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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PREPARAÇÃO DO MÉDICO ANTES DA FORMAÇÃO!

Série revelou as deficiências na formação dos médicos

Para fechar 2012, o Jornal Nacional selecionou algumas das séries mais importantes exibidas este ano. Reveja a série de reportagens sobre os médicos brasileiros, exibida de 10 a 15 de dezembro.

Após mais da metade dos recém-formados nas faculdades de medicina de São Paulo ser reprovada em um exame do conselho regional da categoria, em dezembro, o Jornal Nacional apresentou uma série de reportagens sobre a formação dos médicos no Brasil- um país em que a maioria dos estados ainda carece de profissionais.
10/12/2012: Temos no país 371 mil médicos e o problema, segundo a categoria, não é a falta, mas a má distribuição deles. 70% estariam concentrados nas regiões Sul e Sudeste.
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11/12/2012: Rondônia, na Região Norte, ganhou quatro faculdades de medicina nos últimos 11 anos para tentar suprir a carência de profissionais. O Jornal Nacional visitou o estado para saber como anda o sistema de saúde.
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12/12/2012: Os repórteres Graziela Azevedo e Marco Antonio Gonçalves apresentam alguns bons exemplos de cursos de medicina . A soma de investimento em tecnologia com professores e alunos dedicados foram alguns deles.
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13/12/2012: O Jornal Nacional mostrou o ensino de medicina na Grã-Bretanha, um país que tem um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo.
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14/12/2012: Graziela Azevedo e Marco Antonio Gonçalves mostram a dificuldade para se fazer um curso de especialização. No Brasil, Muitos ficam só com a formação básica porque faltam vagas na residência.
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15/12/2012: O Jornal Nacional mostrou o desafio dos profissionais que estudaram no exterior e têm de validar o diploma no Brasil para não trabalhar na ilegalidade.

 

Médicos formados fora do país têm dificuldades para validar o diploma

Cerca de 10% desses recém-formados passam no revalida, a prova nacional com testes, questões escritas e uma parte prática.

Durante toda a semana, o Jornal Nacional mostrou a formação dos médicos brasileiros. Neste sábado (15), na última reportagem da série especial, você conhece o desafio dos profissionais que estudaram no exterior e têm de validar o diploma no Brasil para não trabalhar na ilegalidade.
Marcos deixou a Bahia para fazer medicina na Bolívia. Lucas saiu do Paraná e se formou em Cuba. São médicos com diplomas tirados no exterior, mas que só poderão exercer a profissão por aqui depois de uma avaliação.
Marcos acha natural. “É pertinente, é um exame que deve ser feito”, diz ele.
O pernambucano Maicon Nunes Martins reclama. “Esse exame, para mim, é uma injustiça. Tenho certeza que nem os graduados no Brasil teriam condições de aprovar”, opina ele, que se formou em Cuba.
Cerca de 10% desses recém-formados passam no revalida, a prova nacional com testes, questões escritas e uma parte prática. Mas há faculdades com autonomia para fazer suas próprias provas.
Isso não é ilegal, diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Mas também não é o ideal. “Não acho um bom caminho. É muito melhor que a gente tenha um exame nacional reconhecido. Todas as universidades federais respeitam o revalida”, avalia.
Um médico prefere não se identificar por temer preconceito. Ele fez faculdade na Bolívia e a prova de revalidação foi no Rio Grande do Norte.
JN: Foram 200 perguntas, tipo teste?
Médico: É, tipo teste, múltipla escolha.
JN: Teve prova prática?
Médico: Não, não teve prova prática.
Aprovado, conseguiu um emprego no Recife.
“Trabalho no pronto-socorro e estudo para fazer a residência”, conta ele.
Ele conta ainda que vários amigos seguiram o mesmo caminho, mas que existe gente sem diploma reconhecido exercendo a profissão ilegalmente:
"Tem muita gente sem CRM trabalhando em pequenos interiores em estados do Norte."
Foi o que constatou o Conselho Regional de Medicina do Acre. Em uma blitz recente, o flagrante: duas mulheres trabalhando sem registro no município de Tarauacá. Um problema grave, denunciado também em outras regiões do país.
“É uma situação de polícia, uma situação criminosa que vem ocorrendo”, destaca Mário Jorge Lôbo, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.
Uma situação que precisa ser resolvida. Afinal, muitos dos que estudaram longe de casa, fazendo sacrifício, não querem ser vítimas de preconceito, e sonham poder exercer a profissão de médico, dentro da lei, e com toda a dignidade.

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