Primeira penitenciária privada do País começa a funcionar em Minas Gerais
Complexo Penitenciário Público-Privado terá capacidade para receber 3.040 detentos do sexo masculino, em Ribeirão das Neves. A primeira das cinco unidades já está pronta
Minas Gerais inaugurou nesta sexta-feira o primeiro complexo penitenciário do Brasil construído e administrado por empresas particulares. Anunciado pelo governo mineiro como resultado de um “modelo inédito de parceria público-privada (PPP)” na América Latina, o complexo está localizado em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, com custo de R$ 280 milhões a cargo do grupo responsável pelo complexo. A cifra investida contempla também o treinamento e a capacitação dos monitores, que serão contratados pelo consórcio.
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Primeiro Complexo Prisional Público Privado do País começa a receber primeiros presos. Foto: Carlos Alberto Pereira/Imprensa MG
1/9Pelo projeto original, o Complexo Penitenciário 
Público-Privado terá capacidade para receber 3.040 detentos do sexo 
masculino. A primeira das cinco unidades já está pronta. A previsão é 
que as quatro restantes sejam concluídas até dezembro deste ano. Esta 
manhã, os primeiros dos 608 presos do regime fechado que ocuparão a 
Unidade I começaram a ser transferidos, sob um esquema especial de 
segurança.De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social, o 
governo mineiro se inspirou na experiência de outros países, como a 
Inglaterra, para assinar a parceria com o consórcio Gestores Prisionais 
Associados (GPA), ganhador da licitação em 2008. Ainda segundo a 
secretaria, as cinco empresas que compõem o consórcio (CCI Construções, 
Construtora Augusto Velloso, Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços 
Ltda, N.F Motta Construções e Comércio e Instituto Nacional de 
Administração Prisional) têm comprovada experiência na construção e 
administração de presídios, dispondo da “mais alta tecnologia de 
segurança”.Mais:                 Mais de 90% dos presos estrangeiros no Brasil cumprem pena por tráficoAlém de construir a penitenciária, o consórcio vai 
administrar pelos próximos 25 anos e vai receber, por cada preso, R$ 2,7
 mil mensais. O custo médio por detentos de outras unidades prisionais é
 R$ 2,8 mil, de acordo com a secretaria. Em contrapartida, o consórcio 
terá que atender a indicadores de desempenho definidos pelo governo 
estadual, entre eles, impedimento de fugas e rebeliões. Em eventual 
ocorrência de um desses casos, o valor pago ao consórcio sofrerá 
desconto. Tanto a manutenção das unidades prisionais quanto a execução 
de serviços como fornecimento de refeições, uniformes, atendimento à 
saúde e assistência jurídica aos detentos será de responsabilidade do 
consórcio. A segurança interna ficará a cargo de funcionários 
contratados pelo grupo, e agentes penitenciários do estado cuidarão do 
entorno da unidade.Das cinco unidades do complexo, duas abrigarão 1.824 
presos condenados ao regime fechado e duas, 1.216 detentos do 
semiaberto. De acordo com a secretaria, exceto em casos excepcionais, a 
penitenciária será ocupada por presos transferidos de outros presídios 
da região que estejam aptos e dispostos a trabalhar e estudar, como 
forma de ressocialização.
A secretaria aponta entre as vantagens do modelo a possibilidade de, além de permitir a ressocialização dos presos, garantir maior segurança aos funcionários. A proposta é que não haja mais de quatro presos por cela, montada com piso de placa de aço entre duas camadas de concreto que, juntas, totalizam 29 centímetros de cimento.
O complexo terá 1.240 câmeras de vigilância. Um sistema de sensores também acionará um alarme sempre que alguém ultrapassar as áreas de livre circulação. Os agentes não terão contato com os presos, já que as grades das celas serão abertas e fechadas eletronicamente. Inicialmente, a unidade não vai contar com aparelhos capazes de bloquear os sinais de celulares.
 
 

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