Especialistas em combate a incêndios afirmam que Manaus não está preparada para salvar vidas
De prédios públicos a escolas, ninguém está apto para combater o fogo
O
incêndio ocorrido no dia 27 de janeiro em uma boate em Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, onde morreram 236 pessoas, a maioria jovens, além de
ser considerado uma das maiores tragédias do País, serviu de alerta às
autoridades de todo o Brasil.
Especialistas,
parlamentares e representantes dos sindicatos ligados a causas de
prevenção e ações de combate a incêndio entrevistados por A CRÍTICA
relataram que Manaus “não foge às regras”. São casas noturnas, prédios
públicos, escolas, shoppings, entre outros estabelecimentos, que não
cumprem as normas e muito menos propiciam segurança, o que transforma a
capital amazonense num “barril de pólvora”.
Os
entrevistados consideraram o incidente de Santa Maria uma “tragédia
anunciada”, consequência da omissão do poder público, que
constitucionalmente é responsável pela segurança da população. A mesma
situação se reflete em Manaus. Segundo o consultor de empresas na área
de segurança e saúde ocupacional José Antunes, as regulamentações
normativas estão longe de serem cumpridas “ao pé da letra” na capital
amazonense.
Antunes descreve que
ambientes fechados que costumam concentrar grupos de pessoas não estão
preparados para prevenir e combater incêndios de grandes proporções.
“Falta efetivo bem treinado e capacitado, equipamentos modernos e
avançados de proteção e segurança. As instituições que atuam na
prevenção e segurança dispõem de uma infraestrutura precária”.
(A íntegra deste conteúdo está disponível para assinantes digitais ou na versão impressa).
*A
partir desta segunda-feira (4), o programa A Crítica na TV, da TV A
Crítica, apresenta uma série de reportagens sobre a atuação, estrutura e
problemas nas ações de combate a incêndios em Manaus. Em A CRÍTICA,
reportagem especial trará segunda (4) e terça-feira (5) outros detalhes
da falta de estrutura para casos de grandes tragédias.
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