesmo som é emitido imediatamento depois. A auência dessa característica é comum e está relacionada a falta de filtragem sensorial e transmissão familiar do risco de esquizofrenia.
Oitenta e seis por cento das crianças do grupo que recebeu o suplemento tiveram uma resposta inibida durante a repetição de sons. No grupo que não recebeu, a proporção foi de 43%. A medição foi feita com exames de eletroencefalograma durante o sono dos bebês.
A colina também tem sido estudada por trazer potenciais benefícios a pessoas com hepatite crônica, cirrose hepática, depressão, perda de memória, demências (incluindo o Alzheimer) e certos tipos de epilepsia.

DE MOCINHA A VILÃ

Zezé Polessa será chamada para depor após morte de motorista

23.dez.2012 - Zezé Polessa no show de Stevie Wonder e Gilberto Gil no Imperator, Rio de Janeiro

  • 23.dez.2012 - Zezé Polessa no show de Stevie Wonder e Gilberto Gil no Imperator, Rio de Janeiro
A atriz Zezé Polessa será chamada para prestar depoimento na próxima semana em razão da morte do motorista Nelson Anderson Lopes, de 63 anos. Nelson teria passado mal durante a tarde, tempos depois de discutir com a atriz pela manhã, quando a levara para uma gravação - ela disse que só ficou sabendo do ocorrido à noite. Ele chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, no Rio, mas faleceu em seguida.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Antônio Ricardo, da 32ª DP, localizada na Taquara, instaurou inquérito para apurar a conduta de Zezé. Segundo o delegado, inicialmente o inquérito deverá apurar se a atriz infringiu o Estatuto do Idoso, que estabelece uma pena de reclusão de seis meses a um ano para quem humilhar, desdenhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa.
Caso fique constatado que Zezé continuou a destratar o motorista mesmo depois de ter sido informada que ele sofria de problemas cardíacos, ela poderá responder também por homicídio culposo (não intencional).
A promotora de Justiça do Rio, Christiane Monnerat, que determinou que a polícia investigasse a conduta de Zezé no caso, disse que mesmo que os parentes da vítima não quisessem "ela seria obrigada a investigar o que aconteceu".
Entenda o caso
Nesta segunda-feira (15) o jornal carioca "O Dia" divulgou a informação que o motorista Nelson Anderson Lopes, havia sofrido um ataque cardíaco e morrido após ter discutido com a atriz Zezé Polessa. Zezé teria se queixado em razão dele ter errado o caminho para o Projac, complexo de estúdios da Globo, na zona oeste do Rio.
Por meio de um comunicado enviado pela Globo, Zezé disse que "ficou passada com a notícia da morte de Anderson". "Fiquei passada com a notícia. Ele era um senhor idoso, me levou para um local errado, era novo na profissão e não conhecia o caminho direito. Não discuti, falei que ele tinha que se informar. Saí com ele quatro vezes e em todas nos perdemos. Ele estava despreparado para o trabalho".
Ela ressaltou que Anderson não seria despedido. "Ele não seria mandado embora, apenas não seria mais meu motorista, levaria outras pessoas. Eu entendo que todo mundo precisa trabalhar e falei que não podia mais passar por isso, de ficar rodando e chegar atrasada. Não conheço alguns caminhos do Rio", acrescentou.

APOLOGIA A ERVA NOCIVA

Reavaliação de estudo diz que diminuição de QI está mais ligada a pobreza do que a uso de maconha

Se você espalhou para todos seus amigos a notícia de que o uso de maconha provocaria diminuição do QI (quociente de inteligência) na fase adulta, preste atenção a este novo estudo. A pesquisa publicada nesta semana desqualifica a conclusão ao afirmar que a condição social tem maior influência na deficiência das funções cognitivas. Incluindo a variável socioeconômica, o resultado do estudo anterior estaria superestimado e seu efeito real seria nulo.
Ambos os estudos, publicados na conceituada revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), analisaram dados de mais de mil crianças nascidas entre 1972 e 1973, em Dunedin, Nova Zelândia, que foram acompanhadas até completarem 38 anos. Elas eram entrevistadas periodicamente sobre o uso da maconha a partir dos 18 anos.
Análises prévias já tinham mostrado relação entre fumar maconha  quando era mais jovem e se tornar dependente à droga com a situação socioeconômica. Ole Røgeberg, autor do novo estudo e economista no CentroRagnar Frisch para Pesquisas Econômicas, em Oslo, na Noruega, disse que a pobreza, que pode levar a um menor nível educacional e a trabalhos menos desafiadores, está associada ao declínio do QI.
Madeline Meier, psicóloga da Universidade de Duke e autora do estudo original, disse que o status socioeconômico foi controlado e que, entre os participantes que não usaram maconha pesadamente na juventude, o QI permaneceu o mesmo ao longo de suas vidas, independentemente da situação econômica.
"Apesar [das conclusões], seria muito forte dizer que os resultados [da pesquisa original] foram desacreditados, que a metodologia é falha e que a inferência causal leva a resultados prematuros", diz Røgeberg no artigo.
Outros estudos publicados recentemente apontam que o uso frequente e pesado de maconha danifica o cérebro.