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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

UM DIA É DESCOBERTO A FRAUDE DA FOLHA DE PONTO

Médico que faltou a plantão no Rio fraudava folha de ponto, diz polícia


O neurocirurgião Adão Crespo Gonçalves será indiciado por suspeita de estelionato contra a administração pública e falsidade ideológica. Segundo a delegada Izabela Rodrigues Santoni, o médico fraudou a folha de ponto do Hospital Municipal Salgado Filho.
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Gonçalves faltou ao plantão no dia 24 de dezembro quando Adrielly dos Santos Vieira, 10, foi atingida na cabeça por uma bala perdida, no morro do Urubuzinho, em Pilares, na zona norte do Rio. A menina precisou ser operada, mas, devido à falta de um médico, teve que esperar oito horas para fazer a cirurgia. Ela ficou na UTI até a semana passada e morreu.
Em visita ao hospital, a delegada constatou que no livro de ocorrências do local constava faltas do médico durante todo o mês de novembro, mas na folha de ponto só havia uma. Ele teria assinado em dias em que havia faltado.
A delegada ainda deve ouvir o chefe da emergência, que não comunicou as faltas lançadas no livro de ocorrências à direção do hospital, procedimento considerado o correto.
Em outro inquérito na 23ª DP, o neurocirugião foi indiciado sob suspeita de omissão de socorro.
No depoimento que prestou à polícia, ele afirmou que há um mês não comparecia aos plantões no Salgado Filho porque estava insatisfeito com a escala e havia pedido demissão. Ele está afastado desde o fim de dezembro.
Segundo a família, Adrielly brincava na rua logo após receber como presente uma boneca quando caiu no chão com a cabeça ferida. Eles só souberam se tratar de um tiro no hospital.
Após o caso, a prefeitura disse que irá implantar um ponto biométrico em todos os hospitais e centros de saúde do Rio para aumentar a fiscalização.

PETRÓLEO NAS TERRAS INDÍGENAS

Funai pede que Ibama suspenda licença para prospecção de petróleo em terra indígena do AM

Lideranças indígenas da região do Vale do Javari enviaram carta à Funai em dezembro dizendo que atividade causa impactos ambientais e sociais

Segundo a Univaja, a atividade pode afetar a vida de indígenas no Vale do Javari
Segundo a Univaja, a atividade pode afetar a vida de indígenas no Vale do Javari (Antonio Ximenes )
A Fundação Nacional do Índio (Funai) pediu a suspensão da Licença de Operação das atividades de prospecção de petróleo e gás na área próxima à terra indígena Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Amazonas, na região do Alto Solimões. O pedido foi enviado na última terça-feira (08), por meio de ofício, ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O pedido de suspensão ocorreu após protestos e cobrança da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), principal organização indígena daquela região. Em dezembro passado, a Univaja enviou um documento à Funai denunciando a atividade.
A assessoria de imprensa da Funai disse ao jornal A CRÍTICA que o pedido de suspensão ocorreu “diante dos impactos que a atividade tem apresentado aos povos indígenas do Vale do Javari e aos povos isolados da região”.
A prospecção está sendo realizada pela empresa Georadar Levantamentos Geofísicos S.A, sob autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mas a Funai nega que tenha dado anuência ao Ibama para que as atividades de campo seja realizada. A atividade é oficialmente descrita como Pesquisa Geofísica Terrestre na Bacia Sedimentar do Acre (divisa com o Vale do Javari).
A Funai também prepara uma expedição à área para monitorar as denúncias feitas pelos indígenas e apurar os impactos que as atividades têm causado. A assessoria de imprensa da Funai, porém, não informou quando isso vai ocorrer.
Descaso
Em documento enviado no dia 18 de dezembro à Funai, os indígenas afirmaram que não aceitam a atividade da empresa, pois ela causa impactos na floresta, no rio e na população. A maior preocupação é com os índios isolados. O Vale do Javari é região onde se concentra o maior número de grupos isolados e de pouco contato com a sociedade não-indígena.
“Nossa terra é a nossa vida.  Com terra desprotegida, não teremos vida útil. Basta o que enfrentamos com o descaso de doenças, que já levou um terço dos nossos povos. Não queremos ficar na história. Queremos continuar com a nossa área protegida que faz parte das nossas vidas”, diz a nota.
De acordo com os indígenas, se as pesquisas avançarem, os impactos delas vão atingir o maior rio da fronteira, o Javari, e prejudicar os povos que vivem em Atalaia do Norte e no Alto Solimões.
A assessoria de imprensa do Ibama foi procurada, por telefone e por e-mail, para falar sobre o assunto, mas não retornou até a conclusão desta matéria e fechamento desta edição.
ANP
A assessoria de imprensa da ANP, por meio de nota enviada ao jornal A CRÍTICA em dezembro, após publicação de matéria sobre a manifestação da Univaja, disse o trabalho só foi iniciado após a emissão de licença ambiental pelo Ibama e consulta prévia à Funai, que informou não haver incidência direta do traçado das linhas sísmicas sobre grupos de índios.
A ANP diz também que nunca foi procurada pela Funai ou por qualquer liderança indígena para prestar esclarecimento sobre o trabalho na Bacia do rio Acre, mas se coloca à disposição para prestar esclarecimentos.
Na nota, a ANP diz que respeitou todas as condicionantes ambientais e trâmites legais exigidos ao realizar o levantamento sísmico na Bacia do Acre. Também contou que o projeto sísmico foi desenhado respeitando as áreas de restrição ambiental do Ibama e da Funai e respeitou uma zona de amortecimento de 10 quilômetros.

JACARÉ SENDO ABATIDO POR MEIO DE UMA ARMA DE FOGO

Homem é flagrado atirando em jacarés em via pública de Manaus

O flagrante foi feito pela jornalista Sandra Monteiro, em plena luz do dia, em uma das principais vias de acesso ao Centro de Manaus, e postado em seu perfil na rede social Facebook. Indignada, Sandra denunciou na comunidade o abuso do cidadão

Jornalista flagra homem atirando em jacaré em Manaus
Jornalista flagra homem atirando em jacaré em Manaus (Sandra Monteiro)
Flagrante de desrespeito à natureza. Um homem não identificado parou seu carro, modelo Honda Civic, de placa NOK 7888, no final da tarde desta quinta-feira (10/01), desceu e atirou por alguns minutos em jacarés que estavam na areia em um igarapé que passa pela avenida Constantino Nery, entre os conjuntos Parque dos Ingleses e Jornalistas, no bairro Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus. A prática é considerada crime ambiental.
O flagrante foi registrado pela jornalista Sandra Monteiro, em plena luz do dia, em uma das principais vias de acesso ao Centro de Manaus, e postado em seu perfil na rede social Facebook. Indignada, Sandra denunciou na comunidade o abuso do cidadão. Na foto não é possível observar a marca ou modelo da arma ou mesmo se trata-se de um modelo de ar comprimido.
O portal acritica.com levou a denúncia ao Batalhão Ambiental, o qual informou que, minutos antes, recebera uma ligação informando o ocorrido. Uma viatura foi encaminhada ao local, mas ninguém foi encontrado. Ele não soube informar se algum animal ficou ferido ou foi morto na 'brincadeira'.
Segundo o cabo Heliton Vasconcelos, do Batalhão Ambiental, o homem infringiu o artigo 29 da Lei 9.605, que especifica os crimes ambientais. A denúncia será encaminhada à Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para investigação.
Ele informou que, como é possível enxergar a placa do carro na foto, o infrator poderá ser localizado. Ainda de acordo com Heliton, a prática pode levar à detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.