O
Museu Terras da Bíblia, localizado em Jerusalém, fará uma exposição a
partir de 23 de novembro sobre a história da Bíblia. O material mostra
as raízes judaicas do cristianismo e a difusão da fé através da palavra
escrita. Ele apresenta o desenvolvimento da Bíblia juntamente com a
disseminação do judaísmo e do cristianismo a partir de Israel.
A
mostra “O Livro dos Livros” reúne fragmentos originais das bíblias mais
antigas do mundo, alguns de 2 mil anos. São manuscritos, objetos e
documentos impressos que mostram a importância do texto sagrado no
desenvolvimento da civilização ocidental.
Amanda
Weiss, diretora do Museu, asseverou: “A exposição é a primeira já feita
no mundo que mostra de maneira equilibrada as histórias do Tanach
(Bíblia judaica) e do Novo Testamento que compõem a Bíblia cristã.
Trata-se de uma combinação incomum de documentos bíblicos e comentários
importantes e transcendentais jamais encontrados e reunidos nesta
exclusiva exibição”.
Os
visitantes poderão ver, de forma cronológica, parte dos manuscritos
bíblicos mais antigos conhecidos, bem como suas interpretações e
representações. São papiros milenares escritos em hebraico e aramaico, e
também material em grego, latim e siríaco dos primeiros séculos,
passando por volumes medievais manuscritos até chegar às primeiras
versões impressas.
São
mais de 200 obras, incluindo fragmentos da Septuaginta (versão da
Bíblia hebraica), as escrituras mais antigas do Novo Testamento,
manuscritos raros, fragmentos delicados da Geniza do Cairo e páginas
originais da Bíblia de Gutenberg, bem como outra que pertenceu ao rei
Henrique VIII da Inglaterra, e vários volumes da versão popular do Rei
Tiago I (King James).
Um
dos mais importantes é parte dos rolos do Mar Morto, as cópias mais
antigas dos textos do Antigo Testamento, cujos originais estão em Amã,
na Jordânia. Jehuda Kaplan, diretor do Departamento de Educação do
museu, explica: “Esta é a primeira vez que esse texto é apresentado em
Israel. Está escrito em hebraico e menciona as regras da comunidade que
vivia ali no século I”.
Outra
parte importante são os fragmentos da Septuaginta (versão do Velho
Testamento para o grego koiné), refletindo o vínculo inegável entre o
início do cristianismo e o judaísmo. A exibição se estenderá até abril
de 2014
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