hegada da Amazon e Google Play ao Brasil turbina o consumo de cultura digital
Atualmente tudo que circula pelo mundo é digital. A novidade do momento são os livros e filmes lidos e vistos após um clique
Não
tem como negar: as plataformas digitais mudaram a forma como consumimos
cultura. Hoje já é possível carregar no bolso ou na mochila infinidades
de livros, filmes e músicas, tudo reunido em um único dispositivo. A
Amazon, por exemplo, que é uma das gigantes do comércio eletrônico
mundial, já vende mais livros digitais que impressos.
De
olho nos consumidores do País, a multinacional inaugurou na semana
passada a versão brasileira da sua loja de e-books, com um catálogo de
mais de 1,4 milhões de títulos (13 mil em português), que agora poderão
ser comprados em reais, sem o acréscimo dos 6% de imposto nas transações
com dólar, como acontecia na versão gringa. No mesmo embalo, a Google
Play começou a vender livros digitais e filmes em território nacional.
O
escritor e dramaturgo Márcio Souza lê e-books tanto pelo Kindle, leitor
da Amazon, quanto pelo iPad, da Apple, e pelo Sony Reader. “Logo quando
lançaram esses serviços, o que me chamou a atenção foi a comodidade.
Tenho 50 livros no Kindle e uns 150 no Sony Reader, inclusive a obra
completa de Shakespeare. Uso mais o iPad durante as viagens, para ler
revistas e jornais”, declarou ele, que não carrega mais livros na
bagagem.
PORTABILIDADE
Segundo
Márcio Souza, os livros digitais facilitaram principalmente a
distribuição das obras. Dentro de seis meses, todos os títulos do
escritor vão estar disponíveis na Amazon. A Editora Record, que publica
os livros de Souza, foi uma das 90 do País que fecharam acordo com a
varejista norte-americana.
Outra
vantagem dos livros digitais é a portabilidade. Os e-books da Amazon e
da Google Play, por exemplo, podem ser lidos não só nos e-readers como
também no tablet, computador ou até smartphone, por meio de aplicativos
próprios. Na loja virtual do Google, os livros e filmes ficam associados
à conta do usuário, que pode acessá-los pelo computador ou qualquer
dispositivo Android.
FILMES ONLINE
Para
quem é fã da Sétima Arte, o iTunes, e agora a Google Play, podem
quebrar um galho e tanto, mas outro serviço também caiu no gosto dos
internautas: o Netflix. Há seis meses, a administradora Gilceli Lira usa
a “locadora online”, que oferece filmes e séries por meio de uma
assinatura mensal a R$ 14,99.
“Posso
ver quantas vezes quiser e a qualidade é excelente. Para quem tem o
costume de alugar filmes, a comodidade é o principal atrativo, porque
não precisa sair de casa, nem se preocupar com a devolução”, explicou.
Ela também usa o serviço no iPhone, iPad, computador e na TV, por meio
do Playstation.
Além
de oferecer interatividade com as redes sociais, o forte do Netflix não
são os lançamentos, e sim os filmes mais clássicos. “Doutor Jivago” e a
primeira versão de “Os miseráveis” são alguns dos longas a que Gilceli
assistiu em casa, sem precisar recorrer às locadoras ou aos sites da
Internet. “Se pudessem melhorar alguma coisa, acho que poderia ser nesse
sentido, para ter filmes recém-lançados no circuito”, finalizou.