Oposicionista, Artur quer que relação seja 'a melhor possível' com o Planalto
Em entrevista ao portal Congresso em Foco, o prefeito eleito de Manaus criticou a política econômica, chamando de medíocre o crescimento do País e defendendo a liberação de recursos para estados e municípios
O
prefeito eleito de Manaus, Artur Virgílio Neto (PSDB), disse, em
entrevista ao portal Congresso em Foco, na última semana, que pretende
se relacionar da melhor maneira possível com o Planalto após tomar
posse. Oposicionista ferrenho durante o governo Lula, o tucano teceu
críticas ao Governo Federal e classificou o crescimento econômico do
País como medíocre.
"Numa
democracia não se pune o povo, o povo elege quem quer. Em Manaus,
decidiu me eleger. Creio que minha obrigação seja trabalhar e honrar os
compromissos, bem como é obrigação do governo federal ajudar no meu
trabalho, para que eu cumpra meus compromissos. O nome disso é
republicanismo”, frisou à reportagem do portal.
Após
ocupar posições de destaque como ministro no governo Fernando Henrique
Cardoso e líder tucano no Senado, agora, no papel de prefeito, às
vésperas da posse, ele defende o crescimento econômico a partir do
desenvolvimento de estados e municípios.
Virgílio
assegura, ainda, que para garantir o crescimento do País serão
necessárias reformas estruturais, as quais não ocorrem no País há pelo
menos 12 anos. Ele chama de retrocesso o fato de, “pela primeira vez
desde a estabilidade econômica, termos um orçamento a ser votado fora do
ano-base. Vejo como sinais ruins”, e sugere à Presidência da República
uma saída para o que ele chama de crescimento medíocre em que está
enjaulado o governo.
“Tem
três caminhos a fazer: um, estrutural, muito claro, é promover um novo
pacto federativo ainda no governo dela. O segundo: retomar as reformas
estruturais, e eu digo a ela como quem já viveu esse processo por dentro
– tira votos, traz antipatias, mas alavanca o crescimento do Brasil. E o
terceiro: simplesmente pegar toda essa massa de dinheiro que está
entocada, enfurnada nos ministérios e liberar os recursos para
prefeituras e governos de estado que tenham projetos hábeis.”.
O
prefeito eleito diz que tem mantido contato com ministros e tem
recebido sinais positivos. Artur garante que está elaborando projetos
que viabilizem a liberação de recursos federais para a capital
amazonense. Para ele, o fato de ser oposição não significa que haverá
resistência do governo federal neste quesito.
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