Casamento coletivo em Manaus une 92 casais em cerimônia
A regularização do
casal com a união civil traz inúmeros benefícios para a família,
enfatiza a secretária de Estado de Assistência Social, Regina
Fernandes. Um exemplo é a partilha dos bens, que tem seus critérios
mais bem definidos a partir da união civil
Após
três décadas de união, o aposentado José Alves Cortes, 80, e a dona de
casa Otávia Borges, 58, oficializaram o casamento perante a justiça
brasileira. O casal amazonense foi um dos 92 casais que selaram a união
civil e religiosa em uma cerimônia de casamento coletivo realizada na
noite de sábado (15), em Manaus. O evento foi promovido pelo Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania
(Seas).
Casal mais velho do grupo a
celebrar união, seu Cortês e dona Otávia já viveram todos os altos e
baixos da vida em comum, mas nunca tinham conversado sobre casar no
papel, apesar de ser um sonho dela. Agora a cerimônia é uma espécie de
renovação dos votos, disse a dona de casa. “A melhor parte do casamento
é agora. A gente conviveu muito, muita batalha, muito sofrimento. Há
seis anos ele caiu doente e está em cadeira de rodas. Mas somos a
companhia um do outro. É uma história de muitos anos de muito amor. E
enfim, vamos realizar esse sonho. Eu, principalmente, que nunca fui
casada no papel”, comentou.
A
regularização do casal com a união civil traz inúmeros benefícios para a
família, enfatiza a secretária de Estado de Assistência Social, Regina
Fernandes. Um exemplo é a partilha dos bens, que tem seus critérios
mais bem definidos a partir da união civil. “É evidente que a situação
estando regularizada, facilita a documentação e regularização da vida
familiar do casal, trazendo muitos benefícios para os filhos”, disse.
Esse
foi o segundo casamento coletivo realizado pela Seas este ano. No
primeiro, 65 casais idosos formalizaram o matrimônio. A festa e os
custos judiciais para o casamento civil são pagos pelo Governo, o que
atrai muitas famílias que não têm condições financeiras. O casamento
coletivo é realizado a partir de solicitações feitas nos Centros de
Convivência da Família, mantidos pela Seas. Antes de selar o
compromisso, os casais assistem palestras e recebem orientações sobre
planejamento familiar.
“Não é um
casamento só para regularizar a vida como casal, mas um programa amplo
de valorização da família. Essas pessoas têm palestras com psicólogos,
assistentes sociais, para que os vínculos familiares sejam
fortalecidos. O sentido é mostrar a importância do casamento como
exemplo e base para uma sociedade saudável e menos violenta”, disse
Fernandes.
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