Rombo de R$ 33 milhões no orçamento municipal da gestão de Amazonino é confirmado no AM
Esse é o saldo da perda registrada pela Manausprev por conta de aplicações em bancos de pequeno porte que quebraram
A
primeira confirmação do déficit no orçamento municipal da gestão de
Amazonino Mendes (PDT) na Prefeitura de Manaus vem do Fundo Único de
Previdência do Município de Manaus (Manausprev). A atual gestão da
Manausprev vai deixar o órgão com um rombo de, pelo menos, R$ 33,2
milhões, de acordo com dados disponíveis no site do Ministério da
Previdência Social.
O valor perdido
em aplicações financeiras é equivalente ao necessário à construção de
duas escolas de tempo integral, de três andares, com quadra
poliesportiva, piscina coberta semiolímpica, laboratórios de ciências e
informática, 24 salas de aula com capacidade para mil alunos.
O
dinheiro também daria para construir 9,5 escolas padrão, com 12 salas
de aula, quadras poliesportivas e ambientes administrativos. Para se ter
ideia do tamanho da perda, em 2012, o Governo do Estado gastou com a
merenda escolar dos estudantes matriculados na rede estadual de ensino
(são 530 mi), R$ 31,3 milhões, valor menor do que o perdido pela
Manausprev.
A CRÍTICA apurou que o
rombo que será deixado pela diretora-presidente da Manausprev, Danielle
Leite, pode ser ainda maior e chegar a R$ 38 milhões. No extrato
demonstrativo do exercício fiscal dos meses de setembro e outubro,
disponibilizado pelo Ministério da Previdência na Internet, a Manausprev
fechou com R$ 33,251 milhões relativo a Receitas de Aplicação de
Recursos. Ou seja, registrou clara perda de patrimônio financeiro mesmo
com receitas que entraram no período. E são justamente essas receitas
que impediram que o valor registrado fosse maior.