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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

MAL USO DA MAQUINA ADMINISTRATIVA

Senador Ivo Cassol é condenado por improbidade administrativa

O senador Ivo Cassol (PP-RO) foi condenado pela Justiça Federal em Rondônia por improbidade administrativa.
Em sentença divulgada nesta sexta-feira (18), Cassol foi considerado culpado por usar policiais e recursos da Polícia Civil de Rondônia para perseguir e ameaçar testemunhas de uma outra ação, de 2006, em que foi acusado de compra de votos. Todos os fatos referem-se ao período em que governou Rondônia (2003-2010).
Cassol teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos e terá de pagar multa de R$ 300 mil. Segundo a Procuradoria, a suspensão de direitos políticos foi pedida para eventuais futuros cargos, e não afeta o mandato atual do senador. Cabe recurso da decisão.
Tuca Vieira - 09.fev.2003/Folhapress
O senador Ivo Cassol, condenado por improbidade administrativa
O senador Ivo Cassol, condenado por improbidade administrativa pela Justiça de Rondônia
Dois delegados da Polícia Civil de Rondônia, Eduardo de Souza e Hélio Teixeira Lopes Filho, e os agentes policiais Gliwelkinson Pedrisch de Castro e Nilton Vieira Cavalcante, também foram condenados na mesma ação.
Os quatro policiais civis foram condenados à perda dos cargos públicos e também tiveram seus direitos políticos suspensos e terão de pagar multas, todas menores do que a imposta a Cassol.
O sexto condenado pela Justiça Federal foi o motorista Agenor Vitorino Carvalho.
Ele foi apontado pela Polícia Federal como o principal responsável por intimidar as cinco testemunhas que tinham confirmado a venda de votos para favorecer Cassol, à época governador de Rondônia, e outros três políticos do Estado.
Após confirmar as ameaças, as cinco testemunhas precisaram ser incluídas em um programa de proteção. Durante o processo de intimidação, a casa da mãe de uma das testemunhas foi atingida por diversos tiros.
Os quatro policiais civis participaram do esquema ao participarem de um inquérito policial "manifestamente ilegal" para reforçar a intimidação contra o grupo que assumiu a venda de votos.
OUTRO LADO
Procurado na tarde desta sexta-feira, o senador Cassol não foi localizado. De acordo com assessores, ele está em viagem ao exterior.
Segundo Marco Antônio Santi, assessor de Cassol, o senador é "vítima" no caso.
"Ele mandou a Polícia Civil investigar as intimidações que as testemunhas na compra de votos diziam sofrer e acabou envolvido nisso tudo", disse Santi.
"O senador está tranquilo. Ele é inocente e não cometeu nenhum dos crimes atribuídos a ele, bem como os policiais civis, que só fizeram investigar as ameaças", continuou o assessor. Segundo ele, Cassol irá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Até a publicação deste texto, a reportagem não havia conseguido localizar os policiais civis Eduardo de Souza, Hélio Teixeira Lopes Filho, Gliwelkinson Pedrisch de Castro e Nilton Vieira Cavalcante, assim como seus advogados de defesa. Também não localizou o motorista Carvalho e seu defensor.

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