Por ingestão de água contaminada
  
 
    Cólera
    Disenteria amebiana
    Disenteria bacilar
    Febre tifóide e paratifóide
    Gastroenterite
    Giardise
    Hepatite infecciosa
    Leptospirose
    Paralisia infantil
    Salmonelose 
  
Por contato com água contaminada
  
 
    Escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como Sarna)
    Tracoma (mais frequente nas zonas rurais)
    Verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo
    Esquistossomose 
  
Por meio de insetos que se desenvolvem na água
  
 
    Dengue
    Febre Amarela
    Filariose
    Malária 
  
Cólera, febre tifóide e paratifóide são doenças freqüentemente ocasionadas 
    por águas contaminadas e penetram pela pele.
  
Você sabia?
 
    Os seres humanos têm 65% do seu peso formado de água 
    Em um clima temperado, um adulto precisa ingerir cerca de 3 litros de água 
      por dia 
    Em casa, 78% do consumo de água, em média, é gasto no banheiro 
    70% da terra é ocupada pela água 
    Cerca de 98% da água do planeta é salgada, 2% referem-se à água doce
    Destes 2% apenas 10% servem para abastecimento 
    Mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo não possuem acesso a água de qualidade 
      (água potável) 
  
Disponibilidade mundial da água
  
 
    97,30% - Oceanos. São impróprias para consumo e agricultura 
    
    2,34% - Gelo. Só pode ser aproveitada por meio de lençóis 
      subterrâneos muito difíceis de acessar
    0,36% - Rios, lagos e pântanos (água potável) 
  
Distribuição da Água potável
  
 
    80% desta água - agricultura 
    15% desta água - indústria 
    5% desta água - consumo humano 
  
Fonte:  OMS (Organização Mundial de Saúde)
  
Doenças Relacionadas com a Água
As 
doenças transmitidas pela água são responsáveis por 80 
    a 90% das internações no Brasil
  
Amebíase 
Amebíase é uma doença endêmica em grande parte do território brasileiro e 
    amplamente disseminada por todo o mundo.
  
Agente causador: é o protozoário Entamoeba histolytica, 
    um típico exemplo de protozoário rizópoda, isto é, protozoa destituído de 
    flagelos ou cílios.
  
Transmissão: Eliminados com as fezes pelas pessoas doentes, 
    os cistos contaminam a água dos rios e, levados por esta ou pela poeira e 
    pelas moscas, baratas e outros animais, também contaminam frutos, verduras 
    e diversos alimentos, permitindo o alastramento dessa protozoose.
  
Ciclo: As amebas se desenvolvem ou proliferam notadamente 
    no intestino grosso, embora possam ser encontradas também no intestino delgado.
  
Quadro clínico: diarréia.
  
Profilaxia
  Há medicação específica para essa doença. 
  
Mas a profilaxia depende também de: 
  
 
    Cuidados pessoais de higiene
      Limpeza das mãos e dos alimentos
      Saneamento básico nas regiões onde a pobreza e a promiscuidade facilitam 
      a dispersão da endemia.
  
Ancilostomose ou amarelão 
Agente causador: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.
  
Transmissão: pela penetração de larvas dos vermes pela pele 
    ou ingestão de ovos do parasita através de água e alimentos contaminados.
  
Ciclo: no intestino, a fêmea adulta põe ovos que são eliminados 
    pelas fezes. No solo formam-se larvas que podem atravessar a pele humana. 
    As larvas caem na circulação, chegam ao coração, pulmões, atravessam a parede 
    dos alvéolos, sobem à árvore respiratória, chegam à faringe e são deglutidas 
    chegando ao intestino e formam vermes adultos.
  
Quadro clínico: O verme se alimenta de sangue, há anemia, 
    fraqueza, emagrecimento, desânimo, pele cor amarelada (amarelão). Pode surgir 
    pervesão do apetite como hábito de comer terra, dores abdominais, vômito, 
    diarréia e às vezes desinteria. 
  
 
    Profilaxia
    Higiene alimentar
    Uso de calçado
    Instalações sanitárias adequadas
    Saneamento básico
    Educação sanitária
  
 
    Tratamento dos doentes.
  
Ascaridiáse 
Agente causador: Ascaris lumbricoides., conhecido como lombriga.
  
Transmissão: pela ingestão de água e alimentos contaminados 
    com ovos da lombriga.
  
Ciclo: os ovos são ingeridos, chegam ao intestino do hospedeiro 
    onde se abrem e liberam larvas que atravessam a parede intestinal, caem na 
    circulação, passam para o fígado e pulmões. Nos pulmões atravessam os alvéolos, 
    sobem pela árvore respiratória até chegar à faringe e são deglutidas. No intestino 
    delgado transformam-se em vermes adultos.
  
Quadro clinico: quase não há problemas. Quando o número 
    de vermes é grande, pode haver perigo de obstrução intestinal. 
  
Profilaxia
  
 
    Higiene alimentar
    Instalações sanitárias adequadas
    Educação sanitária
    Tratamento dos doentes
  
Cólera 
Agente causador: vibrião colérico (vibrio cholerae), uma 
    bact´ria na forma de vírgula.
  
Transmissão: Ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados 
    com a bactéria. As precárias condições de saneamento básico (abastecimento 
    de água potável e sistemas de esgoto) são as principais causas de propagação 
    do cólera.
  
Sintomas: diarréia intensa, desidratação, dor abdominal. 
    Pode ocorrer morte. 
  
Profilaxia
  
 
    Saneamento básico
    Instalações sanitárias adequadas
    Tratamento dos doentes
    Educação sanitária
    Higiene alimentar
  
Dengue 
É uma doença infecciosa aguda, de gravidade variável, causada por um vírus.
  
Agente causador: é um arbovírus,sendo conhecidos quatro sorotipos: 
    1, 2, 3 e 4.
  
Transmissão: Os vetores são culicídeos do gênero Aedes aegypti 
    na transmissão da doença. Entre outros vetores de menor importância epidemiológica 
    estaria o Aedes albopictus, vetor de manutenção da doença na Ásia, porém ainda 
    não foi associada à transmissão do dengue nas Américas. A fonte de infecção 
    e reservatório vertebrado é o homem, pois até hoje somente este desenvolve 
    a doença.
  
Transmissão: A transmissão se faz pela picada do mosquito 
    fêmea infectado.
  
Ciclo: ocorre da seguinte forma: homem - Aedes aegypti - 
    homem.
  
Ciclo de vida: Os mosquitos do gênero Aedes bem 
    como todos os da família Culicidae, apresentam duas fases: aquáticas 
    e terrestre.
  
Fase aquática: ovo, larva e pupa.
  
Fase terrestre: mosquito adulto.
  
Profilaxia
  
 
    Combate ao mosquito transmissor.
    Eliminação de criadouros de mosquitos.
    Educação sanitária.
  
Enterobíase ou oxiurose 
Agente causador: Enterobius vermiculares , um verme pequeno, 
    branco.
  
Transmissão: Pela ingestão de ovos do verme em água e alimentos 
    contaminados.
  
Ciclo: os vermes adultos fixam-se à parede intestinal. As 
    fêmeas, na época da postura desprendem-se e vão às proximidades do orifício 
    retal depor ovos que são eliminados no meio exteno.
  
Sintoma principal: coceira retal, mas pode haver náuseas, 
    vômitos, dores abdominais, diarréia e irritabilidade. 
  
Profilaxia
  
 
    Higiene pessoal e alimentar
    Higiene da casa
    Saneamento básico
    Educação sanitária
  
 
    Tratamento dos doentes
  
Esquistossomose 
Agente causador: No Brasil, o agente causador da esquistossomose 
    é o Schistosoma mansoni. Os vermes adultos vivem dentro de pequenas veias 
    do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de comprimento 
    por 0,44 mm de diâmetro.
  
Ciclo: O hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero 
    Biomphalaria. É um molusco de água doce chamado planorbídeo - conhecido popularmente 
    por caramujo. Os caramujos vivem na água doce de córregos, riachos, alagados, 
    brejos, açudes, represas ou outros locais onde haja pouca correnteza. Os caramujos 
    jovens alimentam-se de vegetais em decomposição e folhas verdes. Os caramujos 
    põem ovos, dos quais, depois de alguns dias, nascem novos caramujos que crescem 
    e se tornam adultos.
  
Ciclo intermediário: Desenvolve-se em duas fases: uma no 
    interior do caramujo e outra no interior do homem. O homem, quando doente, 
    elimina ovos do verme pelas fezes. Estes, em contato com a água, rompem-se 
    e libertam o miracídio que é a larva ciliada, que nada ativamente, penetrando 
    no caramujo. No caramujo, realiza-se um processo de desenvolvimento, que ao 
    final de vinte a trinta dias atinge a última fase larvária que são as cercárias, 
    iniciando a sua eliminação. Estas nadam ativamente, podendo permanecer vivas 
    por algumas horas, dependendo das condições ambientais e vão penetrar na pele 
    de pessoas, iniciando a fase no homem. No homem, as cercárias alcançam a corrente 
    sanguínea, passando pelos pulmões, coração até chegar no fígado. Este processo 
    dura em torno de dez dias. No vigésimo sétimo dia já se encontram vermes acasalados 
    e a postura de ovos pode começar no trigésimo dia. A partir do quadragésimo 
    dia se encontram ovos nas fezes.
  
Transmissão: Depende da presença de portador humano, eliminando 
    ovos do verme nas fezes, da existência de hospedeiro intermediário, que é 
    o caramujo; e do contato do homem com a água contendo cercárias de S. mansoni. 
  
  
Profilaxia
  
 
    Higiene pessoal
    Evitar beber ou tomar banho em água contaminada por caramujos
    Saneamento básico
    Educação sanitária
    Tratamento dos doentes
  
Febre tifóide 
Agente causador: Doença endêmica, estando sua presença relacionada 
    com águas não tratadas e contaminadas com a bactéria Salmonella typhi.
  
Transmissão: pode acontecer de forma direta ou indireta. 
    Na forma direta um indivíduo recebe a bactéria de um doente. A forma indireta 
    está ligada a atividades em que uma pessoa sadia se infecta por objetos, água 
    ou alimentos manipulados por portadores. As moscas domésticas também estão 
    relacionadas com esse tipo de contágio.
  
Quadro clínico: febre alta, podendo levar à morte. 
  
Profilaxia
  
 
    Proteção, purificação e cloração da água
    Ferver e pasteurizar leite
    Boas condições de higiene
    Combate às moscas
    Saneamento básico
    Notificação de casos à autoridade sanitária e isolar os doentes
  
Giardíase 
Agente causador: A giardíase é uma parasitose intestinal 
    provocada pelo protozoário Giardia lamblia ou Giardia intestinalis. A giárdia 
    é um protozoário flagelado, dotado de aspecto bem peculiar, lembrando, quando 
    visto de frente, uma máscara.
  
Transmissão: A giárdia é transmitida por contágio direto, 
    através da água e de alimentos contaminados. Instala-se no jejuno-íleo (intestino 
    delgado) e, frequentemente, sobe pelo canal colédoco e vai se alojar na vesícula 
    biliar, tornando o tratamento bem mais difícil. Apesar do caráter agudo com 
    que se manifesta a doença, ela tem alta tendência à cronicidade. A incidência 
    é acentuadamente maior em crianças, provavelmente porque entre estas são menores 
    os cuidados higiênicos com as mãos, a água e os alimentos. 
  
Profilaxia
  
 
    Cuidados de higiene com a água, alimentos e mãos
    Tratamento de água
    Saneamento básico
  
Malária ou maleita 
Agente causador: é uma doença infecciosa, causada por um 
    protozoário do gênero Plasmodium. 
  
As espécies de plasmódios que afetam o ser humano são: Plasmodium 
    vivax, P. falciparum, P. malariae e P.ovale.
  
Transmissão: é transmitida de uma pessoa para outra, através 
    da picada de um mosquito do gênero Anopheles ou por transfusão de sangue infectado 
    com plasmódios. 
  
O transmissor é conhecido também como: pernilongo, mosquito 
    prego, carapanã - a fêmea se alimenta de sangue para maturação dos ovos, enquanto 
    que o macho, alimenta-se de seiva vegetal. O mosquito vive em águas de rios 
    e córregos, lagoas, represas, açudes, alagados, pÂntanos e em Águas coletados 
    em plantas bromeliÁceas.
  
Ciclo: No homem os plasmódios passam por uma evolução inicial 
    nas células do fígado e posteriormente invadem os glóbulos vermelhos onde 
    evoluem por períodos variáveis, provocando a partir daí os sintomas da doença. 
    No anófeles, evoluem inicialmente no estômago e posteriormente nas glândulas 
    salivares sendo, no momento da picada, inoculados no ser humano. Os plasmódios 
    se multiplicam por reprodução assexuada no organismo humano e por reprodução 
    sexuada no anófeles.
  
Quadro clínico: febre intermitente, acompanhada de tremores. 
  
  
Profilaxia
  
 
    Combate ao mosquito transmissor
    Uso de telas em janelas e portas
    Tratamento dos doentes
  
Fonte:  www.soaresoliveira.br
  
Doenças Relacionadas com a Água
A água pode transmitir doenças direta ou indiretamente das seguintes 
    formas:
  
 
    A) Beber água contaminada por micróbios ou contendo substâncias 
      nocivas à saúde humana.
  
 
    B) Comer alimentos contaminados pela água.
    C) Tomar banho em água onde existem parasitas
  
CUIDADO! NÃO BEBA ÁGUA CONTAMINADA !
As pessoas sadias adquirem febres: tifóide e paratifóide, 
    diarréia, hepatite, poliomelite contrair verminoses provocadas pela 
    lombriga, oxiurius, solitária, ameba e giárdia.
  
Para evitar a transmissão de doenças através da água contaminada, 
    devemos adotar as seguintes medidas:
  
 
    Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento, evitando a contaminação 
      da água.
    Tratar a água, eliminando micróbios e impurezas nocivos à saúde humana.
    Filtrar e ferver a água.
  
NÃO COMA ALIMENTOS CONTAMINADOS PELA ÁGUA !
É o caso de alguns alimentos crus, como por exemplo, as verduras. Elas são 
    contaminadas pela água de irrigação. Essa água pode ter micróbios provenientes 
    de fezes de indivíduos doentes. Desta forma, pode transmitir a ameba e outras 
    verminoses.
  
Para evitar transmissão das doenças através de alimentos contaminados 
    pela água, devemos adotar as seguintes medidas: 
  
 
    Observar a procedência 
    Lavar sempre as frutas, verduras, legumes e hortaliças, verduras e hortaliças
    Não irrigar verduras com água contaminada
  
CONTATO DA PELE COM ÁGUA CONTENDO PARASITOS
 
    Diversas paratisotes como o Schistosoma, podem viver e se multiplicar no 
      instestino de uma pessoa, prejudicando o seu organismo.
    Os ovos destes parasitos, muito pequenos, só podemos ser vistos com o auxílio 
      de um microscópio, e são expelidos junto com as fezes.
    Estes ovos, quando carregados para os rios, açudes ou lagos, dão origem 
      à pequeninas larvas.
    Estas larvas penetram nos caramujos, multiplicando-se e transformando-se 
      em pequeninos vermes.
    Os vermes, saem do caramujo e vão infestas a água.
    Ao entrar em contato com águas infestadas, o homem adquire a Esqustossomíase, 
      pois os vermes penetram pela pele.
  
Para evitar doenças devemos adotar as seguintes medidas:
  
 
    1. Construir privadas, isolando as fezes.
    2. Evitar o contato com as águas que possam estar infestadas 
      com Schistosoma.
    3. Adotar medidas para eliminação do caramujo, eviatando 
      assim que as larvas do Schistosoma se transformem em vermes
  
Qualidade da Água
 
    A água da chuva, ao cair é pura.
    Ao entrar em contato com o solo, no entando "dissolve" grande 
      número de substãncias. 
    Da mesma forma, a água carrega grande quantidade de materiais em "suspensão".
    Dentre os materiais dissolvidos pela água, encontra-se o calcáreo que torna 
      a água "dura", dificultando o uso do sabão.
    Outras substâncias como ferro, dão "cor" e "sabor" 
      desagradável à água.
    A água transporta partículas muito finas do terreno por onde passa, causando 
      turbinzes, ou seja, apresentando colocaração. 
    A água quando, passa por terrenos contaminados por fezes, transporta micróbios 
      que causam doenças.
    Em consequência das suas qualidades de dissolver e transportar matérias, 
      a água pura não é encontrada na natureza.
    Água portável é a que não contém micróbios ou substâncias nocivas à saúde 
      humana.
    A qualidade da água é avaliada por meio de exame realizados em laboratórios 
      especializados.
    Somente o exame de laboratório pode determinar se a água é potável e não 
      causa problemas à saúde humana.
  
Tratamento da Água
O tratamento da água consiste em torná-la potável e adequada ao consumo da 
    população.
  
As águas de superfície: rios, açudes e lagoas, necessitam 
    de tratamento, pois estão sujeitas a grandes variações na sua qualidade.
  
Este tratamento, é feito nas estações de tratamento e normalmente 
    compreende processos de:
  
 
    1. Decantação
      2. Filtração
      3. Desinfecção
  
Decantação
  
 
    As substâncias são carregadas pela velocidade da água em movimento.
    Quando se diminui a velocidade da água, diminui também a capacidade de 
      suspensão.
    Este fenômeno é chamado "decantação" e provoca a deposição das 
      partículas mais pesadas.
    A medida que diminui a velocidade da água, as partículas mais leves se 
      decantam.
    As partículas sólidas que se depositam arrastam consigo os micróbios, melhorando 
      a qualidade da água.
    A unidade da estação de tratamento responsável pela decantação é o decantador.
    O decantador é um grande tanque onde a velocidade da água reduzida, possibilitando 
      a decantação.
    Muitas vezes, são colocados produtos químicos para auxiliar na decantação 
      da água.
    Estes produtos são chamados coagulantes, e têm a função de aglomerar as 
      impurezas da água.
    Esta aglomeração de impurezas, denominada flocos, é a mais pesada, decantando 
      com mais facilidade.
    O coagulante mais utilizado é o sulfato de alumínio.
  
Filtração
  
 
    Na sequência do processo de tratamento, a água passa por um meio poroso, 
      deixando impurezas.
    O meio filtrante mais utilizado é a areia, devidamente selecionada.
    Na filtração é eliminada a sujeira e reduzido quase todos os micróbios 
      que conseguiram sobreviver à decantação.
  
Desinfecção
  
 
    Nessa etapa são eliminados os micróbios existentes na água.
    O desinfectante mais utilizado é o cloro porque não é nocivo ao homem nas 
      quantidades adequadas para desinfecção da água.
    O cloro é aplicado na água através de cloradores que têm a finalidade de 
      garantir que seja adicionada à água uma quantidade sempre correta de cloro.
  
Fonte:  www.embasa.ba.gov.br
  
Doenças Relacionadas com a Água
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% de todas as doenças 
    que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de 
    má qualidade. 
  
As doenças mais comuns, de transmissão Hídrica, são as seguintes:
  
    
 
      | DOENÇAS | AGENTES CAUSADORES | 
 
      | Febre Tifóide | Salmonela Tifóide | 
 
      | Febres Paratifóides 
        (3) | Salmonelas Paratifóides 
        (A,B,C,) | 
 
      | Disenteria Bacilar | Bacilo Disentérico | 
 
      | Disenteria Amebiana | Entamoeba Histolítica | 
 
      | Cólera | Vibrião da Cólera | 
 
      | Diarréia | Enterovírus, E.Coli | 
 
      | Hepatite Infecciosa | Vírus Tipo A | 
 
      | Giardiose | Giárdia Lamblia | 
A sua água pode conter as bactérias abaixo:
  

    Protozoário: Ameba 
 Protozoário: Giardia lamblia
    Protozoário: Giardia lamblia 
 Protozoário: Criptosporídio
    Protozoário: Criptosporídio 
 Vírus: Norwalk
    Vírus: Norwalk 
 Rotavírus
    Rotavírus 
 Bactéria: Escherichia coli
    Bactéria: Escherichia coli 
 Bactéria: Salmonella typhi
    Bactéria: Salmonella typhi 
 Bactéria: Vibrio cholerae
    Bactéria: Vibrio cholerae 
 Protozoário:ciliadó peduncular
    Protozoário:ciliadó peduncular 
Fonte:  www.aguahesp.com.br 
  
Doenças Relacionadas com a Água
Principais Doenças Relacionadas com a Água 
As principais doenças relacionadas à água são
  
 
    Cólera
    Febre tifóide
    Giardíase
    Amebíase
    Hepatite infecciosa
  
 
    Diarréia aguda infecciosa
  
O QUE SE DEVE FAZER
 
    Ter um sistema de abastecimento e tratamento da água, com fornecimento 
      em quantidade e qualidade para consumo, tanto para uso doméstico, como para 
      uso coletivo. 
    Proteger-se de contaminação dos rios, lagos ou outras fontes de água. 
    Manter a limpeza e a higiene (veja o quadro abaixo).
  
O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA EVITAR ESTAS DOENÇAS 
Lavar as mãos
  
 
    Antes das refeições
      Antes de preparar os alimentos
      Após a evacuação
      Após limpar uma criança que acaba de evacuar.
      Desinfetar ou ferver a água para beber e preparar os alimentos.
      Lavar bem as verduras antes de comê-las.
      Evitar entrar em contato direto com água ou lama das enchentes ou esgoto. 
      Nestas situações, utilize botas, luvas ou outras proteções.
  
Como limpar a caixa d'água 
  
 
    
A) Feche o registro de entrada 
      de água (ou amarre a bóia do reservató- rio) e então, esvazie o reserva-tório 
      abrindo as torneiras e chuveiros.
      B) Escove as paredes internas da caixa, e junte a sujeira (areia, 
      pedra, folhas) e jogue fora.
      C) Enxagüe as paredes e o fundo da caixa.
      D) Feche as torneiras e chuveiros, encha a caixa toda e coloque 
      1/2 litro de água sanitária para cada 500 litros de água.
      E) Espere 4 horas sem usar água.
      F) Depois de 4 horas, abra todas as torneiras e chuveiros e deixe 
      a água sair totalmente, até esvaziar a caixa.
      G) Encha de novo e pode usar a água normalmente, sua caixa d’água 
      está limpa.
      H) Para garantir a saúde da sua família, verifique periodicamente 
      o estado de sua caixa d’água. Faça uma boa limpeza, sempre que encontrar 
      impurezas.
Fonte:  www.saude.rj.gov.br
  
Doenças Relacionadas com a Água
A água é um importante veículo de transmissão de doenças notadamente do aparelho 
    intestinal. Os microorganismos patogênicos responsáveis por essas doenças 
    atingem a água com os excretas de pessoas ou animais infectados, dando como 
    conseqüências as denominadas “doenças de transmissão hídrica”. 
  
Em geral, os microorganismos normalmente presentes na água podem
  
 
    Ter seu “habitat” normal nas águas de superfície
      Ter sido carreados pelas enxurradas
      Provir de esgotos domésticos e outros resíduos orgânicos, que atingiram 
      a água por diversos meios
      Ter sido trazidos pelas chuvas na lavagem da atmosfera
  
Os microorganismos patogênicos não são de fácil identificação em laboratório.Utiliza-se 
    assim os microorganismos do grupo coliforme. Neste grupo encontram-se os coliformes 
    fecais, habitantes normais dos intestinos dos animais superiores e outros 
    de vida livre, que são de identificação mais fácil; sua presença indica provável 
    existência de excreta e, portanto, possibilidade de ocorrência de germes patogênicos 
    de origem intestinal. 
  Emprega-se assim o chamado índice de coli para determinar o grau de contaminação 
    de uma água. Oportuno assinalar que, em princípio, existe uma certa correlação 
    entre o número de coliformes e doenças de transmissão hídrica; estudos epidemiológicos, 
    com base na estatística, podem, inclusive, correlacionar o número de coliformes 
    com o número de determinados microorganismos patogênicos. Oportuno também 
    assinalar que a presença de coliformes nem sempre indica a obrigatoriedade 
    de existência de agentes patogênicos e, portanto, de ocorrência de doenças. 
    Assim, a presença de coliformes, em determinadas concentrações, deve ser encarada 
    como um sinal de alerta indicando a possibilidade de haver uma poluição e/ou 
    contaminação fecal, principalmente quando ocorrem variações bruscas do número 
    de coliformes numa determinada água. 
  
Relativamente aos microorganismos patogênicos, as doenças de transmissão 
    hídrica podem ser ocasionadas por
  
 
    Bactérias: febre tifóide, febres paratifóides, disenteria 
      bacilar, cólera
      Protozoários: amebíase ou disenteria amebiana
      Vermes (helmintos) e larvas: esquistossomíase
      Vírus: hepatite infecciosa e poliomielite
  
Doenças de origem hídrica 
Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas públicos 
    de abastecimento de água são
  
 
    Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com formação minerais 
      venenosas
      Contaminantes naturais de uma água na qual se desenvolveram determinadas 
      colônias de microorganismos venenosos
      Contaminantes introduzidos na água em virtude de certas obras hidráulicas 
      defeituosas (principalmente tubos metálicos) ou de práticas inadequadas 
      no tratamento da água
      Contaminantes introduzidos nos cursos d´água por certos dejetos industriais. 
    
  
Os contaminantes de origem mineral incluem o flúor, o selênio, o arsênico 
    e o boro, e, com exceção do flúor, raramente são encontrados em teores capazes 
    de ocasionar danos. 
  Quanto ao flúor, teores maiores que 1 ppm são responsáveis pela fluorose 
    dos dentes, e, por outro lado, ausência de fluoretos beneficia o aparecimento 
    de cáries dentárias; o teor ótimo é em torno de 1 ppm. 
  Os contaminantes naturais ocasionados por colônias de microorganismos venenosos, 
    como certos tipos de algas, dão à água aspecto repulsivo ao homem, que tem 
    assim uma defesa natural através dos seus sentidos; não obstante, a mortalidade 
    de gado que ingere esses contaminantes tem sido verificada. 
  Os contaminantes introduzidos pela corrosão de tubulações metálicas podem 
    ocasionar distúrbios, principalmente em águas moles ou que contenham certo 
    teor de bióxido de carbono (o que pode ocorrer por prática inadequada no tratamento 
    da água). 
  Dos metais empregados nas tubulações, o único de toxidez comprovada (e cumulativa) 
    é o chumbo, que pode ocasionar o envenenamento conhecido como saturnismo. 
  
  Cobre, zinco e ferro, mesmo em pequenas quantidades, dão à água gosto metálico 
    característico e são responsáveis por certos distúrbios em determinadas operações 
    industriais. 
  O tratamento químico da água para a coagulação, desinfecção e destruição 
    de algas ou controle da corrosão pode ser uma fonte potencial de contaminação. 
  
  Todas as variedades de contaminantes tóxicos podem provir dos despejos líquidos 
    industriais. Daí a importância sanitária do controle de despejos industriais. 
  
  
Água e doenças
As doenças relacionadas com a água podem ser causadas por
  
 
    Agentes microbianos
      Agentes químicos 
  
a) Doenças causadas por agentes microbianos 
  São doenças que apresentam caráter infeccioso ou parasitário. 
  
Quanto ás vias de penetração no organismo pode-se adquirir doenças 
    por
  
 
    Via predominantemente oral
      Via predominantemente cutânea-pele ou mucosa
  
Doenças adquiridas por via oral 
  Agrupando as doenças de via predominantemente oral, segundo a importância 
    de água como veículo, tem-se
  
 
    Cólera (bactéria: Vibrio Cholerae)
      Febre tifóide (bactéria: SalmonelaTyphi) 
      Febres paratifóides (bactéria: Salmonela Paratyphi)
      Hepatite infecciosa (vírus)
    
    Gastroenterites (diarréias) infantis (p.ex.: bactéria: Escherichia Coli)
  
A veiculação dos agentes etiológicos destas moléstias através da água, é 
    a mais freqüente e mais eficiente; para comprova-lo basta lembrar o declínio 
    da incidência da febre tifóide e o desaparecimento da cólera em todos os países 
    que adotaram práticas eficientes de purificação da água potável. 
  
Num segundo grupo
  
 
    Disenteria bacilar
      Disenteria amebiana ou amebíase
      Poliomielite
  
Podem ser incluídas como doenças de veiculação hídrica, mas não serem classificadas 
    de parelha com o primeiro, ou seja, existem outros meios de difusão mais atuantes 
    na maioria dos casos. 
  
Num terceiro grupo
  A importância da água como veículo seria menor.
  
É o caso das
  
 
    Helmintoses 
      Tuberculoses 
  
Assinale-se que embora a tuberculose comumente não seja considerada infecção 
    transmissível, direta e indiretamente pela água, a possibilidade de existência 
    de casos adquiridos por essa via não ser negada, o que se atribui à grande 
    resistência do bacilo responsável pela doença, em certas condições ambientais. 
  
  
Doenças adquiridas principalmente por via cutânea – pele e mucosa
  
 
    Esquistossomose 
      Leptospirose 
  
Outras doenças que se referem aos banhos em piscinas, praias, rios 
    etc.: doenças nos olhos, ouvidos e vias áreas superiores (conjuntivites, 
    otites, corizas, sinusites, etc.) têm sido atribuídas a banhos em piscinas, 
    praias, etc., pela possibilidade das águas poderem estar contaminadas por 
    bactérias ou vírus. 
  Assinale-se ainda que existem doenças, como a ancilostomíase e a ascaridíase, 
    em cuja transmissão a água, eventualmente, pode também atuar como veículo 
    de certos casos. A água é imprescindível, também, ao ciclo biológico de muitos 
    vetores animados, responsáveis por graves doenças. Por exemplo, os mosquitos 
    que transmitem a malária e a febre amarela, têm a fase larvária, obrigatoriamente, 
    em meio aquático. Assim, doenças como malária, indiretamente, estão relacionadas 
    com a água; neste caso, a água não atua como veículo, mas o mosquito transmissor 
    se procria nas coleções de água, e portanto, ao se estudar a construção de 
    um reservatório de acumulação e destinado ao abastecimento de água, deve-se 
    investigar as espécies de mosquitos existentes na área de inundação e vizinhança, 
    bem como aspectos epidemiológicos relacionados à malária. 
  
b) Doenças causadas por agentes químicos 
  A água, através de seu ciclo hidrológico, está em permanente contato com 
    os constituintes da atmosfera e da crosta terrestre, dissolvendo muitos elementos 
    e carreando outros em suspensão. Além disso, o homem por suas múltiplas atividades, 
    nela introduz substâncias das mais diversas naturezas. Assim, podemos distinguir 
    poluentes naturais e artificiais. 
  Os poluentes naturais compreendem substâncias minerais e orgânicas, dissolvidas 
    ou em suspensão e gases provenientes da atmosfera ou das transformações microbianas 
    da matéria orgânica. 
  
Os poluentes artificiais podem resultar
  
 
    Das substâncias empregadas no tratamento da água: sulfato 
      de alumínio, cal, etc.
    Do uso crescente de pesticidas (herbicidas, carrapaticidas, inseticidas, 
      raticidas, etc), largamente empregados no combate às pragas da agricultura 
      e aos vetores de doenças humanas e de animais. Em sua grande maioria são 
      compostos orgânicos sintéticos, que de um modo ou de outro, podem poluir 
      as águas subterrâneas ou superficiais
    Dos esgotos sanitários que, além de substâncias como detergentes, encerram 
      matéria orgânica, cujas transformações por ação microbiana têm muita importância 
      para o balanço de oxigênio dos cursos d´água, além de outras alterações 
      de natureza química que aí podem promover
    Da emissão das chaminés das fábricas, incineradores, etc. Algumas dessas 
      substâncias acabam por se precipitar diretamente na água ou para ela são 
      carregadas pelas chuvas, ou em decorrência do processo de incineração, por 
      exemplo. 
  
Os efeitos que os poluentes naturais ou artificiais podem ter sobre o organismo 
    humano dependem da concentração da substância na água, da toxidez específica 
    para o ser humano e da suscetibilidade individual, que é variável de pessoa 
    a pessoa. 
  Praticamente, para todos os poluentes, existem concentrações inofensivas, 
    que, aumentadas, podem começar a agir sobre o organismo e, se atingirem certo 
    nível, os fenômenos tóxicos se acentuarão, sendo capazes de levar até à morte. 
    Às vezes são agudos, mas, em outros casos, quando o tóxico é cumulativo, doses 
    que, isoladamente seriam inofensivas, com o consumo continuado, podem acarretar 
    doenças de eclosão tardia; é o caso do chumbo, causador do saturnismo. Como 
    exemplos temos também os nitratos e o flúor, que, excedendo certos limites, 
    podem causar, respectivamente, a metemoglobinemia e a fluorose. Nos poucos 
    exemplos, ao contrário, os malefícios decorrem, não do excesso, mas da carência 
    do elemento na água, e esta ação também se revela ao longo do prazo; é o caso 
    do iodo que em quantidade inferior pode causar o bócio. 
  
Medidas gerais de proteção 
  O perigo da transmissão de doenças infecciosas pela água, refere-se, 
    na prática, às doenças infecciosas intestinais e a profilaxia gira em torno 
    das seguintes medidas:
  
 
    Proteção dos mananciais, inclusive medidas de controle de poluição das 
      águas; 
    Tratamento adequado da água, com operação continuamente satisfatória; 
    Sistema de distribuição da água bem projetado, construído, mantido e operado. 
      Deve-se manter a água na rede com pressão adequada; 
    Controle permanente da qualidade bacteriológica e química da água da rede 
      de distribuição, ou, preferivelmente, na torneira do consumidor; 
    Solução sanitária para o problema da coleta e da disposição dos esgotos 
      e, em particular dos dejetos humanos, tendo sempre como uma das finalidades 
      a proteção do abastecimento de água potável; 
    Observar, na zona rural, as medidas indicadas para a proteção dos poços, 
      nascentes e mananciais de superfície, inclusive a construção de sistema 
      mais aconselháveis para o destino satisfatório dos dejetos, evitando a poluição 
      direta da superfície, do solo ou das coleções líquidas; 
    Melhoria da qualidade da água suprida às pequenas comunidades, auxiliando-as 
      técnicas e financeiramente a utilizarem métodos simples e pouco dispendiosos 
      de tratamento, inclusive desinfecção, quando necessário. 
  
Assinale-se ainda que dados os diferentes modos de transmissão das 
    doenças relacionadas à água e sua profilaxia, torna-se necessário que, a par 
    dos serviços de abastecimento de água, outros também devam ser executados, 
    tais como: acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou 
    disposição final de lixo; controle de artrópodes, notadamente moscas domésticas 
    e das baratas; controle dos seus manipuladores. A execução destes diversos 
    serviços de saneamento do meio, bem como os demais aspectos do saneamento 
    dentro de um adequado programa onde os diversos problemas forem devidamente 
    equacionados, face sua importância e os meios financeiros e humanos disponíveis, 
    permitirá ao homem atingir o estado de saúde, no seu sentido amplo, usufruindo 
    assim melhor a sua existência, elevando-se material e espiritualmente e, atingindo 
    a sensação de verdadeiro bem estar geral. 
  É evidente que, concomitantemente com as medidas de saneamento do meio, torna-se 
    necessário que as medidas relacionadas à nutrição, à educação sanitária, entre 
    outras, devem também serem tomadas, visando à elevação do nível de saúde da 
    comunidade. 
  
Doenças de transmissão hídrica 
a) Dengue
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro 
    tipos diferentes de vírus do dengue- 1, 2, 3 e 4), que ocorre principalmente 
    em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias 
    geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. 
    O dengue está se expandindo rapidamente, e espera-se que nos próximos anos 
    a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo. 
  
Transmissão 
  No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro 
    de 2000 (foi isolado em janeiro de 2001, no Rio). O dengue pode ser transmitido 
    por duas espécies de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus), que picam 
    durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a 
    noite. 
  Os transmissores de dengue, principalmente o Aëdes aegypti, proliferam-se 
    dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc) 
    em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, 
    cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte 
    central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão do dengue 
    é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum 
    em locais com altitudes superiores a 1200 metros. 
  O Aëdes aegypti, atualmente, está presente em cerca de 3600 municípios brasileiros. 
    O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus do dengue 
    é a eliminação dos transmissores. O Aëdes aegypti também pode transmitir a 
    febre amarela. 
  
Riscos 
  Cerca de dois bilhões de pessoas vivem em áreas onde é possível a transmissão 
    de dengue. O número de casos é estimado entre 50 e 100 milhões por ano. No 
    Continente Americano, em 1995 foram notificados 250 mil casos de dengue, e 
    7 mil da forma grave da doença. 
  
As áreas de maior risco são: América Central, América do 
    Sul (exceto Chile, Paraguai e Argentina), América do Norte (México), África, 
    Austrália, Caribe (exceto Cuba e Ilhas Caymam), China, Ilhas do Pacífico, 
    Índia, Sudeste Asiático e Taiwan. Nos Estados Unidos a ocorrência de dengue 
    é incomum, porém em 1995 foram registrados casos de transmissão no Texas. 
  
  
Medidas de proteção individual 
  Ainda não existem vacinas disponíveis contra o dengue, embora as pesquisas 
    estejam em fase avançada. Uma pessoa não transmite dengue diretamente para 
    outra, para que isto ocorra, é necessário que o mosquito pique uma pessoa 
    infectada e, após o vírus ter multiplicado, pique uma pessoa que ainda não 
    teve a doença. 
  A transmissão de dengue ocorre em áreas que também são de risco potencial 
    para febre amarela (a vacina deve estar atualizada) e, geralmente, também 
    para malária. Devem ser adotadas, portanto, medidas de proteção contra infecções 
    transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela 
    e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa 
    ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações. Não existe 
    comprovação da eficácia do uso de vitaminas do complexo B ou de pílulas de 
    alho na profilaxia do dengue (ou de qualquer outra doença transmitida por 
    vetores). 
  O viajante deve usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida 
    e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando 
    a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Antes de adquirir 
    um repelente, certifique-se da concentração de DEET no produto. 
  Além disso, deve procurar hospedar-se em locais que disponham de ar-condicionado 
    ou utilizar mosquiteiros impregnados com permetrina e inseticida em aerosol 
    nos locais onde for dormir. 
  Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, 
    durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde para esclarecimento 
    diagnóstico. As áreas de transmissão do dengue podem ser as mesmas da febre 
    amarela ou da malária. Em todas as pessoas com suspeita de dengue que estiveram 
    em áreas de transmissão dessas doenças, é importante que seja sempre afastado 
    o diagnóstico de febre amarela e investigada a possibilidade de malária, doença 
    para qual existe tratamento específico eficaz. 
  
Recomendações para áreas de transmissão 
  O dengue é transmitido pela picada de mosquitos (mais comumente o Aëdes aegypti) 
    que proliferam dentro ou nas proximidades de habitações. Esses mosquitos criam-se 
    na água, obrigatoriamente. A fêmea do mosquito põe os ovos dentro de qualquer 
    recipiente (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc) que contenha 
    água mais ou menos limpa, colando os ovos nas paredes dos recipientes, bem 
    próximos da água. Os ovos ficam aderidos, e não morrem mesmo que o recipiente 
    fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso 
    seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum 
    tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos. 
  
O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando 
    os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. 
    Para isso é importante que recipientes que possam encher-se de água sejam 
    descartados ou fiquem protegidos com tampas. Qualquer recipiente com água 
    e sem tampa, inclusive as caixas d' água, podem ser criadouros dos mosquitos 
    que transmitem o dengue. 
  Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida 
    através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo 
    epidemia. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre 
    repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. 
    Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além 
    do dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas 
    cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.
  
As medidas eficazes, em residências, escolas e locais de trabalho, 
    são: 
  Substituir a água dos vasos de plantas por terra e manter seco o 
    prato coletor de água: 
  
 
    Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para 
      cada litro) para regar bromélias, duas vezes por semana.* 
      Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água. 
      Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva. 
      
      Manter sempre tampadas as caixas d'água, cisternas, barris e filtros. 
      Acondicionar o lixo em sacos plásticos fechados ou latões com tampa. 
  
Manifestações 
  A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus 
    do dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus 
    do dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa 
    doente. O dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), 
    causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. 
    As manifestações iniciais são febre alta, dor de cabeça, muita dor no corpo 
    e, às vezes, vômitos. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, 
    ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, 
    e prurido ("coceira"). 
  Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas). 
  A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se 
    por completo, gradativamente, em cerca de dez dias. Em alguns casos (a minoria), 
    nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição 
    acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma 
    mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágico". Este nome 
    pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. 
    A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, 
    que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. O dengue 
    grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez. 
  O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, 
    fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. 
    No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus do dengue. 
    Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente 
    o dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, 
    o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça. 
  As manifestações iniciais do dengue são as mesmas de diversas outras doenças 
    (febre amarela, malária, leptospirose). Também não servem para indicar se 
    o dengue vai ser mais grave. Por isto é importante sempre procurar rápido 
    um Serviço de Saúde, para uma avaliação médica. A meningite meningocócica 
    pode ser muito parecida com o dengue grave, mas a pessoa piora muito mais 
    rapidamente (logo no primeiro ou segundo dia de doença). O dengue pode se 
    tornar mais grave apenas quando a pessoa começa a melhorar, e o período mais 
    perigoso vai até três dias depois que a febre desaparece. 
  O dengue não tem tratamento específico. Quando não há dúvida que a pessoa 
    tem dengue, na maioria das vezes o médico pode recomendar que o tratamento 
    seja feito em casa, basicamente com antitérmicos e com uma solução para reidratação 
    oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido 
    possível. 
  
Alguns cuidados devem ser observados: 
  
 
    Não tomar remédios sem recomendação do médico. Todos os medicamentos podem 
      ter efeitos colaterais e alguns que podem até agravar a doença. 
    Alguns medicamentos para dor e febre podem aumentar o risco de sangramento, 
      como os que contém ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® e 
      outros). Outros podem ocasionar erupções na pele, semelhantes às causadas 
      pelo dengue, como os que contém dipirona Novalgina®, Dipirona®, Dorflex® 
      e outros). Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também, não devem 
      ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como 
      hemorragia digestiva e reações alérgicas. 
    O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor 
      e a febre no dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo 
      prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão 
      hepática. 
    Beber a maior quantidade possível de líquido. Não é necessária nenhuma 
      dieta. Procure alimentar-se normalmente. 
  
É absolutamente necessário estar atento para as manifestações que 
    podem indicar gravidade, o que pode acontecer, geralmente, a partir do momento 
    em que a febre começa a ceder: 
  
 
    Dor constante abaixo das costelas, do lado direito (fígado). 
      Suores frios por tempo prolongado, tonteiras ou desmaios ( pressão baixa). 
      
      Pele fria e pegajosa por tempo prolongado (pressão muito baixa). 
      Sangramentos que não param. 
      Fezes escuras como borra de café (sangramento intestinal). 
  
Se qualquer uma destas manifestações aparecer, a pessoa deve ser levada imediatamente 
    ao Serviço de Saúde mais próximo. 
  
b) Amebíase
Amebíase é uma doença endêmica em grande parte do território brasileiro e, 
    amplamente disseminada por todo o mundo.
  
Agente causador: é o protozoário Entamoeba histolytica, 
    um típico exemplo de protozoário rizópoda, isto é, protozoa destituído de 
    flagelos ou cílios.
  
Transmissão: Eliminados com as fezes pelas pessoas doentes, 
    os cistos contaminam a água dos rios e, levados por esta ou pela poeira e 
    pelas moscas, baratas e outros animais, também contaminam frutos, verduras 
    e diversos alimentos, permitindo o alastramento dessa protozoose.
  
Ciclo: As amebas se desenvolvem ou proliferam notadamente 
    no intestino grosso, embora possam ser encontradas também no intestino delgado.
  
Quadro clínico: diarréia.
  
Profilaxia: 
  Há medicação específica para essa doença. Mas a profilaxia depende 
    também de: 
  
 
    Cuidados pessoais de higiene 
      Limpeza das mãos e dos alimentos 
      Saneamento básico nas regiões onde a pobreza e a promiscuidade facilitam 
      a dispersão da endemia. 
  
c) Ancilostomose ou amarelão 
Agente causador: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.
  
Transmissão: pela penetração de larvas dos vermes pela pele 
    ou ingestão de ovos do parasita através de água e alimentos contaminados.
  
Ciclo: no intestino, a fêmea adulta põe ovos que são eliminados 
    pelas fezes. No solo formam-se larvas que podem atravessar a pele humana. 
    As larvas caem na circulação, chegam ao coração, pulmões, atravessam a parede 
    dos alvéolos, sobem à árvore respiratória, chegam à faringe e são deglutidas 
    chegando ao intestino e formam vermes adultos.
  
Quadro clínico: O verme se alimenta de sangue, há anemia, 
    fraqueza, emagrecimento, desânimo, pele cor amarelada (amarelão). Pode surgir 
    perversão do apetite como hábito de comer terra, dores abdominais, vômito, 
    diarréia e às vezes disenteria. 
  
Profilaxia
  
 
    Higiene alimentar 
      Uso de calçado 
      Instalações sanitárias adequadas 
      Saneamento básico 
      Educação sanitária 
      Tratamento dos doentes
  
d) Ascaridiáse 
Agente causador: Ascaris lumbricoide, conhecido como lombriga. 
  
  
Transmissão: pela ingestão de água e alimentos contaminados 
    com ovos da lombriga. 
  
Ciclo: os ovos são ingeridos, chegam ao intestino do hospedeiro 
    onde se abrem e liberam larvas que atravessam a parede intestinal, caem na 
    circulação, passam para o fígado e pulmões. Nos pulmões atravessam os alvéolos, 
    sobem pela árvore respiratória até chegar à faringe e são deglutidas. No intestino 
    delgado transforma-se em vermes adultos.
  
Quadro clinico: quase não há problemas. Quando o número 
    de vermes é grande, pode haver perigo de obstrução intestinal.
  
Profilaxia
  
 
    Higiene alimentar 
      Instalações sanitárias adequadas 
      Educação sanitária 
      Tratamento dos doentes.
  
e) Cólera 
Agente causador: vibrião colérico (vibrio cholerae), uma 
    bactéria na forma de vírgula.
  
Transmissão: Ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados 
    com a bactéria. As precárias condições de saneamento básico (abastecimento 
    de água potável e sistemas de esgoto) são as principais causas de propagação 
    do cólera.
  
Sintomas: diarréia intensa, desidratação, dor abdominal. 
    Pode ocorrer morte. 
  
Profilaxia: 
  
 
    Saneamento básico 
    Instalações sanitárias adequadas 
    Tratamento dos doentes 
    Educação sanitária 
    Higiene alimentar. 
  
f) Enterobíase ou oxiurose 
Agente causador: Enterobius vermiculares , um verme pequeno, 
    branco.
  
Transmissão: Pela ingestão de ovos do verme em água e alimentos 
    contaminados.
  
Ciclo: os vermes adultos fixam-se à parede intestinal. As 
    fêmeas, na época da postura desprendem-se e vão à proximidades do orifício 
    retal depor ovos que são eliminados no meio externo.
  
Sintoma principal: coceira retal, mas pode haver náuseas, 
    vômitos, dores abdominais, diarréia e irritabilidade. 
  
Profilaxia
  
 
    Higiene pessoal e alimentar 
    Higiene da casa 
    Saneamento básico 
    Educação sanitária 
    Tratamento dos doentes
  
g) Esquistossomose 
Agente causador: No Brasil, o agente causador da esquistossomose 
    é o Schistosoma mansoni. Os vermes adultos vivem dentro de pequenas veias 
    do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de comprimento 
    por 0,44 mm de diâmetro. 
  
Ciclo: O hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero 
    Biomphalaria. É um molusco de água doce chamado planorbídeo - conhecido popularmente 
    por caramujo. Os caramujos vivem na água doce de córregos, riachos, alagados, 
    brejos, açudes, represas ou outros locais onde haja pouca correnteza. Os caramujos 
    jovens alimentam-se de vegetais em decomposição e folhas verdes. Os caramujos 
    põem ovos, dos quais, depois de alguns dias, nascem novos caramujos que crescem 
    e se tornam adultos.
  
Ciclo intermediário
  Desenvolve-se em duas fases: uma no interior do caramujo 
    e outra no interior do homem. O homem, quando doente, elimina ovos do verme 
    pelas fezes. Estes, em contato com a água, rompem-se e libertam o miracídio 
    que é a larva ciliada, que nada ativamente, penetrando no caramujo. No caramujo, 
    realiza-se um processo de desenvolvimento, que ao final de vinte a trinta 
    dias atinge a última fase larvária que são as cercárias, iniciando a sua eliminação. 
  
  Estas nadam ativamente, podendo permanecer vivas por algumas horas, dependendo 
    das condições ambientais e vão penetrar na pele de pessoas, iniciando a fase 
    no homem. No homem, as cercárias alcançam a corrente sanguínea, passando pelos 
    pulmões, coração até chegar no fígado. Este processo dura em torno de dez 
    dias. No vigésimo sétimo dia já se encontram vermes acasalados e a postura 
    de ovos pode começar no trigésimo dia. A partir do quadragésimo dia se encontram 
    ovos nas fezes.
  
Transmissão
  Depende da presença de portador humano, eliminando ovos do verme nas fezes, 
    da existência de hospedeiro intermediário, que é o caramujo; e do contato 
    do homem com a água contendo cercárias de S. mansoni. 
  
 
    Profilaxia
    Higiene pessoal 
      Evitar beber ou tomar banho em água contaminada por caramujos 
      Saneamento básico 
      Educação sanitária 
      Tratamento dos doentes
  
h) Febre tifóide
Agente causador: Doença endêmica, estando sua presença relacionada 
    com águas não tratada e contaminada com a bactéria Salmonella typhi.
  
Transmissão: pode acontecer de forma direta ou indireta. 
    Na forma direta um indivíduo recebe a bactéria de um doente. A forma indireta 
    está ligada a atividades em que uma pessoa sadia se infecta por objetos, água 
    ou alimentos manipulados por portadores. As moscas domésticas também estão 
    relacionadas com esse tipo de contágio.
  
Quadro clínico: febre alta, podendo levar à morte.
  
Profilaxia
  
 
    Proteção, purificação e cloração da água 
      Ferver e pasteurizar leite 
      Boas condições de higiene 
      Combate às moscas 
      Saneamento básico 
      Notificação de casos à autoridade sanitária e isolar os doentes. 
  
i) Giardíase
Agente causador: A giardíase é uma parasitose intestinal 
    provocada pelo protozoário Giardia lamblia ou Giardia intestinalis. A giárdia 
    é um protozoário flagelado, dotado de aspecto bem peculiar, lembrando, quando 
    visto de frente, uma máscara.
  
Transmissão
  A giárdia é transmitida por contágio direto, através da água e de alimentos 
    contaminados. Instala-se no jejuno-íleo (intestino delgado) e, frequentemente, 
    sobe pelo canal colédoco e vai se alojar na vesícula biliar, tornando o tratamento 
    bem mais difícil. Apesar do caráter agudo com que se manifesta a doença, ela 
    tem alta tendência à cronicidade. A incidência é acentuadamente maior em crianças, 
    provavelmente porque entre estas são menores os cuidados higiênicos com as 
    mãos, a água e os alimentos.
  
Profilaxia
  
 
    Cuidados de higiene com a água, alimentos e mãos 
      Tratamento de água 
      Saneamento básico 
  
j) Malária ou maleita
Agente causador: é uma doença infecciosa, causada por um 
    protozoário do gênero Plasmodium. 
  
As espécies de plasmódios que afetam o ser humano são: Plasmodium 
    vivax, P. falciparum, P. malariae e P.ovale.
  
Transmissão
  É transmitida de uma pessoa para outra, através da picada de um mosquito 
    do gênero Anopheles ou por transfusão de sangue infectado com plasmódios.
  
O transmissor é conhecido também como: pernilongo, mosquito 
    prego, carapanã - a fêmea se alimenta de sangue para maturação dos ovos, enquanto 
    que o macho, alimenta-se de seiva vegetal. O mosquito vive em águas de rios 
    e córregos, lagoas, represas, açudes, alagados, pântanos e em Águas coletados 
    em plantas bromeliceas.
  
Ciclo
  No homem os plasmódios passam por uma evolução inicial nas células do fígado 
    e posteriormente invadem os glóbulos vermelhos onde evoluem por períodos variáveis, 
    provocando a partir daí os sintomas da doença. 
  Nos anófeles, evoluem inicialmente no estômago e posteriormente nas glândulas 
    salivares sendo, no momento da picada, inoculados no ser humano. Os plasmódios 
    se multiplicam por reprodução assexuada no organismo humano e por reprodução 
    sexuada no anófeles. 
  
Quadro clínico: febre intermitente, acompanhada de tremores. 
  
  
Profilaxia: 
  
 
    Combate ao mosquito transmissor 
      Uso de telas em janelas e portas 
      Tratamento dos doentes. 
  
Fonte:  www.feg.unesp.br
  
Doenças Relacionadas com a Água
Um dos principais problemas de saúde do mundo, principalmente em países tropicais, 
    são as doenças infecto-parasitárias, a maioria relacionada à água. Tais doenças 
    atingem, em maior ou em menor grau, todas as classes sociais e, devido à ação 
    que seus agentes podem exercer, trazem prejuízos tanto físicos quanto mentais 
    e sociais. 
  São típicas de lugares carentes onde não há saneamento básico (água e esgoto 
    tratados) e assistência médica regular, onde também é freqüente a desnutrição.
  Como para algumas doenças, as formas infectantes são eliminadas pelas fezes, 
    a situação torna-se muito preocupante para os grupos populacionais desassistidos.
  Segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) observa-se uma constante queda 
    na mortalidade destas doenças. No entanto, continuam freqüentes na população 
    brasileira com riscos à sua saúde (ainda são quarta causa de doenças e a quinta 
    de mortalidade no país). Através da água contaminada por excrementos, os parasitas 
    transitam de um hóspede a outro até chegar às pessoas. 
  Geralmente esta via corresponde aos animais no campo que estão contaminados 
    com parasitas e que, através das fezes, podem chegar aos homens e infectá-los 
    pela ingestão de carne crua ou mal cozida. Há muito têm-se apontado as relações 
    causais entre as alterações da saúde e os fatores nocivos do meio. As relações 
    que o homem estabelece em seu ambiente podem agir de forma determinante sobre 
    a saúde individual/coletiva, já a relação inadequada com os elementos bióticos 
    e abióticos do meio trazem prejuízos não somente individuais.
  Hábitos inadequados no que concerne à higiene pessoal (boca, cabelos, pele, 
    mãos, unhas) e ambiental (destino dos dejetos, lixo e uso da água) podem favorecer 
    a circulação de agentes patógenos com conseqüências para a saúde individual/coletiva. 
    Doenças infecciosas e parasitárias, desenvolvimento de insetos e animais nocivos, 
    contaminação de solo e coleções hídricas são freqüentes em coletividades assim 
    constituídas. Nos países Latino-Americanos e Africanos a maioria das pessoas 
    examinadas apresenta ao menos uma espécie de parasito.
  Mais do que pela mortalidade resultante, essas doenças importam pela freqüência 
    com que produzem déficits orgânicos que comprometem o desenvolvimento de crianças 
    e limitam a capacidade de trabalho de adultos, além da possibilidade de ocorrerem 
    com formas clínicas graves, como é o caso da esquistossomose mansônica e da 
    malária. 
  Além de suprimirem nutrientes e freqüentemente conduzirem a uma inapetência 
    e redução do apetite, algumas espécies de parasitas podem, ainda, prejudicar 
    a absorção de alimentos, agravando o estado de desnutrição comum nas pessoas 
    por eles acometidas. Quanto às formas de aquisição, hábitos de higiene pessoal 
    e ambiental, banho de rio, entre outros, devem ser levados em consideração. 
  
  
Sobre esta questão, o alimento é importante via de veiculação de 
    parasitas em virtude da possível contaminação a que está sujeito nas diversas 
    etapas pelas quais passa, quais sejam: etapa de produção, de armazenamento, 
    de conservação, de transporte, de comercialização e de manipulação para consumo 
    final. Hortaliças e frutos precariamente lavados ou manipulados por mãos contaminadas 
    de indivíduos parasitados, representam um elo importante na transmissão de 
    cistos de protozoários e ovos de helmintos.
  
Cólera 
Agente: Vibrio cholerae
  Ocorre, principalmente, através da ingestão de água contaminada por fezes 
    e/ou vômitos do doente ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser contaminados 
    pela água, pelo manuseio com mãos contaminadas ou por moscas.
  
Distribuição e mortalidade
  O número de casos aumenta no período as seca, quando baixa o nível de água 
    nos reservatórios e mananciais proporcionando a maior concentração de vibriões. 
  
  Em algumas áreas, o conjunto de condições sócio-econômicas ou ambientais 
    favorecem a instalação e rápida disseminação do agente transmissor. 
  
Nessas condições, figuram enre outros: deficiência do abastecimento 
    de água tratada, destino inadequado de dejetos, alta densidade populacional, 
    carência de habitação, higiene, alimentação, educação, etc.
  
Sintomas
  Manifesta-se de formas variadas, desde infecções inoperantes até casos graves 
    de diarréia profusa (que é menos freqüente). Além da diarréia, podem surgir 
    vômitos, dor abdominal e, nas formas graves, câimbras, desidratação e choque. 
    A febre não é uma manifestação comum. Nos casos graves mais típicos, o início 
    é súbito com diarréia aquosa, abundante e incoercível, com inúmeras dejeções 
    diárias. A diarréia e os vômitos nestes casos, determinam uma extraordinária 
    perda de líquidos, que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por dia.
  
Prevenção
  As principais medidas de prevenção ao cólera são:
  
 
    Oferta de água de boa qualidade e em quantidade suficiente 
    Lavagem rigorosa das mãos e procedimentos básicos de higiene
    Medidas de controle das moscas
    Destino e tratamento adequado de esgoto 
    Destino adequado do lixo 
    Higiene dos alimentos
  
Dengue
Vetor: Aedes aegypti 
  Agente etiológico: o vírus do dengue é um arbovírus do gênero 
    flavivírus.
  OO mosquito Aedes aegypti é o principal vetor do dengue, doença que afeta 
    o homem e constitui sério problema de saúde pública no homem, especialmente
    nos países tropicais onde as condições do Meio Ambiente favorecem o desenvolvimento 
    e proliferação do vetor.
  As estatísticas mostram que as ações governamentais contra o dengue têm surtido 
    efeito. Em 2002, foram mais de 700 mil casos, enquanto em 2003 houve pouco 
    mais de 298 mil. As maiores incidências do dengue estão nas regiões Sudeste 
    e Nordeste, em função de uma série de fatores que favorecem a proliferação 
    do mosquito e a transmissão da doença.
  Todavia, apesar de terem sido superadas as metas de redução de casos de dengue 
    no país como um todo, que era de 50%, é necessário que se mantenham contínuas 
    as ações contra a doença, pois o mosquito rapidamente recompõe a sua população.
  O Programa Nacional de Controle do dengue - PNCD, funciona em diversas frentes, 
    não apenas no ataque ao mosquito, mas também no saneamento domiciliar, na 
    educação para a saúde e na capacitação de recursos humanos, como educadores 
    de saúde, supervisores, agentes de saúde e médicos para a atenção ao doente.
  O dengue exige uma ação ampla, envolvendo diversas áreas, devendo-se os resultados 
    positivos obtidos a uma conjugação de esforços do poder público e da população. 
    Assim, embora caiba aos governos - federal, estadual e municipal - as maiores 
    responsabilidades no combate à dengue, é preciso que as pessoas se também 
    se mobilizem contra a doença.
  
Transmissão
  O dengue é uma doença febril causada por vírus (virose), transmitida de uma 
    pessoa doente a uma pessoa sadia pela picada da fêmea contaminada de um mosquito 
    - o Aedes aegypti.
  Existem dois tipos principais de dengue
  O dengue clássica e o dengue hemorrágica. Com a chegada do verão e o início 
    da temporada das chuvas, o dengue volta a ser uma ameaça à saúde. Para se 
    evitar a doença faz-se necessário intensificar as ações de prevenção e combate 
    ao vetor do dengue, o mosquito Aedes Aegypti.
  
O mosquito transmissor do dengue - o Aedes aegypti, é um mosquito 
    que se adaptou às áreas urbanas das cidades e vive preferencialmente dentro 
    das casas ou perto delas, uma vez que lá encontra melhores condições para 
    sua reprodução: sangue humano e depósitos com água. Pode se proliferar 
    em qualquer lugar que acumule água limpa (caixas d' água, cisternas, latas, 
    pneus, cacos de vidro e vasos de plantas). 
  A fêmea grávida é atraída por recipientes escuros ou sombreados onde deposita 
    seus ovos. Prefere recipiente com água limpa, cristalina, sem cor e parada, 
    ao invés de água suja ou poluída. Os ovos podem resistir até mais de um ano 
    nas paredes secas dos recipientes, até que tenham contato com a água e se 
    transformem em larvas, e posteriormente, em mosquitos. As altas temperaturas 
    favorecem a reprodução mais rápida e conseqüentemente o aumento da quantidade 
    de mosquitos.
  
Distribuição
  O dengue tem sido relatado nas Américas há mais de 200 anos. Na década de 
    50 a Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) foi descrita pela primeira vez nas 
    Filipinas e Tailândia. Após a década de 60, a circulação do vírus intensificou-se 
    nas Américas. A partir de 1980 foram notificadas epidemias em vários países 
    aumentando consideravelmente a magnitude do problema.
  
Em 1981 houve um evento de extrema importância na história do dengue 
    nas Américas: o 1º relato de FHD, em Cuba, foi o primeiro ocorrido 
    fora do Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental.
  
Sintomas
  Os sintomas mais comuns da doença são: febre, náuseas (enjôo), 
    vômitos, dor nos olhos, cansaço, falta de apetite, dores no corpo, principalmente 
    nos músculos e nas articulações (ou juntas), e dor de cabeça. Também podem 
    aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais 
    comum nas gengivas. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar a unidade 
    de saúde mais próxima de sua casa. 
  O período crítico do dengue ocorre, geralmente, após o terceiro dia da doença. 
    A pessoa deixa de ter febre, embora continue a sensação de cansaço, fraqueza 
    e mal-estar. Isso pode levar a uma falsa sensação de melhora, mas, em seguida, 
    o paciente volta a piorar. Algumas manchas vermelhas e coceira na pele (parecendo 
    picadas de insetos), podem surgir, além de pequenos sangramentos pelo nariz 
    e gengivas. 
  Nestes casos, é necessário retornar ao médico nas primeiras 24h após o surgimento 
    destes sintomas. Caso surja dor abdominal intensa e contínua, fezes enegrecidas, 
    tonteira, pressão baixa, mãos e pés pálidos ou arroxeados, vômitos freqüentes, 
    sonolência ou agitação, vista escura e dificuldade de respiração, é necessário 
    procurar atendimento médico imediato, pois são sintomas e sinais que indicam 
    hemorragia (perda de sangue) o que pode levar o paciente à morte. 
  As pessoas que sofrem de doenças do coração, asma, diabetes, anemia, bronquite 
    crônica, enfisema e hipertensão arterial podem ter o estado de saúde agravado 
    pelo dengue ou desenvolver a forma mais grave da doença. Portanto, é importante 
    que o acompanhamento médico seja feito desde os primeiros sintomas.
  
Prevenção
  Como é praticamente impossível eliminar o mosquito do dengue, é preciso identificar 
    objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes aegypti. Por exemplo, 
    uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da 
    chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. O único modo 
    é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Na maior 
    parte dos casos, o foco do mosquito está nas residências. 
  
Em geral se recomenda, para a prevenção do dengue:
  
 
    Eliminar criadouros potenciais do mosquito (latas, garrafas, potes, cascas 
      de ovo, copos descartáveis, tampinhas, pneus e outros objetos sem uso que 
      possam acumular água. Não deixá-los em quintais, nem jogar em terrenos baldios.
    Manter bem fechados latões, poços, cisternas, caixas d’água e outros 
      depósitos de água para consumo, impedindo a entrada de mosquitos. 
    Vedar com tela fina aqueles que não têm tampa própria. 
    Não cultivar plantas em jarros com água; plantá-las sempre em vasos com 
      terra. Colocar areia nos pratos dos vasos de plantas.
    As piscinas devem ser tratadas com cloro, devendo ser limpas uma vez por 
      semana. Se não forem usadas devem ser mantidas vazias ou cobertas. 
    As calhas devem ser mantidas limpas e desentupidas, removendo-se folhas 
      e materiais que possam impedir o escoamento da água. 
    Lavar com bucha e manter limpos os reservatórios de água externos de geladeira, 
      as bandejas de ar condicionado e suportes de garrafão de água mineral. 
    As lajes devem ser mantidas limpas e secas. 
    Lagos, cascatas e espelho d’água decorativos devem ser mantidos limpos. 
      A criação de peixes é aconselhada, pois estes podem comer as larvas de mosquitos. 
    
    Outra opção é manter a água tratada com cloro. o Onde houver cacos de vidro 
      nos muros, colocar areia em todos aqueles que possam acumular água. 
    Verificar se há entupimento em ralos de cozinha, banheiro, sauna e ducha, 
      providenciando imediatamente seu desentupimento. Se estes não estiverem 
      sendo utilizados, mantê-los fechados. 
    Deixar a tampa dos vasos sanitários sempre fechadas. Em banheiros pouco 
      usados, deve-se dar descarga uma vez por semana. 
    Os vasilhames para água de animais domésticos devem ser lavados com bucha, 
      sabão e água corrente, pelo menos uma vez por semana.
  
Amarelão
Agente: Schistossoma mansoni
  O amarelão ou esquistossomose mansônica é uma endemia, causada por parasito 
    (Schistosoma mansoni), que requer caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria 
    (B. glabrata, B. tenagophila, B. straminea), como hospedeiros intermediários, 
    para completar o seu ciclo de desenvolvimento. Há relatos de que foi introduzido 
    no Brasil com a chegada dos escravos, mas os primeiros casos da doença seriam 
    de 1951.
  
Transmissão
  A transmissão da doença numa região, depende da existência dos hospedeiros 
    intermediários que, no Brasil, são caramujos do gênero Biomphalaria. Ovos 
    do parasita que são eliminados pelo homem contaminado se instalam no caramujo 
    dentro da lagoa.
  A larva adulta é liberada e permanece na água contaminando o homem.
  
Sintomas
  A esquistossomose é uma doença de evolução crônica, de gravidade variada, 
    causada por um verme que, no homem, habita os vasos sanguíneos do fígado e 
    intestino. A maioria das pessoas infectadas, pode permanecer assintomática, 
    dependendo da intensidade da infecção. 
  
Clinicamente, a esquistossomose pode ser classificada em: 
  
 
    Forma Intestinal: caracteriza-se por diarréias repetidas 
      que podem ser sangüinolentas, com dor ou desconforto abdominal. Pode apresentar-se 
      assintomática.
    Forma Hepatointestinal: Caracterizada pela presença de 
      diarréias e dores abdominais. Ao exame físico, o paciente apresenta inchaço 
      do fígado.
    Forma Hepatoesplênica Compensada: Caracterizada pela presença 
      de inchaço do fígado (barriga d'água). Nesta fase inicia-se um processo 
      chamado de circulação colateral e de varizes no esôfago, com comprometimento 
      do estado geral do paciente.
    Forma Hepatoesplênica Descompensada: Inclui as formas 
      mais graves de Esquistossomose mansônica, responsáveis pelo obituário por 
      essa causa específica. Caracteriza-se por fígado volumoso ou já contraído 
      por fibrose, inchaço avançado do fígado, circulação colateral, varizes do 
      esôfago, anemia acentuada e desnutrição. Podem ser consideradas ainda, como 
      formas particulares, as formas pulmonar e cárdio-pulmonar, verificadas em 
      estágios avançados da doença.
  
Prevenção
  
 
    Destinação adequada das fezes através de medidas de saneamento 
      básico: fossas sépticas e rede de esgoto 
    Uso de botas impermeáveis (para pessoas que trabalham dentro de água suspeita 
      de contaminação) 
    Identificação e tratamento dos doentes para impedir o contágio por outras 
      pessoas 
    Controle dos hospedeiros intermediários (caramujos do gênero Biomphalaria)
    Antes de realizar atividades de lazer, tais como, banhos em rios, cachoeiras 
      e lagoas, procurar informação sobre sua possível contaminação. 
    Saneamento básico 
    Evitar beber água em Fontes naturais cuja origem seja desconhecida
  
Febre amarela
Vetor: O mosquito da espécie Aedes aegypti (o mesmo vetor 
    do dengue) é o principal transmissor da Febre Amarela Urbana (FAU). Na Febre 
    Amarela Silvestre (FAS), os transmissores são mosquitos, com hábitos estritamente 
    silvestres, principalmente do gênero Haemagogus no Brasil. 
  
Agente etiológico: O causador da febre amarela é um arbovírus 
    (vírus transmitido por artrópodes) do grupo B. Também fazem parte deste grupo 
    o vírus do dengue, Encefalite Japonesa, Encefalite do Oeste do Nilo, Encefalite 
    de St. Louis, Rocio, Ilheus, Bussuquara e outros.
  A doença ataca o fígado e os rins e pode levar à morte. 
  
Existem dois tipos diferentes de febre amarela: a urbana 
    e a silvestre. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença 
    é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo do dengue. Nas matas, a febre amarela 
    ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros 
    Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas. Esses mosquitos 
    vivem também nas vegetações à beira dos rios. Primeiro picam o macaco doente 
    e depois, o homem. É importante ressaltar que a febre amarela silvestre só 
    ocorre em humanos ocasionalmente. São os macacos os principais hospedeiros. 
    Os mosquitos transmissores só picam homens que invadem o habitat dos macacos.
  
Distribuição, transmissão e mortalidade
  A maior incidência da doença acontece nos meses de janeiro a abril, período 
    das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor 
    e maior atividade agrícola, que leva ao deslocamento de um número maior de 
    pessoas às áreas com risco de transmissão. Não há transmissão de pessoa para 
    pessoa.
  
Sintomas
  A doença é caracterizada por manifestações de insuficiência hepática e rena. 
    Pode levar a óbito em, aproximadamente, uma semana. 
  
É dividida em três períodos: 
  
 
    Período de infecção: Dura cerca de três dias, tem início 
      súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, dores de cabeça, do corpo, 
      náuseas e vômitos. Remissão: caracteriza pelo declínio 
      da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora 
      no paciente. Dura poucas horas, no máximo um a dois dias. 
    Período toxêmico: Predominam os sintomas de insuficiência 
      hepato-renal (representados por icterícia ou amarelão), diminuição do volume 
      de urina ou ausência total de sua produção, vômitos com sangue, eliminação 
      de fezes enegrecidas por sangue e outras manifestações hemorrágicas, acompanhadas 
      de enfraquecimento intenso, pulso lento e temperatura elevada.
  
Prevenção
  
 
    Vacinação em áreas infestadas por Aedes aegyptii para estabelecer imunidade 
      coletiva na população; 
    Eliminação do Aedes aegyptii;
    Identificação precoce dos casos para impedir que outros sejam infectados;
  
Malária 
Vetor: Mosquito do gênero Anopheles
 
  Agente: protozoário do gênero Plasmodium
  Doença infecciosa febril, causada por protozoários, transmitidos por vetores. 
    É uma doença de grande importância epidemiológica por sua gravidade clínica, 
    e elevado potencial de disseminação, em áreas com densidade vetorial que favoreça 
    a transmissão. 
  Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, concentrada 
    na região Amazônica.O mosquito em algumas regiões do Brasil é mais conhecido 
    como muriçoca, mosquito-prego ou carapanã. Em diversos estados do país tais 
    como Amazonas, Pará, Mato Grosso (do Norte e do Sul), Rondônia e Roraima a 
    doença ocorre de forma contínua (endêmica), dentro de florestas e suas proximidades. 
  
  No Estado do Minas Gerais, raramente ocorre transmissão de malária. As pessoas 
    que aparecem doentes têm sido contaminadas em outras regiões onde a doença 
    é freqüente, surgindo os sintomas alguns dias após sua chegada dessas áreas. 
  
  Outra maneira de se adquirir a doença é através do sangue contaminado (por 
    transfusão) ou uso de seringas contaminadas.
  
Transmissão 
  É uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles contaminada 
    pelo parasita Plasmodium. É também conhecida como paludismo ou impaludismo 
    e recebe outros nomes populares como maleita, etc.
  
Sintomas
  Febre, calafrios, suores, delírios, tremores e ranger de dentes devido à 
    repentina elevação da temperatura corporal são sintomas comuns. 
  Com o agravamento da doença surgem dores de cabeça, náuseas e vômitos. Os 
    lábios ficam arroxeados, podendo ocorrer convulsões e anemia.
  Caso não haja tratamento adequado e rápido podem surgir problemas mais graves 
    em outros órgãos como rins, pulmões e fígado, podendo levar a morte.
  
Prevenção
  Nas áreas onde há transmissão da doença são necessárias medidas de saneamento 
    como aterro e drenagem de água represada, visando a redução e a eliminação 
    de criadouros do mosquito, bem como o uso de telas nas janelas e mosquiteiros. 
  
  Uso de mosquiteiros impregnados ou não, com inseticidas, roupas que protejam 
    pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes, e evitar freqüentar 
    os locais de transmissão, nos horários de hábitos alimentares dos vetores. 
  
  
Como medidas de prevenção coletiva, são utilizadas: drenagem, 
    pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, 
    limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle 
    da vegetação aquática, melhoramento da moradia, uso racional da terra. 
  As pessoas que forem visitar as regiões onde ocorre à doença devem, antes 
    de viajar, se informar sobre as medidas preventivas necessárias.
  
Febre Amarela
É uma doença grave provocada por vírus e transmitida pela picada de mosquitos. 
    Nas regiões de florestas o mosquito responsável pela transmissão é o Haemagogus 
    e, nas cidades, o Aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor do Dengue. No 
    Brasil, a doença ocorre em todos os estados da Região Norte (Amazônia Legal), 
    oeste do Maranhão, centro-oeste e nas áreas de florestas. Há ocorrência da 
    doença em outros países da América do Sul (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana 
    Francesa, Peru e Venezuela) e da África (Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, 
    Congo, Gabão, Gâmbia, Ghana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Sudão).
  Nas áreas urbanas não tem ocorrido a transmissão da doença. No entanto, esta 
    pode ser trazida para as cidades através de pessoas que se contaminam nas 
    áreas de risco. Com o surgimento do Aedes aegypti nas cidades, a Febre Amarela 
    pode ressurgir no meio urbano.
  
Sintomas
  A Febre Amarela apresenta sintomas que são observados de três a seis dias 
    após a contaminação, e podem ser confundidos com outras doenças tais como 
    Dengue e Leptospirose.
  
Os sintomas iniciais são: febre, calafrios, dores de cabeça, 
    nas costas, nos músculos, cansaço, enjôo e vômitos. Em seguida, pode haver 
    uma aparente melhora com a diminuição da febre. Porém, em no máximo dois dias 
    ocorre o agravamento da doença com sangramentos (nos ouvidos, narinas e gengivas), 
    pele amarela, retenção de urina, extremo cansaço e aumento da febre podendo 
    levar à morte. 
  Portanto, as pessoas que estiveram em regiões com transmissão da doença e 
    que sentirem os primeiros sintomas, devem procurar atendimento médico para 
    notificação às autoridades sanitárias e confirmar o diagnóstico, evitando 
    o agravamento da doença.
  
Prevenção
  Tomar a vacina contra a Febre Amarela, preferencialmente 30 dias antes de 
    viajar para as regiões onde ocorre a doença. Como não há ocorrência desta 
    doença nas áreas urbanas, a vacinação é indicada apenas para pessoas que vão 
    se deslocar para áreas de mata, tais como caminhoneiros, lavradores, caçadores, 
    pescadores, praticantes de turismo ecológico e de outras atividades onde seja 
    necessária a penetração em ambientes silvestres.
  
Leptospirose 
Agente: A Leptospirose é uma doença causada por uma bactéria 
    chamada Leptospira. 
  
Vetor: A Leptospira é eliminada pela urina de alguns animais, 
    sendo o rato o principal responsável pela transmissão nas áreas urbanas. A 
    urina deste animal contamina a água, os alimentos, o solo, os esgotos e os 
    locais onde vive. 
  A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, 
    causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose (doença 
    de animais) que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Em seres 
    humanos, ocorre em pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria 
    (90%) dos casos de leptospirose a evolução é benigna.
  
Transmissão 
  A doença, que pode ser grave, é transmitida aos seres humanos através da 
    penetração da bactéria através da pele e das mucosas (boca, narinas, olhos, 
    etc.) em contato com águas ou lama contaminadas, em ocasião de enchentes. 
    Casos de Leptospirose podem ocorrer em qualquer época do ano, de maneira pouco 
    freqüente, mesmo na ausência de chuvas e enchentes. 
  As pessoas que correm mais perigo são aquelas que vivem à beira de córregos 
    e em locais onde haja ratos contaminados, lixo e também, aquelas que trabalham 
    na coleta de lixo, em esgotos, plantações de cana-de-açúcar, de arroz, etc.
  
Sintomas
  Os primeiros sintomas são: fraqueza, dor no corpo, dor de 
    cabeça e febre, sendo que, às vezes, a doença é confundida com uma gripe ou 
    outras viroses. Com o aumento da febre podem ocorrer calafrios, vômitos, mal-estar, 
    dor na batata das pernas (panturrilhas), fortes dores na barriga e também 
    o aparecimento de cor amarelada na pele (icterícia). O agravamento da doença 
    pode provocar diminuição ou ausência da produção da urina (insuficiência renal), 
    problemas respiratórios, hemorragias e confusão mental, podendo levar à morte.
  
Prevenção
  
 
    Colocar o lixo doméstico em sacos plásticos, mantendo-o distante de casa 
      e do chão, até seu recolhimento pelo lixeiro ou outra destinação adequada. 
    
    Não acumular entulhos nos quintais, pois os ratos se escondem nestes locais. 
    
    Manter terrenos baldios e margens de córregos limpos e desmatados. 
    Manter as caixas d’água, ralos, fossas, caixas de esgoto, etc., sempre 
      bem tampadas e vedadas, impedindo a entrada de ratos. 
    Eliminar o máximo possível as chances dos ratos se alojarem em buracos 
      de paredes, rodapés, vãos de telhados, etc. 
    Sempre que possível, evitar o contato direto com água ou lama de enchentes, 
      esgotos ou outros locais de risco. Nessas situações, usar luvas, botas ou 
      outros tipos de proteção, como sacos plásticos amarrados nos pés e nas mãos. 
    
    Usar água sanitária ou cloro misturado em água para limpeza geral, principalmente 
      nos locais que sofrem inundações.
  
Toxoplasmose 
A Toxoplasmose é uma doença que afeta os mamíferos (inclusive seres humanos) 
    e aves; é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. O ser humano adquire 
    a doença comendo carnes ou vísceras mal cozidas contendo o parasita, verduras 
    mal lavadas e contaminadas pelo parasita eliminado pelas fezes de gatos. O 
    gato contrai a infecção comendo carnes cruas, ratos ou pássaros contaminados. 
  
  A toxoplasmose, em mulheres grávidas, representa um grande perigo, pois a 
    doença pode ser transmitida ao feto através da placenta. Neste caso, é de 
    fundamental importância que procurem um médico para detectar a doença e fazer 
    o tratamento adequado.
  
Sintomas
  
 
    No início da doença os sintomas não são percebidos facilmente, podendo, 
      entretanto, ocorrer febre e o aparecimento de ínguas. 
    Em um segundo estágio da doença, o parasita se aloja nos músculos 
      e em órgãos tais como: pulmão, coração, fígado e cérebro, causando, 
      neste momento, os primeiros danos à saúde. 
  
Esta doença é um problema de Saúde Pública. Para a saúde humana, pode ter 
    como conseqüência lesões oculares, neurológicas e sistêmicas que resultam 
    em perda de visão, retardo mental, má formação congênita (crianças nascidas 
    com deformações) e abortos.
  Para pessoas com defesa imunológica diminuída, como transplantados e doentes 
    com Aids, por exemplo, a Toxoplasmose pode ser fatal.
  
Prevenção
  
 
    Comprar alimentos crus (carnes e verduras) em estabelecimentos com boas 
      condições de higiene e limpeza.
    Lavar as mãos antes das refeições e de preparar os alimentos.
    Comer carnes sempre bem cozidas.
    Evitar que os gatos tenham acesso a áreas de recreação infantil onde haja 
      terra ou areia. 
    As gestantes devem se submeter, durante o pré-natal, ao exame para detecção 
      da Toxoplasmose.