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domingo, 20 de janeiro de 2013

INFORMAÇÕES PESSOAIS DO CONDENADOS DO MENSALÃO

Hacker divulga dados de condenados no mensalão

Endereços, telefones e informações pessoais de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram publicadas na internet. O mesmo aconteceu com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

José Genoino assumiu o mandato na Câmara na semana passada na vaga deixada por Aldo Rebelo
Dados pessoais de três condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão foram publicados nesta terça-feira (8) na internet por hackers. Endereços, números de telefone, de CPF e outras informações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Informações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, também caíram na rede. As informações dos três petistas foram colocadas na rede por um usuário cujo nome no Twitter é @nbdu1nder. No seu perfil, ele se classifica como um “grey hat”. No jargão, isso significa que ele é um hacker intermediário, que evita publicar informações que possam prejudicar seus alvos. Invadir sistemas de computação é uma forma de diversão para o usuário.
“O Brasil viveu um dos momentos mais constrangedores de sua história, não apenas por assistir a posse na Câmara dos Deputados de um corrupto e quadrilheiro condenado a seis anos e onze meses de prisão, mas pelo fato dele ter sido aplaudido por boa parte dos parlamentares, entre eles todos os petistas, como se fosse um herói nacional. Genoino participou de um esquema de compra de votos, o Mensalão, que abastecia o caixa do PT com dinheiro sem origem e o repassava a deputados da mesma estirpe moral”, disse o hacker no texto publicado.

Genoino, condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo STF, tomou posse na semana passada como deputado suplente na vaga deixada por Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com a renúncia de Carlinhos Almeida (PT-SP), eleito prefeito de São José dos Campos, houve uma dança de cadeiras na Câmara. Vanderlei Siraque (PT-SP), antes na vaga de Rebelo, assumiu como titular. E Genoino foi alçado como suplente.
Genoino diz ter “consciência serena” da inocência
Novos deputados chegam à Câmara sob suspeita
José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, enquanto Delúbio Soares recebeu oito anos e 11 meses pelos mesmos crimes. Os ministros do STF consideraram Dirceu o chefe do núcleo político do mensalão. Já o ex-tesoureiro do PT era o principal operador do grupo.
Hoje também foram divulgados dados pessoais do bicheiro Carlinhos Cachoeira como nomes dos pais, data de nascimento, número do CPF e do registro de identidade e o endereço de sua casa em Anápolis. Réu na Operação Monte Carlo, ele foi condenado a 39 anos de cadeia e multa de R$ 3,8 milhões por seis crimes. Em 11 de dezembro, conseguiu habeas corpus e foi solto da cadeia.

DITADURA GAY NÃO ACEITO

Candidato evangélico quer derrotar gays no voto

Na disputa pela presidência da Câmara, Ronaldo Fonseca diz que quer pautar propostas que opõem religiosos e homossexuais, como o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, e que não aceita “ditadura gay”

"A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção", afirma deputado que concorre à presidência da Câmara
Evangélico, pastor da Igreja Assembleia de Deus, advogado e, de acordo com suas próprias palavras, “amante do debate”. Para chegar à presidência da Câmara, cargo que cobiça mesmo sem o apoio de seu partido, o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) terá de superar desafios inéditos: ser o primeiro estreante e o primeiro líder evangélico a conquistar o comando da Casa. O deputado de 52 anos exerce seu primeiro cargo eletivo e promete combater os “vícios” do Legislativo, como o corporativismo, a submissão ao Executivo e a falta de discussão. “Não serei um presidente engavetador”, promete. Em entrevista ao Congresso em Foco, o candidato diz que a frente parlamentar evangélica não pode mais “andar a reboque” e ser surpreendida com a votação de propostas que contrariam suas crenças, como as que dizem respeito aos homossexuais. Segundo o deputado, a Casa tem de aprofundar o debate e levar projetos como o da união civil entre pessoas do mesmo sexo a voto. Para ele, os militantes do movimento gay temem que essas propostas sejam votadas por anteverem o seu provável desfecho. “Se for para derrotar, que seja no voto. Comigo é assim, é no voto. Eles não querem. Esses grupos já pegaram vício do Parlamento. Eles fazem barulho, barulho. Quando propomos ir ao plenário, aí não querem, porque sabem que vão ser derrotados. Temem a derrota porque o Parlamento brasileiro é tradicional e conservador e somos um país cristão”, declara Ronaldo.
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca
Tudo sobre a eleição da Mesa
O candidato diz que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a legalização da prostituição – este, objeto de projeto de lei do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), um dos principais representantes da comunidade LGBT no Congresso.
“Mensalão não existiu”, diz deputado candidato
“Sanguessuga era para encobrir mensalão”, diz candidato
“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
“Vamos para o debate e votar. A sociedade brasileira quer a prostituição profissionalizada? Então vamos para o voto, ampliar o canal de acesso da sociedade com a Câmara. Quero ouvir a sociedade. Quem ganhar, levou, meu amigo. Democracia é isso”, diz Ronaldo, que promete dar tratamento igualitário a outras frentes parlamentares, inclusive a da liberdade de expressão sexual.
Mesmo ressalvando as divergências, ele elogia o trabalho do deputado Jean Wyllys na defesa dos homossexuais. “Acho que ele faz um excelente trabalho como representante LGBT. Não concordo com as propostas dele, mas ele mostra a cara. O parlamentar tem de mostrar a cara”, considera.
“Ficção”
O candidato à presidência da Câmara revela sua posição em relação a outro tema sensível à comunidade LGBT: o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais, a homofobia. Para ele, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, critica o deputado.
Ronaldo Fonseca diz que a proposta atualmente em discussão no Senado fere o direito dos religiosos de expressarem sua reprovação à orientação homossexual. “Não pode é incitar a violência. Mas isso o Código Penal já disciplina. É burrice, besteira. Querem transformar isso em crime inafiançável, querem me tirar o direito de opinião”, afirma.
Para ele, a opinião dos religiosos precisa ser respeitada por refletir outra visão de parcela expressiva da sociedade sobre o assunto. “Só digo que não concordo com a prática deles, porque, para mim, por questão de fé, é pecado como a prostituição e o adultério. É pecado e eu não aceito. Isso não quer dizer que você não possa ser gay”, emenda.
Pastor da Assembleia de Deus em Taguatinga (DF), o deputado afirma que sua visão religiosa não influenciará em sua eventual passagem pelo comando da Câmara. “Isso aqui não é igreja”, diz. Mas avisa: “Ditadura gay eu não aceito”.
Para o deputado, os veículos de comunicação e o Judiciário atuam em sentido contrário aos interesses dos evangélicos. “Aquilo que eu defendo para a sociedade não é muito simpático para grupos que controlam e dominam parcialmente essa sociedade”, avalia. Segundo ele, a mídia brasileira reduz intencionalmente o espaço para o ponto de vista cristão”.
Mais polêmicas
No começo de seu terceiro ano na Câmara, Ronaldo Fonseca é um dos três candidatos que desafiam o favorito à sucessão de Marco Maia (PT-RS), o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Além dos dois, também concorrem ao segundo cargo na linha sucessória da Presidência da República os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). A polêmica com os homossexuais não é a única.
Na entrevista ao Congresso em Foco, o deputado também assume outras posições que também suscitam discussões, como a tese de que os evangélicos foram envolvidos, por meio de uma “armação” como “sanguessugas”, no esquema da chamada máfia das ambulâncias, de 2006, para abafar o mensalão. Parte dos parlamentares envolvidos no caso integrava a frente parlamentar, o que reduziu à metade a representação evangélica no início da legislatura passada.
Ele também defende que o mensalão não existiu e não passou de um “acordo entre partidos”. Critica a “vaidade” dos ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470 e a falta de resposta da Câmara às demandas da sociedade e também aos “ataques” que parlamentares recebem por parte da mídia, segundo ele. O pastor condena, ainda, a falta de independência, a “ditadura dos líderes partidários” e o corporativismo. “Em todo lugar tem safado. Na igreja, você também tem pastor e padre safados. Mas tem mecanismos para expurgar. A Câmara também”, afirma.

VOLTANDO A PL 122 "NÃO MIL VEZES NÃO"

Jean Wyllys nega receio em votar projetos LGBT

Em resposta a candidato à presidência da Câmara evangélico, deputado diz que defensores dos gays no Congresso querem, sim, votar e não temem derrota. Para ele, é “absurda” declaração de Ronaldo Fonseca que minimiza a homofobia

Jean considerou um "desaforo" as declarações do candidato à presidência da Câmara
Em meio à apresentação de propostas dos candidatos para a presidência da Câmara, a polêmica em torno de projetos que buscam ampliar os direitos civis dos homossexuais voltou à baila mais uma vez. Isso porque o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), que entrou na disputa sem apoio do próprio partido, disse que colocaria propostas de interesse de grupos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em votação por ter a certeza de que elas serão derrotadas em plenário.
Tudo sobre a eleição da Mesa
Para o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) – único parlamentar assumidamente gay no Congresso -, é preocupante que esses temas ainda sejam tratados com preconceito e “fundamentalismo religioso”. O parlamentar do Psol acredita ter ocorrido uma demonstração de arrogância por parte de Ronaldo. Pastor da Assembleia de Deus, o candidato à presidência provocou a bancada que defende os direitos LGBT. Disse ainda que o grupo tem medo de as propostas irem a plenário.
“É natural que ele diga que votará tais projetos. Ele não poderia dar um tiro no pé ao entrar em uma campanha aparecendo como alguém mais autoritário e reacionário. Mas dizer que temos medo de votar qualquer proposta é arrogância dele. A bancada evangélica não é maioria. Pode até fazer uma diferença, mas não é maioria. É um desaforo ele falar isso”, desabafou Jean Wyllys.
Em entrevista ao Congresso em Foco, Ronaldo afirmou que se for eleito não fugirá do debate mesmo em relação às propostas de que discorda, principalmente aquelas defendidas pelos representantes da comunidade LGBT, como a união civil para pessoas do mesmo sexo. E garantiu também que, mesmo não avalizando o conteúdo de tais propostas, as levará a votação porque sabe que elas serão derrotadas “no voto”.
Candidato evangélico que derrotar gays no voto
“Ditadura gay eu não aceito”, diz Ronaldo Fonseca

Regulamentação da prostituição

Ronaldo Fonseca disse que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a regulamentação da prostituição – este, objeto de projeto de lei de Jean. O deputado do Psol explicou que tem realizado reuniões com outros deputados e com a Mesa Diretora da Casa para acelerar a tramitação do projeto intitulado “Gabriela Leite”, que tem como objetivo garantir que o exercício da atividade do profissional do sexo seja voluntário e remunerado, “tirando assim esses profissionais de um submundo de marginalização”, conforme explica o texto da matéria. Jean também afirmou que já tem assinaturas suficientes para levar a votação a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Casamento Igualitário.
“Minha maneira de fazer política é completamente diferente da dele. Faço política com movimentos sociais porque o debate na sociedade é mais importante do que o debate dentro da Câmara. Por isso, ele não deve reconhecer que queremos sim, aprovar essas matérias”, afirmou Jean. Sobre a declaração feita por Ronaldo de que os representantes da comunidade LGBT no Congresso têm medo dos resultados das votações, Jean foi enfático: “A bancada evangélica adora blefar que fala em nome da sociedade, mas ela é plural e diversa e não representa sequer a totalidade dos evangélicos. Somos uma sociedade multiétnica e multirreligiosa”.
“Homofobia não é peça de ficção”
Outra declaração polêmica de Ronaldo Fonseca foi sobre o que chamou de “ficção” a existência da homofobia e criticou o projeto de lei que torna crime a manifestação de preconceito ou violência contra homossexuais. Para o deputado do PR, nem mesmo as estatísticas que apontam o crescimento da violência contra os homossexuais justificam a mudança na legislação. “Qual o problema? O Código Penal disciplina isso, você tem os agravantes. Eles querem ser especiais aonde? A homofobia, como eles dizem, não existe. Isso é uma ficção. A homofobia, para eles, é quem é contra a prática deles”, afirmou.
Jean considerou a declaração absurda, uma “confissão pública de ignorância ou de má-fé”. “Talvez ele devesse perguntar aos milhões de homossexuais do país o que eles acham. Eles que são insultados diariamente, que precisam esconder sua sexualidade, que têm que ouvir piadas desconcertantes e que apanham nas ruas da cidade se a homofobia não existe. Talvez para ele, que não sofre nenhum tipo de constrangimento, a homofobia não exista. Há números contundentes que provam que a homofobia não é peça de ficção”, desabafou Jean.
“Mensalão não existiu”, diz deputado candidato
“Sanguessuga era para encobrir mensalão”, diz candidato
“Ninguém quer ser enxovalhado como nós”, diz deputado
Eleições na Casa
Mesmo com as diferenças, a possibilidade de Ronaldo Fonseca ser eleito para a presidência da Casa não seria um retrocesso na avaliação de Jean Wyllys. Para ele, o problema está na mistura de fé e política. “Não tenho nada contra ele. A crítica que faço é política. O problema não é a religião e sim a confusão que se faz para ferir a laicidade do Estado. Até votaria em um parlamentar evangélico, desde que soubesse que ele tem a absoluta noção de que crença e fé não podem orientar sua situação no Parlamento”, declarou.
Dentre os candidatos que concorrem ao cargo de presidente, Jean descarta votar no favorito, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), porque não vota “de cabresto”. “As recentes denúncias que vieram a tona contra ele são mais um motivo para eu não votar”, disse.
Dos outros dois candidatos que restam na disputa, Rose de Freitas (PMDB-ES) e Júlio Delgado (PSB-MG), Jean deve apoiar o último “por uma questão de simpatia e respeito ao seu trabalho”. No entanto, a decisão só será tomada depois que ele se reunir com os outros deputados de seu partido, o que deve acontecer nos primeiros dias de fevereiro.
Independente de quem for eleito, Jean espera que a imagem da Casa seja restaurada junto à sociedade. “Essa imagem é ruim nem tanto por conta das ações de alguns deputados, mas também em parte pela despolitização da sociedade que está cada vez mais maior, que não se informa de maneira correta sobre a função da Câmara. É muito grave e sério que os dois favoritos à presidência da Câmara e do Senado [o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estejam envolvidos em denúncias de corrupção”, disse.

MORDIDAS FATAL

Denúncia: homem mata gato à mordidas em via pública no interior do AM

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.

O vídeo foi gravado em Iranduba (AM)
O vídeo foi gravado em Iranduba (AM) (Reprodução / Internet)
Um vídeo postado na tarde deste domingo (20) flagra um homem que mata um gato à mordidas. O material foi gravado no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus) pelo cineasta amazonense Zeudi Souza. De acordo com ele, a postagem é ‘uma forma de chamar atenção das autoridades competentes para que tomem providências’.
De acordo com ele, o vídeo foi feito por volta das 16h do último sábado (19), próximo à ponte, em frente à feira de frutas na beira da Estrada. “Acabávamos de estacionar o carro, quando uma senhora falava em voz alta: ‘Tem cada louco nesse mundo, o cara chupando o sangue do gato’. Peguei a máquina e fui ver. Tinham poucas pessoas observando, estavam assustadas e sem reação”, explicou.
Segundo ele, as pessoas também estavam receosas de tomar alguma atitude, porque além de transtornado, ele poderia estar armado. “Ele estava fora de si”, comentou Zeudi.
“Algumas pessoas ficaram vendo o gato, e o homem se levantou e caminhou como se nada tivesse acontecido. Não havia policiamento na área”, relatou o cineasta, dizendo que o rosto do homem, que parecia ser da área, estava arranhado pela luta com o gato e a boca ainda estava cheia de pelos.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), mas não obteve resultado. O Batalhão Ambiental afirmou que não houve denúncias sobre este caso.
Crimes
Crimes de maus tratos tem sido ponto de luta de algumas organizações de proteção aos animais, como a ONG P.A.T.A. (Proteção, Adoção e Tratamento Animal). A vice-presidente do grupo, Joana Barc Cordeiro disse que recebe diariamente denúncias como esta.
Ela que já tinha conhecimento sobre o vídeo, comentou que a polícia não consegue mais atender a demanda. “Recebemos denúncias até piores que esta. Nós denunciamos, mas precisamos de apoio para apurar. A polícia precisa agir com isso. Existe muita impunidade nestes casos. A DEMA não tem condições de atender a demanda que existe”, afirmou ela.
Atenção Especial
De acordo com Janaína, os grupos de proteção estão na luta por uma delegacia especializada que cuide apenas de crimes contra animais domésticos. “A Dema dá preferência para crimes contra animais exóticos, madeira apreendida e peixes. Fizemos uma petição para que essa delegacia seja concretizada”, concluiu.

MUITO ABAIXO DE ZERO

Mau tempo provoca mais de 10 mortes na Europa


Reuters Aeroportos são fechados e voos cancelados na França, na Inglaterra e na Alemanha por conta de nevasca no final de semana
Mais de dez pessoas morreram devido ao temporal de chuva, vento e neve que castigou a região ocidental da Europa e perturbou a vida cotidiana e os transportes por terra, mar e ar até este domingo (20). Pelo menos 14 pessoas morreram na França, no Reino Unido e na Espanha, em diversos incidentes que também deixaram pelo menos 22 feridos nesse fim de semana.
Na França, pelo menos sete pessoas, entre elas um casal de espanhóis, morreram ao longo do fim de semana nas estradas do sul do país. Outras quatro morreram na Escócia, todos montanhistas, que foram atingidos por uma avalanche nas Highlands, ocorrida em pleno temporal de neve no Reino Unido.
Na Espanha, o mau tempo custou a vida de três pessoas ao longo do fim de semana. Além disso, mais de 20 pessoas ficaram feridas, três delas em estado grave, depois que um ônibus com cidadãos russos virou em uma estrada de Grenoble, na França. Em Portugal, foram registrados outros dois feridos no sábado. Além do saldo de vítimas, que pode aumentar nas próximas horas, os danos materiais foram numerosos e também foram afetados os transportes ferroviário, rodoviário e aéreo.
Na Alemanha, o aeroporto internacional de Frankfurt interrompeu o tráfego aéreo neste domingo e suspendeu tanto decolagens como aterrissagens, como consequência das nevascas das últimas horas.
Também na França dezenas de voos foram cancelados hoje nos aeroportos de Paris devido à neve que cai desde ontem à noite em toda a região, e que continuará boa parte do dia em grande parte do centro e do norte da França.
A DGAC (Direção Geral da Aviação Civil da França) voltou a pedir para amanhã, como fez neste domingo, que as companhias aéreas que operam nos dois aeroportos de Paris cancelem 40% de seus voos por causa do mau tempo.
No Reino Unido, 250 voos foram cancelados no aeroporto londrino de Heathrow, enquanto outro aeroporto, o City, foi fechado por causa da neve e da pouca visibilidade. Em Portugal, o forte vento e a chuva causaram estragos em casas, linhas elétricas e plantações, obrigaram a desviar 30 voos e interromperam o tráfego em três estradas e na linha ferroviária Lisboa-Porto.
Na Espanha, o temporal obrigou hoje a suspensão da circulação na linha ferroviária entre Madri e Cantábria, no norte do país, após deslizamentos de terra por acumulação de água. Até o momento, no aeroporto de Madri-Barajas foram cancelados 14 voos para a França e o Reino Unido, enquanto em Barcelona outros 18 voos para os mesmos destinos também não decolaram.