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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MERCADO ADOLFO LISBOA, NOS MOMENTOS CELEBRES DE SUA EXISTÊNCIA!

Mercado Adolfo Lisboa


Essa é minha cidade que tanto amo, pois fica situada numa grande região, que é reconhecida mundialmente como o pulmão do mundo.

Um Pouco da Histório do Adolpho Lisboa:

Cel. Adolpho Lisboa
O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, um dos mais importantes centros de comercialização de produtos regionais em Manaus, foi construído no período áureo da borracha. Por ser um dos mais importantes exemplares da arquitetura de ferro e, não tendo similar em todo mundo, foi tombado em 1º de julho de 1987 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Antes da existência do mercado, até 1855, funcionava no local do mercado, a Ribeira dos Comestíveis para comercializar produtos vindos do interior do Amazonas. A ribeira supria as necessidades da cidade, mas, com o início do ciclo da borracha, a cidade sofreu um intenso processo de migração, aumentando a demanda de produtos. Desta forma, os governantes da época perceberam a necessidade de construir um Mercado Público.
Foi assim, que em 1883 começou a montagem do Mercado. Os pavilhões de ferro foram importados da Europa. Com duas fachadas totalmente distintas, uma de frente para o rio Negro e outra para a Rua dos Barés, o conjunto foi construído com quatro pavilhões: o principal, central e maior; dois laterais (de peixe e carne) e o “Pavilhão das Tartarugas”. O corpo central do edifício é vazado por um portão, cuja bandeira ocupa quase a metade do segundo pavimento. No térreo, esse portão é ladeado por duas janelas de vergas retas coroadas com frontões triangulares, e no segundo pavimento há dois pares de janelas geminadas.
Sobre a bandeira do portão principal, existe uma cartela cravada com o nome Adolpho Lisboa que, na época da construção da fachada, era prefeito da cidade de Manaus. Posteriormente Lisboa deu o nome ao mercado.


Quem Foi Adolpho Lisboa:
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O coronel (porque comissionado nesse posto para comandar o Regimento Militar do Estado - RME, em nossos dias, a PMAM) Adolpho Lisboa nasceu na capital da província da Bahia, "de cor morena, cabelos pretos lisos e olhos pardos", em 22 de janeiro de 1862, filho do capitão Felippe Guilherme de Miranda Lisboa, então servindo no 7º Batalhão de Infantaria do Exército, e de Olympia Rosa de Oliveira Lisboa. Sua chegada à Amazônia ocorreu aos cinco anos de idade, segundo fonte do RME, ou quando recém-nascido, conduzido por seu pai, este transferido para o 5º Batalhão da mesma arma, com sede em Belém. Esta notícia reputo mais confiável, porque o mesmo foi batizado na freguesia de Afogados, quando do trânsito da família por Recife.

Fonte:Portal Amazônia.
Biblioteca Virtual do Amazonas.

A 4 de julho de 1899 foi inaugurada a luz elétrica nos dois quartéis dos dois batalhões estaduais, 1º e 2º corpos.
Quartel da Polícia Militar do Amazonas, c1898
Por ato de 10 de dezembro de 1900 foi nomeado, em comissão, inspetor do Regimento Militar, o capitão do Exército Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa, que assumiu também o cargo de comandante. A 2 de fevereiro de 1902 tiveram lugar na Cachoeirinha, as primeiras grandes manobras do Regimento Militar do Estado. Por essa ocasião o Regimento recebeu a rica bandeira oferecida pelo Estado da Bahia, por intermédio do Dr. Leônidas de Sá, às forças que combateram em Canudos, sob o comando do Dr. Candido Mariano, o qual fora convidado por uma comissão de oficiais para assistir a esse ato solene.
Coronel Adolpho Lisboa,

Em 9 de maio foi dispensado do cargo de coronel comandante do Regimento o capitão Adolpho Lisboa que, a 12 de agosto, foi novamente nomeado em comissão. A 26 de abril de 1903 realizou-se, ainda na Cachoeirinha, um grande exercício de campanha em que tomou parte todo o Regimento Militar do Estado. Assistiram às manobras os falecidos almirante Alexandrino de Alencar e general Henrique Valadares.



História do Mercado Municipal Adolpho Lisboa

Ícone da época áurea da borracha, o mercado municipal de Manaus é considerado patrimônio histórico do Brasil
Um dos ícones da chamada arquitetura do ferro no Brasil, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa é um dos símbolos da cidade de Manaus e constitui uma relíquia dos tempos áureos da época da borracha.

Juntamente com o lendário Teatro Amazonas e a elegante Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, é um dos edifícios mais importantes do nosso acervo patrimonial histórico, graças à sua bela arquitetura fortemente influenciada pelo estilo Art Nouveau e ao inestimável valor cultural que representa para o povo manauara.

Construção do Mercado Municipal
Sua construção remonta ao final do século XIX. Construído pela firma Backus&Brisbin, sediada em Belém, as obras foram iniciadas em dois de agosto de 1882, no tradicional Bairro dos Remédios e o contrato previa apenas a construção de um mercado de ferro e alvenaria de pedra e tijolo, nos moldes do mercado central de Paris, o famoso LesHalles.  

O sistema do mercado francês de dispor pavilhões que se interligavam revelou-se atraente para cidades do mundo inteiro, que podiam encomendar a quantidade de pavilhões necessários e, por se tratarem de estruturas moduladas em um sentido, podiam ter seus comprimentos variáveis, de acordo com as necessidades de cada lugar.
O mercado de Paris viria a inspirar muitos outros – na França e mundo afora - construídos a partir do final do século XIX. A generosidade dos vãos, a luminosidade e ventilação do espaço, marcados por cobertura em ferro, lanternins e venezianas, propiciavam a comercialização dos mais variados gêneros alimentícios, especialmente ideais para lugares quentes e úmidos como o Brasil.

Portanto, o pavilhão central do mercado, inaugurado em 15 de julho de 1883, pelo Presidente da Província, José Paranaguá, obedecia aos modernos padrões da arquitetura em ferro, que se alastrava pelo mundo afora, desde que a revolução industrial tivera início. Era na realidade um grande galpão, em duas águas, sem grandes pretensões estéticas, calçado em lajes de pedra calcária de Lioz, procedentes de Portugal.
As colunas de sustentação da estrutura possuem gravadas em seus fustes o nome: “FRANCIS MORTON, ENGINEERS, LIVERPOOL”, não deixando a menor dúvida em relação a sua procedência: Inglaterra, país que possuía a técnica e matéria-prima em abundância para a nova tecnologia que aos poucos se tornaria bastante difundida.

A fachada voltada para o Rio Negro era mais cuidada, possuindo duas edificações em alvenaria de tijolos, além da entrada, executada no mesmo material.


Ampliação com construção de mais pavilhões
Em 1890, foram construídos dois pavilhões laterais, iguais. Na realidade eram galpões abertos, com estrutura de coberta em madeira e cobertos de telhas de zinco. Com o crescimento da cidade, o edifício sofreu uma ampliação e um cuidado maior com a fachada, voltada para a Rua dos Barés, durante a administração do prefeito Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa, em 1906, tendo os dois pavilhões laterais sido substituídos por dois iguais, em ferro fundido, cujas fachadas apresentam frontões curvos acompanhando as formas dos arcos de coberta, que por sua vez ostentam delicados ornatos em ferro e vidros coloridos, ao gosto do Art Nouveau, muito em voga neste período.
Estes dois pavilhões são provenientes da famosa firma de fundição escocesa Walter Macfarlane e destinam-se para a venda de peixe e carne, respectivamente. A fachada da Rua dos Barés receberia um tratamento mais rebuscado, em estilo eclético, de alvenaria de tijolos e é atribuída ao engenheiro FelintoSantoro.

Em 1909, é edificado o Pavilhão das Tartarugas, localizado no centro do pátio sul e destinado à comercialização de quelônios, iguaria tradicional da culinária amazônica. Totalmente fechado com chapas de ferro, venezianas do mesmo material e vidro, possui coberta, com chapas onduladas, composta de quatro águas que se desdobram nas entradas, formando um pequeno frontão, decorado com ferro fundido e vidro colorido.

Este pavilhão, assim como os outros dois, também é de procedência da mesma firma escocesa. Já no triênio 1911-1913, durante a administração do Prefeito Jorge de Moraes, surgem os dois pequenos pavilhões octogonais, montados próximos às extremidades do Pavilhão das tartarugas, homenageados com os nomes dos Estados do Amazonas e Pará.

Destinaram-se, originalmente, à função de café & botequim e são igualmente procedentes da mesma empresa Walter Macfarlane, de Glasgow. Apesar de não apresentarem nenhuma inscrição, a comparação com os catálogos da firma não deixam a menor dúvida quanto à sua origem. Neste mesmo período, foi instalado o gradil de ferro fundido, oriundo da Praça D.
Pedro II, sobre base em alvenaria de pedra e dois portões, fechando a parte sul (com fachada voltada para o Rio Negro) e construídas duas escadas de alvenaria em Lioznas laterais do edifício e infelizmente desaparecidas anos depois.


O Mercado faz parte do cotidiano da população
Ao longo dos anos, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa serviu a toda a sociedade, transformando-se em um símbolo da arquitetura do período áureo da economia da borracha e uma relíquia, para todo o Brasil, da arquitetura do ferro, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em nível nacional, um reconhecimento pelo seu inestimável valor arquitetônico e cultural.

A lenda de que é uma cópia do mercado de Paris, não possui fundamento, uma vez que não obedeceu a um projeto, mas na realidade, fora construído aos poucos, em trinta anos, dentro de um mesmo período histórico: A Era da Borracha (1880 –1913), mas que certamente ajudou a fortalecê-lo como um mito.


Parte da cultura amazonense
Para os manauaras, o mercado é até hoje um local de reconhecimento de nossa própria cultura, onde podemos encontrar desde os produtos mais típicos da região, tais como as ervas medicinais e temperos nativos oriundos do interior do Estado, até os saborosos peixes de água doce e o artesanato indígena, tão apreciados não apenas pelos visitantes brasileiros, mas do mundo todo, que buscam saber um pouco mais sobre a cultura e os costumes do povo amazônico.