Secretário de Saúde aponta a falta de médicos no Amazonas como o principal problema do setor
Em
entrevista a uma rádio local, na manhã desta quarta-feira (6), Alecrim
informou que governo estadual vem investindo na construção de
hospitais, na aquisição de equipamentos, entretanto a falta de recursos
humanos, compromete os trabalhos na área de saúde no Amazonas
A
falta de médicos não só em Manaus, bem como no interior do Amazonas,
foi apontada pelo secretário de Estado de Saúde (Susam), Wilson Alecrim,
como os motivos das críticas feitas nesta terça-feira (5), pelo
governador do Amazonas, Omar Aziz, durante a Sessão Especial da abertura
dos trabalhos legislativos de 2013, na Assembleia Legislativa do Estado
do Amazonas (ALE-AM).
Em
entrevista a uma rádio local, na manhã desta quarta-feira (6), Alecrim
informou que governo estadual vem investindo na construção de hospitais,
na aquisição de equipamentos, entretanto a falta de recursos humanos,
compromete os trabalhos na área de saúde no Amazonas.
“No
interior infelizmente não temos médicos o suficiente. Há apenas 400
profissionais para atender todo o interior do estado. O déficit não é só
aqui, mas em outras partes do País”, desabafou.
Indagado
a respeito do sistema de revalidação de diplomas de profissionais que
se forma no exterior, pelo Ministério da Educação (MEC) – considerado
muito rígido por alguns -, Alecrim salientou que infelizmente não há
outro caminho a ser adotado que não seja por meio de uma avaliação nos
referidos casos.
Uma
solução a curto prazo apontada por ele, seria o chamamento de médicos
portugueses e espanhóis para atuar no País, e a médio prazo a ampliação
do número de vagas nos cursos de Medicina.
A
falta de capital humano na área médica no interior do Amazonas foi
explicada por ele, a partir do hospital do município de Eirunepé –
situado a 1.245 quilômetros de Manaus.
Segundo
Wilson Alecrim, a referida unidade de saúde dispõem de 80 leitos, porém
não há mais de 20 pacientes internados no local, devido a falta de
profissionais.
“O hospital de Eirunepé tem apenas seis médicos, quando o ideal seriam 25 médicos”, salientou.
O
secretário de Saúde não descartou a possibilidade de enfrentar os
mesmos problemas no hospital de Tabatinga – localizado a 1.105
quilômetros da capital -, que funcionará com 50 leitos, quando o mesmo
for inaugurado.
“A
mesma dificuldade também é enfrentada pelo Exército nas cidades de
Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, onde as Forças Armadas prestam
ajuda ao SUS”, destacou.
Estatísticas
Dados
do MEC revelam que aproximadamente 13 mil pessoas se formam em Medicina
anualmente no País. O número atual de profissionais seria de mais de
370 mil.
Conforme
o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Região Sudeste concentra 56,38%
dos médicos do País, seguida da Região Nordeste, com 16,96%; Sul, com
14,94%.
O Centro-Oeste concentra 7,52% destes profissionais, enquanto a Região Norte dispõem apenas de 4,21%.
Enquanto
o MEC aponta um número de 1,8 médicos por mil habitantes no País, o CFM
apresenta uma média de 1,95 médico por mil habitantes no País.