Árvores são derrubadas em condomínio de luxo de Manaus
Os ramos das árvores cortadas não estavam telados e não estão na entrada principal, mas eram frondosas, e serviam para os pássaros pousarem durante a noite, de acordo com os moradores.
Moradores
do condomínio Ephigênio Salles, no bairro Adrianópolis, Zona
Centro-Sul, criticaram a derrubada de três palmeiras do local. De acordo
com eles, a derrubada impede a permanência de aves, como os periquitos
de asa branca, na copa das árvores.
Em janeiro do ano passado palmeiras imperiais localizadas na entrada do condomínio foram cobertas por telas de proteção, que impediam a aproximação das aves.
Os
ramos das árvores cortadas nesta segunda-feira (07) não estavam telados
e não estavam na entrada principal. As copas eram frondosas e serviam
para os pássaros pousarem durante a noite, de acordo com os moradores. A
equipe de reportagem foi até lá e constatou que vários pássaros estavam
procurando abrigo.
De acordo com a
moradora que não quis ser identificada, o condomínio não poderia fazer o
corte. “Não são eles que estão invadindo o nosso espaço, somos nós que
estamos invadindo o deles. Alguns moradores alegam problemas como
barulho e o custo de uma palmeira. Agora eles estão tentando se alojar
nas árvores do meio fio, mas não conseguem devido a movimentação da
avenida”, declarou.
Procurada pela equipe de reportagem, a administração do condomínio não se pronunciou sobre o caso.
Já
a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) informou, através de
sua assessoria, que enviará uma equipe de fiscalização para o local, na
manhã desta terça-feira (08) para verificar se o corte das palmeiras foi
autorizado mediante laudo técnico, caso contrário, serão aplicadas
punições legais.
Telas
Há
cerca de um ano, as palmeiras imperiais principais que adornam a
entrada do condomínio de luxo foram cobertas por telas para impedir que
periquitos de asa branca pousem nas copas das árvores. Na ocasião, a
Semmas se pronunciou dizendo que a cobertura é uma medida preventiva
sugerida pelo Ibama e que os periquitos que todos os dias pousam no
local estariam corroendo as copas e matando as espécies”.