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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PROFECIAS FATOS REAIS!

Profecias do apocalipse assombram a humanidade desde a antiguidade


AP Photo/Peter Dejong O holandês Johan Huibers construiu um barco como homenagem à "Arca de Noé", que tem o dobro do tamanho da arca descrita na Bíblia. Fim dos tempos foi previsto pelos Maias para 21 de dezembro próximo
Dilúvios, tempestades de areia, abóboras famintas, fogos universais: o temor de que o mundo vai acabar está presente desde o começo da humanidade, adquirindo características diferentes, segundo as civilizações e o nível de conhecimentos.
Confrontados a grandes ciclos naturais, os povos expressaram desde o começo dos tempos a angústia por uma catástrofe que acarretaria inverno ou noite eternos.
Mais recentemente, o temor do fim do mundo ressurgiu em forma de catástrofe ecológica, de "inverno nuclear" ou de asteroide gigante.
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"Cada mundo parece provisório. Antes do monoteísmo, as civilizações temiam que estes ciclos naturais acabariam um dia. Muitos ritos estavam associados a este medo", explica o historiador Bernard Sergent, autor do livro La fin du Monde (O Fim do Mundo, em tradução literal).
Assim, "os astecas consideravam que, a cada 52 anos, o Sol corria o risco de desaparecer e faziam sacrifícios humanos para garantir seu renascimento", destaca este especialista em mitos, que evoca também narrativas sobre o fim do mundo na Mesopotâmia e na antiguidade greco-romana, entre outras civilizações.
O mito do dilúvio universal é um dos mais antigos, anterior ao da Arca de Noé do Antigo Testamento, destacou.
Já aparece, por exemplo, na epopeia da origem suméria "Gilgamesh", considerada a narrativa escrita mais antiga da História. Foi escrita em tábuas de argila, aproximadamente 13 séculos antes da nossa era.
Na África ocidental, o mito mais generalizado é o da abóbora gigante que devora aldeias e inclusive a humanidade inteira.
O apocalipse
O mito do fogo universal existe na Grécia, na Escandinávia, na Índia e nas culturas pré-hispânicas. Os astecas evocavam quatro catástrofes sucessivas, causadas pela água e pelo fogo.
Com as religiões monoteístas, prosperaram os profetas do apocalipse, uma palavra que vem do grego "revelação".
Na Bíblia, o apocalipse segundo o apóstolo São João, também conhecido como o Livro das Revelações, descreve uma série de cataclismos e dramas cósmicos que destroem uma parte da Terra e os astros.
O Islã também tem narrativas de tempestades, invasões ou incêndios que põem fim ao mundo. Também existe o Dia do Juízo Final e da Ressurreição.
Na Idade Média, a chegada do ano 1000 provocou pânico de que o mundo fosse acabar em uma Europa arrasada pela peste e pela fome.
Em 1013, um eclipse solar provocou também temores apocalípticos, que ressurgiram com força no ano 2000.
"O que está em jogo nestes eventuais finais do mundo é a nossa responsabilidade frente aos deuses ou à natureza e os castigos desencadeados por ter desafiado uma ordem que nos supera", destaca Jean-Noel Lafargue, autor do livro Les fins du monde de l'antiquité à nos jours (Os fins do mundo, da antiguidade aos nossos dias, tradução literal).
— Antes, Deus punia os homens ou os recompensava. Hoje, não precisamos de deuses, as catástrofes causadas pelo homem bastam.

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