ALEXANDRE O GRANDE
Alexandre era inteligente e caprichoso. Possuía uma ambição
desmedida, uma imaginação poderosa e as qualidades superiores
de um verdadeiro chefe guerreiro. Era também conhecido pelo seu feitio
violento e impetuoso e por ser invadido frequentes vezes por uma espécie
de superstição religiosa, herdada possivelmente de sua mãe
Olímpia. A estes dotes de espírito, aliava uma resistência
física invulgar, uma força hercúlea e uma vontade de
ferro. Tinha a paixão da música e da poesia. Admirador entusiasta
dos heróis da Ilíada, sonhava tornar-se num novo Aquiles. Estava
talhado para conquistar um grande império.
Senhor do poder após a morte do pai, Alexandre dirigiu-se à
Grécia e fez-se aclamar generalíssimo da Liga de Corinto. Em
seguida, promoveu uma expedição contra os bárbaros que
ameaçavam as fronteiras norte da Macedónia.
Quando caminhava em direcção ao Danúbio constou, na
Grécia, que falecera. Esta notícia despertou o patriotismo dos
Tebanos que se revoltaram e cercaram a guarnição Macedónica.
Alexandre suspendeu a campanha, desceu à Grécia, tomou Tebas,
destruiu a cidade e vendeu 30 mil Tebanos como escravos. Só poupou
os templos e a casa do poeta Píndaro, em sinal de respeito pela religião
e pela cultura helénica.
Este acontecimento convenceu Alexandre de que era difícil acabar com
o espírito de independência dos gregos. Só uma expedição
contra os persas, pensou ele, seria capaz de lhes fazer esquecer a liberdade
perdida. Retomou, por isso, o projecto de seu pai e preparou-se para a conquista
do Império Persa.
EXÉRCITO DE ALEXANDRE
O exército de Alexandre, composto de cerca de 32 mil homens, pôs-se
finalmente em movimento em 334 a. C.
Após a travessia do Helesponto, Alexandre penetrou na Ásia
Menor, visitou as ruínas de Tróia, em memória de Aquiles,
o seu herói preferido, e aproximou-se de Granico, em cujas margens
derrotou os persas. Em seguida, depois de haver conquistado várias
cidades, partiu para o sul, derrotou, na batalha de Isso, o exército
persa de Dario III, tomou a Fenícia e marchou em direcção
ao Egipto, onde fundou a cidade de Alexandria.
Batalha de Isso segundo um mosaico da época romana, encontrado
em Pompeia. À esquerda, Alexandre e, ao centro, o seu adversário
Dario III.
De África voltou novamente à Ásia. Bateu os persas
em Arbela, entrou na cidade de Babilónia, onde foi magnificamente recebido,
e correu em perseguição de Dario que, entretanto, morria assassinado.
Depois destes sucessos, Alexandre, que pensava já na conquista da
Índia, pôs-se em marcha para Oriente e tomou o Pendjab. Aí,
o seu exército, extenuado por tão longa caminhada, recusou-se
a continuar.
Alexandre desceu então o rio Indo e regressou a Babilónia onde
morreu passado pouco tempo (323 a.C.).
O projecto grandioso que concebera de fundir num único Estado, a Península
Balcânica, a Ásia e os países do Mediterrâneo Oriental
terminara aí. Tinha apenas 32 anos.
Mapa que ilustra as conquistas de Alexandre
Para manter este imenso império, Alexandre tomou uma série
de medidas políticas de grande alcance. Começou por estabelecer
uma política de união entre vencidos e vencedores por meio de
casamentos. Ele próprio deu o exemplo casando com uma persa. Depois,
abriu as fileiras do exército aos soldados e oficiais inimigos, fundou
cidades e criou colónias militares, destinadas a espalharem a civilização
entre os povos bárbaros. Cercou-se de sábios e artistas que
encarregou de darem a conhecer a cultura helénica. Vulgarizou o uso
da língua grega, desenvolveu o comércio e a indústria
e intensificou as relações entre o Oriente e Ocidente.
Busto de Alexandre
“Era sua vontade tomar toda a terra habitável sujeita à
mesma razão e todos os homens cidadãos do mesmo governo.”
Plutarco, cit. in Bonnard, 1972, II :203
Atendendo às qualidades de organizador de que deu provas durante a
sua curta existência, se Alexandre tivesse vivido por mais anos, é
natural que o seu império se mantivesse, apesar de composto por povos
tão diferentes na raça, no feitio, nas tradições
e nos costumes. Mas, desaparecido o seu fundador, desapareceu também
a força que mantinha unido o seu império. As diversas províncias
começaram de imediato a manifestar desejos de independência,
desejos esses que os respectivos governadores, todos generais de Alexandre,
acalentaram.
É assim que, vinte e dois anos depois da morte de Alexandre, os generais
retalharam o império em seu próprio proveito (301 a. C.). Dos
destroços do império vieram a formar-se quatro reinos que passaram
a ter vida independente. Para um lado, ficou a Península Helénica
com a Macedónia; para outro, o território que, da Síria,
avançava até ao Indo; para outro ainda, a zona que, da Ásia
Menor, corria até ao Danúbio e, finalmente, o Egipto com a parte
da Ásia que ia da Arábia até à Palestina.
Fonte: www.educ.fc.ul.pt
Alexandre, o Grande
Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olimpíada,
a filha de Neoptólemo de Épiro. Filipe, também um grande
líder, trouxera toda a Grécia sob seu comando antes de ser assassinado,
em 336 a.C. O jovem Alexandre cresceu em Atenas, à sombra de seu pai
e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor. Aos
vinte anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza,
ele sucedeu seu pai. Embora Alexandre tenha governado somente por treze anos,
durante esse tempo foi capaz de construir um império maior do que qualquer
outro que já havia existido.
Imperador da Macedônia (356-323 a.C.).
Com apenas treze anos no poder,
construiu um dos maiores impérios da Antiguidade.
Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olimpíada,
a filha de Neoptólemo de Épiro. Filipe, também um grande
líder, trouxera toda a Grécia sob seu comando antes de ser assassinado,
em 336 a.C. O jovem Alexandre cresceu em Atenas, à sombra de seu pai
e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor. Aos
vinte anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza,
ele sucedeu seu pai. Embora Alexandre tenha governado somente por treze anos,
durante esse tempo foi capaz de construir um império maior do que qualquer
outro que já havia existido.
Ele estava destinado a realizar aquilo em que os persas falharam um século
antes: estabelecer um vasto império que enquadrasse tanto a Europa
como a Ásia e que se estendesse da Grécia à Índia.
É por isso que o conhecemos como Alexandre, o Grande.
Depois que Alexandre derrotou o imperador persa Dário III (558-486
a.C.) na Batalha de Íssus em 333 a.C., o Império Persa ruiu.
Com 33 anos de idade, Alexandre governava cinqüenta vezes mais terras
e vinte vezes mais pessoas do que havia no império grego quando ele
o havia herdado de seu pai. Esse imenso território incluía a
Grécia, o Egito, todo o antigo Império Persa e tudo o que hoje
consideramos como o Oriente Médio. Ele marchou para norte até
o Danúbio, na Europa; para o leste, até o Ganges, na Índia;
e chegou mesmo a enviar uma expedição para o interior da África
na tentativa de encontrar a nascente do Rio Nilo.
Na época de sua morte, em 323 a.C., Alexandre foi considerado o maior
general e o maior "construtor" de impérios que o mundo já
havia conhecido. Mesmo hoje, 24 séculos mais tarde, ele não
chega a ter mais do que seis rivais em termos de realizações.
Embora Alexandre fosse um líder carismático, a maior importância
de seu império foi que, pela primeira vez, pôde haver uma troca
livre de idéias entre as culturas de duas vastas regiões que,
até então, haviam permanecido isoladas uma da outra. Ao contrário
de outros líderes vitoriosos, Alexandre não somente foi receptivo
às idéias dos povos conquistados como também adotou algumas
delas que conheceu na organização política persa. Por
outro lado, a arte grega também pode receber grande influência
da indiana. Antes de sua morte prematura, por causa natural, aos 33 anos de
idade, Alexandre construiu a cidade de Alexandria, no Egito, cuja preciosa
biblioteca sobreviveu durante mil anos e acabou se tornando o maior centro
de conhecimento do mundo.